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  • g77 22/4 pp. 24-27
  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia

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  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1977
  • Subtítulos
  • ADORAÇÃO QUE É ACEITÁVEL A DEUS
  • SANTIDADE DA PRESENÇA DE DEUS
  • ACESSO OBTIDO PELA FÉ, OBRAS CORRETAS E SACRIFÍCIOS
  • Sacerdócio de Melquisedeque
  • Aproximação por outros patriarcas
  • Destacada no Sinai a importância vital da aproximação aprovada
  • SOB O PACTO DA LEI
  • Meros rituais e sacrifícios são insuficientes
  • BASE SUPERIOR PARA APROXIMAÇÃO SOB NOVO PACTO
Despertai! — 1977
g77 22/4 pp. 24-27

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

ADORAÇÃO. A concessão de honra ou homenagem reverente. A adoração verdadeira do Criador abrange toda fase da vida da pessoa. O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: “Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas para a glória da Deus.” — 1 Cor. 10:31.

Quando Jeová Deus criou Adão, ele não prescreveu determinada cerimônia ou um meio pelo qual o homem perfeito pudesse aproximar-se dele em adoração. Todavia, Adão podia servir ou adorar a seu Criador por fazer fielmente a vontade de seu Pai celeste. Mais tarde, à nação de Israel, Jeová deveras delineou certo modo de aproximação a Ele em adoração, que incluía sacrifícios, um sacerdócio e um santuário material. (Veja APROXIMAÇÃO A DEUS.) Isto, contudo, era apenas “uma sombra das boas coisas vindouras, mas não a própria substância das coisas”. (Heb. 10:1) A ênfase primária sempre tem sido dada a se exercer fé, fazer a vontade de Jeová Deus, e não a cerimônias ou rituais. — Mat. 7:21; Tia. 2:17-26.

Como se expressou o profeta Miquéias: “Com que confrontarei a Jeová? Com que me encurvarei diante de Deus no alto? Confrontá-lo-ei com holocaustos com bezerros de um ano de idade? Terá Jeová prazer em milhares de carneiros, com dezenas de milhares de torrentes de azeite? Darei o meu primogênito pela minha revolta, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te informou, ó homem terreno, sobre o que é bom. E o que é que Jeová pede de volta de ti senão que exerças a justiça, e ames a benignidade, e andes modestamente com o teu Deus?” — Miq. 6:6-8; compare com Salmo 50:8-15, 23.

A maioria das palavras, nas línguas originais, que podem denotar adoração, também podem ser aplicadas a atos que não são de adoração. No entanto, o contexto determina de que modo devem ser entendidas as respectivas palavras.

Uma das palavras hebraicas que transmite a idéia de adoração (‘avádh) significa basicamente ‘servir’. (Gên. 14:4; 15:13; 29:15) Servir ou adorar a Jeová exigia obediência a todas as suas ordens, fazer Sua vontade como alguém exclusivamente devotado a Ele. (Êxo. 19:5; Deu. 30:15-20; Jos. 24:14, 15) Por conseguinte, empenhar-se alguém em qualquer ritual ou ato de devoção para com quaisquer outros deuses significaria abandonar a adoração verdadeira. — Deu. 11:13-17; Juí. 3:6, 7.

Outro termo hebraico que pode denotar adoração é shahháh, que significa primariamente “curvar-se” (Pro. 12:25) ou render homenagem. (Veja HOMENAGEM.) Ao passo que esse curvar-se às vezes poderia simplesmente significar um ato de respeito ou de consideração cortês para com outra pessoa (Gên. 19:1, 2; 33:1-6; 37:9, 10), poderia ser também uma expressão de adoração, indicando a reverência e gratidão da pessoa a Deus e submissão à Sua vontade. Quando usada com referência ao Deus verdadeiro, ou a deidades falsas, a palavra shahháh às vezes é associada com sacrifícios e oração (Gên. 22:5-7; 24:26, 27; Isa. 44:17) Isto indicaria que era comum curvar-se quando se orava ou se oferecia sacrifício. Veja ORAÇÃO.

O radical hebraico shahháh (Isa. 44:15, 17, 19; 46:6) significa basicamente ‘prostrar-se’; uma palavra aramaica relacionada é seghidh. Embora usualmente ligada à adoração (Dan. 3:5-7, 10-15, 18, 28), seghidh é usada em Daniel 2:46 para referir-se a o Rei Nabucodonosor prestar homenagem a Daniel, prostrando-se diante do profeta.

Como o termo hebraico ‘avádh o verbo grego latréuo (Luc. 1:74; 2:37; 4:8; Atos 7:7) e o substantivo latréia (João 16:2; Rom. 9:4) transmitem a idéia dum serviço ou a prestação de serviço. E a palavra grega proskynéo corresponde de perto ao termo hebraico shahháh em expressar a idéia tanto de homenagem como de adoração.

O termo proskynéo é usado em relação com um escravo prestar homenagem a um rei (Mat. 18:26) e o ato sob cujas condições Satanás ofereceu a Jesus todos os reinos do mundo e sua glória. (Mat. 4:8, 9) Caso rendesse homenagem ao Diabo, Jesus teria, desta forma, representado sua submissão a Satanás e se tornado o servo do Diabo. Mas Jesus recusou-se, dizendo: “Vai-te Satanás! Pois está escrito: ‘É a Jeová teu Deus, que tens de adorar [forma do grego proskynéo, ou, no relato de Deuteronômio, que Jesus citava, o hebraico skahháh], e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado forma do grego latréuo, ou do hebraico ‘avádh].”’ (Mat. 4:10; Deu. 5:9; 6:13) Similarmente, adorar, homenagear ou curvar-se à “fera” e à sua “imagem” é ligado a serviço, pois os adoradores são identificados como apoiadores da “fera” e de sua “imagem” por terem uma marca, quer na mão (com a qual a pessoa serve) ou na testa (para que todos vejam). Visto que o Diabo dá sua autoridade à fera, adorar a fera significa, em realidade adorar ou servir o Diabo. — Rev. 13:4, 15-17; 14:9-11.

Outras palavras gregas ligadas à adoração são tiradas de eusebéo, threskéuo, e sébomai. A palavra eusebéo significa ‘ser pio para com’, ‘dar devoção piedosa a’ ou ‘venerar, adorar ou reverenciar’. Em Atos 17:23, este termo é usado com referência à devoção piedosa ou veneração que os homens de Atenas davam ao “Deus Desconhecido”. (Veja DEVOÇÃO PIEDOSA.) De threskéuo vem o substantivo threskéia entendido como designando uma “forma de adoração” quer verdadeira quer falsa. (Atos 26:5; Col. 2:18) A adoração verdadeira praticada pelos cristãos era assinalada por genuína preocupação com os pobres e completa separação do mundo impiedoso. (Tia. 1:26, 27) A palavra sébomai (Mat. 15:9; Mar. 7:7; Atos 18:7; 19:27) e o termo relacionado sebázomai (Rom. 1:25) significam ‘mostrar grande temor’, ‘reverenciar, venerar ou adorar’. Objetos de adoração ou de devoção são designados pelo substantivo sébasma. (Atos 17:23; 2 Tes. 2:4) Dois outros termos são da mesma raiz verbal, juntando-se-lhe o prefixo Theós, Deus; theosebés, que significa ‘reverente a Deus’, ‘piedoso’ (João 9:31), e theosébeia, denotando ‘reverência a Deus’. (1 Tim. 2:10) Estes dois termos correspondem de algum modo à palavra alemã para “adoração pública”, a saber Gottesdienst (combinação de “Deus” e “serviço”).

ADORAÇÃO QUE É ACEITÁVEL A DEUS

Jeová Deus só aceita a adoração dos que se comportam em harmonia com Sua vontade. (Mat. 15:9; Mar. 7:7) A uma samaritana, Cristo Jesus disse: “Vem a hora em que nem neste monte [Gerizim] nem em Jerusalém adorareis o Pai. Adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos . . . Não obstante vem a hora, e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com espírito e verdade, pois, deveras, o Pai está procurando a tais para o adorarem. Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo com espírito e verdade.” — João 4:21-24.

As palavras de Jesus mostravam claramente que a adoração verdadeira não dependeria da presença nem do uso de coisas visíveis, ou de localidades geográficas. Ao invés de depender da visão ou do tato, o adorador verdadeiro exerce fé e, sem considerar o local ou as coisas em sua volta, mantém uma atitude de adoração. Assim, adora, não com a ajuda de algo que possa ver ou tocar, mas com espírito. Visto que possui a verdade, conforme revelada por Deus, sua adoração está de acordo com a verdade. Tendo-se familiarizado com Deus por meio da Bíblia, e tendo a evidência da operação do espírito de Deus em sua vida, aquele que adora com espírito e verdade definitivamente ‘conhece o que adora’.

APROXIMAÇÃO A DEUS. Numa antiga corte oriental, qualquer aproximação duma pessoa à presença do monarca só poderia ser obtida de acordo com regras estabelecidas e com a permissão do monarca. Na maioria dos casos, um intermediário atuava em favor dos peticionários que desejavam uma audiência com o regente, apresentando-os e garantindo a genuinidade de suas credenciais. Entrar no pátio interno do Rei Assuero, persa, sem ser chamado, significava a morte mas a Rainha Ester, quando arriscou sua vida para conseguir acesso à presença do rei, foi favorecida com aprovação. (Est. 4:11, 16; 5:1-3) As ações e palavras dos irmãos de José ilustram o cuidado que tiveram em evitar ofender um rei, pois Judá disse a José: “Tu és como o próprio Faraó.” (Gên. 42:6; 43:15-26; 44:14, 18) Assim, ter acesso à presença dum regente terrestre mesmo um humano imperfeito, era amiúde algo muito difícil e raro privilégio.

SANTIDADE DA PRESENÇA DE DEUS

Embora Paulo declarasse em Atenas que Deus “não esteja longe de cada um de nós” (Atos 17:27) e sua acessibilidade seja apresentada em toda a sua palavra a Bíblia, aquele que se aproxima Dele também precisa satisfazer requisitos definidos e ter sua permissão ou aprovação divina. A visão de Daniel sobre a majestosa corte celeste do “Antigo de Dias”, a quem o “filho de homem” “obteve acesso” e fizeram-no “chegar perto perante Este”, ilustra a dignidade, o respeito e a ordem associados com a presença do Regente Soberano do universo. (Dan. 7:9, 10, 13, 14, compare com Jeremias 30:21.) O registro em Jó 1:6 e; 2:1 indica que os filhos angélicos de Deus são também convidados à presença imediata dele em ocasiões designadas, e o comparecimento de Satanás entre eles deve ter razoavelmente ocorrido somente com a permissão do Soberano.

O homem, tendo sido feito à imagem e à semelhança do seu Criador, por ser dotado com certa medida dos atributos divinos e por ter a responsabilidade de cuidar do planeta Terra e da criação animal sobre ela, necessitaria comunicar-se com seu Deus e Pai. (Gên. 1:26, 27) Tal comunicação é descrita em Gênesis 1:28-30; 2:16, 17.

Como criatura perfeita, e, por isso, sem nenhum complexo de culpa ou consciência do pecado, Adão e Eva podiam originalmente aproximar-se a Deus em palestra sem sentirem a necessidade de um intercessor entre eles e seu Criador, fazendo isso como filhos de seu Pai. (Gên. 1:31; 2:25) O pecado e a rebelião deles os privou desta relação, trazendo-lhes a condenação da morte. (Gên. 3:16-24) Não se declara se fizeram futuras tentativas de aproximar-se de Deus.

ACESSO OBTIDO PELA FÉ, OBRAS CORRETAS E SACRIFÍCIOS

O relato da aproximação a Deus à base das ofertas feitas por Caim e Abel manifesta que o acesso a Deus incluía os pré-requisitos de fé e obras corretas. Por isso, Caim foi impedido de obter a aceitação divina até que ‘voltasse a fazer o bem’. (Gên. 4:5-9; 1 João 3:12; Heb. 11:4) Principiar-se, mais tarde, a invocar o nome de Jeová”, nos tempos de Enos, não parece ter sido sincero (Gên. 4:26), visto que o próximo homem de fé mencionado depois de Abel não é Enos, mas Enoque, cujo ‘andar com Deus’ mostra que sua aproximação foi aprovada. (Gên. 5:24; Heb. 11:5) A profecia de Enoque, registrada em Judas 14, 15 contudo indica que existia em seus dias flagrante desrespeito por Deus. — Veja-se ENOS.

O proceder justo e inculpe de Noé entre seus contemporâneos granjeou-lhe o acesso a Deus e a preservação. (Gên. 6:9-19) Após o Dilúvio, ele, como Abel aproximou-se de Deus à base dum sacrifício, foi abençoado, e foi aconselhado quanto a requisitos adicionais para ter a aprovação divina e sobre o pacto de Deus com toda carne, que garantia que não haveria nenhum futuro dilúvio global. (Gên. 8:20, 21; 9:1-11) A expressão, “Jeová Deus de Sem”, indica pelo que parece que este filho obteve uma posição de maior favor perante Deus que seus dois irmãos. — Gên. 9:26, 27.

Sacerdócio de Melquisedeque

Embora Noé oficiasse no altar em favor de sua família, não existe nenhuma menção específica dum “sacerdote” atuando em favor dos homens em sua aproximação a Deus até o tempo de Melquisedeque. O sacerdócio de Melquisedeque foi reconhecido por Abraão, que “deu-lhe um décimo de tudo”. (Gên 14:18-20) Melquisedeque é apresentado como tipo profético de Cristo Jesus em Hebreus 7:1-3, 15-17, 25.

Aproximação por outros patriarcas

As relações de Abraão com Deus eram tais que o qualificavam a ser chamado de ‘amigo de Deus’ (Isa 41:8; 2 Crô. 20:7; Tia. 2:23), e sua fé e obediência, junto com sua aproximação respeitosa mediante altares e ofertas, são destacadas qual base para isto. (Gên. 18:18, 19; 26:3-6; Heb. 11:8-10, 17-19) Ele foi recebido numa relação pactuada com Deus. (Gên. 12:1-3, 7; 15:1, 5-21; 17:1-8) A circuncisão foi dada como sinal disso por certo tempo tornando-se um requisito para aceitação divina. (Gên. 17:9-14; Rom. 4:11) A posição de Abraão o habilitava a fazer súplicas até mesmo a favor de outros (Gên. 20:7), todavia, seu profundo respeito é sempre manifesto diante da presença de Jeová ou de Seu representante. (Gên. 17:3; 18:23-33) Jó descendente de Abraão, atuou como sacerdote para sua família, oferecendo sacrifícios queimados por eles (Jó 1:5), e fez súplica a favor de seus três “companheiros” e “Jeová aceitou a face de Jó”. — Jó 42:7-9.

Isaque e Jacó herdeiros da promessa de Abraão, aproximaram-se de Deus por invocar “o nome de Jeová” em fé, e por construírem altares e apresentarem ofertas. — Heb. 11:9, 20, 21; Gên. 26:25; 31:54; 33:20.

Moisés foi instruído pelo anjo de Deus a não se aproximar do arbusto ardente e recebeu a ordem de remover suas sandálias por estar em “solo sagrado”. (Êxo. 3:5) Como representante designado de Deus na nação de Israel, Moisés tinha acesso ímpar à presença de Jeová durante sua vida, visto que Jeová falava “boca a boca” com ele. (Núm. 12:6-13; Êxo. 24:1, 2, 12-18; 34:30-35) Moisés, como Melquisedeque, serviu qual tipo profético de Cristo Jesus. — Deu. 18:15; Atos 3:20-23.

Destacada no Sinai a importância vital da aproximação aprovada

Antes de fornecer o pacto da Lei, Jeová instruiu a inteira nação de Israel a que se santificasse durante três dias, lavando suas roupas. Foram fixados limites à aproximação, e ninguém, nem homem nem animal, deveria tocar o monte Sinai, sob pena de morte. (Êxo. 19:10-15) Moisés “levou então o povo para fora do acampamento ao encontro do verdadeiro Deus”, colocando-o ao sopé da montanha, e subiu ao monte para receber os termos do pacto no meio de relâmpagos e trovões, fumaça e fogo, e sons de trombeta. (Êxo. 19:22-24) Moisés recebeu a ordem de não deixar que ‘os sacerdotes e o povo abrissem caminho para subir até Jeová, para que ele não irrompesse sobre eles’. (Êxo. 19:20-25) Os “sacerdotes” aqui mencionados (Êxo. 19:22, 24) talvez fossem o varão principal de cada família de Israel e como tal, ‘regularmente se aproximavam de Jeová’ como Jó em favor da família.

SOB O PACTO DA LEI

Mediante o pacto da Lei estabeleceu-se um arranjo que provia a aproximação individual e nacional a Deus por meio dum sacerdócio designado, e que prescrevia legalmente sacrifícios, ligados ao sagrado tabernáculo e, mais tarde, a um templo. Os filhos de Arão, o levita, atuavam como sacerdotes em favor do povo. Para outros, até mesmo os levitas que não eram da linhagem de Arão, presumir aproximar-se do altar ou dos santos utensílios a fim de efetuar tal serviço, resultaria em morte. (Lev. 2:8; Núm. 3:10; 16:40; 17:12, 13; 18:2-4, 7) Os sacerdotes tinham de satisfazer requisitos estritos quanto à limpeza, física e cerimonialmente, bem como ter indumentária aprovada, ao se aproximarem do altar ou “lugar santo”. (Êxo. 28:40-43; 30:18-21; 40:32; Lev. 22:2, 3) Qualquer desrespeito ou violação das instruções divinas ao se aproximar do Soberano Deus trazia a pena de morte como no caso de dois dos próprios filhos de Arão. (Lev. 10:1-3, 8-11; 16:1) Dentre a inteira nação, apenas Arão, e os que lhe sucederam como sumo sacerdote, podiam entrar no Santíssimo perante a área do pacto que simbolizava a presença de Jeová, mas até mesmo a ele só se permitia entrar em um único dia do ano, no Dia da Expiação. (Lev. 16:2, 17) Nesta posição privilegiada, Arão prefigurava Cristo Jesus como o Sumo Sacerdote de Deus. — Heb. 8:1-6; 9:6, 7, 24.

Na dedicação do templo em Jerusalém, o Rei Salomão aproximou-se de Jeová em favor daquela nação e sua oração foi para que os olhos de Jeová se mostrassem abertos dia e noite em direção daquela casa, onde ele pusera Seu nome, e para que Ele ouvisse os rogos do rei da nação, e também dos estrangeiros que se juntassem a Israel, e que ‘orassem em direção a esta casa’. Destarte, Jeová era acessível a todos, desde o rei até a mínima pessoa naquela nação. — 2 Crô. 6:19-42.

Em Israel, a aproximação a Deus em questões que envolviam toda a nação era feita pelo rei, pelo sacerdote e pelo profeta, segundo a própria indicação de Deus sendo empregados vez por outra o Urim e o Tumim do sumo sacerdote para se determinar a orientação de Deus. (1 Sam. 8:21, 22; 14:36-41; 1 Reis 18:36-45; Jer. 42:1-3) A violação da lei de Deus no tocante à aproximação correta trazia o castigo, como no caso de Uzias (2 Crô. 26:16-20), e podia resultar num completo corte de comunicação com Deus, como no caso de Saul. (1 Sam. 28:6; 1 Crô. 10:13) Que Jeová não permitiria a frivolidade no tocante à sua Soberana Presença é ilustrado no caso de Uzá, filho não sacerdotal de Abinadabe, que segurou a arca do pacto para endireitá-la, resultando que “se acendeu a ira de Jeová contra Uzá, e o verdadeiro Deus o golpeou ali pelo ato irreverente”. — 2 Sam. 6:3-17.

Meros rituais e sacrifícios são insuficientes

Ao passo que se tem argumentado que a adoração de Jeová se desenvolveu de uma adoração de rituais e sacrifícios para uma de requisitos morais, a evidência é toda adversa a isso. Simples rituais e sacrifícios, em si mesmos, jamais bastaram, e só forneceram uma representativa base legal de aproximação a Deus. (Heb. 9:9, 10) Em última análise, o próprio Jeová decidia a quem receberia, assim, o Salmo 65:4 declara: “Feliz aquele a quem tu escolhes e fazes chegar perto, para que resida nos teus pátios.” Fé, retidão, justiça, isenção de culpa de sangue, veracidade e obediência à vontade expressa de Deus foram continuamente destacadas como as credenciais exigidas para a aproximação a Deus, de modo que, não era simplesmente aquele que trazia dádivas ao Soberano Universal, mas o “de mãos inocentes e de coração limpo” que podia subir ao monte de Jeová. (Sal. 15:1-4; 24:3-6; 50:7-23; 119:169-171; Pro. 3:32; 21:3; Osé. 6:6; Miq. 6:6-8) Quando faltavam tais qualidades, os sacrifícios, o jejum, e até mesmo as orações tornavam-se detestáveis e sem valor aos olhos de Deus. (Isa. 1:11-17; 58:1-9; 29:13; Pro. 15:8) Quando se cometia um erro, o espírito abatido e o coração quebrantado tinham primeiro de ser manifestados antes de ser aprovada a aproximação. (Sal. 51:16, 17) O cargo sacerdotal não conseguia a recepção favorável perante Deus se tais sacerdotes mostrassem desprezo ao Seu nome e oferecessem sacrifícios inaceitáveis. — Mal. 1:6-9.

A aproximação a Deus também é delineada como no sentido de apresentar-se perante um tribunal e aproximar-se do juiz para julgamento. (Êxo. 22:8; Núm. 5:16; Jó 31:35-37; Isa. 50:8) Em Isaías 41:1, 21, 22, Jeová manda que os grupos nacionais se aproximem, com seu caso controversial e seus argumentos, para serem julgados por Ele.

BASE SUPERIOR PARA APROXIMAÇÃO SOB NOVO PACTO

O arranjo do pacto da Lei com seus sacrifícios animais, como base legal pictórica, apontava para uma base superior de aproximação a Deus. (Heb. 9:8-10; 10:1) Esta surgiu por meio do novo pacto, mediante o qual todos deveriam ‘conhecer a Jeová, desde o menor até o maior deles’. (Jer. 31:31-34; Heb. 7:19; 8:10-13) Como único mediador desse novo pacto, Cristo Jesus tornou-se “o caminho . . . Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João 14:6, 13, 14) A barreira que separava os judeus das nações gentias incircuncisas fora do pacto nacional de Deus com Israel, foi removida por meio da morte de Cristo, de modo que “por intermédio dele, nós, ambos os povos, temos a aproximação ao Pai, por um só espírito”. (Efé. 2:11-19; Atos 10:35) A fé em Deus como “o recompensador dos que seriamente o buscam” e no resgate é o pré-requisito para a aproximação pacifica e a acolhida bondosa de Deus, mediante Jesus Cristo. (Heb. 11:6; 1 Ped. 3:18) Os que se aproximam mediante Cristo Jesus como seu sumo sacerdote e intercessor sabem que “está sempre vivo para interceder por eles” (Heb. 7:25), e podem, confiantemente, ‘aproximar-se com franqueza no falar, do trono de benignidade imerecida’. (Heb. 4:14-16; Efé. 3:12) Não se aproximam com temor da condenação. (Rom. 8:33, 34) Todavia retêm o temor e a reverência piedosos merecidas por tal aproximação a Deus, “o Juiz de todos”. — Heb. 12:18-24, 28, 29.

A aproximação cristã a Deus envolve sacrifícios e ofertas duma espécie espiritual. (1 Ped. 2:4, 5; Heb 13:15; Rom. 12:1) Mostra-se que, para a aproximação ao verdadeiro Deus, os templos materiais e as imagens de ouro, de prata e de pedra não trazem nenhum benefício. (Atos 7:47-50; 17:24-29; compare com Efésios 2:20-22.) Os amigos do mundo são inimigos de Deus; Ele se opõe aos soberbos, mas os humildes, com ‘mãos limpas’ e ‘coração puro’, podem ‘chegar-se a Deus, e ele se chegará a eles’. — Tia. 4:4-8.

Os cristãos ungidos, chamados para uma esperança celeste, dispõem dum “caminho de entrada no lugar santo, pelo sangue de Jesus”, e, conhecendo bem o “grande sacerdote sobre a casa de Deus”, podem ‘aproximar-se com corações sinceros na plena certeza da fé’. — Heb. 10:19-22.

Quanto à importância de a pessoa aproximar-se confiantemente de Deus, o salmista resume aptamente o assunto, dizendo: “Pois, eis que perecerão os mesmos que se mantêm longe de ti. Certamente silenciarás a todo aquele que te abandona imoralmente. Quanto a mim, porém, chegar-me a Deus é bom para mim. Pus o meu refúgio no Soberano Senhor Jeová, para declarar todas as tuas obras.” — Sal. 73:27, 28, veja ORAÇÃO.

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