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  • Santificação e uso dos altares do tabernáculo
  • ALTARES DO TEMPLO
Despertai! — 1977
g77 22/5 pp. 22-25

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

ALIANÇA. Uma união de diferentes partes, famílias, pessoas ou estados, quer pelo casamento, por acordo mútuo, quer por ajuste legal. Uma aliança usualmente subentende o benefício mútuo ou a busca unida de um propósito desejado.

Abraão parece ter entrado numa aliança inicial com Manre, Escol e Aner, dos amorreus. Não se declara a natureza da confederação, mas eles se juntaram a Abraão em sua marcha para livrar seu sobrinho Ló dos reis invasores. (Gên. 14:13-24) Abraão morava então como estrangeiro numa terra controlada por diminutos reinos e, neste caso, alguma declaração formal, em forma dum pacto, pode ter sido exigida dele como pré-requisito para que residisse pacificamente entre eles. No entanto, Abraão evitava obrigar-se desnecessariamente com tais regentes políticos, como se manifesta por sua declaração ao rei de Sodoma, em Gênesis 14:21-24. Mais tarde, em Gerar, o rei filisteu, Abimeleque, relembrou a Abraão a sua condição de forasteiro, em que residia na terra da Filístia por consentimento de Abimeleque, e solicitou-lhe que fizesse um juramento que garantisse a conduta fiel. Abraão aquiesceu e, mais tarde, em seguida a uma disputa por direitos à água, faz um pacto com Abimeleque. — Gên. 20:1, 15; 21:22-34.

O filho de Abraão, Isaque, também veio a morar em Gerar, embora Abimeleque lhe pedisse posteriormente que se mudasse daquela vizinhança imediata, e ele obedeceu voluntariamente. Ocorreram novamente disputas quanto aos direitos à água, mas, depois disso, Abimeleque e seus principais associados se dirigiram a Isaque, solicitando um juramento de obrigação e um pacto, sem dúvida como renovação do feito com Abraão. Ambas as partes fizeram declarações juramentadas que garantiam a conduta pacífica recíproca. (Gên. 26:16, 19-22, 26-31; compare com Gênesis 31:48-53.) O apóstolo Paulo relata que estes primitivos patriarcas declararam-se, de modo público, ser estranhos e residentes temporários que moravam em tendas no país, e que esperavam uma cidade com verdadeiros alicerces cujo construtor e criador é Deus. — Heb. 11:8-10, 13-16.

Diferente situação prevalecia com a entrada da nação de Israel em Canaã, a Terra da Promessa. O Soberano Deus concedera a Israel o pleno direito à terra, em cumprimento de sua promessa aos antepassados deles. Portanto, não entravam como residentes forasteiros, e Jeová proibiu que fizessem alianças com as nações pagãs da terra. (Êxo. 23:31-33; 34:11-16) Deviam ficar sujeitos apenas às leis e aos estatutos de Deus, e não aos das nações que se destinavam a ser expulsas dela. (Lev. 18:3, 4; 20:22-24) Avisou-se-lhes, de modo especial, a que não formassem alianças matrimoniais com tais nações. Tais alianças os envolveriam intimamente, não só com esposas pagãs, mas também com parentes pagãos e suas práticas e costumes da religião falsa, e isto resultaria em apostasia e em laço. — Deu. 7:2-4; Êxo. 34:16; Jos. 23:12, 13.

ALIANÇAS MATRIMONIAIS

Muito antes disso, Abraão insistira que a esposa de Isaque não fosse escolhida entre as cananéias. (Gên. 24:3, 4) Isaque deu instruções similares a Jacó. (Gên. 28:1) Na ocasião em que Siquém, o heveu, violou Diná, instou Hamor com a família de Jacó a que formasse alianças matrimoniais com tal tribo. Embora os filhos de Jacó não mantivessem sua aparente aceitação disso, realmente tomaram cativas as mulheres e os filhos dos heveus depois de vingarem a honra de Diná. (Gên. 34:1-11, 29) Judá mais tarde se casou com uma cananéia (Gên. 38:2), e a esposa de José era egípcia. (Gên. 41:50) Moisés casou-se com Zípora, midianita (evidentemente chamada “cusita” em Números 12:1). Tais casamentos, contudo, foram contraídos antes de ser dada a Lei, e, por isso, não podiam ser considerados uma violação de seus requisitos. — Êxo. 2:16, 21; Núm. 12:1.

Na batalha contra Midiã, os israelitas só preservaram as virgens entre as mulheres e as jovens. (Núm. 31:3, 18, 35) A Lei permitia que se tomasse uma esposa entre tais cativas de guerra que não tivessem genitores. (Deu. 21:10-14) Na própria Terra Prometida, era amiúde ignorado o aviso de Deus a respeito das alianças matrimoniais com os pagãos, com resultantes problemas e apostasia. — Juí. 3:5, 6.

Às vezes as alianças matrimoniais eram feitas com vistas a certos fins, como no caso em que o Rei Saul convidou Davi a formar uma aliança matrimonial com ele por receber como esposa a Mical, filha dele. (1 Sam. 18:21-27) Uma das seis esposas que mais tarde deram filhos a Davi em Hébron era a filha do rei de Gesur (2 Sam. 3:3), e alguns consideram isto como uma aliança matrimonial feita por Davi, visando enfraquecer a posição do rival, Is-Bosete, visto que Gesur era um diminuto reino que jazia do outro lado da capital de Is-Bosete, Maanaim. No início de seu reinado, o Rei Salomão formou uma aliança matrimonial com Faraó aceitando a filha dele como esposa. (1 Reis 3:1; 9:16) Este casamento, junto com outros com mulheres moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hititas, por fim fizeram que Salomão sucumbisse à crassa idolatria. (1 Reis 11:1-6) A aliança de casamento do Rei Acabe com o rei de Sídon, casando-se com sua filha Jezabel trouxe resultados desastrosos similares para o reino setentrional de Israel. (1 Reis 16:31-33) Depois disso, o Rei Jeosafá formou uma insensata aliança matrimonial com a idólatra casa de Acabe, com duradouras conseqüências más para o reino de Judá. — 2 Crô. 18:1; 21:4-6; 22:2-4.

Depois do exílio, Esdras ficou chocado de verificar que até mesmo os sacerdotes e os levitas tinham feito alianças matrimoniais com os cananeus e outros, situação que foi prontamente eliminada. (Esd. 9:1-3, 12-14; 10:1-5, 10-14, 44) Todavia, nos dias de Neemias o amonita Tobias novamente utilizou alianças matrimoniais para criar fortes relações com a família sacerdotal em Jerusalém, e promoveu forte facção de aliados contra os nobres de Judá, ao ponto que, em desafio à Lei (Deu. 23:3), o sacerdote Eliasibe fez um refeitório no pátio do templo para este amonita. Neemias, contudo, lançou fora, com indignação, toda a mobília de Tobias. — Nee. 6:18; 13:4-9, 25-27, veja CASAMENTO.

PACTOS

Outras alianças, além das matrimoniais, foram feitas e estas em geral tinham a forma de pacto. O pacto feito com os gibeonitas, naturalmente, foi feito por Israel graças a um engodo. (Jos. 9:3-15) Todavia, uma vez feito, o pacto foi doravante respeitado, de modo que Israel se dispôs a lutar a fim de proteger os gibeonitas. (Jos. 9:19-21; 10:6, 7) Uma aliança pessoal por meio de pacto existia entre Jonatã e Davi (1 Sam. 18:3; 20:11-17), relação que Saul condenava como sendo conspiração. (1 Sam. 22:8) O Rei Hirão, de Tiro, mostrou amizade para com Davi quando este sucedeu como rei a Saul, e Hirão tornou-se “um que amava a Davi”. (2 Sam. 5:11; 1 Reis 5:1) As relações amigáveis continuavam, e, quando Salomão ascendeu ao trono, formou-se uma liga com o Rei Hirão que contratava o fornecimento de grande parte dos materiais necessários para a construção do templo. (1 Reis 5:2-18) Sob tal contrato, permitiu-se que milhares de trabalhadores israelitas entrassem no Líbano e em suas florestas. Hirão até mesmo se dirigia a Salomão como “meu irmão”. (1 Reis 9:13) Tiro forneceu os marujos para a frota de navios de Salomão, que operava com base em Eziom-Géber. (1 Reis 9:26, 27) Quando o reino de Tiro mais tarde se voltou contra Israel, e entregou os exilados israelitas a Edom, foi acusado de ter violado o “pacto de irmãos”. — Amós 1:9.

ALIANÇAS INSENSATAS COM OUTRAS NAÇÕES

Embora os profetas de Deus dessem fortes avisos sobre a formação de alianças com outras nações, em tempos de perigo, ou sob a pressão da ambição, os reis de Judá e de Israel com freqüência ignoravam tais avisos. (Isa. 30:2-7; Jer. 2:16-19, 36, 37; Osé. 5:13; 8:8-10; 12:1) Os resultados finais nunca eram bons. O Rei Asa, de Judá, usou os tesouros reais para comprar o Rei Ben-Hadade da Síria, fazendo-o romper um pacto com o Rei Baasa, de Israel. (1 Reis 15:18-20) Como resultado deste ‘estribar-se na Síria’, ao invés de em Jeová, o profeta Hanani censurou Asa com as seguintes palavras: “Agiste nesciamente no que toca a isto, pois doravante haverá guerras contra ti.” (2 Crô. 16:7-9) O Rei Acabe, de Israel, mais tarde fez um pacto com o derrotado Ben-Hadade e recebeu uma condenação similar da parte dum profeta de Deus. (1 Reis 20:34, 42) Jeosafá aliou-se com Acabe num ataque mal sucedido contra a Síria, e posteriormente, o profeta Jeú lhe indagou: “É ao iníquo que se deve dar ajuda e é aos que odeiam a Jeová que deves amar? E por isso há indignação contra ti da parte da pessoa de Jeová.” (2 Crô. 18:2, 3; 19:2) Mais tarde, Jeosafá adotou uma associação comercial de construção de navios com o iníquo Rei Acazias, de Israel, mas a condenação profética se cumpriu quando os navios sofreram naufrágio. (2 Crô. 20:35-37) Obedecendo ao conselho divino, Amazias, de Judá, decidiu sabiamente não usar tropas mercenárias de Israel embora isso significasse a perda de cem talentos de prata (cerca de U$ 142.359 ou Cr$ 2.135.385,00) que lhes fora pago como gratificação. — 2 Crô. 25:6-10.

À medida que a Síria começou a ascender qual potência mundial dominante, no oitavo século A. E. C., sua sombra ameaçadora moveu os reinos menores a fazer muitas alianças e conluios. (Compare com Isaías 8:9-13.) O acúmulo de novas armas de guerra entre as nações também causou crescente temor. (Compare com 2 Crônicas 26:14, 15.) Menaém, de Israel, subornou o atacante Pul (Tiglate-Pileser III) da Assíria. (2 Reis 15:17-20) Rezim, da Síria, e Peca, de Israel, formaram uma aliança conspiradora contra Acaz, de Judá, que por sua vez, usou os tesouros reais e os do templo para comprar a proteção do assírio Tiglate-Pileser III resultando na queda da Damasco síria. (2 Reis 16:5-9; 2 Crô. 28:16) Oséias, de Israel, fez uma aliança conspiratória com o Rei Sô, do Egito, na esperança falsa de lançar fora o jugo assírio, imposto por Salmaneser, com a queda conseqüente de Israel em 740 A. E. C. (2 Reis 17:3-6) Contudo, o fiel Ezequias, de Judá, embora acusado falsamente de confiar no Egito, estribava-se só em Jeová, e foi salvo do ataque do assírio Senaqueribe. — 2 Reis 18:19-22, 32-35; 19:14-19, 28, 32-36; compare com Isaías 31:1-3.

Em seus derradeiros anos, o reino de Judá flutuou entre o Egito e Babilônia, ‘prostituindo-se’ com ambos os poderes. (Eze. 16:26-29; 23:14) Veio a ficar sob o domínio do Egito no reinado de Jeoiaquim (2 Reis 23:34), mas logo ficou sujeito à Babilônia. (2 Reis 24:1, 7, 12-17) O último rei, Zedequias, fez uma tentativa fútil de livrar Judá de Babilônia por meio duma aliança vã com o Egito. O resultado foi a destruição de Jerusalém. (2 Reis 24:20; Eze. 17:1-15) Eles falharam em aceitar o conselho inspirado de Isaías: “Por retornardes e descansardes, sereis salvos. Vossa potência se mostrará em simplesmente ficardes sossegados e confiantes.” — Isa. 30:15-17.

Durante o período macabeu foram feitos muitos tratados e alianças com os sírios e os romanos, por vantagens políticas, mas a libertação da servidão não foi alcançada por Israel. Num período posterior, os religiosos saduceus tinham destaque especial em favorecer a colaboração política como meio de alcançar por fim a independência nacional. Nem eles nem os fariseus aceitaram a mensagem do Reino proclamada por Cristo Jesus, mas aliaram-se a Roma, declarando: “Não temos rei senão César.” (João 19:12-15) Sua aliança religioso-política com Roma, contudo, terminou na desastrosa destruição de Jerusalém em 70 E. C. — Luc. 19:41-44; 21:20-24.

Alianças políticas e religiosas são indicadas nos simbolismos de Revelação 17:1, 2, 10-18; 18:3 (Compare com Tiago 4:1-4.) Assim, por todo o registro bíblico sublinha-se o princípio declarado por Paulo: “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos. Pois, que associação tem a justiça com o que é contra a lei? Ou que parceria tem a luz com a escuridão? . . . saí do meio deles e separai-vos.” — 2 Cor. 6:14-18.

ALTAR. [Heb. e grego, “lugar de sacrifício”]. Basicamente, uma estrutura ou local elevado em que se oferecem sacrifícios ou se queima incenso em adoração ao Deus verdadeiro ou a outra deidade. A primeira menção dum altar ocorre após o dilúvio, quando “Noé começou a construir um altar a Jeová” e a fazer ofertas queimadas nele. (Gên. 8:20) As únicas ofertas mencionadas antes do Dilúvio foram as de Caim e Abel e, embora seja provável que o fizessem, não se declara se usaram ou não altares. — Gên. 4:3, 4.

Abraão construiu um altar em Siquém (Gên. 12:7) num ponto situado entre Betel e Ai (Gên. 12:8; 13:3), em Hébron (Gên. 13:18) e também no Monte Moriá, onde sacrificou um carneiro que lhe foi dado por Deus em substituição a Isaque. (Gên. 22:9-13) Apenas neste último caso é um sacrifício especificamente mencionado como sendo oferecido por Abraão nestes altares. No entanto, o significado básico da palavra hebraica indica que, em cada caso, provavelmente fizeram-se ofertas. Isaque mais tarde construiu um altar em Berseba (Gên. 26:23, 25) e Jacó edificou altares em Siquém e em Betel. (Gên. 33:18, 20; 35:1, 3, 7) Estes altares construídos pelos patriarcas eram, sem dúvida, do tipo mais tarde mencionado por Deus, no pacto da Lei, quer montes de terra, quer plataformas compostas de pedras naturais (não entalhadas) — Êxo. 20:24, 25.

Depois do Êxodo do Egito, a primeira vez que Moisés construiu um altar foi depois da vitória sobre Amaleque, chamando-o de Jeová-Nissi (Jeová é meu sinal, ou, talvez, Jeová é meu refúgio). (Êxo. 17:15, 16) Ao se fazer o pacto da Lei com Israel, Moisés construiu um altar, ao sopé do Monte Sinai, e sacrifícios foram oferecidos nele. O sangue dos sacrifícios foi aspergido sobre o altar, o livro e o povo, destarte validando e colocando em vigor o pacto. — Êxo. 24:4-8; Heb. 9:17-20.

ALTARES DO TABERNÁCULO

Com a ereção do tabernáculo, construíram-se dois altares, segundo o padrão divino. O altar da oferta queimada (também chamado de “altar de cobre” [Êxo. 39:39]) foi feito de acácia, em forma duma arca oca, pelo que parece sem tampa nem fundo. Media cerca de 2,20 metros de cada lado e tinha cerca de 1,30 metros de altura, com “chifres” que se projetavam dos quatro cantos superiores. Todas as suas superfícies estavam recobertas de cobre. Uma grelha ou grade de cobre foi colocada abaixo da borda do altar, “por dentro”, “pelo meio”. Quatro argolas foram colocadas nas quatro extremidades, perto da grelha, e estas parecem ser as mesmas argolas através das quais os dois varais de acácia, recobertos de cobre, eram atravessados, para o transporte do altar. Isto talvez significasse que se abrira uma fenda nos dois lados do altar que permitiam que uma grelha plana fosse inserida, com as argolas se estendendo de ambos os lados. Há considerável diferença de opinião entre os peritos sobre este assunto, e muitos consideram-no provável que dois conjuntos de argolas estivessem envolvidos, o segundo conjunto, para a inserção dos varais de transporte, estando ligados diretamente ao exterior do altar. Equipamento de cobre foi feito, em forma de canecas e pás, para as cinzas, tigelas para aparar o sangue dos animais, garfos para segurar a carne, e porta-lumes. Tudo isso foi feito por Bezalel e Ooliabe. — Êxo. 27:1-8; 31:2, 6, 8, 9; 38:1-7, 30; Núm. 4:14.

O altar de cobre para as ofertas queimadas foi colocado diante da entrada do tabernáculo. (Êxo. 40:6, 29) Embora fosse de altura relativamente baixa, assim não exigindo necessariamente uma via de acesso, para facilidade do manejo dos sacrifícios colocados nele, o terreno talvez tenha sido erguido em seu redor, ou talvez houvesse uma rampa que conduzisse a ele (Compare com Levítico 9:22, que declara que Arco “desceu” depois de fazer as ofertas.) Visto que o animal era sacrificado “ao lado setentrional do altar” (Lev. 1:11), o “lugar das cinzas gordurosas”, removidas do altar, estava a E (Lev. 1:16), e a bacia de cobre, para lavagem, localizava-se a O (Êxo. 30:18), isto logicamente deixava o S como o lado aberto em que tais meios de acesso poderiam estar situados.

Altar do incenso

O altar do incenso (também chamado de “altar de ouro” [Êxo. 39:38]) era igualmente feito de acácia, o topo e as laterais sendo revestidos de ouro. Uma bordadura de ouro orlava o topo. O altar media cerca de 44,50 centímetros de cada lado e tinha cerca de 90 centímetros de altura, e também possuía “chifres” que se projetavam de seus quatro cantos superiores. Duas argolas de ouro foram feitas para a inserção dos varais de acácia, para transporte, recobertos de ouro, e tais argolas foram colocadas por baixo da bordadura de ouro, dos lados opostos do altar. (Êxo. 30:1-5; 37:25-28) Um incenso especial era queimado duas vezes por dia sobre esse altar, de manhã e de noite. (Êxo. 30:7-9, 34-38) O uso de um incensário ou porta-lume é mencionado em outras partes para se queimar incenso e, evidentemente, isso também era usado em conexão com o altar do incenso. (Lev. 16:12, 13; Heb. 9:4; Rev. 8:5; compare com 2 Crônicas 26:16, 19.) A posição do altar do incenso era no interior do tabernáculo, pouco antes da cortina do Santíssimo, de modo que é mencionado como estando “diante da arca do testemunho”. — Êxo. 30:1, 6; 40:5, 26, 27.

Santificação e uso dos altares do tabernáculo

Na ocasião das cerimônias de inauguração, ambos os altares foram ungidos e santificados. (Êxo. 40:9, 10) Nesse tempo, bem como em sacrifícios subseqüentes de certas ofertas pelo pecado, o sangue dos animais sacrificados era colocado sobre os chifres do altar da oferta queimada e o resto era derramado em sua base. (Êxo. 29:12; Lev. 8:15; 9:8, 9) Parte do óleo de unção e do sangue sobre o altar foi espargido sobre Arão e seus filhos, e as roupas deles, para santificá-los, visando concluir a cerimônia de posse. (Lev. 8:30) Ao todo, foram precisos sete dias para a santificação do altar da oferta queimada. (Êxo. 29:37) Em outras ofertas queimadas, sacrifícios de comunhão e ofertas pela culpa, aspergia-se sangue sobre o altar, ao passo que o sangue de aves sacrificadas era espargido ou escorria para o lado do altar. (Lev. 1:5-17; 3:2-5; 5:7-9; 7:2) Fumegavam-se as ofertas de cereais sobre o altar, como “cheiro repousante” para Jeová. (Lev. 2:2-12) Porções remanescentes da oferta de cereais eram comidas pelo sumo sacerdote e seus filhos junto do altar. (Lev. 10:12) Anualmente, no dia da expiação, o altar era purificado e santificado por meio de o sumo sacerdote colocar parte do sangue dos animais sacrificiais sobre os chifres do altar e por espargi-lo sete vezes sobre o altar. — Lev. 16:18, 19.

Em todos os sacrifícios animais apresentados, fumegavam-se partes do animal sobre o altar, e, para tal fim se mantinha um fogo aceso sobre o altar, que jamais se permitia que se apagasse. (Lev. 6:9-13) Dali, obtinha-se o fogo para a queima de incenso. (Núm. 16:46) Apenas Arão e os seus descendentes que não tinham defeitos tinham permissão de servir no altar. (Lev. 21:21-23) Os demais levitas eram apenas ajudantes. Qualquer homem que não fosse da descendência de Arão, e que se aproximasse, era morto. (Núm. 16:40; 18:1-7) Corá e sua assembléia foram destruídos por deixar de reconhecer esta designação divina e os porta-lumes de cobre que eles tiraram foram transformados em finas lâminas de metal e revestiram o altar, como sinal de que ninguém que não fosse da descendência de Arão poderia aproximar-se. — Núm. 16:1-11, 16-18, 36-40.

Uma vez por ano, o altar do incenso, de ouro, era também expiado, mediante a colocação de sangue sacrificial sobre seus chifres. Outra ocasião em que era assim tratado era nas ofertas pelo pecado para os membros do sacerdócio. — Êxo. 30:10; Lev. 4:7.

Quando transportados pelos filhos de Coate, tanto o altar do incenso como o altar das ofertas queimadas eram cobertos, o primeiro com um pano azul e peles de focas, e o segundo com um pano de lã roxo-avermelhado e peles de foca. — Núm. 4:11-14.

ALTARES DO TEMPLO

Antes da dedicação do templo de Salomão, o altar de cobre feito no deserto servia para as ofertas sacrificiais de Israel no lugar alto de Gibeão. (1 Reis 3:4; 1 Crô. 16:39, 40; 21:29, 30; 2 Crô. 1:3-6) O altar de cobre depois disso, feito para o templo, abrangia uma área dezesseis vezes tão grande quanto o feito por Bezalel, medindo cerca de 8,90 metros de cada lado, e tendo cerca de 4,50 metros de altura. (2 Crô. 4:1) Em vista de sua altura, era essencial um meio de acesso. A lei de Deus proibia o uso de degraus até o altar, a fim de impedir a exposição da nudez. (Êxo. 20:26) Alguns crêem que os calções de linho usados por Arão e seus filhos serviam para neutralizar esta ordem e, assim, tornar permissíveis os degraus. (Êxo. 28:42, 43) No entanto, parece provável que uma rampa inclinada fosse usada para se chegar ao topo do altar da oferta queimada. Josefo [Wars of the Jews (Guerras Judaicas) Livro V, cap. V, par. 6] indica que tal acesso era usado para o altar do templo mais tarde construído por Herodes. Se a disposição do altar do templo seguia à do tabernáculo, a rampa situava-se, com toda probabilidade, no lado S do altar. O “mar de fundição”, em que os sacrifícios eram lavados, seria assim conveniente, visto que também se voltava para o S. Em outros respeitos, o altar construído para o templo, pelo que parece, era modelado segundo o do tabernáculo e não se fornece nenhuma descrição pormenorizada dele.

Localizava-se onde Davi havia construído antes seu altar temporário, no Monte Moriá. (2 Sam. 24:21, 25; 1 Crô. 21:26; 2 Crô. 8:12; 15:8) Considera-se também, em sentido tradicional, que este era o local em que Abraão tentara oferecer Isaque. (Gên. 22:2) O sangue dos animais sacrificiais era derramado à base do altar, e é provável que existisse algum tipo de tubulação para transportar o sangue para longe da área do templo. Relata-se que o templo de Herodes possuía tal tubulação ligada ao chifre SO do altar (compare com Zacarias 9:15) e, na rocha da área do templo onde se crê que o altar estava erguido, encontrou-se uma abertura que leva a um canal subterrâneo que vai para o vale do Cédron.

O altar do incenso para o templo foi feito de cedro, mas esta parece ter sido a única diferença entre este e o do tabernáculo. Era igualmente recoberto de ouro. — 1 Reis 6:20, 22; 7:48; 1 Crô. 28:18; 2 Crô. 4:19.

Na inauguração do templo, a oração de Salomão foi oferecida diante do altar da oferta queimada, e, em sua conclusão, desceu fogo dos céus e consumiu os sacrifícios sobre o altar. (2 Crô. 6:12, 13; 7:1-3) Apesar de abranger uma área de mais de 79 metros quadrados, este altar de cobre provou-se pequeno demais para a imensa quantidade de sacrifícios oferecidos então, e assim, uma parte do pátio foi santificada para essa finalidade. — 1 Reis 8:62-64.

Na última parte do reinado de Salomão, e nos reinados de Roboão e de Abijão, o altar das ofertas queimadas veio a ficar negligenciado, de modo que o Rei Asa achou necessário reformá-lo. (2 Crô. 15:8) O Rei Uzias foi afligido de lepra por tentar queimar incenso no altar do incenso, de ouro. (2 Crô. 26:16-19) O Rei Acaz moveu o altar de cobre da oferta queimada para um lado e colocou em seu lugar um altar pagão. (2 Reis 16:14) Seu filho, Ezequias, contudo, mandou que o altar de cobre e seus utensílios fossem purificados, santificados e restaurados ao serviço. — 2 Crô. 29:18-24, 27.

(Continua)

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