Ajuda ao Entendimento da Bíblia
[Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]
AMOR. [Continuação]
O amor “não se comporta indecentemente”. Não tem maus modos. Não participa em comportamento indecente, tal como abusos sexuais ou conduta chocante. Não é rude, vulgar, descortês, insolente ou grosseiro, nem desrespeitoso para com ninguém. Quem possui amor evitará fazer coisas que na aparência ou nas ações, perturbe seus irmãos cristãos. Paulo instruiu à congregação em Corinto: “Que todas as coisas ocorram decentemente e por arranjo.” (1 Cor. 14:40) O amor também moverá a pessoa a andar de forma honrosa à vista de outros que não são crentes cristãos. — Rom. 13:13; 1 Tes. 4:12; 1 Tim. 3:7.
O amor “não procura os seus próprios interesses”. Segue o princípio: “Que cada um persista em buscar, não a sua própria vantagem, mas a da outra pessoa.” (1 Cor. 10:24) É nisso que se mostra interesse pelo bem-estar eterno de outros. Este interesse sincero em outros é uma das maiores forças motivadoras do amor e um dos mais eficazes e proveitosos de seus resultados. O possuidor do amor não exige que tudo seja feito do seu modo. Disse Paulo: “Para os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me todas as coisas para pessoa de toda sorte, para de todos os modos salvar alguns. Mas, faço todas as coisas pela causa das boas novas, para tornar-me compartilhador dela com outros.” (1 Cor. 9:22, 23) Nem exige o amor os seus “direitos”; interessa-se mais pelo bem-estar espiritual da outra pessoa. — Rom. 14:13, 15.
O amor “não fica encolerizado”. Não procura ocasião nem desculpa para a cólera. Não é movido por acessos de ira, que são uma obra da carne. (Gál. 5:19, 20) Quem tem amor não fica facilmente ofendido com aquilo que os outros dizem ou fazem. Não tem receio de que sua “dignidade” pessoal possa ser ferida.
O amor “não leva em conta o dano”. (Literalmente não “leva em conta a coisa má” [Tradução Interlinear do Reino, em inglês].) Não se considera ferido e assim lança tal dano como algo ‘nos livros de contabilidade’, para ser resolvido, pago no tempo devido, no ínterim não permitindo que prossigam quaisquer relações entre o ofendido e o ofensor. Isso seria um espírito vingativo, condenado pela Bíblia. (Lev. 19:18; Rom. 12:19) O amor não atribui motivos ruins a outrem, mas ficará inclinado a fazer concessões e dar aos outros o benefício da dúvida. — Rom. 14:1, 5.
O amor “não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade”. Sempre se coloca do lado do que é certo, não derivando prazer algum no erro ou nas mentiras, ou em qualquer forma de injustiça não importa que seja um inimigo que seja a vítima. No entanto, se algo está errado ou é desencaminhador, não receia falar abertamente nos interesses da verdade e dos outros. (Gál. 2:11-14) Também, prefere sofrer o erro a cometer outro erro, na tentativa de corrigir o assunto. (Rom. 12:17, 20) Mas, se outra pessoa é devidamente corrigida por alguém que tem autoridade, a pessoa amorosa não se colocará, sentimentalmente, do lado do castigado, achando defeito na correção ou na pessoa autorizada que deu a correção. Tal ação não seria amor para com tal indivíduo. Talvez granjeasse o favor do corrigido, mas o prejudicaria ao invés de ajudá-lo. O amor se regozija com a verdade, muito embora transtorne prévias crenças ou declarações feitas. Apega-se à verdade da Palavra de Deus.
O amor “suporta todas as coisas”. Está disposto a suportar, a sofrer por causa da justiça. Uma tradução literal é “todas as coisas ele está cobrindo”. (Tradução Interlinear do Reino) Quem tem amor será vagaroso em expor a outros aquele que cometeu um erro contra ele. Se a ofensa não for bastante grave, ele a desperceberá. De outra forma, seguirá o proceder recomendado por Jesus, em Mateus 18:15-17. Se a outra pessoa pedir perdão, depois de o erro lhe ser apontado em particular, e corrigir o dano, quem tem amor mostrará que seu perdão é real, que cobriu inteiramente o assunto, assim como Deus. — Pro. 10:12; 17:9; 1 Ped. 4:7, 8.
O amor “acredita todas as coisas”. O amor tem fé nas coisas que Deus disse em sua Palavra da verdade, muito embora as aparências exteriores sejam contrárias a isso, e o mundo descrente zombe delas. Este amor, especialmente para com Deus, é o reconhecimento de sua veracidade, baseada em Seu registro de fidelidade e fidedignidade, assim como conhecemos e amamos a um amigo verdadeiro e fiel, e não duvidamos quando ele nos conta algo de que talvez não tenhamos prova. (Jos. 23:14) O amor crê em tudo que Deus diz, embora talvez não possa captá-lo inteiramente, e está disposto a esperar pacientemente até que o assunto seja mais plenamente explicado ou até que se tenha entendimento dele. (1 Cor. 13:9-12; 1 Ped. 1:10-13) O amor também confia na orientação de Deus sobre a congregação cristã e seus servos designados, e apóia suas decisões baseadas na Palavra de Deus. (1 Tim. 5:17; Heb. 13:17) No entanto, o amor não é crédulo, pois segue a Palavra de Deus para ‘provar as expressões inspiradas para ver se se originam de Deus’, e testa tudo segundo a regra de medir da Bíblia. (1 João 4:1; Atos 17:11, 12) O amor produz confiança nos fiéis irmãos cristãos da pessoa, não suspeitando deles nem descrendo neles, a menos que haja prova absoluta de que eles estão errados. — 2 Cor. 2:3; Gál. 5:10; Filêm. 21.
O amor “espera todas as coisas”. Ele tem esperança em todas as coisas que Jeová prometeu. (Rom. 12:12; Heb. 3:6) Continua a trabalhar, esperando pacientemente que Jeová traga os frutos, faça as coisas crescer. (1 Cor. 3:7) Quem tem amor esperará o melhor de seus irmãos cristãos, em quaisquer circunstâncias em que eles estejam, muito embora alguns talvez sejam fracos na fé. Compreenderá que, se Jeová é paciente com tais fracos, ele certamente deve adotar a mesma atitude. (2 Ped. 3:15) E continua a auxiliar àqueles a quem ajuda a aprender a verdade, esperando e aguardando que eles sejam movidos pelo espírito de Deus a servi-lo.
O amor “persevera em todas as coisas”. É preciso amor para que o cristão mantenha sua integridade para com Jeová Deus. Não há nada que o Diabo possa fazer para testar a solidez da devoção e fidelidade do cristão a Deus que o amor não possa suportar dum modo que o mantenha veraz para com Deus. — Rom. 5:3-5; Mat. 10:22.
“O amor nunca falha”; persevera e continua a crescer. Novo conhecimento e entendimento podem corrigir coisas em que certa vez críamos; a esperança muda, à medida que as coisas esperadas se realizam e novas coisas são esperadas, mas o amor sempre permanece em sua plenitude e continua a se tornar cada vez mais forte. — 1 Cor. 13:8-13.
“TEMPO PARA AMAR”
Quanto ao período de ser demonstrado a outros, o amor só é restringido para com aqueles que Jeová mostra serem indignos dele, ou para com os que seguem um proceder de maldade. O amor é demonstrado a todas as pessoas até que elas demonstrem que odeiam a Deus. Daí, vem o tempo para que finde a expressão de amor para com elas. Tanto Jeová Deus como Jesus Cristo amam a justiça e odeiam o que é contra a lei. (Sal. 45:7; Heb. 1:9) Os que odeiam intensamente o Deus verdadeiro não são pessoas às quais se deva demonstrar amor. Deveras, não se faria nenhum bem em continuar a exercer amor para com tais pessoas, pois aqueles que odeiam a Deus não corresponderão à sua benevolência. (Sal. 139:21, 22; Isa. 26:10) Por conseguinte, Deus corretamente os odeia e tem um tempo para agir contra eles. — Sal. 21:8, 9; Ecl. 3:1, 8.
COISAS QUE NÃO SE DEVE AMAR
O apóstolo João escreve: “Não estejais amando nem o mundo, nem as coisas no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele, porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos e a ostentação dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo.” (1 João 2:15, 16) Ele afirma, mais tarde, “o mundo inteiro jaz no poder do iníquo”. (1 João 5:19) Assim sendo, aqueles que amam a Deus odeiam todo caminho mau. — Sal. 101:3; 119:104, 128; Pro. 8:13; 13:5.
Ao passo que a Bíblia mostra que os maridos e as esposas devem amar-se uns aos outros, e que tal amor inclui a relação conjugal (Pro. 5:18, 19; 1 Cor. 7:3-5), ela indica o erro do amor sexual para com alguém que não é o seu cônjuge, uma prática carnal e mundana. (Pro. 7:18, 19, 21-23) Outra coisa do mundo é o materialismo, “o amor ao dinheiro” (philarguría, literalmente “afeição pela prata” [Tradução Interlinear do Reino]), que é uma raiz de toda sorte de coisas prejudiciais. — 1 Tim. 6:10; Heb. 13:5.
Jesus Cristo denunciou duramente os hipócritas líderes religiosos dentre os judeus, que gostavam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas largas, para serem visíveis aos homens, e que amavam os lugares destacados nas refeições noturnas e os primeiros assentos nas sinagogas. Indicou que eles já tinham recebido plenamente sua recompensa, aquilo que amavam e desejavam, a saber, a honra e a glória dos homens; por conseguinte, nenhuma recompensa lhes era devida da parte de Deus. (Mat. 6:5; 23:2, 5-7; Luc. 11:43) O registro reza: “Muitos dos próprios governantes depositavam realmente fé [em Jesus], mas, por causa dos fariseus não o confessavam, a fim de que não fossem expulsos da sinagoga; pois amavam mais a glória dos homens do que mesmo a glória de Deus.” — João 12:42, 43; 5:44.
Cristo, ao falar a seus discípulos sobre sua morte, sublinhou que os que desejassem ser seus ministros teriam de segui-lo. Disse ele: “Quem estiver afeiçoado [philón] à sua alma, destruí-la-á, mas quem odiar a sua alma neste mundo, protegê-la-á para a vida eterna.” (João 12:23-25) Quem preferisse proteger sua vida agora, ao invés de dispor-se a entregar sua vida como seguidor de Cristo, perderia a vida eterna, mas quem considerasse a vida no mundo atual como secundária, e que amasse a Jeová e a Cristo, bem como à sua justiça, acima de tudo o mais, obteria a vida eterna.
Deus odeia os mentirosos, pois não têm amor à verdade. Ele declarou ao apóstolo João em visão: “Lá fora [da cidade santa, a Nova Jerusalém] estão os cães e os que praticam o espiritismo, e os fornicadores, e os assassinos, e os idólatras, e todo aquele que gosta [philón] da mentira e a pratica.” — Rev. 22:15; 2 Tes. 2:10-12.
O AMOR DUMA PESSOA PODE ESFRIAR
Jesus Cristo, ao falar a seus discípulos sobre as coisas à frente, indicou que o amor (agápe) de muitos que professavam crer em Deus se esfriaria. (Mat. 24:3, 12) O apóstolo Paulo disse que, como modalidade dos tempos críticos que viriam, os homens se tornariam “amantes do dinheiro”. (2 Tim. 3:1, 2) É evidente, portanto, que a pessoa pode perder de vista os princípios corretos e que o amor correto que certa pessoa possuía pode desvanecer-se. Isto dá ênfase à importância do exercício e do aperfeiçoamento constantes do amor, pela meditação sobre a Palavra de Deus e por se moldar a vida segundo os Seus princípios. — Efé. 4:15, 22-24.
ÁGAPES (FESTAS DE AMOR) [Gr., agápai (pl. de agápe, amor)]. A Bíblia não descreve estes ágapes (festas de amor), nem indica com que freqüência eram realizados. (Judas 12, Almeida, rev. e corr., margem) Não foram ordenados pelo Senhor Jesus Cristo nem por seus apóstolos, e é evidente que não devem ser considerados obrigatórios ou permanentes. Alguns afirmam que eram ocasiões em que os cristãos materialmente prósperos realizavam banquetes aos quais convidavam seus concrentes pobres. Juntos, os órfãos, as viúvas, os ricos e os menos afortunados partilhavam da mesa farta, no espírito de fraternidade. The Interpreter’s Bible (A Bíblia do Intérprete), Volume 12, página 333, afirma: “A festa de amor era mais do que um símbolo na igreja primitiva. Era abundante refeição cujo custo era parcialmente coberto pela igreja. Demonstrava o espírito familiar de igualdade e de comunhão de bens. Para muitos membros humildes da igreja, era sua melhor refeição da semana. A glutonaria e o espírito de grupinhos contradiriam o inteiro espírito de tais ocasiões.”
Tertuliano, primitivo escritor cristão, fornece uma descrição das festas de amor, relembrando que os participantes, antes de se inclinarem para comer, faziam uma oração a Deus. Comiam e bebiam com moderação apenas o bastante para satisfazer a fome e a sede lembrando-se de que, mesmo durante a noite, tinham de adorar a Deus. Sua conversa era a dos que sabiam que o Senhor estava escutando. Cada um entoava um cântico, e a festa se encerrava com oração.
Que tais festas eram, originalmente, realizadas com boas intenções é indicado pela palavra usada para descrevê-las. Agápe é a palavra grega usada para a forma mais elevada de amor, o amor baseado em princípios. É a espécie de amor que a Bíblia diz: “Deus é.” (1 João 4:8) É alistado como um fruto do espírito em Gálatas 5:22, e é descrito extensivamente em 1 Coríntios 13:4-7.
NÃO É A “REFEIÇÃO NOTURNA DO SENHOR”
Não parece haver nenhuma base para se ligar tais festas de amor com a Refeição Noturna do Senhor (A Comemoração), como alguns têm feito, afirmando que as festas de amor eram realizadas quer antes quer depois da observância da Comemoração. A Refeição Noturna do Senhor é um aniversário que cai anualmente no mesmo dia, o décimo quarto dia do mês lunar de nisã, ao passo que as festas de amor parecem ter-se realizado com freqüência, e não necessariamente segundo um programa regular. O apóstolo Paulo condena que se faça da Refeição Noturna do Senhor uma refeição comum, e acrescenta: “Não é que certamente tendes casas para comer e beber? . . . Se alguém tiver fome, coma em casa.” (1 Cor. 11:22, 34) Trata-se duma noite a ser observada com seriedade e meditação sobre seu significado, e não uma ocasião para se comer e beber no local de reunião.
Nem estas festas de amor são a mesma coisa que o “tomar refeições” (o “partir do pão”, Almeida, rev. e corr.) mencionado em Atos 2:42, 46; 20:7. O pão, naqueles tempos, era usualmente feito em forma de bolos redondos e finos. O pão ázimo também seria quebradiço. O pão não era cortado, mas partido, o que deu origem à frase “partir do pão”, com referência, muitas vezes, a saborear-se uma refeição comum. — Atos 2:46, Al, compare-se com a Tradução do Novo Mundo.
EMPREGO ERRÔNEO POR ALGUNS
Como refeição literal, as festas de amor se tornaram sujeitas a vários abusos por parte dos que não tinham a correta perspectiva espiritual, e, não tendo sido ordenadas pelo Senhor Jesus Cristo, nem por seus apóstolos, mas sendo apenas um costume, foram mais tarde descontinuadas. As palavras de Judas indicam que alguns se associavam nestas ocasiões com maus motivos: “Estes são os rochedos ocultos sob a água, nos vossos ágapes [“festas de amor”, Al, rev. e corr. margem], banqueteando-se convosco, pastores que se apascentam a si mesmos sem temor.” (Judas 12) Pedro indica a infiltração de malfeitores e dos que ensinavam falsas doutrinas entre os verdadeiros cristãos, afirmando: “Acham um prazer viver em luxo durante o dia. São manchas e máculas, entregando-se com deleite irrestrito aos seus ensinos enganosos, banqueteando-se convosco.” (2 Ped. 2:13) Ao passo que os cristãos até o tempo atual, inclusive, continuam a gozar de agradável companheirismo e ajudam-se mutuamente, em sentido material, em tudo que está ao seu alcance, não existe base para se reviver as festas de amor como costume da congregação cristã. — Tia. 1:27; 2:15.
AMÓS [ser uma carga; levar uma carga].
1. Um profeta de Jeová e escritor do livro que leva seu nome, que viveu no nono século A. E. C. (Veja AMÓS, LIVRO DE.) Não nasceu contudo, como filho dum profeta, nem pertencia àquela sociedade organizada conhecida como os “filhos dos profetas”. (1 Reis 20:35; 2 Reis 2:3; 4:1; Amós 7:14) Seu lar era a aldeia de Tecoa, a cerca de dezesseis quilômetros ao S de Jerusalém, numa elevação de mais de 820 metros. A E, inclinando-se para o Mar Morto, que jazia a cerca de 1.200 metros abaixo, estava o desolado deserto da Judéia, onde, em sua vida inicial, o profeta achou emprego como humilde criador de ovelhas. (Amós 1:1) A palavra hebraica noqdhím, aqui traduzida “criadores de ovelhas”, só ocorre em mais um lugar na Bíblia (2 Reis 3:4), e indica uma raça especial de ovelhas chamada naqad pelos árabes, um tanto desgraciosa mas de alto valor graças a seu velocino. Lá fora, naquela região selvagem, Amós também se empenhava em trabalhos braçais temporários como riscador de figos de sicômoros, uma variedade que era considerada comestível apenas para os pobres. A prática de riscar ou perfurar os figos era para apressar o amadurecimento e aumentar o tamanho e a doçura da fruta. — Amós 7:14.
Semelhante ao pastor Davi, que foi chamado ao serviço público de Deus, assim também “Jeová passou a tomar [Amós] de [ir] atrás do rebanho” e fez dele um profeta. — Amós 7:15.
Da solidão do deserto, ao sul, Amós foi enviado ao idólatra reino de dez tribos no norte, com sua capital, Samaria.
Amós começou sua carreira profética dois anos antes do grande terremoto que ocorreu no reinado de Uzias, rei de Judá. Ao mesmo tempo, Jeroboão II, filho de Joás, era rei de Israel. (Amós 1:1) Por conseguinte, a profecia de Amós se situa em algum tempo do período de vinte e seis anos que vai de 829 a 803 A. E. C., quando os reinados destes dois reis de Judá e de Israel coincidiram. O grande terremoto que ocorreu dois anos depois de Amós ter sido comissionado como profeta, foi de tal magnitude que, quase 300 anos depois, Zacarias fez menção especial dele. — Zac. 14:5.
É incerto por quanto tempo Amós serviu qual profeta no reino setentrional. Amazias, o iníquo sacerdote adorador de bezerros da religião estatal centralizada em Betel, tentou expulsá-lo do país, à base de que ele era uma ameaça para a segurança do estado. (Amós 7:10-13) Não se revela se Amazias teve êxito. De qualquer modo, ao se cumprir a missão profética de Amós junto a Israel, ele presumivelmente voltou ao seu território tribal nativo de Judá. Jerônimo e Eusébio relatam que o sepulcro do profeta estava localizado em Tecoa nos dias deles. Também parece que, depois de retornar a Judá, Amós escreveu a profecia, que de início fora proferida oralmente. Ele é com freqüência chamado de um dos doze profetas “menores” (seu livro sendo catalogado em terceiro lugar entre os doze), todavia, a mensagem que proferiu não é, de jeito nenhum, de pouco significado.
2. Um dos ancestrais de Jesus, a oitava geração antes de Maria. — Luc. 3:25.