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  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1977
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  • TERRITÓRIO OCUPADO
  • CONFLITOS COM ISRAEL
  • Durante a regência de Davi
  • Durante o reino dividido
  • INVASÃO BABILÔNICA
  • CASAMENTOS MISTOS COM OS ISRAELITAS
Despertai! — 1977
g77 8/10 pp. 24-26

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria selecionada de Aid to Bible Understanding Edição de 1971.]

AMOM (Heb. Ámmon) [parente; aparentado]. O filho de Ló com sua filha mais moça e o progenitor dos amonitas. (Gên. 19:38) Como no caso da filha mais velha, também a filha mais jovem de Ló teve relações com seu pai, enquanto habitavam uma caverna duma região montanhosa, tendo suas filhas primeiro dado muito vinho a Ló. (Gên. 19:30-36) O nome dado a Amom por sua mãe foi Ben-Ami, que significa, literalmente, “filho do meu povo”, isto é, ‘filho de meus parentes’, e não de estrangeiros, como os sodomitas. O nome, assim, estava evidentemente ligado à preocupação expressa pela filha mais velha, de que as duas filhas não pudessem encontrar ninguém dentre seu próprio povo, ou linhagem familiar, para se casar, na terra em que habitavam. — Veja MOABE.

“Amom” é também usado no Salmo 83:7 para referir-se à nação de seus descendentes. O termo usual é “filhos de Amom”, que, para a mente hebraica, literalmente significaria “filhos de meu parente”, destarte recordando aos israelitas o parentesco existente entre eles e os amonitas, parentesco este que até mesmo Jeová levava em conta, conforme evidenciado por Sua orientação aos israelitas para que não molestassem Amom, nem travassem luta com eles, visto que eram filhos de Ló, sobrinho de Abraão. — Deu. 2:19; veja AMONITAS.

AMONITAS. Descendentes de Amom, filho de Ló e da mais jovem das suas duas filhas. (Gên. 19:36-38) Eram parentes próximos dos moabitas, descendentes do outro filho de Ló, Moabe, e regularmente mencionados na história bíblica e secular antiga, junto com os moabitas. Eram também mais distantemente aparentados dos israelitas, e este parentesco bíblico é apoiado pelo fato de que a língua amonita era um dialeto ou variante do hebraico. Com raras exceções contudo, os amonitas demonstraram violenta inimizade para com a nação de Israel.

TERRITÓRIO OCUPADO

Evidentemente por consideração para com seu fiel antepassado, Ló Jeová Deus permitiu que os amonitas tomassem posse do território previamente mantido pelos refains, um povo majestoso chamado de zanzumins pelos amonitas. (Deu. 2:17-21) Esta terra se situava a E do extremo sul do Rio Jordão, e, certa vez o território dos amonitas se unia com os dos moabitas, na região de planalto, na banda oriental do Mar Morto. Algum tempo antes da entrada de Israel em Canaã contudo, os amorreus tinham desapossado os amonitas de parte de sua terra e os empurraram para o N e E, destarte abrindo uma cunha entre eles e os moabitas (que também sofreram a perda de considerável território). (Núm. 21:26; Jos. 12:2; Juí. 11:13, 22) Depois disso, a terra dos filhos de Amom geralmente se estendia dos trechos superiores do Rio Jaboque, que se curvava, em direção leste, para o deserto (Núm. 21:24; Jos. 12:2), estando sua capital situada em Rabá (a moderna Amã), próxima às cabeceiras do Jaboque. (Deu. 3:11) Os arqueólogos descobriram antigos locais e fortalezas fronteiriças amonitas nesta região.

Sob ordens divinas, os israelitas tiveram o cuidado de não invadir as posses de terras dos amonitas, ao conquistarem os vizinhos amorreus. (Deu. 2:37; Jos. 13:8-10) Assim, ao passo que Josué 13:25 declara que a tribo de Gade recebeu “metade da terra dos filhos de Amom”, como parte de sua herança tribal, a referência, evidentemente, é feita àquela parte da terra anteriormente tomada dos amonitas pelos amorreus território aparentemente situado entre o Rio Jordão e o Jaboque superior.

CONFLITOS COM ISRAEL

Embora os amonitas parecem ter-se unido aos moabitas em contratar Balaão, o profeta mercenário, a fim de amaldiçoar Israel, não fizeram nenhum esforço militar imediato contra Israel. (Deu. 23:3, 4) Não foi senão no tempo do Rei Eglom, de Moabe, que os amonitas, junto com os amalequitas, juntaram-se aos moabitas em atacar Israel, movimentando-se para o oeste em direção a Jericó junto ao Jordão. (Juí. 3:12-14) Depois de o Juiz Eúde eliminar os efeitos deste ataque (Juí. 3 vs. 26-30), os amonitas não constituíram de novo grande ameaça para Israel senão nos dias de Jefté. Já então, os israelitas voltaram a servir os deuses das nações, e seguiu-se um período de dezoito anos de opressão, os amonitas pressionando Israel pelo E enquanto os filisteus o ameaçava do O. As forças amonitas não só aterrorizaram os israelitas que moravam em Gileade, mas até mesmo faziam surtidas a O do Jordão para fustigar as tribos de Benjamim, Judá e Efraim. (10:6-10) Finalmente limpos da adoração falsa, os israelitas se alinharam sob a liderança de Jefté e, depois de Jefté ter refutado legalmente as acusações amonitas de usurpação de direitos de terra por parte de Israel, os amonitas foram duramente derrotados. — 10:16 a 11:33; veja JEFTÉ.

Alguns peritos têm considerado a referência de Jefté a “Quemós, teu deus’’ como sendo errônea afirmando que Quemós era o deus nacional de Moabe, e não de Amom. (Juí. 11:24; Núm. 21:29) Ao passo que o deus dos amonitas é mencionado diversamente como Moloque, Milcom ou Malcão (1 Reis 11:5, 7; Jer. 49:1, 3), esses termos (que significam “rei” ou “seu rei”) são considerados por algumas autoridades como títulos ao invés de nomes próprios, e poderiam ter sido aplicados ao deus Quemós. De qualquer modo, os amonitas eram politeístas (Juí. 10:6) e a adoração de Quemós poderia ter gozado de quase tanta proeminência entre eles como entre os seus parentes, os moabitas.

Cerca de um mês depois de Saul ser designado rei de Israel, o Rei Naás de Amom cercou a cidade de Jabes, em Gileade, exigindo a rendição da cidade junto com a exigência cruel de que seus homens só teriam paz se cada um permitisse que seu olho direito fosse furado. Sabendo do cerco, Saul provou seu mérito qual rei, juntou as forças israelitas e desarraigou os amonitas. (1 Sam. 11:1-4, 11-15) A declaração posterior de Samuel revela que foi a crescente ameaça dos amonitas, sob Naás, que provocou por fim o pedido dos israelitas de terem um rei. — 1 Sam. 12:12.

Durante a regência de Davi

Os amonitas também sofreram derrotas às mãos de Davi, sendo exigido deles despojos ou tributo. (1 Crô. 18:11) O relato sobre isto, em 2 Samuel 8:11, 12, faz parte dum resumo das conquistas de Davi, e este resumo talvez não esteja necessariamente em ordem cronológica completa com relação aos relatos anteriores e subseqüentes. Assim, 2 Samuel 10:1, 2 sugere uma relação comparativamente pacífica entre Amom e Israel durante a regência de Davi até o tempo da morte do Rei Naás. O filho e sucessor de Naás, Hanum, deixou Davi grandemente irado, porém, por humilhar os mensageiros que Davi lhe enviou como portadores do consolo. Cônscios da seriedade da afronta perpetrada, os amonitas procuraram obter forças mercenárias dentre os sírios e prepararam uma ofensiva contra Israel, mas foram sobrepujados e derrotados pelo general israelita, Joabe, e seu irmão, Abisai. — 2 Sam. 10:1-14; 1 Crô. 19:6-15.

Na primavera setentrional seguinte, Rabá, capital de Amom, ficou sob cerco das forças de Davi. Durante uma surtida desesperada pelos amonitas cercados, morreu Urias, o hitita. (2 Sam. 11:1, 17, 24, 26, 27) A duração do sítio é difícil de ser determinada. O registro do nascimento do filho adulterino de Bate-Seba, e o posterior nascimento de Salomão, podem enquadrar-se cronologicamente no período do cerco, ou podem simplesmente ter sido fornecidos de forma completa para se terminar o relato que envolvia Bate-Seba muito embora um ou ambos os nascimentos poderiam ter ocorrido depois do sítio. Ao passo que o relato em 1 Crônicas 20:1, 2 não parece indicar um período dilatado, não seria incomum se o sítio tivesse durado até o ano seguinte. A plena conquista da capital amonita foi finalmente realizada por Davi. — 2 Sam. 12:26-29; veja RABÁ.

A “coroa de Malcão”, mencionada na captura de Rabá, era evidentemente uma coroa colocada sobre a cabeça do deus-ídolo amonita, em outras partes chamado de Moloque ou Milcom. Ao passo que a Versão Almeida (rev. e cor.) traduz o termo hebraico Mal.kám aqui como “seu rei”, não parece lógico que se refira aqui a um rei humano, visto que a coroa pesava “um talento de ouro” ou cerca de 34,200 quilos. Também parece provável que ser a coroa colocada sobre a cabeça de Davi era apenas um ato temporário, talvez para demonstrar sua vitória sobre este deus falso. — 2 Sam. 12:30.

Em virtude das traduções de 2 Samuel 12:31 feitas pelas versões Soares, Trinitária e Almeida (atualizada; rev. e corrigida) alguns entenderam que os amonitas derrotados foram cruelmente serrados, mortos a machadadas, e queimados até morrerem, por Davi. Traduções posteriores (Pont. Inst. Bíblico de Roma, Centro Bíblico Católico, Almeida, da I. B. B., Tradução do Novo Mundo), contudo, fornecem o sentido correto mostrando que os amonitas foram postos sob serviços forçados, trabalhando com serras e machados e em fabricar tijolos. Isto é consubstanciado pelo fato de que o termo hebraico traduzido “fornos de tijolos” em algumas traduções, segundo se sabe agora, refere-se antes a um molde de madeira em que o barro era modelado em forma de tijolo.

Quando Davi se retirou para Maanaim devido à intriga de Absalão, é digno de nota que um dos que lhe ofereceram ajuda foi “Sobi, filho de Naás, de Rabá” possivelmente o irmão de Hanum. Evidência adicional de que nem todos os amonitas eram inimigos amargos de Israel é a presença de Zeleque, o amonita, entre os homens poderosos de Davi. (2 Sam. 17:27-29; 23:37) O Rei Salomão incluíra amonitas entre suas esposas estrangeiras, inclusive a mãe de Roboão. (1 Reis 11:1; 14:31) Isto, contudo, contribuiu para a apostasia de Salomão, e de ele estabelecer “altos” para a adoração de Milcom e de outros deuses, lugares estes que foram por fim destruídos pelo fiel rei Josias. — 1 Reis 11:5; 2 Reis 23:13.

Durante o reino dividido

Os amonitas recuperaram sua independência dos reis davídicos e, durante o reinado de Jeosafá (936-911 A. E. C.) juntaram-se aos moabitas e aos habitantes da região montanhosa de Seir numa ofensiva conjunta contra Judá, mas, a aliança sofreu esmagadora derrota. (2 Crô. 20:1-4, 10-26) As inscrições do imperador assírio Salmaneser III, que regeu no tempo do Rei Jeú (905-876 A. E. C.) de Israel, alistam as forças de “Ba’sa, filho de Ruubi, de Amom” entre uma coalizão de reis que se opunham à Assíria na batalha de Qarqar. Um dos conspiradores da morte do Rei Jeoás, de Judá (898-858 A. E. C.) era servo amonita, Zabade. (2 Crô. 24:22, 26) O governo forte de Uzias (829-777 A. E. C.) mais uma vez tornou os amonitas tributários de Judá (2 Crô. 26:8) e o filho de Uzias, Jotão, impôs de novo este domínio sobre Amom, exigindo deles cem talentos de prata (aproximadamente US$ 142.359 ou Cr$ 2.135.385,00) e dez mil coros de trigo (cerca de 2.200.000 litros) e dez mil de cevada. (2 Crô. 27:5) A capacidade dos amonitas de pagar esta grande soma durante três anos sucessivos talvez seja devida à sua posição favorável junto a uma das rotas principais de comércio da Arábia até Damasco, e a fertilidade relativa da região do vale do Jaboque, o trigo e a cevada sendo os principais produtos dessa região.

Evidentemente, a intervenção crescente do poder assírio na Palestina durante o reinado de Acaz (761-745 A. E. C.), sucessor de Jotão, permitiu que os amonitas se livrassem do domínio judeu, mas apenas para trocá-lo pela opressão assíria, pois os registros de Tiglate-Pileser III alistam “Sanipu, de Bit-Amom [a casa de Amom]” como pagando tributo à Assíria, junto com Acaz, de Judá, e Salamanu, de Moabe. O prisma de Senaqueribe, narrando a invasão de Judá, no tempo de Ezequias, mostra semelhantemente Amom levando dádivas ao invasor assírio, ao passo que o filho de Senaqueribe, Esar-Hadon, contemporâneo de Manassés, inclui “Puduil, rei de Bete-Amom” entre os que forneceram materiais para a construção da cidade de Nínive.

Parece que, depois da deportação do povo do reino setentrional de Israel, por parte de Tiglate-Pileser, e os subseqüentes regentes assírios (2 Reis 15:29; 17:6), os amonitas começaram a ocupar o território da tribo de Gade, pelo qual tinham lutado sem êxito contra Jefté. (Compare com o Salmo 83:4-8.) Assim, na mensagem profética de Jeová por meio de Jeremias, os amonitas são censurados por se apoderarem da herança dos gaditas e avisados de uma vindoura desolação sobre Amom e seu deus, Malcão (Milcom). (Jer. 49:1-5) Os amonitas foram mais além por enviarem bandos de guerrilhas para fustigar Judá, sob o Rei Jeoiaquim, nos anos finais do reino de Judá. — 2 Reis 24:2, 3.

INVASÃO BABILÔNICA

Com a derrubada de Judá (607 A. E. C.) pelos babilônios, alguns judeus fugiram para Amom, Moabe e Edom, mas voltaram, ao ouvir falar na nomeação de Gedalias sobre o país. (Jer. 40:11, 12) O Rei Baalis, de Amom, contudo, conspirou com o chefe do exército judaico, Ismael, no assassinato de Gedalias (2 Reis 25:23; Jer. 40:14; 41:1-3) e Ismael, posteriormente, refugiou-se em Amom. — Jer. 41:10-15.

Embora Amom se regozijasse com a queda de Jerusalém, o “dia do ajuste de contas” com os amonitas circuncisos finalmente veio sobre eles devido a seus corações incircuncisos. (Jer. 9:25, 26; Eze. 25:1-10) Veraz às profecias proclamadas por Jeremias, Ezequiel e Amós, os amonitas começaram a beber o cálice da ira de Jeová, e provaram a espada, a fome a peste e a desolação de sua terra. — Jer. 25:17, 21; 27:1-8; Eze. 25:1-10; Amós 1:13-15.

Que Amom não se submeteu voluntariamente ao jugo babilônico é indicado pela descrição de Ezequiel de o rei de Babilônia (Nabucodonosor) ficar em pé na encruzilhada e usar a adivinhação para decidir se iria contra Rabá de Amom ou contra Judá. (Eze. 21:19-23, 28-32) Embora a escolha recaísse sobre atacar primeiro Jerusalém, o historiador judeu, Josefo, registra que no quinto ano depois de desolar Jerusalém, Nabucodonosor voltou a guerrear contra Coelessíria, Amom e Moabe, e, depois disso, atacou o Egito. (Antigüidades Judaicas, em inglês, Livro X, cap. IX, par. 7) Que Amom deveras se tornou “um lugar de repouso do rebanho” e Rabá “uma pastagem de camelos” (Eze. 25:5) é consubstanciado pela evidência arqueológica que mostra que a “Transjordânia ficou grandemente despovoada antes da metade do sexto século A. E. C., e que a ocupação sedentária de Amom cessou quase que inteiramente até o terceiro século”. [The Interpreter’s Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete), 1962, Vol. I, pág. 112)] Assim os orientais que montam camelos podiam possuir a terra e armar ali sua tenda. — Eze. 25:4.

É provável que os exilados amonitas, junto com os de outras nações, obtivessem de Ciro, conquistador de Babilônia, a permissão de voltar à sua terra natal, em cumprimento de Jeremias 49:6.

CASAMENTOS MISTOS COM OS ISRAELITAS

Depois da volta dos judeus do cativeiro (537 A. E. C.) um amonita chamado Tobias teve papel destacado em esforçar-se a obstruir a reconstrução dos muros de Jerusalém. (Nee. 4:3, 7, 8) Ainda mais tarde, teve a audácia arrogante de utilizar um refeitório dentro dos precintos do templo, até que Neemias, indignadamente, lançou fora a mobília dele. (Nee. 13:4-8; veja TOBIAS N.º 2.) Muitos dos exilados judeus que retornaram também haviam tomado esposas dentre os amonitas e outras origens estrangeiras, e foram severamente censurados por isso, resultando numa despedida geral de tais esposas. — Esd. 9:1, 2; 10:10-19, 44; Nee. 13:23-27.

Depois de Tobias ser lançado fora da área do templo a lei de Deus em Deuteronômio 23:3-6 proibindo a entrada dos amonitas e dos moabitas na congregação de Israel foi lida e aplicada. (Nee. 13:1-3) Esta restrição, imposta cerca de mil anos antes devido a que os amonitas e os moabitas recusaram-se a socorrer os israelitas, quando estes se acercavam da Terra Prometida, é geralmente compreendida como significando que tais raças não poderiam obter pleno direito legal como membros da nação de Israel, com todos os direitos e privilégios concomitantes que envolveriam essa condição de membros. Não significa, necessariamente, que pessoas dentre os amonitas e os moabitas não podiam associar-se nem morar entre os israelitas, e desta forma, beneficiar-se das bênçãos divinas sobre o povo de Deus, e isto é evidente da inclusão de Zeleque, já mencionado, entre os principais guerreiros de Davi, bem como do registro a respeito de Rute, a moabita. — Rute 1:4, 16-18.

Quanto a este último caso, o casamento de Rute com Boaz mostra que as mulheres dentre tais raças, ao se voltarem para a adoração do verdadeiro Deus, poderiam ser aceitáveis para o casamento com varões judeus. Devido a que os termos “amonita” e “moabita” no texto hebraico de Deuteronômio 23:3-6 acham-se no gênero masculino, o Talmude judaico argumenta que só os varões amonitas e moabitas foram excluídos de Israel. Todavia, a insistência de Esdras para que os homens judeus despachassem suas esposas estrangeiras e a atitude similar de Neemias, já mencionada antes, indicam que a admissão de mulheres amonitas e moabitas na associação com Israel dependia de elas aceitarem a adoração verdadeira.

Embora a evidência histórica, inclusive o livro apócrifo de 1 Macabeus (5:6), mostre que Amom continuou a ser um território distinto até o segundo século A. E. C., já no primeiro século A. E. C. a região parece ter-se tornado parte do reino nabateu, e no terceiro século E. C., os amonitas, como raça, desapareceram da história, sem dúvida sendo absorvidos pelas tribos árabes. Conforme Sofonias tinha profetizado, os filhos de Amom se tornaram “como Gomorra . . . baldio desolado”. — Sof. 2:8-10.

Em vista do desaparecimento dos amonitas no início da era Comum, a menção de Daniel sobre Amom, em sua profecia do “tempo do fim” tem de aplicar-se num sentido espiritual e se referia logicamente aos que se acham entre os inimigos empedernidos do Israel espiritual de Deus, a congregação cristã. — Dan. 11:40, 41.

AMOM (Heb., Ámon) [mestre de obras ou construtor].

1. Um chefe da cidade de Samaria quando Acabe, rei de Israel, estava regendo. (940-919 A. E. C.) O profeta Micaías foi colocado sob seus cuidados quando Acabe guerreou contra Ramote-Gileade. — 1 Reis 22:10, 26; 2 Crô. 18:25.

2. Um rei de Judá e filho do iníquo Manassés. Começou a reger com 22 anos (661 A. E. C.) e seguiu o proceder idólatra dos primeiros anos de seu pai. As más condições descritas em Sofonias 1:4; 3:2-4, sem dúvida se desenvolviam nessa época. Depois de dois anos no trono, foi assassinado pelos seus próprios servos (659 A. E. C.). O “povo da terra [‘am ha-’árets]” matou os conspiradores, colocou seu filho, Josias, no trono, e enterrou Amom no “jardim de Uza”. (2 Reis 21:19-26; 2 Crô. 33:20-25) A genealogia de Jesus inclui o seu nome. — Mat. 1:10.

3. O chefe da família de certos exilados que voltaram, incluídos entre os “filhos dos servos de Salomão”. (Nee. 7:57-59) Ele é mencionado como “Ami’ em Esdras 2:57.

[Continua]

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