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  • ANIMAIS LIMPOS E IMPUROS
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  • USO E CONCEITO CORRETOS DA CRIAÇÃO ANIMAL
  • ORDEM E CATEGORIA
  • PERSONALIDADE
Despertai! — 1977
g77 8/11 pp. 24-27

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[A matéria que segue foi selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

AMULETO. Um objeto possuído ou usado como encantamento ou para proteção contra a feitiçaria ou mal. Os amuletos dos tempos antigos consistiam em vários artigos, inclusive contas, pedras preciosas, ornamentos e pergaminhos que continham inscrições. Às vezes estava inscrito no amuleto uma oração ou encantação mágica. O possuidor supersticioso dele imaginava que o amuleto o protegeria de coisas tais como acidentes, enfermidades e demônios. Ao passo que nem sempre os amuletos eram usados no corpo da pessoa, usualmente eram enfiados e pendurados no pescoço.

Os fiéis hebreus e cristãos não usavam amuletos. No entanto, parece que as infiéis e orgulhosas “filhas de Sião” usavam certos objetos não só como ornamentos mas como amuletos. Entre seus complementos havia “ornamentos em forma de lua”, que podem ter sido amuletos do formato do crescente invertido e eram possivelmente, símbolos da deusa Astarté. (Isa. 3:18) Os ornamentos em forma de lua que os midianitas possuíam tinham um formato similar. Alguns deles eram pendurados nos pescoços de seus camelos possivelmente com a idéia de aumentar sua fertilidade. (Juí. 8:21, 26) As “filhas de Sião” também usavam “fitas para a cabeça”, ou, mais literalmente, “pequenos sóis”. Seus ornamentos em forma de lua e “pequenos sóis” podem ter sido similares aos crescentes lunares e discos solares encontrados em Ras Xamra e estavam, possivelmente, ligados à adoração duma deusa da fertilidade.

“Ornamentais conchas zunzunantes”, ou encantamentos, também eram possuídos pelas “filhas de Sião”. (Isa. 3:20) Ao passo que esses ornamentos não são descritos nas Escrituras, a palavra hebraica usada para caraterizá-los (lehhashím) provém dum radical que significa “sussurrar, pronunciar um encantamento”. Não se sabe se eram usados como brincos ou como colar. — Veja ENCANTAMENTO.

Ao passo que os fiéis hebreus não usavam amuletos as nações circunvizinhas os usavam, e amuletos de vários tipos têm sido descobertos na Palestina. A maioria deles são do tipo egípcio, alguns sendo estatuetas das deidades egípcias, tais como Osíris e Ísis, emblemas tais como o Olho de Hórus, o ankh (símbolo egípcio da vida) ou animais tais como os gatos. Não obstante, pequenos modelos de braços e pernas humanos também foram descobertos, e estes bem que podem ter sido usados com a idéia de obter curas. Alguns de tais amuletos foram encontrados em Megido.

Os amuletos egípcios eram com freqüência feitos em forma de criaturas ligadas às várias deidades falsas; consistiam em miniaturas de touros, crocodilos, cães, falcões, chacais, hipopótamos, etc. Por exemplo, a deusa Bast era representada pelo gato, o deus Anúbis pelo chacal, e o emblema de Hórus era a cabeça do falcão. Quando o escaravelho se tornou sagrado no Egito, os joalheiros egípcios deram a pedras semipreciosas e a outros materiais o seu formato. Algumas vezes, o cartucho de um faraó (uma gravura que continha os caracteres de seu nome) aparecia no lado achatado de tal ornamento. Escaravelhos modelados eram freqüentemente montados sobre sinetes, alguns destes sendo anéis giratórios. Dos treze braceletes encontrados da múmia do faraó egípcio Tutancâmen oito são amuletos, tendo o Olho de Hórus em cinco e o escaravelho (indicando a proteção de Ísis e Rá) em três deles. Amuletos de escaravelhos inscritos com o nome dum faraó ou dum deus, segundo se imaginava, traziam boa sorte ou proteção, e eram muito comuns. Os egípcios usavam certos amuletos para proteção contra o “mau olhado”, assim como o faziam os gregos e romanos. O amuleto mais comum que os romanos usavam para este fim era, pelo que parece, o falo, pendurado ao redor do pescoço das crianças para protegê-las.

Em períodos posteriores da história judaica, a mezuzá veio a ser considerada como amuleto protetor. Os judeus supersticiosos às vezes também dependuravam amuletos no pescoço de pessoas doentes, esperando curas. Alguns deles consistiam em pedaços de pergaminhos em que eram escritos palavras ou nomes (amiúde o Tetragrama) que se imaginava ter poder curativo. Muito comum era a figura cabalística hexagonal (uma estrela de seis pontas) chamada “o escudo ou estrela de Davi” e “o signo de Salomão”.

Jesus Cristo disse que os escribas e fariseus “ampliam as suas caixinhas com textos, que usam como proteção”. (Mat. 23:1, 2, 5) Cristo se referia assim às filacteras usadas na testa ou no braço, não só como demonstração ostentosa para granjear a estima entre o povo, mas, evidentemente, como amuletos que ‘guardariam’ o usuário das más influências e dos demônios. — Veja CAIXINHA COM TEXTOS.

A eficácia de muitos amuletos dos tempos antigos dependia, segundo se imaginava, de sua construção sob determinadas condições astronômicas, e seu uso era principalmente para evitar supostamente o azar. No entanto, as Escrituras condenam a astrologia (veja ASTRÓLOGOS) e não aprovam que se confie na sorte. (Isa. 65:11) Ao passo que a Bíblia não afirma especificamente que as “arrecadas” que Jacó enterrou, junto com os “deuses estrangeiros”, debaixo da grande árvore perto de Siquém fossem amuletos tomados dos siquemitas, como alguns sugeriram, isso é possível. De qualquer modo, foram lançados fora, e o incidente por certo indica que eram indesejáveis. (Gên. 35:4) Nem as injunções em Provérbios (3:3; 6:21; 7:3) ou as palavras de Êxodo 13:9, 16, recomendam o uso das filacteras ou amuletos contendo inscrições, como se torna óbvio da própria fraseologia desses textos. As Escrituras condenam que se deposite confiança em amuletos e em encantamentos, em lançar feitiços e em todas as práticas ocultas. — Deu. 18:9-13; Isa. 3:1-3; 47:8-15.

ANIMAIS. Jeová Deus formou todos os animais, cada espécie-família tendo seus próprios representantes originalmente criados, pois o registro nos assegura de que Deus fez cada um deles “segundo a sua espécie”. (Gên. 1:25) Neste artigo, consideraremos, em especial, os animais terrestres.

Em vista de Deus conceder ao homem perfeito o domínio sobre as várias criaturas da terra, era muitíssimo apropriado que Adão tivesse o privilégio de dar nome a tais criaturas. (Gên. 1:26; 2:19, 20) Sujeitar o homem tais animais impunha-lhe uma mordomia que sempre o obrigaria a prestar contas a Deus. — Luc. 12:48.

Os animais foram criados dum modo que sentissem medo e receio do homem como seu superior. (Gên. 9:2, 3) Segundo os naturalistas, as criaturas selvagens tais como o leopardo e a naja, normalmente preferem esquivar-se da presença do homem, embora o ataquem quando provocadas, feridas, acuadas ou surpreendidas repentinamente. Tem-se sugerido que os tigres que comem gente, por exemplo, tornaram-se assim por força das circunstâncias, entre essas a de ficarem velhos ou feridos, o que limita grandemente a aptidão do tigre de procurar sua caça normal, e a redução da caça do tigre por meio das caçadas humanas.

Já antes do Dilúvio, os animais eram mortos a fim de suprir roupa para os homens e para fins sacrificiais. (Gên. 3:21; 4:4) No entanto, não foi senão depois do Dilúvio que Noé e sua família obtiveram permissão de Jeová para adicionar a carne à sua dieta, estipulando-se que devia ser drenada do sangue. (Gên. 9:3, 4) Ao passo que isto tornava correto que os homens matassem animais para obter o alimento necessário, o homem não foi destarte autorizado a entregar-se à matança desnecessária, pela simples emoção da caçada ou para exibir proeza pessoal, tal como fez indubitavelmente, Ninrode, o rebelde contra Deus. — Gên. 10:9.

Alguns têm argumentado que a presença de animais em ilhas isoladas, tais como a Austrália e a Nova Zelândia, é indício de que nem todos os animais terrestres que estavam fora da arca pereceram no Dilúvio. No entanto, as descobertas dos oceanógrafos indicam que há base para se crer que, certa vez, cordilheiras terrestres uniam o que são agora áreas terrestres isoladas. Por exemplo, estudos oceanográficos divulgados pelo Dr. René Malaise falam de descobertas indicativas de que, certa vez, existia uma “Cordilheira do Atlântico Médio” que cruzava esse oceano acima da superfície. Possivelmente havia também outras cordilheiras, e os animais poderiam ter emigrado através delas, antes que tais cordilheiras afundassem sob a superfície do oceano. Outros estudos oceanográficos apresentaram evidência de que, certa vez, existia enorme continente no Pacífico Sul, que abrangia a Austrália e muitas das ilhas dos Mares do Sul. Se esse era o caso, então os animais não tiveram, naturalmente, dificuldade alguma em emigrar para tais terras.

ANIMAIS LIMPOS E IMPUROS

Uma classificação dos animais pode ser observada nas instruções de Deus a Noé para que levasse consigo, para a arca, sete de cada animal limpo e dois de cada animal impuro. (Gên. 7:2, 3, 8, 9) Visto não ter sido ainda autorizada a dieta de carne, esta diferença entre limpos e impuros foi, provavelmente, determinada à base do que era aceitável a Jeová como sacrifício. Por isso, ao sair da arca, Noé sabia que criaturas eram limpas e apropriadas para serem oferecidas sobre o altar. (Gên. 8:20) Nessa ocasião, não existia nenhuma restrição com respeito ao tipo de animais que Noé e sua família podiam comer, conforme indicado pelas palavras de Jeová: “Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de alimento.” — Gên. 9:3.

A lei de Deus, dada aos israelitas, por conseguinte, introduziu nova distinção, ao decretar que certos animais eram adequados como alimento, e outros eram impuros e proibidos como alimento. O texto especifica: “Toda criatura de casco partido e de fenda nos cascos, e que rumina dentre os animais, é a que podeis comer.” (Lev. 11:3) E, novamente: “Não deves comer coisa alguma detestável. Esta é a sorte de animal que podeis comer: o touro, a ovelha, e a cabra, o veado e a gazela, e o corço, e o cabrito montês, e o antílope, e a ovelha selvática, e a camurça; e todo animal de casco partido e de casco fendido em dois, que rumina entre os animais.” — Deu. 14:3-6 NM, em inglês, 1971.

Os animais que não possuíssem uma ou ambas caraterísticas supracitadas não deviam ser comidos pelos que estavam sob os termos do pacto da Lei. Os animais proibidos incluíam o procavia, a lebre, o porco, o camelo. Também, as criaturas que ‘andavam nas suas patas’ foram proibidas, isto sem dúvida abrangendo criaturas tais como o leão, o urso e o lobo. — Lev. 11:4-8, 26, 27; Deu. 14:7, 8.

Estas limitações dietéticas só se aplicavam aos que estavam sob os termos da lei mosaica, pois a declaração de Levítico 11:8 é: “São impuros para vós”, isto é os israelitas. Sendo ab-rogada a Lei à base da morte sacrificial de Cristo Jesus, tal proibição foi cancelada, e, mais uma vez, todos os humanos poderiam considerar-se sob a mesma provisão ampla anunciada a Noé, depois do Dilúvio. — Col. 2:13-17; Gên. 9:3, 4.

Visto que a restrição quanto a alimentos impuros foi removida junto com o restante da Lei, talvez surja uma pergunta quanto à razão pela qual Pedro, cerca de três anos e meio depois, ainda não havia comido quaisquer animais “impuros”. (Atos 10:10-15) Deve-se lembrar que o cancelamento da Lei resultou em grandes mudanças na vida dos seguidores de Cristo e, portanto, é razoável que tenha levado algum tempo para que avaliassem tudo o que estava envolvido.

USO ILUSTRATIVO

As caraterísticas notáveis dos animais são mencionadas e usadas pelos escritores bíblicos para simbolizar uma variedade de qualidades e poderes. Às vezes, as caraterísticas animais podem representar qualidades excelentes, tanto divinas como humanas. (Eze. 1:10, 11; Rev. 4:6, 7) Em outros casos, os animais podem ser empregados para representar poderes regentes selvagens, bestiais, que oprimem e esmagam o povo. — Dan. 7:2-7; 8:5-8, 20, 21; Rev. 13:1-17.

USO E CONCEITO CORRETOS DA CRIAÇÃO ANIMAL

Em conexão com a adoração sob a lei mosaica, o gado bovino, as ovelhas e os cabritos achavam-se entre as criaturas aceitáveis para sacrifício. Tais animais deviam ser sadios, e não era admissível nenhum animal castrado. (Lev. 22:23-25) O uso de sangue animal como alimento, ou para qualquer outra finalidade que não fosse a sacrificial, era proibido. (Lev. 17:13, 14) A adoração de qualquer figura de qualquer animal, ou de outra coisa criada, era estritamente proibida. — Êxo. 20:4, 5.

A Bíblia inculca o tratamento justo e misericordioso das criaturas inferiores. Deveras, Jeová representa a si mesmo como o amoroso Provisor de sua vida e de seu bem-estar. (Pro. 12:10; Sal. 145:15, 16) A lei mosaica urgia que se tivesse o cuidado correto com os animais domésticos. Quando eram encontrados animais domésticos desviados, estes deviam ser devolvidos seguramente ao seu dono, quando esmagados sob uma carga, deviam ser aliviados. (Êxo. 23:4, 5) Deviam ser postos para trabalhar compassivamente. (Deu. 22:10; 25:4) Tanto eles como os humanos deviam beneficiar-se dos descansos sabáticos. (Êxo. 20:10; 23:12; Deu. 5:14) Os animais perigosos deveriam ser controlados ou destruídos. (Gên. 9:5; Êxo. 21:28, 29) Era proibido o cruzamento de tipos diferentes. — Lev. 19:19.

Os homens tementes a Deus vêem nos animais uma parte da generosa provisão de Deus para o bem-estar humano. Os animais têm servido ao homem como bestas de carga, como fontes de alimento e de roupa, como agentes sanitários, como auxiliares nas atividades vitais de arar e de colher. Sua variedade de formas e cores deleitam os olhos do homem; seus hábitos e instintos têm fornecido, e ainda fornecem, amplo campo para pesquisa das maravilhas do poder criativo de Deus. Embora os animais morram, do mesmo modo que os homens, não compartilham a esperança humana duma ressurreição. — 2 Ped. 2:12; adicionalmente, veja nominalmente os animais, aves, insetos, répteis de per si; veja FERAS, SIMBÓLICAS; AVES; PEIXES; INSETOS.

ANJO. Tanto o hebraico mal.ʹákl como o grego ággelos significam literalmente “mensageiro”. Desde o primeiro livro da Bíblia até ao último, estas palavras ocorrem cerca de quatrocentas vezes. Quando indicam mensageiros espirituais, as palavras são traduzidas “anjos”, mas, se a referência é a criaturas humanas, a tradução é “mensageiros”. (Gên. 16:7; 32:3; Tia. 2:25; Rev. 22:8; veja MENSAGEIRO.) Naturalmente, o livro altamente simbólico de Revelação é uma exceção, onde certas referências a anjos podem indicar criaturas humanas. — Rev. 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 7, 14.

Os anjos às vezes são chamados de espíritos; o que é espírito é invisível e poderoso. Assim, lemos: “Saiu um espírito e ficou de pé perante Jeová”; “Ele faz os seus anjos espíritos”; “Não são todos eles espíritos para serviço público?” (1 Reis 22:21; Heb. 1:7, 14; Sal. 104:4) Tendo corpos espirituais invisíveis têm sua morada “nos céus”. (Mar. 12:25; 1 Cor. 15:44, 50) São também chamados de “filhos do verdadeiro Deus”, “estrelas da manhã” e “santas miríades” (ou “santos”). — Jó 1:6; 2:1; 38:7; Deu. 33:2.

Não sendo criaturas que se casam e reproduzem sua própria espécie, os anjos foram criados individualmente por Jeová, mediante seu Filho primogênito, “o princípio da criação de Deus”. (Mat. 22:30; Rev. 3:14) “Mediante ele [este Filho primogênito, a Palavra] foram criadas todas as outras coisas nos céus . . . as coisas invisíveis . . . Também, ele é antes de todas as outras coisas e todas as outras coisas vieram a existir por meio dele.” (Col. 1:15-17; João 1:1-3) Os anjos foram criados muito antes do aparecimento do homem, pois, com a ‘fundação da terra’, “as estrelas da manhã juntas gritavam de júbilo e todos os filhos de Deus começaram a bradar em aplauso”. — Jó 38:4-7.

Quanto ao número das hostes angélicas do céu, Daniel disse que vira que “mil vezes mil . . . ministravam [a Deus] e dez mil vezes dez mil ficavam em pé logo diante dele”. — Dan. 7:10; Heb. 12:22; Jud. 14.

ORDEM E CATEGORIA

Como se dá com a criação visível, assim também no domínio invisível existe ordem e categoria entre os anjos. O anjo mais destacado, tanto em poder como em autoridade, é Miguel, o arcanjo. (Dan. 10:13, 21; 12:1; Jud. 9; Rev. 12:7; veja ARCANJO; MIGUEL.) Por causa de sua proeminência, e devido a ser “o grande príncipe que está de pé a favor dos filhos do povo [de Deus]”, presume-se que seja o anjo que conduziu Israel através do deserto. (Êxo. 23:20-23) Tendo elevadíssima categoria entre os anjos, quanto a privilégios e honras, há os serafins. (Isa. 6:2, 6; veja SERAFINS.) Com mais freqüência (cerca de noventa vezes), as Escrituras mencionam os querubins, e, pela descrição de seus deveres e responsabilidades, torna-se evidente que também mantêm uma posição especial entre os anjos. (Gên. 3:24; Eze. 10:1-22; veja QUERUBIM N.º 1.) Daí, há um grande corpo de mensageiros angélicos que servem qual meio de comunicação entre Deus e o homem. No entanto, fazem mais do que simplesmente transmitir mensagens. Como agentes e representantes do Deus Altíssimo, servem quais executores responsáveis do propósito divino, seja para proteger seja para livrar o povo de Deus, ou para destruir os iníquos. — Gên. 19:1-26.

PERSONALIDADE

Alguns talvez neguem aos anjos, individualmente, uma personalidade distinta, afirmando que são forças impessoais de energia, enviadas para realizar a vontade de Deus, mas a Bíblia ensina de outra forma. Nomes individuais subentendem individualidade. O fato de que dois de seus nomes, Miguel e Gabriel, são fornecidos, comprova suficientemente esse ponto. (Dan. 12:1; Luc. 1:26) A falta de outros nomes era uma salvaguarda para que não se desse honra e adoração indevidas a tais criaturas. Foram enviadas por Deus como agentes para atuar em Seu nome, não no próprio nome deles. Por isso, quando Jacó perguntou o nome do anjo, este se recusou a dá-lo. (Gên. 32:29) O anjo que se aproximou de Josué, quando este lhe pediu que se identificasse, respondeu apenas que era “príncipe do exército de Jeová”. (Jos. 5:14) Quando os pais de Sansão solicitaram o nome do anjo, este se recusou a dá-lo, dizendo: “Por que é que me perguntarias assim pelo meu nome, quando ele é maravilhoso?” (Juí. 13:17, 18) O apóstolo João tentou adorar anjos e foi duas vezes censurado: “Toma cuidado! Não faças isso! . . . Adora a Deus.” — Rev. 19:10; 22:8, 9.

Como personalidades, os anjos têm o poder de comunicar-se uns com os outros (1 Cor. 13:1), a habilidade de falar várias línguas dos homens (Núm. 22:32-35; Dan. 4:23; Atos 10:3-7), a faculdade de raciocínio com a qual podem glorificar e louvar a Jeová. (Sal. 148:2; Luc. 2:13) É verdade que os anjos são assexuados, porque Jeová os fez assim, não porque são simples forças impessoais. Os anjos são geralmente representados como varões, e, quando se materializavam era sempre em forma masculina, porque Deus e seu Filho são mencionados como varões. No entanto, quando certos anjos materializados entregaram-se ao prazer sexual nos dias de Noé, foram expulsos das cortes celestes de Jeová. Eis aqui uma demonstração da individualidade dos anjos, pois, semelhantes à humanidade, eles também têm livre arbítrio, tendo o poder de fazer uma escolha pessoal entre o certo e o errado. (Gên. 6:2, 4; 2 Ped. 2:4) Por escolha pessoal, hordas de anjos juntaram-se a Satanás em sua rebelião. — Rev. 12:7-9; Mat. 25:41.

[Continua]

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