BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g77 8/12 pp. 23-25
  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1977
  • Subtítulos
  • CONEXÕES BÍBLICAS E HISTÓRIA POSTERIOR
  • EVIDÊNCIA CONTRA CANONICIDADE
  • Inclusão na Septuaginta não prova canonicidade
  • Testemunho antigo adicional
  • Diferentes conceitos católicos
  • Evidência interna
  • TOBIAS
  • JUDITE
Despertai! — 1977
g77 8/12 pp. 23-25

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[De Aid to Bible Understanding, Edição de 1971, extraímos a matéria abaixo.]

ANTIOQUIA.

1. A cidade de Antioquia na Síria foi fundada por Seleuco Nicátor pouco depois de ele e os Generais Cassandro e Lisímaco ganharem a batalha decisiva de Ipso, na Frígia, Ásia Menor, em 301 A. E. C. Ele escolheu esse local devido às suas vantagens militares e a chamou assim em honra a seu pai ou a seu filho, ambos chamados Antíoco. No local do que hoje é chamado de Antáquia, na Turquia, Antioquia foi fundada do lado S do navegável rio Orontes, numa curva a cerca de 32 quilômetros do Mar Mediterrâneo. Estava localizada de tal modo, geograficamente, que podia com facilidade dominar o comércio de todo o NO da Síria que percorria os caminhos entre o rio Eufrates e o Mar Mediterrâneo. Logo se tornou um centro comercial, e suas manufaturas de itens luxuosos trouxe prosperidade e riqueza à cidade cosmopolita. Como porto de Antioquia, Seleuco também fundou a cidade costeira de Selêucia, assim chamada em honra a si mesmo. Antes de ser assassinado, em 280 A. E. C., transferiu a sede de seu governo de Babilônia para sua nova capital síria, Antioquia, onde a dinastia selêucida de reis continuou no poder até 64 A. E. C. quando o General Pompeu, romano, fez da Síria uma província romana. Antioquia não só se tornou a capital da província romana da Síria, mas também se tornou a terceira maior cidade do império, depois de Roma e Alexandria.

A estrutura física da cidade fora disposta segundo o projeto de Alexandria, com grandes ruas cheias de colunas que se cruzavam, dando impressionante beleza ao esplendor dos prédios vizinhos. Era chamada “A Rainha do Oriente”, “Antioquia, a Bela”, “A Terceira Metrópole do Império Romano”, e era ímpar por possuir um sistema regular de iluminação das ruas. Apesar desta exibição exterior de beleza e laboriosidade, granjeou a reputação de ser moralmente corruta graças à prática conspurcadora de ritos orgíacos em nome da religião. Dizia-se que os antioquianos eram “notoriamente dissolutos”. Juvenal disse que ‘o rio Orontes tinha desaguado no rio Tibre, inundando Roma com a superstição e a imoralidade do Oriente’.

CONEXÕES BÍBLICAS E HISTÓRIA POSTERIOR

Josefo registra que os selêucidas encorajaram os judeus a se estabelecer em Antioquia e lhes deram plenos direitos de cidadania, assim estabelecendo numerosa população judaica. A primeira menção de Antioquia na Bíblia é em relação a Nicolau de Antioquia, que se tornou cristão depois de ser prosélito da religião judaica. (Atos 6:5) A atividade cristã direta começou ali quando alguns dos discípulos espalharam-se até Antioquia, devido à tribulação surgida após a morte de Estêvão. (Atos 11:19, 20) Quando a congregação em Jerusalém ouviu falar que muitas pessoas de língua grega se tornavam crentes, enviaram Barnabé até Antioquia e, quando este observou o interesse florescente ali, trouxe Paulo de Tarso para ajudá-lo. (Atos 11:21-26) Ambos moraram ali por um ano, ensinando as pessoas, e Paulo depois disso usou Antioquia como base doméstica para suas excursões missionárias. Foi em Antioquia que, por providência divina, os discípulos foram, pela primeira vez, chamados “cristãos”. (Atos 11:26) A generosidade da congregação foi expressa quando enviaram uma administração de socorros (Atos 11:29) pelas mãos de Paulo e Barnabé, para o corpo governante em Jerusalém, por volta de 46 E. C. Isto coincidiu com grande fome que ocorria no tempo de Cláudio, conforme profetizado por Ágabo. (Atos 11:27, 28) Depois que retornaram a Antioquia, o espírito santo orientou que Paulo e Barnabé fossem separados para um trabalho especial, de modo que foram enviados na primeira viagem missionária de Paulo, em 47-48 E. C. Antes de ele iniciar sua segunda viagem missionária, e quando estava em Antioquia, surgiu a questão da circuncisão para os gentios, em 49 E. C., e o decreto do corpo governante em Jerusalém, presidido por Tiago, foi entregue por Paulo e Barnabé à congregação em Antioquia. (Atos 15:13-35) A segunda viagem missionária de Paulo, de 49-52 E. C., iniciou-se e terminou similarmente em Antioquia, e foi também aqui que Paulo corrigiu a ação transigente de Pedro de fazer discriminação entre judeus e gentios. — Gál. 2:11, 12.

Embora se dissesse que a cidade alcançou o píncaro de seu tamanho e prosperidade no quarto século E. C., tendo uma população de mais de 800.000, Antioquia foi destruída logo depois disso, no sexto século E. C., pelos persas. O Imperador Justiniano, romano, a reconstruiu, e a partir de 635 E. C. ela foi controlada pelos muçulmanos e os turcos, com a exceção dum período de dominação pelos cruzados, do décimo primeiro ao décimo terceiro séculos.

2. Antioquia, na Pisídia, também foi fundada por Seleuco Nicátor, e assim chamada em honra ao pai dele, Antíoco. As ruínas da cidade se localizam perto de Ialvaque, na Turquia moderna. Situava-se na fronteira da Frígia e da Pisídia, e poderia ser reconhecida como sendo parte de uma ou de outra destas províncias, em épocas diferentes. Assim, o geógrafo grego, Estrabão, da primeira parte do primeiro século E. C., refere-se a ela como uma cidade da Frígia, voltada para a Pisídia, mas, como observa o New Standard Bible Dictionary (Novo Dicionário Bíblico Padrão) de Funk e Wagnalls (p. 51), “a maioria dos escritores falam dela como sendo Pisídia”, assim como o faz Lucas. Esta identificação servia para distingui-la da Antioquia da Síria. (Veja PISÍDIA.) Sob a regência romana, tornou-se uma cidade livre (189 A. E. C.), e Augusto mais tarde lhe conferiu a condição de colônia romana. Assim, tornou-se o centro da administração civil e militar no sul da Galácia. Em 39 A. E. C., Antioquia e toda a Pisídia foram dadas por Marco Antônio a Amintas, rei da Galácia, mostrando de novo sua ligação com a Pisídia. Suas ruínas testificam que era uma cidade solidamente fortificada. Devido à sua localização, tornou-se parte da rota comercial entre a Cilícia e Éfeso e continha uma população mista, incluindo muitos judeus, que estabeleceram ali uma sinagoga. Era uma cidade de língua grega, totalmente helenizada. Paulo a visitou duas vezes junto com Barnabé, em sua primeira viagem evangelizante em 47-48 E. C., e pregou na sinagoga, encontrando muitos interessados. (Atos 13:14; 14:19-23) No entanto ciumentos das multidões que ali compareciam, os judeus atiçaram alguns dos principais homens e mulheres da cidade, e lançaram fora dela a Paulo e Barnabé. — Atos 13:45, 50; 2 Tim. 3:11.

APÓCRIFOS [coisas ocultas ou escondidas]. A palavra grega apókryphos é usada em seu sentido original em três textos bíblicos, como se referindo às coisas ‘cuidadosamente ocultas’. (Mar. 4:22; Luc. 8:17; Col. 2:3) Conforme aplicado aos escritos, referia-se originalmente às publicações não lidas em público, assim, “ocultas” de outros. Mais tarde, contudo, a palavra assumiu o significado de espúrio ou não canônico, e, atualmente, é usada mais comumente para referir-se aos onze escritos adicionais declarados como fazendo parte do cânon da Bíblia pela Igreja Católica Romana, no Concílio de Trento (1546). Os escritores católicos se referem a tais livros como deuterocanônicos, que significa “do segundo (ou posterior) cânon” para diferenciá-los de protocanônicos.

Esses onze escritos adicionais são Tobias, Judite, Sabedoria (de Salomão), Eclesiástico (e não Eclesiastes), Baruc, 1 e 2 Macabeus, suplementos de Ester e três adições a Daniel: O Cântico dos Três Jovens Santos, Suzana e os Anciãos, e A Destruição de Bel e do Dragão. O tempo exato de sua escrita é incerto mas a evidência indica para uma época não anterior ao segundo ou terceiro séculos A. E. C.

EVIDÊNCIA CONTRA CANONICIDADE

Ao passo que, em alguns casos, apresentam certo valor histórico, qualquer afirmação de canonicidade por parte destes escritos não dispõe de qualquer base sólida. A evidência aponta para o término do cânon hebraico depois da escrita dos livros de Neemias e de Malaquias, no quinto século A. E. C. Os escritos apócrifos jamais foram incluídos no cânon judaico das Escrituras inspiradas, e não fazem parte dele atualmente.

Josefo, historiador judeu do primeiro século, mostra o reconhecimento dado apenas aos poucos livros (do cânon hebraico) considerados sagrados, dizendo: “Não temos uma multidão inumerável de livros entre nós, discordando e contradizendo uns aos outros, mas apenas vinte e dois [o equivalente aos trinta e nove livros das Escrituras Hebraicas, segundo a divisão moderna] abrangendo a história de todos os tempos, a que se dá justamente o crédito.” Ele, posteriormente, mostra de forma clara, a consciência da existência de livros apócrifos e de sua exclusão do cânon hebraico, por acrescentar: “Desde o tempo de Artaxerxes até o nosso próprio tempo, tudo foi registrado, mas os registros não foram reputados igualmente dignos de crédito como os escritos antes deles, porque cessou a sucessão exata dos profetas.” — Against Apion (Contra Ápion), Livro I, par. 8 [segundo a tradução de The Interpretert’s Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete), Vol. 1, p. 163.]

Inclusão na Septuaginta não prova canonicidade

Os argumentos a favor da canonicidade dos escritos geralmente giram em torno do fato de que estes escritos apócrifos podem ser encontrados em muitas cópias primitivas da Versão Septuaginta (ou: dos Setenta), grega, das Escrituras Hebraicas, tradução esta que se iniciou no Egito por volta de 280 A. E. C. No entanto, visto que não se conservaram quaisquer cópias originais da Septuaginta, não se pode afirmar categoricamente que os livros apócrifos foram originalmente incluídos em tal obra. Muitos, talvez a maioria, dos escritos apócrifos foram, admitidamente, escritos depois do início do trabalho de tradução da Septuaginta, e, assim, obviamente, não constavam da lista original de livros escolhidos para tradução por parte do grupo de tradutores. No máximo, então, só poderiam ser reputados como acréscimos de tal obra.

Adicionalmente, ao passo que os judeus de língua grega de Alexandria com o tempo inseriram tais escritos apócrifos na Versão Septuaginta, e, pelo que parece, consideravam-nos como parte dum cânon ampliado de escritos sagrados, a declaração de Josefo citada previamente, mostra que jamais foram incluídos no cânon de Jerusalém ou Palestino, e, no máximo, eram considerados como sendo apenas escritos secundários, não tendo origem divina. Assim, o Concílio judeu de Jâmnia (por volta de 90 E. C.) excluiu especificamente todos esses escritos do cânon hebraico.

A necessidade de se dar a devida consideração à posição judaica sobre esse assunto é declarada de forma clara pelo apóstolo Paulo em Romanos 3:1, 2.

Testemunho antigo adicional

Uma das principais evidências externas contra a canonicidade dos Apócrifos é que nenhum dos escritores bíblicos cristãos citou tais livros. Ao passo que isso, em si, não é conclusivo, visto que em seus escritos também não existem citações de alguns livros reconhecidos como canônicos, tais como Ester, Eclesiastes e O Cântico de Salomão, todavia, o fato de que nenhum dos onze escritos dos Apócrifos não é citado nem sequer uma só vez é, por certo, significativo.

Não deixa de ter seu peso, também, o fato de que os principais peritos bíblicos e “pais da igreja” dos primeiros séculos da era Comum, no todo, deram aos Apócrifos uma posição inferior. Orígenes, do início do terceiro século E. C., como resultado de cuidadosa investigação, fez tal diferenciação entre tais escritos e os do cânon verdadeiro. Atanásio, Cirilo de Jerusalém, Gregório Nazianzeno e Anfíloco, todos da quarta centúria E. C., prepararam catálogos que alistavam os escritos sagrados de acordo com o cânon hebraico e ignoraram tais escritos adicionais ou os colocaram numa classe secundária.

Jerônimo, descrito como “o melhor perito hebraico” da igreja primitiva, e que terminou a tradução da Vulgata latina da Bíblia em 405 E. C., adotou uma posição definida contra tais livros apócrifos, e foi o primeiro, com efeito, a usar a palavra “apócrifos” explicitamente no sentido de não canônicos, como se aplicando a tais escritos. Assim, em seu Prologus Galeatus (Prólogo galeato) da Vulgata, Jerônimo alista os livros inspirados das Escrituras Hebraicas em harmonia com o cânon hebraico (em que os trinta e nove livros estão agrupados como vinte e dois) e então declara: “De modo que há vinte e dois livros . . . Este prólogo das Escrituras pode servir como enfoque fortificado para todos os livros que traduzimos do hebraico para o latim; de modo que saibamos que tudo o que for além destes precisa ser colocado entre os apócrifos.” Ao escrever a uma senhora chamada Loeta, sobre a educação da filha dela, Jerônimo aconselhou-a: “Todos os livros apócrifos devem ser evitados; mas, se ela quiser alguma vez lê-los, não para determinar a verdade das doutrinas, mas com sentimento reverente pelas verdades que representam, deve ser informada de que não são obras dos autores por cujos nomes se distinguem, que eles contêm muitas falhas e que é uma tarefa que exige grande prudência achar ouro no meio do barro.”

Diferentes conceitos católicos

A tendência para incluir estes escritos adicionais como canônicos foi primariamente iniciada por Agostinho (354-430 E. C.), embora até mesmo ele, em obras posteriores, reconhecesse que havia uma distinção definida entre os livros do cânon hebraico e tais “livros exteriores”. No entanto, a Igreja Católica, segundo a orientação de Agostinho, incluiu esses escritos adicionais no cânon dos livros sagrados determinado pelo Concílio de Cartago, em 397 E.C. Não foi, contudo senão muito mais tarde, em 1546 E.C., no Concílio de Trento, que a Igreja Católica Romana confirmou definitivamente sua aceitação das adições ao seu catálogo dos livros da Bíblia, e esta ação foi julgada necessária, devido a que, mesmo dentro da igreja, a opinião ainda estava dividida quanto a tais escritos. João Wiclif, o sacerdote e perito católico romano que, com a subseqüente ajuda de Nicolas de Hereford no século quatorze, fez a primeira tradução da Bíblia para o inglês, não incluiu os Apócrifos em sua obra, e o prefácio desta tradução declarava que tais escritos “não têm a autoridade de crença”. O Cardeal Cajetan, dominicano, o mais destacado teólogo católico de seu tempo (1469-1534 E. C.) e chamado por Clemente VII como a “lâmpada da Igreja”, também discriminou entre os livros do verdadeiro cânon hebraico e as obras apócrifas, apelando para os escritos de Jerônimo como autoridade.

Deve-se observar também que o Concílio de Trento não aceitou todos os escritos, conforme antes aprovados pelo anterior Concílio de Cartago, mas deixou de lado três deles: a Oração de Manassés, e 1 e 2 Esdras (não os livros de 1 e 2 Esdras que, na “Versão Matos Soares” correspondem a Esdras e Neemias). Assim estes três escritos, que haviam aparecido por mais de 1.100 anos na aprovada Vulgata latina, foram então excluídos.

Evidência interna

A evidência interna destes escritos apócrifos tem ainda maior peso contra sua canonicidade do que a externa. Falta-lhes completamente o elemento profético. Seu conteúdo e seus ensinos às vezes contradizem os dos livros canônicos e também são contraditórios entre si. Estão repletos de inexatidões históricas e geográficas, e de anacronismos. Os escritores, em alguns casos, são culpados de desonestidade, ao representarem falsamente suas obras como sendo de escritores inspirados anteriores. Mostram-se sob influência grega, por vezes até recorrendo a uma linguagem extravagante e a um estilo literário inteiramente estranho às Escrituras inspiradas. Dois dos escritores subentendem que não foram inspirados. (Veja o Prólogo de Eclesiástico; 2 Macabeus 2:24-32; 15:38-40, SO.) Assim, poder-se-ia dizer que a melhor evidência contra a canonicidade dos Apócrifos são os próprios Apócrifos. Uma consideração dos livros de per si segue-se agora:

TOBIAS

O relato sobre um judeu piedoso, da tribo de Naftali que é deportado para Nínive e fica cego por lhe ter caído estrume de pássaro nos olhos. Ele envia seu filho, Tobias, para a Média, a fim de cobrar uma dívida, e Tobias é guiado por um anjo, personificando um humano, até Ecbátana (Ragés). Em caminho, ele adquire o coração, o fígado e o fel dum peixe. Encontra uma viúva que, embora casada sete vezes, permanece virgem, devido a cada marido ter sido morto na noite do casamento por Asmodeu, o espírito mau. Encorajado pelo anjo, Tobias casa-se com a viúva virgem e, por queimar o coração e o fígado do peixe, expulsa o demônio. Depois de voltar para casa, ele restaura a visão de seu pai por usar o fel do peixe.

A estória foi provavelmente escrita originalmente em aramaico e calcula-se que date do terceiro século A. E. C. Obviamente não é inspirada por Deus, em virtude da superstição e do erro que existem na narrativa. Entre as inexatidões que contém, acham-se as seguintes: O relato diz que em sua juventude Tobias presenciou a revolta das tribos setentrionais, que ocorreu depois da morte de Salomão em 997 A. E. C. (Tobias 1:4, 5, Versão do Pontifício Instituto Bíblico), também, que mais tarde foi deportado para Nínive junto com a tribo de Naftali, em 740 A. E. C. (Tobias 1:11-13, SO) Isso significaria que ele viveu por mais de 257 anos. Todavia, Tobias 14:1-3 (SO) fornece a idade de Tobias como sendo de 102 anos na ocasião de sua morte.

JUDITE

Trata-se dum relato sobre uma bela viúva judia da cidade de “Betúlia”. Nabucodonosor envia seu oficial Holofernes, numa campanha para o O, a fim de destruir toda adoração, exceto a do próprio Nabucodonosor. Os judeus são cercados em Betúlia pela tremenda hoste, mas Judite finge ser uma traidora da causa dos judeus e se lhe permite entrar no acampamento de Holofernes, onde ela lhe transmite um relatório falso sobre a condição da cidade. Numa festa, em que Holofernes se embebeda, ela consegue decapitá-lo com a própria espada dele e, daí, retorna a Betúlia com a cabeça dele. Na manhã seguinte, o acampamento inimigo fica em confusão e os judeus obtêm uma vitória completa.

Conforme aduz a tradução católica, The Jerusalem Bible, em seus comentários introdutórios a tal escrito: “O livro de Judite, em especial, mostra leve indiferença para com a história e a geografia.” Algumas das incoerências apontadas nessa introdução são: Declara-se que os eventos ocorreram no reinado de Nabucodonosor, que é chamado de o rei “que reinou sobre os assírios em Nínive, a grande cidade”. (Judite 1:1, 7, PIB [1:5, 10, SO]) A introdução e as notas marginais dessa tradução, em inglês, indicam que Nabucodonosor era rei de Babilônia, e jamais reinou em Nínive, visto que Nínive já tinha sido destruída antes por Nabopolassar, pai de Nabucodonosor. (Vejam-se os comentários introdutórios e notas marginais igualmente esclarecedores nas traduções do Pontifício Instituto Bíblico, do Centro Bíblico Católico, e da própria Soares.)

A respeito do itinerário de viagem de Holofernes, a introdução supracitada declara que é “uma impossibilidade geográfica”. O Novo Dicionário da Bíblia de Douglas (p. 92, ed. em português), comenta: “A história não passa de franca ficção — doutro modo suas inexatidões seriam incríveis.”

Imagina-se que o livro tenha sido escrito na Palestina durante o período grego, perto do fim do segundo século ou do início do primeiro século A. E. C. Crê-se ter sido escrito originalmente em hebraico.

[Continua]

[Mapa na página 23]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

FRÍGIA

Antioquia

PISÍDIA

GALÁCIA

SÍRIA

Antioquia

Mar Mediterrâneo

    Publicações em Português (1950-2026)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar