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  • ESBOÇO DO CONTEÚDO
  • 1 SAMUEL
  • ESBOÇO DO CONTEÚDO 2 SAMUEL
  • SEÇÕES QUE FALTAM NA VERSÃO DOS SETENTA
Despertai! — 1978
g78 22/3 pp. 30-32

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[A matéria que segue foi selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

SAMUEL, LIVROS DE. Dois livros das Escrituras Hebraicas que, pelo que parece, não estavam divididos no cânon hebraico original. Isto é indicado por uma nota na Massorá, mostrando que as palavras de Primeiro Samuel, capítulo 28 (um dos capítulos finais de Primeiro Samuel), localizavam-se no meio do livro.

ESCRITORES E TEMPO ABRANGIDOS

A antiga tradição judaica credita a Samuel a autoria da primeira parte do livro, e a Natã e Gade a parte restante. Que estes três profetas deveras escreveram é confirmado em 1 Crônicas 29:29. O próprio livro relata: “Samuel falou então ao povo sobre a prerrogativa legítima do reinado, e escreveu-a num livro e depositou-o perante Jeová.” (1 Sam. 10:25) No entanto, à base de 1 Samuel 27:6, onde há uma referência aos “reis de Judá”, numerosos peritos situam a compilação final dos livros de Samuel em algum tempo depois de vir à existência o reino de dez tribos de Israel. Se a expressão “reis de Judá” denotar apenas os reis judeus do reino de duas tribos, isto mostraria que os escritos de Samuel, Natã e Gade foram colocados em forma final por outra pessoa. Por outro lado, se “reis de Judá” significar simplesmente reis da tribo de Judá, tais palavras poderiam ter sido registradas por Natã, visto que viveu sob a regência de dois reis judeus, Davi e Salomão. — 1 Reis 1:32-34; 2 Crô. 9:29.

Terem Ana e certo “homem de Deus”, cujo nome não é mencionado, usado as expressões “rei” e/ou “ungido” anos antes de um rei estar realmente reinando sobre Israel não apóia o argumento de que alguns destes trechos datam de um período posterior ao indicado no livro. (1 Sam. 2:10, 35) A idéia de um rei futuro não era, de jeito nenhum, estranha aos hebreus. A promessa de Deus com respeito a Sara, a ancestral dos israelitas, era de que “reis de povos” viriam dela. (Gên. 17:16) Também, a profecia do leito de morte de Jacó (Gên. 49:10), e as palavras proféticas de Balaão (Num. 24:17) e a lei mosaica (Deu. 17:14-18) apontavam para o tempo em que os israelitas teriam um rei.

A narrativa histórica contida nos dois livros de Samuel começa com o juizado do Sumo Sacerdote, Eli, e termina com os eventos do reinado de Davi. Portanto, abrange um período de cerca de 140 anos (c. 1180-c. 1040 A. E. C.) Visto que a morte de Davi não é mencionada no registro, tal relato (possivelmente com a exceção das adições editoriais) talvez tenha sido terminado por volta de 1040 A. E. C.

AUTENTICIDADE

A autenticidade do relato contido nos livros de Samuel é bem reconhecida. O próprio Cristo Jesus, ao refutar a objeção suscitada pelos fariseus, citou o incidente registrado em 1 Samuel 21:3-6 sobre Davi receber os pães da proposição ou apresentação de Aimeleque, o sacerdote. (Mat. 12:1-4) Na sinagoga de Antioquia, na Pisídia, o apóstolo Paulo citou 1 Samuel 13:14, ao recapitular brevemente os eventos da história de Israel. (Atos 13:20-22) Este apóstolo, em sua carta aos Romanos, usou palavras do salmo de Davi, trecho este que se encontra tanto em 2 Samuel 22:50 como no Salmo 18:49, para provar que o ministério de Cristo aos judeus comprovava as promessas de Deus e fornecia base para que os não-judeus “glorificassem a Deus pela sua misericórdia”. (Rom. 15:8, 9) As palavras de Jeová a Davi, em 2 Samuel 7:14, são citadas e aplicadas a Cristo Jesus em Hebreus 1:5, mostrando assim que Davi servia qual tipo profético do Messias.

Notável, também, é a candura do registro. Expõe os erros da casa sacerdotal de Eli (1 Sam. 2:12-17, 22-25), a corrução dos filhos de Samuel (1 Sam. 8:1-3), e os pecados e as dificuldades familiares do Rei Davi. — 2 Sam. 11:2-15; 13:1-22; 15:13, 14; 24:10.

Outra evidência da autenticidade do relato é o cumprimento das profecias. Estas se relacionam à solicitação de um rei por parte de Israel (Deu. 17:14; 1 Sam. 8:5), à rejeição da casa de Eli por Jeová (1 Sam. 2:31; 3:12-14; 1 Reis 2:27) e à continuação da realeza na linhagem de Davi. — 2 Sam. 7:16; Jer. 33:17; Eze. 21:25-27; Mat. 1:1; Luc. 1:32, 33.

O registro se harmoniza inteiramente com o restante das Escrituras. Isto é especialmente observável quando se examinam os salmos, muitos dos quais são iluminados pelo que está abrangido nos livros de Samuel. O envio de mensageiros por parte do Rei Saul, para vigiar a casa de Davi, a fim de matá-lo, fornece o fundo para o Salmo 59. (1 Sam. 19:11) As experiências de Davi em Gate, onde fingiu-se de insano mental para escapar da morte, são aludidas nos Salmos 34 e 56. (1 Sam. 21:10-15, evidentemente o nome Abimeleque que aparece no cabeçalho do Salmo 34 deve ser considerado como um título do Rei Aquis.) O Salmo 142 talvez reflita os pensamentos de Davi enquanto se escondia de Saul na caverna de Adulão (1 Sam. 22:1), ou na caverna do ermo de En-Gedi. (1 Sam. 24:1, 3) Talvez este também seja o caso do Salmo 57. No entanto, uma comparação de Salmo 57:6 com 1 Samuel 24:2-4 parece favorecer a caverna do ermo de En-Gedi, pois ali Saul, por assim dizer, caiu no buraco que havia cavado para Davi. O Salmo 52 refere-se a Doegue informar a Saul sobre os tratos de Davi com Aimeleque. (1 Sam. 22:9, 10) A ação dos zifitas, em revelar ao Rei Saul a localização de Davi supriu a base do Salmo 54. (1 Sam. 23:19) O Salmo 63 se relaciona às experiências de Davi no deserto de Judá. (1 Sam. 22:5; 23:14, 15, 26) O segundo salmo parece aludir às tentativas dos filisteus de desalojar a Davi qual rei, depois que ele capturou a fortaleza de Sião. (2 Sam. 5:17-25) As dificuldades com os edomitas durante a guerra com Hadadezer é o fundo do Salmo 60. (2 Sam. 8:3, 13, 14) O Salmo 51 é uma oração de Davi, suplicando perdão para seu pecado com Bate-Seba. (2 Sam. 11:2-15; 12:1-14) A fuga de Davi diante de Absalão fornece a base para o terceiro salmo. (2 Sam. 15:12-17, 30) Possivelmente, o Salmo 7 obtém seu fundo histórico na maldição de Simei sobre Davi. (2 Sam. 16:5-8) O Salmo 30 talvez aluda a eventos em relação a Davi erguer um altar na eira de Araúna. O Salmo 18 se compara com 2 Samuel 22, e diz respeito a Jeová livrar Davi de Saul e de outros inimigos.

ESBOÇO DO CONTEÚDO

1 SAMUEL

I. História inicial de Samuel (1:1 a 6:21)

A. Samuel nasce em resposta à oração da estéril Ana (1:1-20)

B. Depois de desmamado, Samuel é apresentado ao Sumo Sacerdote Eli para servir no santuário (1:21 a 2:11)

C. Infidelidade dos filhos de Eli se contrasta com proceder elogiável de Samuel (2:12-26)

D. Anúncios proféticos de calamidade contra a casa de Eli, e seu cumprimento (2:27 a 6:21)

1. Certo homem de Deus revela os julgamentos de Jeová: Rejeitada a casa sacerdotal de Eli; dois filhos, Hofni e Finéias, morrerão no mesmo dia como sinal (2:27-36)

2. Samuel chamado para ser profeta, instruído a dizer a Eli o julgamento de Jeová contra a sua casa (3:1-21)

3. Derrota dos israelitas pelos filisteus resulta na captura da Arca e na morte dos dois filhos de Eli; morte de Eli; filisteus devolvem Arca depois de sofrer a pesada mão de Jeová sobre eles por causa da presença da Arca em sua terra (4:1 a 6:21)

II. Juizado de Samuel (7:1 a 8:22)

A. Samuel insta com Israel a abandonar adoração falsa e realiza assembléia em Mispá (7:1-6)

B. Filisteus atacam israelitas reunidos em Mispá, mas sofrem derrota (7:7-13)

C. Filisteus continuam a sofrer reveses, paz continua entre Israel e amorreus (7:14-17)

D. Aproximam-se do idoso Samuel com pedido de rei; sua resposta (8:1-22)

III. Saul torna-se primeiro rei de Israel (9:1 a 12:25)

A. Procura vã das jumentas de seu pai resulta, providencialmente, em Saul encontrar Samuel; tal encontro fornece ocasião para que Samuel unja a Saul qual rei (9:1 a 10:16)

B. Na assembléia em Mispá, Samuel apresenta Saul como o escolhido de Jeová para a realeza (10:17-27)

C. Saul junta um exército e derrota amonitas (11:1-13)

D. Realeza de Saul confirmada em Gilgal, Samuel fala a Israel (11:14 a 12:25)

IV. Eventos do reinado de Saul, antes de Davi ser designado sobre os homens de guerra (13:1 a 17:58)

A. Saul e seu filho, Jonatã, guerreiam contra os filisteus na vizinhança de Micmás (13:1 a 14:52)

B. Saul combate amalequitas, Deus o rejeita como rei por preservar vivos, de forma desobediente o rei deles, Agague, e o melhor de seus rebanhos e suas manadas (15:1-35)

C. Samuel é divinamente comissionado a ungir Davi como rei (16:1-13)

D. Espírito de Jeová abandona Saul; Davi torna-se harpista na corte de Saul (16:14-23)

E. Acampam os filisteus em Efes-Damim para combater Israel (17:1-58)

1. Exército filisteu confronta exército israelita em toda a baixada de Elá (17:1-3)

2. Campeão filisteu, Golias, zomba das linhas de batalha de Israel; Davi, quando em visita ao acampamento israelita, aceita desafio e mata Golias israelitas perseguem filisteus que fogem (17:4-58)

V. Davi torna-se destacado em Israel, mas incorre na ira de Saul (18:1 a 20:42)

A. Jonatã e Davi tornam-se amigos íntimos; Saul designa Davi como chefe do exército israelita (18:1-5)

B. Davi guerreia com êxito; Saul passa a encará-lo com suspeita; após duas tentativas sem êxito de matar Davi com lança, Saul planeja fazê-lo morrer às mãos dos filisteus, mas trama falha (18:6-30)

C. Embora prometesse a Jonatã que não mataria Davi, Saul tenta fazê-lo; Davi foge para Samuel, em Ramá (19:1-24)

D. Davi e Jonatã encontram-se e pactuam; ao assegurar-se de que seu pai determinou matar Davi, Saul tenta fazê-lo; Davi foge para Samuel,

VI. Vida de Davi qual fugitivo do Rei Saul (21:1 a 26:25)

A. Foge para cidade filistéia de Gate, a caminho, recebe cinco pães da proposição (apresentação) e espada de Golias do Sumo Sacerdote Aimeleque, em Nobe (21:1-10)

B. Em Gate, finge-se de insano para escapar de ferimentos (21:11-15)

C. Refugia-se na caverna de Adulão, faz arranjos para seus genitores morarem em Moabe, vai para floresta de Herete (22:1-5)

D. Notícias de terem achado Davi e seus homens chegam a Saul, informado do incidente de Aimeleque ajudar Davi, Saul ordena execução dos sacerdotes (22:6-19)

E. Abiatar, o sacerdote, escapa do massacre e junta-se a Davi (22:20-23)

F. Davi salva Queila dos filisteus, mas parte para evitar ser entregue às mãos de Saul (23:1-13)

G. Perseguido por Saul, Davi e seus homens escondem-se nas regiões ermas, Davi poupa a vida de Saul (23:14 a 24:22)

H. Morte de Samuel; tratos de Davi com Nabal e Abigail; esposas de Davi (25:1-44)

I. Davi poupa a vida de Saul pela segunda vez (26:1-25)

VII. Residência de Davi em território filisteu, e fim do reinado de Saul (27:1 a 31:13)

A. Aquis dá a Davi a cidade de Ziclague, crendo que Davi fazia incursões contra israelitas, Aquis convida a ele e seus homens para juntar-se em lutar contra Israel (27:1 a 28:2)

B. Saul e seu exército acampam em Gilboa; Saul dirige-se à médium espírita em En-Dor e solicita que traga o morto Samuel (28:3-25)

C. Senhores do eixo filisteus solicitam que Davi e seus homens não os acompanhem na luta contra Israel (29:1-11)

D. Davi e seus homens voltam a Ziclague, apenas para verificar que cidade fora incendiada e famílias levadas cativas, incursores são sobrepujados e tudo é recuperado (30:1-31)

E. Filisteus triunfam sobre Israel, Saul é gravemente ferido e comete suicídio, três de seus filhos são mortos (31:1-13)

ESBOÇO DO CONTEÚDO 2 SAMUEL

I. Reação de Davi às notícias da morte de Saul, sua endecha por Saul e Jonatã (1:1-27)

II. Casa de Davi versus casa de Saul (2:1 a 4:12)

A. Davi é ungido rei sobre Judá e rege de Hébron (2:1-7)

B. Apoiado por Abner, Is-Bosete, filho de Saul, reina sobre restante de Israel, sendo Maanaim a sede de seu governo (2:8-11)

C. Há guerra entre reinos rivais; por fim, Abner passa-se para Davi, mas é morto por Joabe; Davi chora a morte de Abner (2:12 a 3:39)

D. Is-Bosete é assassinado, Davi manda executar os homicidas (4:1-12)

III. Davi como rei de todo Israel (5:1 a 24:25)

A. Davi é ungido rei de Israel, captura fortaleza de Sião e torna Jerusalém sua capital (5:1-16)

B. Filisteus fazem duas invasões, mas Davi os derrota ambas as vezes (5:17-25)

C. Davi faz que Arca seja trazida para Jerusalém seu modo de regozijar-se desagrada sua esposa Mical, ela fica sem ter filhos até à morte (6:1-23)

D. Desejo expresso de Davi, de construir um templo para Jeová, fornece oportunidade para Deus fazer um pacto com Davi, para um reino (7:1-29)

E. Recapitulação das vitórias militares de Davi e da extensão de seu domínio (8:1-18)

F. Davi exerce benevolência para com Mefibosete, filho de Jonatã, fazendo-o comer constantemente à sua mesa (9:1-13)

G. Eventos associados à guerra contra os amonitas (10:1 a 12:31)

1. Rei Hanum, amonita, humilha os mensageiros de Davi destarte precipitando guerra, fogem os amonitas e exércitos sírios mercenários (10:1-19)

2. Reinicia-se a campanha contra amonitas, Joabe cerca Rabá, mas Davi permanece em Jerusalém e se torna culpado de adultério com Bate-Seba (11:1-4)

3. Quando falham as tentativas de encobrir adultério, Davi faz arranjos de deixar Urias, marido de Bate-Seba, exposto virtualmente à morte certa em batalha (11:5-25)

4. Davi toma a Bate-Seba como esposa; é repreendido pelo profeta Natã; filho adulterino morre (11:26 a 12:23)

5. Nasce Salomão, de Bate-Seba (12:24, 25)

6. Joabe continua a lutar contra Rabá, mas, segundo sua solicitação, Davi termina a captura da cidade (12:26-31)

H. Dificuldades de Davi com Absalão, seu filho (13:1 a 19:8)

1. Absalão mata Amnom, seu meio-irmão, por ter este violado Tamar, irmã de Absalão, foge para Gesur (13:1-39)

2. Usando tecoíta, Joabe faz que Davi chame de volta Absalão (14:1-28)

3. Absalão tem êxito em reconciliar-se com Davi; mais tarde, proclama-se rei em Hébron (14:29 a 15:12)

4. Por causa da conspiração de Absalão, Davi, com sua família e servos, foge de Jerusalém, mas envia Husai de volta, para frustrar o conselho de Aitofel (15:13-37)

5. Ziba, ajudante de Mefibosete, encontra-se com Davi, levando suprimentos; benjamita Simei amaldiçoa Davi (16:1-14)

6. Absalão entra em Jerusalém; Husai frustra o conselho de Aitofel (16:15 a 17:23)

7. Absalão e suas forças perseguem Davi e são derrotados; contrário à ordem de Davi, Joabe mata Absalão (17:24 a 18:33)

8. Davi pranteia a morte de Absalão, mas é repreendido por Joabe (19:1-8)

I. Davi restaurado como rei em Jerusalém (19:9-43)

J. Rebelião do benjamita Seba é sufocada e Joabe mata Amasa (20:1-26)

L. Culpa de sangue da casa de Davi para com gibeonitas é vingada (21:1-14)

M. Várias batalhas com filisteus (21:15-22)

N. Escritos poéticos de Davi (22:1 a 23:7)

O. Lista dos homens poderosos de Davi e alguns de seus feitos (23:8-39)

P. Pecado do censo feito por Davi, suas conseqüências e a compra de novo terreno para altar (24:1-25)

Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, págs. 51-61.

SEÇÕES QUE FALTAM NA VERSÃO DOS SETENTA

Primeiro Samuel 17:12-31, 55 a 18:6a não aparecem na Versão dos Setenta, conforme contida no Manuscrito Vaticano N.º 1209. Numerosos peritos, por conseguinte, concluíram que as omissões são adições posteriores ao texto hebraico. Argumentando contra este conceito, observa um comentário feito por C. F. Keil e F. Delitzsch: “A noção de que as seções em questão são interpolações que penetraram no texto não pode ser apoiada pela simples autoridade da versão Septuaginta (ou dos Setenta); visto que é óbvia a qualquer pessoa a maneira arbitrária em que os tradutores desta versão fizeram omissões ou adições a seu bel-prazer.” — Biblical Commentary on the Books of Samuel (Comentário Bíblico dos Livros de Samuel), p. 177, nota marginal.

Se se pudesse estabelecer definitivamente que reais discrepâncias existem entre as seções omitidas e o restante do livro, a autenticidade de 1 Samuel 17:12-31, 55 a 18:6a ficaria razoavelmente em dúvida. Uma comparação de 1 Samuel 16:18-23 e 1 Samuel 17:55-58 revela o que parece ser uma contradição, pois nesse último trecho, Saul é representado como perguntando sobre a identidade de seu próprio músico da corte e escudeiro, Davi. No entanto, deve-se observar que ser Davi descrito anteriormente como “homem poderoso, valente, e homem de guerra” poderia basear-se em seus atos corajosos de matar, apenas com as mãos, um leão e um urso, para salvar as ovelhas de seu pai. (1 Sam. 16:18; 17:34-36) Também, as Escrituras não declaram que Davi realmente tivesse servido em batalha como escudeiro de Saul antes de matar Golias. A solicitação de Saul a Jessé foi: “Por favor, deixa Davi assistir diante de mim, pois achou favor aos meus olhos.” (1 Sam. 16:22) Esta solicitação não elimina a possibilidade de que Saul, mais tarde, permitisse que Davi voltasse para Belém, de modo que, quando irrompeu a guerra com os filisteus, Davi estivesse então pastoreando as ovelhas de seu pai.

A respeito da pergunta de Saul: “Filho de quem é o rapaz, Abner?” o comentário adrede mencionado observa (p. 178, nota marginal): “Mesmo que Abner não se tivesse incomodado em verificar a linhagem do harpista de Saul, o próprio Saul não poderia bem esquecer que Davi era um dos filhos do belemita Jessé. Mas, muito mais estava envolvido nessa pergunta de Saul. Não era apenas o nome do pai de Davi que ele queria descobrir, mas que tipo de homem era realmente o pai do jovem, que possuía a coragem de realizar um feito heróico tão maravilhoso; e a pergunta foi proposta, não somente para que lhe pudesse conceder uma isenção de impostos para sua casa, como recompensa prometida por vencer Golias (v. 25 de 1 Samuel 17), mas também, com toda probabilidade, para que pudesse agregar tal homem à sua corte, visto que deduziu da coragem e bravura do filho, que existiam qualidades similares no pai. É verdade que Davi simplesmente respondeu: ‘O filho de teu servo Jessé, de Belém’; mas é muito evidente da expressão no cap. xviii. 1, ‘quando acabara de falar com Saul’, que Saul conversara ainda mais com ele sobre seus assuntos familiares, visto que as próprias palavras subentendem uma longa conversação.” (Quanto a outros casos em que “quem” envolve mais do que o simples conhecimento do nome duma pessoa, veja Êxodo 5:2; 1 Samuel 25:10.)

Assim, os indícios são de que não existe motivo sólido para se rejeitar 1 Samuel 17:12-31, 55 a 18:6a como não sendo parte do texto original.

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