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Despertai! — 1979
g79 22/6 pp. 20-23

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[A matéria que segue foi selecionada de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

ALIMENTO. Depois de criar Adão e Eva, Deus disse: “Eis que vos tenho dado toda a vegetação que dá semente, que há na superfície de toda a terra, e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente. Sirva-vos de alimento.” Ele disse ainda mais a toda a criação animal: “Tenho dado toda a vegetação verde por alimento.” A Adão, ele também disse: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade”, adicionando uma proibição quanto a uma única árvore, a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau. — Gên. 1:29, 30; 2:16, 17.

Desde esse tempo até o Dilúvio, a Bíblia não fornece indício de que o homem tivesse incluído a carne de animais em seu regime alimentar. Na verdade, fez-se uma distinção entre animais puros e impuros. Mas isto evidentemente dizia respeito aos animais usados para fins sacrificiais. — Gên. 7:2.

Quando se ordenou a Noé que levasse os animais para a arca, Jeová lhe disse: “Quanto a ti, toma para ti toda sorte de alimento que se come; e tens de ajuntá-lo a ti e terá de servir de alimento para ti e para eles”, de novo referindo-se, aparentemente, a alimento tirado do reino vegetal para os humanos e para os animais levados para dentro da arca. (Gên. 6:21) Após o Dilúvio, Jeová permitiu que o homem adicionasse carne ao seu regime alimentar, afirmando: “Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de alimento. Como no caso da vegetação verde, deveras vos dou tudo. Somente a carne com a sua alma — seu sangue — não deveis comer.” — Gên. 9:3, 4.

CEREAIS

Os cereais constituíam o alimento básico dos povos das terras bíblicas, como se evidencia do fato de que, tanto em hebraico como em grego, a expressão “tomar uma refeição” significa literalmente “comer pão”. A cevada e o trigo eram os principais cereais; outros cereais mencionados são o milhete e a espelta, uma espécie de trigo. (Juí. 7:13; Isa. 28:25; Eze. 4:9; João 6:9, 13) Além de ser usada para o pão, a farinha comum era transformada numa espécie de mingau. O grão era amiúde comido torrado, quer por se pegar um maço de espigas juntas, segurando-as sobre uma fogueira, quer por torrá-las numa panela. (Rute 2:14; 2 Sam. 17:28) Era transformado em pão, usualmente sendo o grão moído grosso. No entanto, no caso de alguns pães e bolos, usava-se uma farinha mais fina. (Gên. 18:6; Êxo. 29:2) Um método de assar era espalhar a massa sobre pedras quentes ou numa superfície achatada de rochas sobre as quais se tinha feito uma fogueira. Usava-se com freqüência o fermento ou levedo, ao passo que algum pão era assado sem fermento. (Lev. 7:13; 1 Reis 19:6) Usavam-se também fornos, nos quais pedaços de massa eram achatados numa pedra interna. Bolos às vezes eram preparados numa panela, numa chapa de ferro ou numa frigideira funda de gordura. A gordura usada era óleo, mais provavelmente azeite. — Lev. 2:4, 5, 7; 1 Crô. 9:31; veja ASSAR, PADEIRO.

HORTALIÇAS

Feijões e lentilhas estavam incluídos no regime alimentar, sendo usados num cozido, tal como o cozido de lentilhas que Jacó preparou e em troca do qual Esaú vendeu sua primogenitura. (Gên. 25:34) O cozido era provavelmente temperado com cebolas, talvez alho. Às vezes se usava carne ou azeite no cozido. A farinha podia ser feita à base de feijões, ou podia ser uma mistura de grãos de cereais, favas e lentilhas. (Eze. 4:9) Pepinos duma variedade que é mais saborosa do que a variedade ocidental constituía um alimento revigorante. Quando a água era escassa ou ruim, estes podiam ser comidos como substituto para a água. Os pepinos eram comidos crus, com ou sem sal, e, às vezes, eram recheados e cozidos. Os israelitas olhavam com saudade para os pepinos, as melancias, os melões, os alhos-porros, as cebolas e o alho que comeram no Egito. (Núm. 11:4, 5) Estes alimentos também eram produzidos na Palestina. Jó menciona a “altéia”, cuja seiva descreve como insípida. (Jó 6:6) Também fala das pessoas em circunstâncias destituídas como comendo a erva salgada e a raiz das retamas ou giestas-das-vassouras. (Jó 30:4) A Míxena menciona a endívia e a chicória como as ervas amargas usadas na Páscoa. — Êxo. 12:8.

FRUTOS E NOZES

A azeitona era notável item alimentício na Palestina. A oliveira talvez leve dez anos ou mais para começar a produzir boas safras, mas sua grande longevidade a torna muito frutífera. Os frutos da oliveira podem ter sido comidos como atualmente, depois de serem colocados na salmoura. As azeitonas também forneciam azeite para cozinhar, para uso, por exemplo, em cozidos e bolos oleosos. A Bíblia menciona “pratos bem azeitados”. — Isa. 25:6.

Os figos foram outro item importante do regime alimentar. (Deu. 8:8) O figo temporão era amiúde comido enquanto recente. (Isa. 28:4) O figo serôdio era secado ao sol e comprimido numa forma, formando bolos de figos. (1 Sam. 25:18; 1 Crô. 12:40) Usados como cataplasma, tinham propriedades curativas. (Isa. 38:21) Além da figueira comum, uma árvore conhecida como sicômoro (sicômoro-figueira) também produzia figos comestíveis. (1 Crô. 27:28; Amós 7:14) Outros frutos eram a tâmara, a romã e a maçã. — Cân. 5:11; Joel 1:12; Ageu 2:19; veja MAÇÃ, Despertai! de 22/2/79, p. 24.

Entre as nozes comidas na Palestina, a Bíblia menciona as amêndoas e as nozes de pistácia. — Gên. 43:11; Jer. 1:11.

As uvas são um dos alimentos mais abundantes da Palestina. Quando os israelitas espiaram a terra de Canaã, trouxeram grande cacho de uvas, transportado numa barra entre dois homens. (Núm. 13:23) Comiam-se uvas em seu estado natural e também secas (Núm. 6:3), e comprimidas em bolos. (1 Sam. 25:18; 1 Crô. 12:40) Como hoje em dia, sem dúvida as folhas novas eram comidas como hortaliças verdes; as folhas mais velhas eram usadas como ração para ovelhas e cabritos.

As vagens da alfarrobeira eram usualmente dadas aos animais, embora talvez fossem usadas para consumo humano em tempo de necessidade. O faminto filho pródigo da ilustração de Jesus expressou desejo de alimentar-se delas. E são usadas, hoje em dia, para a fabricação de confeitos. — Luc. 15:16; veja ALFARROBA.

CONDIMENTOS E MEL

Os condimentos usados de forma destacada para tempero eram folhas de hortelã, endro, cominho, arruda e mostarda. (Mat. 23:23; 13:31; Luc. 11:42) O sal era o principal item de tempero, tendo também propriedades preservativas. Assim, um “pacto de sal” era um pacto seguro, que não devia ser violado. (Núm. 18:19; 2 Crô. 13:5) Adicionalmente, a Míxena menciona a pimenta. O fruto da alcaparra era usado como aperitivo. — Ecl. 12:5.

O mel era considerado alimento requintado que fazia os olhos brilhar de energia. (1 Sam. 14:27-29; Sal. 19:10; Pro. 16:24) O maná tinha o sabor de bolos achatados com mel. (Êxo. 16:31) João Batista comia mel junto com gafanhotos (insetos). — Mat. 3:4.

ALIMENTO DE CARNE

Deus disse a Noé, depois do dilúvio, que este podia usar como alimento todo animal movente que estava vivo, bem como a vegetação. (Gên. 9:3, 4) Mas, sob a Lei, os israelitas estavam restringidos a comer o que foram definidos como animais limpos. Estes são alistados em Levítico, capítulo 11, e em Deuteronômio, capítulo 14. O povo comum não comia costumeiramente muita carne. Ocasionalmente, porém, matava-se um cabrito ou cordeiro para servir de sacrifício de comunhão, ou em honra a um convidado. (Lev. 3:6, 7, 12; 2 Sam. 12:4; Luc. 15:29, 30) Entre os mais abastados, matava-se gado bovino. (Gên. 18:7; Pro. 15:17; Luc. 15:23) Alguns dos animais de caça, o veado, a gazela, o corço, o cabrito montês, o antílope, o touro selvagem e a camurça eram comidos, e a carne era assada ou cozida. (Gên. 25:28, Deu. 12:15; 14:4, 5) Proibia-se estritamente comer sangue, assim como comer gordura. — Lev. 7:25-27.

As aves também eram comidas. Forneceu-se miraculosamente codornizes aos israelitas no deserto. (Núm. 11:31-33) Pombos, rolas, perdizes e pardais achavam se entre as aves limpas. (1 Sam. 26:20; Mat. 10:29) Adicionalmente, os ovos eram um item alimentar. (Isa. 10:14; Luc. 11:11, 12) E questionável se as aves domésticas foram introduzidas na Palestina antes do exílio babilônico. As variedades de aves domésticas encontradas na Palestina, hoje em dia, parecem ter sido introduzidas durante o período persa.

Entre os insetos comestíveis achava-se o gafanhoto, que, junto com mel, formavam o alimento de João Batista. (Mat. 3:4) Atualmente os árabes comem gafanhotos. Depois de removerem-se a cabeça, as patas e as asas, os gafanhotos são passados em farinha de rosca e fritados em óleo ou manteiga. Diz-se que têm um sabor parecido com pernas de rã.

Do Mediterrâneo, e também do Mar da Galiléia, obtinham-se peixes. Vários dos apóstolos de Jesus Cristo eram pescadores, e Jesus, pelo menos em uma ocasião, após sua ressurreição, preparou alguns peixes sobre uma fogueira de brasas para seus discípulos. (João 21:9) Os peixes também eram secados, fornecendo conveniente alimento para os viajantes. Os peixes dos dois milagres de Jesus, quando alimentou multidões, eram provavelmente peixes secos. (Mat. 15:34; Mar. 6:38) Um dos portões de Jerusalém era chamado de Portão do Peixe, indicando provavelmente que havia ali, ou próximo dali, um mercado de peixes. (Nee. 3:3) Nos dias de Neemias, os tírios mantinham um comércio pesqueiro em Jerusalém. — Nee. 13:16.

LATICÍNIOS E BEBIDAS

Também importante como alimento eram o leite e os laticínios, que usavam leite de vaca e de cabras ou de ovelhas. (1 Sam. 17:18) O leite era normalmente conservado em odres de pele. (Juí. 4:19) Azedava rapidamente. A palavra hebraica hhem’áh, traduzida manteiga, pode também significar leite engrossado, coalhada (sob várias formas) e creme. O queijo também era um item bem-conhecido. O vale Tiropeão (dos Queijeiros) se estendia ao longo do lado O da cidade original de Jerusalém. — Juí. 5:25; 2 Sam. 17:29; Jó 10:10; veja QUEIJO.

A fabricação de vinho era uma das utilizações principais da uva. O vinho era, às vezes, condimentado e também misturado. (Pro. 9:2, 5; Cân. 8:2; Isa. 5:22) A colheita da uva ocorria no outono setentrional. Num clima tépido, o suco não ficava livre de fermentação por muito tempo. Havia vários meses entre a colheita da uva e a época da Páscoa. Na Páscoa, era costumeiro que os grupos familiares bebessem vários cálices de vinho, que, por volta dessa época, já estava fermentado. Por isso, ao celebrar a Páscoa, em 33 E.C., Jesus bebeu vinho tinto verdadeiro, parte do qual ofereceu a seus discípulos, ao introduzir a Refeição Noturna do Senhor. (Mar. 14:23-25) Foi também vinho fermentado que Jesus produziu numa festa de casamento. (João 2:9, 10) O vinho também era usado com fins medicinais. (1 Tim. 5:23) O vinagre derivado do vinho de uvas, puro ou misturado com condimentos ou sucos de frutas, também era usado. (Núm. 6:3; Rute 2:14) Outra bebida era cerveja de trigo, e uma bebida refrescante era produzida do suco de romã. — Cân. 8:2; Isa. 1:22; Osé. 4:18.

MANÁ

O maná foi o alimento básico dos israelitas no ermo. É descrito em Números 11:7, 8 como sendo semelhante à semente de coentro, tendo aparência do bdélio. Era moído em moinhos manuais ou triturado num pilão e então cozido ou transformado em bolos que tinham o sabor dum bolo doce oleoso. É mencionado como “o próprio pão dos possantes”. — Sal. 78:24, 25; veja MANÁ.

COMER JUNTOS

Nos tempos bíblicos, o comer alimentos juntos indicava um vínculo de companheirismo. (Gên. 31:54; 2 Sam. 9:7, 10, 11, 13) Recusar-se a comer junto com alguém era indício de ira ou de outro sentimento ou atitude contrária. (1 Sam. 20:34; Atos 11:2, 3; Gál. 2:11, 12) Os alimentos eram amiúde usados como dádivas, para se obter ou assegurar a boa vontade de outrem, visto que a aceitação da dádiva era considerada como impondo ao recebedor a obrigação de manter relações pacíficas. — Gên. 33:8-16; 1 Sam. 9:6-8; 25:18, 19; 1 Reis 14:1-3.

PONTO DE VISTA CRISTÃO

Os cristãos não estão sob a restrição da Lei quanto aos alimentos puros e impuros. Exige-se que se abstenham de sangue e de coisas estranguladas, isto é, de coisas cujo sangue não foi corretamente drenado. (Atos 15:19, 20, 28, 29) Mas, além desta injunção bíblica, não devem fazer questão quanto à ingestão ou abstinência de certos tipos de alimentos, nem tentar governar a consciência de outrem pela sua própria consciência no que tange à ingestão de alimentos. Avisa-se-lhes, contudo, sobre comer alimento oferecido a ídolos, e também a evitar fazer tropeçar outrem por insistir em exercer sua liberdade cristã na questão de comida. (1 Cor., cap. 8; 10:23-33) Os cristãos não devem colocar a questão de alimento ou de seu uso à frente do Reino e de seus interesses espirituais. — Rom. 14:17; Heb. 13:9.

ALIMENTO ESPIRITUAL

Jesus se deleitou em fazer a vontade de seu Pai, e falou disso como sendo alimento para ele. (João 4:32, 34) Predisse que teria um “escravo fiel e discreto”, nomeado para prover para seus discípulos o alimento (espiritual) no tempo apropriado. (Mat. 24:44-47; veja ESCRAVO FIEL E DISCRETO.) Assim como Moisés dissera aos israelitas: “O homem não vive somente de pão, mas que o homem vive de toda expressão da boca de Jeová” (Deu. 8:3), assim também Jesus encorajou seus seguidores a buscar, não o alimento material, mas o alimento que permanece para a vida eterna. (João 6:26, 27; compare com Habacuque 3:17, 18.) Ele disse que não ficassem ansiosos sobre a comida e a bebida, pois “a alma vale mais do que o alimento”. — Mat. 6:25; Luc. 12:22, 23.

O apóstolo Paulo falou das coisas elementares da doutrina cristã como sendo “leite”, e do conhecimento mais profundo como sendo “alimento sólido”. (Heb. 5:12-14; 6:1, 2; 1 Cor. 3:1-3) Pedro, também, falou do “leite não adulterado pertencente à palavra” que nutria o crescimento espiritual. (1 Ped. 2:2) Jesus chamou a si mesmo de “pão da vida”, superior ao maná fornecido no deserto, e indicou que dispunha dum suprimento que impediria que o comedor voltasse a ter fome. (João 6:32-35) Ele deixou chocados alguns de seus seguidores que não tinham mentalidade espiritual, por assemelhar sua carne e seu sangue a alimento e bebida (dos quais deveriam ‘alimentar-se’ pela fé em seu sacrifício resgatador) para ter vida eterna. — João 6:54-60.

Jeová promete um tempo em que Ele proverá abundância de alimento tanto espiritual como material para seu povo fiel, em toda a terra, nenhuma fome os ameaçando. — Sal. 85:12; Isa. 25:6; veja COZINHAR, UTENSÍLIOS DE COZINHA; FOME; REFEIÇÃO e itens de alimentos sob seus verbetes individuais.

ASSAR (COZER), PADEIRO. No lar hebreu, assar pão e bolos era um dos principais deveres da mulher, embora escravos fizessem tal assar em algumas famílias maiores. Falando por Jeová, Samuel disse aos israelitas, que solicitaram um rei humano: “Tomará as vossas filhas para misturadoras de ungüento, e cozinheiras, e padeiras.” (1 Sam. 8:13) Todavia, homens talvez supervisionassem tal trabalho, ou fizessem eles mesmos algum assar, conforme indicado pelo fato de que, quando dois anjos visitaram Ló em Sodoma, ele “cozeu pães não fermentados, e eles passaram a comer” o regalo preparado. — Gên. 19:1-3.

O pão era geralmente assado em fornos, nos tempos bíblicos. (Veja FORNO.) Ocasionalmente, contudo, o assar era feito por se acender uma fogueira sobre pedras que tinham sido colocadas juntas. Quando estavam bem aquecidas, as cinzas eram postas de lado e a massa era posta sobre as pedras. Depois de algum tempo, o bolo era revirado e, então, deixado sobre as pedras até que o pão ficasse inteiramente assado. (Osé. 7:8) Os viajantes talvez assassem pão caseiro numa cova rasa, cheia de pedrinhas quentes, sobre as quais se acendera uma fogueira. Depois de as brasas serem removidas, a massa era colocada sobre as pedras aquecidas, talvez sendo revirada várias vezes enquanto o pão era assado. (1 Reis 19:6) Os beduínos ainda assam pão desta forma, ou o fazem num disco aquecido de ferro, o árabe sadj.

As ofertas de cereais feitas pelos israelitas eram amiúde “algo cozido no forno”, provenientes “de cima da assadeira”, ou ‘tiradas da frigideira funda’. (Lev. 2:4-7) A assadeira era uma grossa chapa de cerâmica, que tinha depressões (comparável a uma moderna chapa de ferro de grill para waffles), embora assadeiras de ferro também fossem usadas. — Eze. 4:3.

Os padeiros profissionais tinham seu comércio nas cidades. Enquanto Jeremias estava em custódia no Pátio da Guarda, em Jerusalém, durante o tempo de escassez, antes da derrubada daquela cidade em 607 A. E. C., foi-lhe dada uma ração diária de um pão redondo “da rua dos padeiros”, enquanto o suprimento durou. (Jer. 37:21) Assim, padeiros comerciais evidentemente ocupavam determinada rua de Jerusalém. Anos depois, quando as muralhas de Jerusalém foram restauradas, sob a supervisão de Neemias, também foi consertada a “Torre dos Fornos”. (Nee. 3:11; 12:38) Exatamente como a torre veio a ser assim chamada é incerto, mas é possível que foi-lhe dado este nome incomum porque os fornos dos padeiros comerciais estavam localizados ali.

Nos tempos modernos, o padeiro oriental profissional não prepara costumeiramente a massa. Antes, é feita pelo padeiro doméstico, e então é levada ao padeiro público. Assim, não é incomum observar o filho do padeiro andando com bandejas de pão recém-assado equilibradas na cabeça, entregando o pão nas casas dos fregueses. Nos tempos bíblicos, também, o padeiro profissional talvez tenha assado a massa (e até mesmo a carne e as hortaliças) que lhe traziam. Depois de remover o pão ou os bolos de seu forno com uma longa pá, o padeiro, às vezes, os untava. A excelente qualidade do pão assado no forno maior do padeiro comercial, oriental, parece ser indicado por este provérbio dos árabes: “Mande seu pão ao forno do padeiro, embora ele coma a metade dele.”

Os padeiros, no antigo Egito, tinham de prestar estritas contas dos materiais que tinham em estoque ao superintendente dos celeiros. O historiador grego, Heródoto, do quinto século A. E. C., gastou algum tempo no Egito, e fornece um relato pormenorizado dos processos egípcios de assar. Afirma que os egípcios amassavam o pão com os pés, processo confirmado numa pintura mural do túmulo de Ramsés III.

O padeiro real era, evidentemente, um homem de certa importância no antigo Egito. A pintura mural, adrede mencionada, do túmulo de Ramsés III no Vale dos Reis, em Tebas, representa uma padaria real egípcia em plena operação, mostrando passos tais como o pisamento da massa com os pés, a fabricação de bolos de pão e a preparação do forno. Segundo relatado em Gênesis, certo padeiro real egípcio obteve especial notoriedade por ter pecado contra o rei, e foi lançado na prisão. Ali, teve um sonho em que viu a si mesmo carregando três cestos de pão na cabeça, havendo aves que comiam do cesto superior. Este “chefe dos padeiros” foi retirado da prisão no terceiro dia e ‘enforcado’, assim cumprindo a interpretação de José: “Os três cestos são três dias. Daqui a três dias, Faraó te levantará a cabeça de cima de ti e certamente te pendurará num madeiro; e as aves hão de comer a tua carne de cima de ti.” — Gên. 40:1-3, 16-22.

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