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  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1980
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  • POSIÇÃO DURANTE AS REALEZAS DE DAVI E DE SALOMÃO
Despertai! — 1980
g80 22/3 pp. 25-28

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria selecionada, condensada, de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]

AVES [Continuação]

Um cuidadoso estudo das aves fornece prova convincente do ensino bíblico de que são produto da criação divina. A teoria proposta pelos evolucionistas de que as aves evoluíram dos répteis é claramente ficcional e só poderia merecer crédito por parte da mente mais imaginativa. Ao passo que as aves e répteis são ambos ovíparos, os répteis têm sangue frio, são amiúde vagarosos, ao passo que as aves têm sangue quente, e acham-se entre as mais ativas de todas as criaturas da terra, possuindo incomumente rápidos batimentos cardíacos. O conceito evolucionista de que as escamas e as barbatanas reptilárias se desenvolveram finalmente em asas peníferas (como resultado da pressão do ar contra as escamas, causada por bilhões de anos de saltos e pulos de certos répteis), é tanto fantasiosa como infundada. Os fósseis das aves chamadas pelos cientistas de Arqueoptérix (ou, o antigo com asas) e da Arqueornis (ou, ave antiga), embora apresentem dentes e comprida cauda vertebrada, também mostram que eram inteiramente peníferas, tinham pés equipados para empoleirar-se, e possuíam asas plenamente desenvolvidas. Assim, não existem nenhumas espécies “intermediárias” que apresentem escamas desenvolvendo-se em penas, ou patas dianteiras em asas, para dar qualquer aparência de apoio à teoria da evolução. Conforme expresso pelo apóstolo Paulo, as aves são de “carne” distinta das outras criaturas da terra. — 1 Cor. 15:39.

O salmista concitou as “aves aladas” a louvar a Jeová. (Sal. 148:1, 10), e as aves fazem isto por sua própria estrutura e por seu projeto complexo. Uma única ave pode ter até de 2.000 a mais de 6.000 penas. Todavia, cada pena se compõe dum eixo ou raque, do qual partem centenas de barbas que formam uma grimpa interna, cada barba contendo centenas de pares de bárbulas menores, e cada bárbula tem divisões ainda mais diminutas, conhecidas como barbicelas ou cílios. Uma única pena, de quinze centímetros, da asa de um pombo contém assim, segundo se calcula, cerca de 990.000 bárbulas e literalmente milhões de barbicelas. Os princípios aerodinâmicos implantados no projeto das asas e do corpo das aves sobrepujam em complexidade e eficácia os duma aeronave moderna. Os ossos ocos duma ave contribuem para sua leveza e, assim, o esqueleto duma fragata, com mais de dois metros de envergadura das asas, talvez pese apenas uns 114 gramas. Certos ossos das asas de grandes aves planadoras até mesmo possuem suportes semelhantes a treliças dentro das partes ocas, como os montantes dentro das asas dos aviões.

No tempo do dilúvio, Noé introduziu na arca, para sua preservação, pares de aves “segundo as suas espécies”. (Gên. 6:7, 20; 7:3, 23) Não existe nenhum meio seguro de se saber quantas “espécies” diferentes de aves existiam então, alguns tipos de aves tendo-se tornado extintos até mesmo nos tempos recentes. No entanto, é interessante notar que a lista das aves, conforme a atual classificação científica, apresentada em The Encyclopœdia Britannica (Ed. 1959, Vol. 16, págs. 930-932), fornece um total de apenas 204 “famílias” de aves, inclusive algumas que se acham agora extintas ou só são conhecidas em forma de fósseis. Há, naturalmente, milhares de variedades incluídas nestas “famílias”. — Veja ARCA N.º 1, Despertai! de 8 de maio de 1978, p. 24.

Após o dilúvio global, Noé ofereceu “criaturas voadoras limpas”, junto com animais, como sacrifício. (Gên. 8:18-20) Depois disso, Deus fez a concessão de as aves serem incluídas na dieta do homem, conquanto não se comesse sangue. (Gên. 9:1-4; compare com Levítico 7:26; 17:13.) A ‘limpeza’ de certas aves naquele tempo, portanto, relacionava-se evidentemente a algum indício divino de aceitação como sacrifício; o registro bíblico mostra que, no que concerne a serem usadas qual alimento, nenhumas das aves foram designadas “impuras” até a introdução da lei mosaica. (Lev. 11:13-19, 46, 47; 20:25; Deu. 14:11-20) Os fatores que determinavam que aves eram designadas cerimonialmente “impuras” não são declarados expressamente na Bíblia. Assim, ao passo que a maioria das assim designadas eram aves de rapina ou necrófagas, nem todas elas o eram. (Veja POUPA.) Tal proibição foi levantada depois do estabelecimento do novo pacto, conforme Deus tornou evidente para Pedro mediante uma visão. — Atos 10:9-15.

A identificação das aves especificamente citadas representa um problema difícil, em alguns casos. Os lexicógrafos em geral são guiados pelo significado da raiz do nome, visto que esta é usualmente descritiva, por indicações no contexto, quanto aos hábitos e habitat da ave, e pela observação das aves conhecidas como existentes nas terras bíblicas. Em muitos casos, crê-se que os nomes são onomatopéicos, isto é, imitam o som produzido pela ave. Como em português, palavras tais como “piar”, “grasnar”, “cacarejar”, “corvejar” são rapidamente associadas a mochos, patos, galinhas e corvos, assim, semelhantemente, nomes onomatopéicos dados a certas aves, no texto hebraico, ajudam a identificá-las. — Veja ÁGUIA; ANDORINHÃO; CUCO; ROLA.

A topografia variegada da Palestina, que vai dos picos frescos das montanhas a profundos vales sufocantes, dos desertos áridos a planícies marítimas, todos comprimidos no canto SE do mar Mediterrâneo, tornam-na o ponto focal duma grande variedade de tipos de aves. O monte Hermom, ao N, acha-se perpetuamente recoberto de neve, ao passo que a apenas uns 190 quilômetros ao S, ao longo do vale do Jordão e perto do mar Morto, acha-se uma quente região tropical. Cada uma destas zonas contém aves peculiares a seu próprio meio ambiente, quer alpino quer tropical, como também as zonas temperadas e as regiões desérticas. (Sal. 102:6; 104:16, 17) Adicionalmente, a Palestina acha-se numa das principais rotas migratórias seguidas anualmente pelas aves (cegonhas, rolas, codornizes, andorinhões, andorinhas, bulbuls, cucos e outras) que viajam da África para o N, na primavera setentrional, ou da Europa e Ásia para o S, no outono setentrional. (Cân. 2:11, 12; Jer. 8:7) Assim, calcula-se que cerca de quatrocentas variedades de aves podem ser encontradas na Palestina em algum tempo durante o decorrer dum ano. Em vista da deterioração das florestas e da vegetação palestinas com o passar dos séculos, é provável que, nos tempos bíblicos, a população avícola fosse ainda maior.

Especialmente notáveis são os grandes números das aves de rapina (Heb., ‘áyit) encontradas na Palestina, inclusive águias, gaviões, falcões, milhafres e abutres. Lá no tempo de Abraão, as aves de rapina tentaram descer sobre o sacrifício de Abraão, composto de certos animais e aves, obrigando-o a expulsá-las até que o sol começou a se pôr. (Gên. 15:9-12; compare com 2 Samuel 21:10.) Em sua busca de alimento, tais aves dependem de sua poderosa visão telescópica, ao invés de seu senso de olfato, relativamente fraco.

A bem conhecida visão dum bando de aves necrófagas ajuntadas em torno de uma carcaça amiúde servia de base para ominoso aviso para um inimigo, como no caso de Davi e Golias (1 Sam. 17:44, 46), e repetidas vezes formava parte dos avisos proféticos divinamente inspirados à nação de Israel e seus regentes (Deu. 28:26; 1 Reis 14:11; 21:24; Jer. 7:33; 15:3), bem como para as nações estrangeiras. (Isa. 18:1, 6; Eze. 29:5; 32:4) Assim, aquele usado por Jeová para executar o julgamento foi figuradamente representado como “ave de rapina”. (Isa. 46:11) A desolação duma cidade ou terra foi representada por ela se tornar o habitat de certas aves de natureza solitária (Isa. 13:19-21; confronte com Revelação 18:2), ou pelo desaparecimento de toda vida avícola. (Jer. 4:25-27; 9:10; 12:4; Osé. 4:3; Sof. 1:3) A proclamação que convocava todas as aves para reunir-se a fim de banquetear-se dos corpos mortos de “Gogue de Magogue” e sua multidão (Eze. 39:1-4, 17-21) tem seu paralelo no registrado em Revelação, em que os corpos dos regentes nacionais e seus exércitos se tornam comida para “todas as aves que voam pelo meio do céu”, em resultado da obra executora de Cristo Jesus como Rei. — Rev. 19:11-21; contraste isto com as palavras confortadoras de Deus para seu povo, em Oséias 2:18-20.

A adoração das aves, como se representassem o verdadeiro Deus, foi proibida para a nação de Israel (Deut. 4:15-17), mas era destacada entre as nações pagãs, especialmente no Egito. (Rom. 1:23) Centenas de múmias de aves foram encontradas nas tumbas egípcias, principalmente de aves tais como o falcão, o abutre e a íbis, todas as quais eram sagradas entre os egípcios. Os hieróglifos egípcios contêm cerca de vinte e dois signos diferentes de aves.

ABIAS [meu pai é Já]. Um dos vinte e oito filhos de Roboão, também chamado Abijão, que se tornou o segundo Rei do reino de Judá, de duas tribos, e reinou de 980 a 977 A.E.C. (1 Reis 14:31 a 15:8) Era descendente régio de Davi, tanto por parte de pai como de mãe, sendo a décima sexta geração de Abraão na linhagem real de Jesus Cristo. (1 Crô. 3:10; Mat. 1:7) Dentre todas as dezoito esposas e sessenta concubinas de Roboão, Maacá (chamada Micaia em 2 Crônicas 13:2), neta de Absalão, era a mais amada, e foi favorecida sobre todas as demais por ter seu filho Abias escolhido qual sucessor ao trono, embora não fosse o primogênito de Roboão. — 2 Crô. 11:20-22.

Com a ascensão de Abias ao trono, no décimo oitavo ano do Rei Jeroboão I, de Israel, reiniciaram-se as hostilidades entre os reinos setentrional e meridional, seguindo-se sangrenta guerra. Perfilados em formação de batalha contra o exército escolhido de Judá, composto de 400.000 poderosos homens de guerra, achavam-se os 800.000 guerreiros de Jeroboão. Impávido diante de tais desvantagens, Abias, em um discurso arrebatado, dirige-se à massa de Jeroboão, condenando sua idólatra adoração de bezerros, e lembrando-lhes de que o pacto de Jeová com Davi era para um reino que jamais findaria. “Conosco está à cabeça o verdadeiro Deus” declarou Abias, por conseguinte, “não luteis contra Jeová, . . . porque não vos mostrareis bem sucedidos”. (2 Crô. 12:16; 13:1-12) Na violenta batalha que se seguiu, a emboscada de Jeroboão foi providencialmente frustrada, e meio milhão de seus homens foram destruídos; assim exauriu-se o poder militar de Jeroboão. Até mesmo foi capturada a cidade de Betel, onde um dos detestáveis bezerros de ouro, junto com um sacerdócio apóstata, havia sido instalado. E tudo isso porque Abias se havia ‘estribado em Jeová’. (2 Crô. 13:13-20) Todavia, Abias prosseguiu andando nos pecados de seu pai, Roboão, por permitir os altos, as colunas sagradas e até mesmo que os homens que se prostituíam a serviço dum templo continuassem na terra. “Seu coração não se mostrou pleno para com Jeová, seu Deus.” (1 Reis 14:22-24; 15:3) No curso de sua existência, possuiu quatorze esposas e teve trinta e oito filhos, e, ao morrer, seu filho Asa o sucedeu no trono. — 2 Crô. 13:21; 14:1.

ABIATAR [pai da excelência ou da abundância]. Um dos filhos do Sumo Sacerdote Aimeleque, da tribo de Levi e da linhagem de Eli. (1 Sam. 14:3; 22:11; 23:6) Viveu durante os reinados de Saul, Davi e Salomão, e durante o reinado de Davi tornou-se sumo sacerdote. Tinha dois filhos, Jonatã e Aimeleque (o mesmo nome do pai de Abiatar). — 2 Sam. 15:27, 36; 8:17.

Abiatar morava na cidade sacerdotal de Nobe, a uma curta distância de Jerusalém, quando o Rei Saul mandou que Doegue, o edomita, matasse o pai de Abiatar, o sumo sacerdote, e outros sacerdotes (oitenta e cinco ao todo), por causa do seu suposto apoio a Davi. Doegue também abateu com a espada a todos os demais residentes da cidade. Somente Abiatar escapou. Fugiu para Davi, que era, ele próprio, um fugitivo, evidentemente para Queila, a vários quilômetros ao sul. Davi, sentindo certa responsabilidade pessoal pela tragédia, disse a Abiatar: “Eu bem sabia, naquele dia, estando lá Doegue, o edomita, que ele ia sem falta contá-lo a Saul. Eu pessoalmente fiz mal a toda alma da casa de teu pai. Fica morando comigo. Não tenhas medo, pois, quem procura a minha alma também procura a tua alma, porque tu és quem necessitas de proteção comigo.” — 1 Sam. 22:12-23; 23:6.

Abiatar então viajou com Davi durante o restante de sua condição de proscrito, e serviu como sacerdote para as forças de Davi. Primeiro Samuel 23:6 mostra que Abiatar tinha trazido consigo um éfode, e, ao passo que os sacerdotes em geral usavam um éfode de linho (1 Sam. 22:18), os versículos 9-12 do capítulo 23 de 1 Sam. indicam que este era, evidentemente, o éfode do pai de Abiatar, o sumo sacerdote, contendo o Urim e o Tumim.

POSIÇÃO DURANTE AS REALEZAS DE DAVI E DE SALOMÃO

Parece que, quando Davi finalmente obteve o trono, Abiatar se tornou sumo sacerdote. Alguns peritos sugerem que, depois da morte do Sumo Sacerdote Aimeleque, o Rei Saul fez instalar Zadoque como sumo sacerdote para substituir Aimeleque, destarte não reconhecendo Abiatar, que estava em companhia de Davi, futuro sucessor de Saul. Sustentam que, depois de sua ascensão ao trono, Davi fez de Abiatar um sumo sacerdote associado, junto com Zadoque. Tal conceito é evidentemente derivado de que Zadoque e Abiatar são regularmente mencionados juntos, como se partilhassem alta posição no sacerdócio. (2 Sam. 15:29, 35; 17:15; 19:11; 20:25; 1 Reis 1:7, 8, 25, 26; 4:4; 1 Crô. 15:11) No entanto, o registro inspirado não menciona em parte alguma qualquer designação de Zadoque como sumo sacerdote sob o Rei Saul. É possível que a proeminência de Zadoque se devia a ser vidente ou profeta, assim como o profeta sacerdotal, Samuel, recebeu maior menção no registro divino do que o sumo sacerdote de seu tempo. (2 Sam. 15:27) A evidência indica que Abiatar era o único sumo sacerdote durante o reinado de Davi, e que Zadoque então ocupava uma posição secundária a ele. — 1 Reis 2:27, 35; Mar. 2:26.

O texto em 2 Samuel 8:17 suscita algumas indagações neste respeito, visto dizer que “Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes” naquele tempo, mas não menciona Abiatar como sumo sacerdote. Alguns sugerem que os nomes de Aimeleque e Abiatar foram transpostos por um erro de cópia, de modo que o texto deveria rezar “Abiatar, filho de Aimeleque”, como o faz na versão Siríaca. No entanto, o registro de 1 Crônicas (18:16; 24:3, 6, 31) confirma a ordem dos nomes nestes versículos, conforme se encontra no texto massorético. Por conseguinte, parece mais provável que Zadoque e Aimeleque sejam mencionados simplesmente como sacerdotes secundários sob o Sumo Sacerdote Abiatar, e que se presumia entender a posição de Abiatar neste caso. — 1 Crô. 16:37-40; compare com Números 3:32.

Abiatar participou do privilégio de levar a arca de Jeová da casa de Obede-Edom para Jerusalém, junto com outros sacerdotes. (2 Sam. 6:12; 1 Crô. 15:11, 12) Além de ser sumo sacerdote, estava incluído no “gabinete” oficial de Davi. — 1 Crô. 27:33, 34.

Perto da parte final do reinado de Davi, Absalão, filho de Davi, formou uma conspiração contra seu pai. Abiatar novamente permaneceu com Davi quando as circunstâncias obrigaram o Rei a fugir de Jerusalém. Como parte dum plano de frustrar o conselho do traiçoeiro Aitofel, conselheiro anterior de Davi, Abiatar e Zadoque, como sacerdotes leais, foram enviados de volta a Jerusalém para servir como oficiais de ligação, a fim de manter Davi informado dos planos do seu filho rebelde. (2 Sam. 15:24-36; 17:15) Depois da morte de Absalão, Abiatar e Zadoque serviram como intermediários para fazer os arranjos da volta de Davi a capital. — 2 Sam. 19:11-14.

Em vista do seu registro fiel de suportar muitas dificuldades em companhia de Davi, durante seu tempo de fugitivo de Saul, e, novamente, durante a rebelião de Absalão, e considerando-se que gozava da confiança, da amizade e do favor de Davi durante cerca de quatro décadas, é surpreendente verificar que Abiatar se ligou a outro filho de Davi, Adonias, numa conspiração posterior pelo trono. Embora tal trama também tivesse o apoio de Joabe, chefe do exército, ela falhou; Salomão foi designado rei, o sacerdote leal, Zadoque, realizando a unção, segundo as instruções de Davi. (1 Reis 1:7, 32-40) Jonatã, filho de Abiatar, que previamente servira como correio das novas para Davi, durante a insurreição de Absalão, passou então a avisar Adonias da frustração da trama. O Rei Salomão não tomou medidas imediatas contra Abiatar, mas, quando a evidência indicava que a trama ainda estava latente, ordenou a morte de Adonias e de Joabe, e baniu Abiatar de Jerusalém, dizendo: “Vai para Anatote, para os teus campos! Pois mereces a morte; mas neste dia não te entregarei à morte, porque carregaste a arca do Soberano Senhor Jeová diante de Davi, meu pai, e porque foste atribulado durante todo o tempo que meu pai foi atribulado.” (1 Reis 2:26) Zadoque foi então designado para substituir Abiatar em sua posição sacerdotal, e, com isto, o cargo de sumo sacerdote passou de novo para a linhagem de Eleazar, filho de Arão; e a linhagem da casa de Eli chegou ao fim completo, em cumprimento da profecia de 1 Samuel 2:31. — 1 Reis 2:27; 1 Sam. 3:12-14.

Ao passo que o registro, mais tarde, em 1 Reis 4:4, de novo se refere a “Zadoque e Abiatar” como sacerdotes do reinado de Salomão, é provável que Abiatar seja alistado somente de forma honorífica, ou num sentido histórico. Alguns peritos sugerem que Salomão, depois de remover Abiatar, então o designou para servir como substituto de Zadoque, e que, ao passo que um oficiava no monte Sião, onde se mantinha a Arca, o outro servia no tabernáculo, que continuava em Gibeão, antes da construção do templo. (Veja 1 Crônicas 16:37-40.) No entanto, 1 Reis 2:26 mostra que Salomão enviou Abiatar para os seus campos em Anatote, e, ao passo que Anatote não era muito longe de Gibeão, a ordem de Salomão indica que Abiatar estava sendo removido de qualquer participação ativa no sacerdócio.

Em Marcos 2:26, a maioria das versões apresentam Jesus como dizendo que Davi entrou na casa de Deus e comeu os pães da apresentação “no tempo de Abiatar, sumo sacerdote” (Almeida). Visto que Aimeleque, pai de Abiatar, era o sumo sacerdote quando esse evento ocorreu, tal tradução resultaria num erro histórico. É digno de nota que várias primitivas autoridades no assunto do texto omitem a frase acima, e não se encontra nos trechos correspondentes em Mateus 12:4 e Lucas 6:4. No entanto, uma estrutura grega similar ocorre em Marcos 12:26 e Lucas 20:37, e, aqui, muitas traduções usam a frase “no trecho sobre” (A Bíblia de Jerusalém), “quando fala do” (A Bíblia na Linguagem de Hoje), “no episódio da” (M. Hoepers). Assim, parece que Marcos 2:26 permite apropriadamente a versão fornecida na Tradução do Novo Mundo, que reza: “Como entrou na casa de Deus, no relato sobre Abiatar, o principal sacerdote.” Visto que o relato dos primeiros feitos de Abiatar começa logo depois do registro sobre a entrada de Davi na casa de Deus para comer os pães da apresentação, e visto que Abiatar se tornou mais tarde o sumo sacerdote de Israel no reinado de Davi, tal tradução mantém a exatidão histórica do registro.

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