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  • ASSASSINATO DE AMNOM
  • RESTAURAÇÃO AO FAVOR
  • ATIVIDADE DE ALTA TRAIÇÃO
  • BATALHA DECISIVA E MORTE
Despertai! — 1980
g80 22/4 pp. 27-31

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[Matéria escolhida, condensada, da Edição de 1971 de Aid to Bible Understanding.]

ABNER [pai de lâmpada, esclarecimento]. O filho de Ner, da tribo de Benjamim. Primeiro Samuel 14:50, 51 refere-se, evidentemente, a Abner como o “tio de Saul”, embora esta frase no hebraico possa ser corretamente aplicada quer a Abner quer a Ner, seu pai. Josefo fala de Abner como sendo primo de Saul, e dos pais deles, Ner e Quis, como sendo irmãos. (Antiguidades Judaicas, em inglês, Livro VI, cap. VI, par. 6) No entanto, a história inspirada em 1 Crônicas 8:33 e; 9:39 parece inclinar-se grandemente em favor de Quis como sendo o filho de Ner e, por isso, irmão de Abner. Isto tornaria Abner o tio de Saul. — Veja também a tabela sob SAUL.

Abner serviu como chefe do exército de Saul, e sua força combatente às vezes assumia grandes proporções, de até 200.000 homens. (1 Sam. 15:4) Em ocasiões especiais, sentava-se junto ao Rei na mesa de banquetes. (1 Sam. 20:25) Embora, sem dúvida, Abner fosse homem poderoso e valente, não se sentiu um páreo para o gigantesco filisteu, Golias, mas pôs-se de lado e testemunhou a inigualável demonstração de coragem de Davi em executar prontamente aquele formidável oponente (1 Sam. 17:48-58) Mais tarde, quando Davi era fugitivo no ermo de Zife, Abner veio a sofrer repreensão de Davi por ter falhado em proteger devidamente a pessoa de Saul como seu senhor e como “o ungido de Jeová” — 1 Sam. 26:14-16.

Depois da morte de Saul na esmagadora derrota imposta pelos filisteus, Abner retirou-se, cruzando o Jordão, para Maanaim, em Gileade, levando consigo Is-Bosete, filho de Saul. Embora Davi tivesse sido proclamado Rei em Hébron, pela tribo de Judá, Abner estabeleceu Is-Bosete como Rei rival em Maanaim. Abner era, claramente, o poder por trás do trono, e, com o tempo, obteve o apoio de todas as tribos, exceto a de Judá, a favor de Is-Bosete. — 2 Sam. 2:8-10.

Finalmente, os exércitos dos dois reis oponentes se defrontaram numa prova de força junto ao reservatório de Gibeão, no território de Benjamim, a cerca de um terço da distância entre Hébron e Maanaim. Depois de os dois exércitos se terem estudado mutuamente, Abner propôs um combate entre doze jovens guerreiros de cada lado. Os lados se igualavam tanto que resultou numa matança mútua, provocando um combate em plena escala entre os dois exércitos. As forças de Abner perderam dezoito homens para cada um dos soldados de Joabe, e recuaram em direção ao ermo. (2 Sam. 2:12-17, 30, 31) Abner, perseguido por Asael, o ligeiro irmão de Joabe, instou com ele, repetidas vezes, que voltasse sua atenção para outra parte, e evitasse um encontro mortífero com ele. Quando Asael persistiu em recusar-se a fazê-lo, Abner finalmente deu-lhe poderoso golpe para trás e matou Asael com o conto de sua lança, atravessando-lhe o abdômen. (2 Sam. 2:18-23) Diante do apelo de Abner, Joabe finalmente mandou pararem a perseguição, ao pôr-do-sol, e ambos os exércitos iniciaram suas marchas de volta a suas respectivas capitais. Pode-se ver seu vigor nos 80 quilômetros ou mais que as forças de Abner percorreram, descendo à bacia do Jordão, atravessando o rio, então subindo o vale do Jordão até as colinas de Gileade, onde se puseram a caminho para Maanaim. Depois de sepultarem Asael em Belém (talvez no dia seguinte), os homens de Joabe fizeram uma caminhada de uns 25 quilômetros através das montanhas até Hébron. — 2 Sam. 2:29-32.

Abner apoiou o regime declinante de Is-Bosete, mas também fortaleceu sua própria posição, talvez com olhos voltados para a realeza, visto que era, afinal de contas, irmão do pai de Saul. Quando chamado às ordens por Is-Bosete por ter tido relações com uma das concubinas de Saul (ato somente permitido ao herdeiro do Rei morto), Abner iradamente anunciou a transferência de seu apoio para o lado de Davi. (2 Sam. 3:6-11) Ele fez propostas de paz a Davi, sublinhando sua própria posição como virtual regente do restante de Israel, exceto Judá. Satisfazendo a exigência de Davi, de devolver-lhe sua esposa Mical, Abner dirigiu-se então particularmente aos chefes das onze tribos para consolidar seu favor para com Davi, o Rei designado por Jeová. (2 Sam. 3:12-19) Depois disso, foi calorosamente recebido por Davi em sua capital, em Hébron, e, nesse mesmo dia, procurou persuadir todas as tribos a fazerem um pacto com Davi. Mas Joabe, ausente numa incursão, voltou, e, depois de denunciar Abner como espião conivente, o chamou pessoalmente de volta e engodou Abner a uma posição em que pudesse matá-lo. — 2 Sam. 3:20-27.

Com a morte de Abner, qualquer esperado apoio a Is-Bosete ruiu por terra e Is-Bosete logo foi assassinado por traidores. Com isto, chegou ao fim completo a regência da casa de Saul. — 2 Sam. 4:1-3, 5-12.

Muitos anos depois, quando se aproximava o tempo de sua própria morte, Davi lembrou-se da morte de Abner (bem como a de Amasa) e incumbiu Salomão da responsabilidade de remover a mancha de sangue que Joabe trouxera sobre a casa de Davi. (1 Reis 2:1, 5, 6) Pouco depois, Joabe, o matador de Abner, foi executado por ordens de Salomão. — 1 Reis 2:31-34.

Apenas se alista um filho de Abner, Jaasiel, que era um líder da tribo de Benjamim durante o reinado de Davi. (1 Crô. 27:21) Primeiro Crônicas 26:28 também menciona as contribuições de Abner para o tabernáculo, dentre os despojos obtidos como chefe do exército.

ABSALÃO [pai de paz]. O terceiro dentre seis filhos de Davi, nascidos em Hébron. Sua mãe era Maacá filha de Talmai, Rei de Gesur. (2 Sam. 3:3-5; Absalão tornou-se pai de três filhos e uma filha (2 Sam. 14:27), mas parece que seus filhos morreram com pouca idade, em vista da declaração em 2 Samuel 18:18. Ele é evidentemente chamado Abisalão em 1 Reis 15:2, 10. — Veja 2 Crônicas 11:20, 21.

A beleza física imperava na família de Absalão. Era nacionalmente elogiado por sua notável beleza; seus cabelos, que cresciam profusamente, sem dúvida tornando-se ainda mais pesados pelo uso de óleo ou ungüentos, pesavam cerca de duzentos siclos (cerca de 2,3 kg) quando cortados anualmente. A irmã dele, Tamar, também era linda, e a filha dele, com o mesmo nome da tia, tinha “aparência muitíssimo bela”. (2 Sam. 14:25-27; 13:1) Ao invés de ser proveitosa, contudo, tal beleza contribuiu para alguns eventos feios que provocaram imenso pesar no pai de Absalão, Davi, bem como em outros, e produziu grande tumulto na nação.

ASSASSINATO DE AMNOM

A beleza de Tamar, irmã de Absalão, fez com que Amnom, meio-irmão mais velho dela, ficasse apaixonado por ela. Fingindo-se doente, Amnom conseguiu que Tamar fosse enviada a seus aposentos, para cozinhar para ele, e então a violou à força. O amor erótico de Amnom transformou-se em ódio desprezível e mandou jogar Tamar na rua. Rasgando sua veste listrada que a distinguira como filha virgem do rei, e com cinzas sobre a cabeça, Tamar encontrou-se com Absalão. Este rapidamente avaliou a situação e lançou suspeitas imediatas contra Amnom, indicando anterior apercebimento do desejo apaixonado de seu meio-irmão. Absalão instruiu sua irmã a não levantar nenhuma acusação, contudo, e a levou para morar na casa dele. — 2 Sam. 13:1-20.

Segundo John Kitto, tomar Absalão conta de Tamar, ao invés de o pai dela o fazer, harmonizava-se com o costume oriental de que, numa família polígama, os filhos da mesma mãe são os mais intimamente ligados, e as filhas “ficam sob o cuidado e a proteção especiais de seu irmão, que, em tudo que atinge sua segurança e honra, é mais procurado do que o próprio pai”. [Kitto’s Daily Bible Illustrations (Ilustrações Bíblicas Diárias, de Kitto), Saul, Davi, p. 384] Muito antes, foram Levi e Simeão, dois irmãos germanos de Diná, que resolveram vingar a desonra de sua irmã. — Gên. 34:25.

Ouvindo falar da humilhação de sua filha, Davi reagiu com grande ira, mas, talvez devido a que não se fizera nenhuma acusação direta ou formal, com o apoio de evidência ou de testemunhas, não tomou nenhuma ação judicativa contra o ofensor. (Deu. 19:15) É possível que Absalão preferiu não criar caso com tal violação, por parte de Amnom, da lei levítica (Lev. 18:9; 20:17) a fim de evitar a publicidade desagradável para sua família e seu nome, mas, sem embargo, nutria ódio homicida a Amnom, ao passo que, exteriormente, controlava-se até o momento propício de executar a vingança de seu próprio modo (Coteje com Provérbios 26:24-26; Levítico 19:17.) Deste ponto em diante, sua vida é um estudo da perfídia, ocupando a maior parte de sete capítulos de Segundo Samuel. — 2 Sam. 13:21, 22.

Passaram-se dois anos. Chegou a época da tosquia, ocasião festiva, e Absalão organizou uma festa em Baal-Hazor, a cerca de 32 km ao N de Jerusalém, convidando os filhos do Rei e o próprio Davi. Quando seu pai se escusou de não poder comparecer, Absalão pressionou-o a concordar em enviar Amnom, seu primogênito, em seu lugar. (Pro. 10:18) Na festa, quando Amnom estava-se “sentindo bem por causa do vinho”, Absalão ordenou que seus servos o matassem. Os outros filhos se dirigiram de volta a Jerusalém, e Absalão foi para o exílio com seu avô sírio, no reino de Gesur, ao leste do Mar da Galiléia. (2 Sam. 13:23-28) A “espada” predita pelo profeta Natã tinha então penetrado na “casa” de Davi, e continuaria ali pelo resto de sua vida. — 2 Sam. 12:10.

RESTAURAÇÃO AO FAVOR

Quando três anos haviam mitigado a dor da perda de seu primogênito, Davi sentiu saudades paternais de Absalão. Joabe, lendo os pensamentos de seu tio real, abriu, por meio de um estratagema, o caminho para que Davi estendesse um perdão condicional que permitia que Absalão fosse repatriado, mas sem o direito de aparecer na corte de seu pai. (2 Sam. 13:39; 14:1-24) Absalão suportou esta condição de ostracismo durante dois anos, e então começou a manobrar para obter pleno perdão. Quando Joabe, qual oficial da corte do rei, recusou-se a visitá-lo, Absalão peremptoriamente mandou incendiar o campo de cevada de Joabe, e, quando o indignado Joabe veio, ele lhe disse que queria uma decisão final do Rei e “se houver em mim qualquer erro, então terá de entregar-me à morte”. Quando Joabe transmitiu a mensagem, Davi recebeu seu filho, que então se prostrou em terra, em símbolo de completa submissão, e lhe concedeu o beijo do pleno perdão. — 2 Sam. 14:28-33.

ATIVIDADE DE ALTA TRAIÇÃO

Qualquer afeição natural ou filial que Absalão sentia por Davi, contudo, tinha aparentemente se desvanecido nos cinco anos de separação de seu pai. (Compare com 2 Timóteo 3:3.) Três anos de associação com a realeza pagã talvez tivessem cultivado a influência corrosiva da ambição. Absalão talvez se encarasse como destinado ao trono, por causa do ‘sangue real’ de ambas as partes da família. Visto que Quileabe (Daniel), que era o segundo em linha dentre os filhos de Davi, não é mais mencionado depois do relato de seu nascimento, é também possível que tenha morrido, destarte deixando Absalão como o filho vivo mais velho de Davi. (2 Sam. 3:3; 1 Crô. 3:1) Todavia, a promessa de Deus a Davi, de um futuro “descendente” que herdaria o trono, foi fornecida depois do nascimento de Absalão, e, por isso, este deveria saber que não era o escolhido de Jeová para a realeza. (2 Sam. 7:12) De qualquer modo, uma vez restaurado à categoria real, Absalão começou a realizar uma propaganda política sub-reptícia. Com consumada perícia, fingiu sentir grande preocupação com o bem-estar público e apresentou-se como caloroso ‘homem do povo’. Insinuou cuidadosamente ao povo, especialmente aos das tribos sem ser de Judá, que a corte do Rei não se interessava por seus problemas, e havia grande necessidade de um homem dotado das qualidades de Absalão. — 2 Sam. 15:1-6.

A frase “ao fim de quarenta anos”, encontrada em 2 Samuel 15:7, tem aplicação incerta, e, na versão siríaca e algumas outras antigas, é traduzida “quatro anos”. Mas, não é provável que Absalão esperasse um total de seis anos para cumprir um voto; se os “quatro anos” fossem considerados como contando desde o tempo de sua readmissão completa. (2 Sam. 14:28) Visto que uma fome de três anos, uma guerra com os filisteus, e a tentativa de Adonias de apoderar-se do trono ocorreram todas durante o reinado de Davi, mas depois dos eventos agora considerados, é evidente que o ponto de partida do escritor, relativo aos “quarenta anos”, teria de iniciar-se consideravelmente antes do começo do reinado de quarenta anos de Davi, e, provavelmente, significa quarenta anos a partir de sua primeira unção por Samuel. Isto permitiria então que Absalão fosse ainda “moço” neste ponto do relato, visto que nasceu em algum tempo entre 1077 e 1070 A.E.C.

Ao passo que Davi só teria cerca de 60 anos nesta época, Absalão, satisfeito de ter suscitado muitos seguidores através do reino, obteve permissão de seu pai, mediante um pretexto, para ir a Hébron, capital original de Judá. Dali, organizou rápido uma conspiração em plena escala pelo trono, inclusive uma rede nacional de espiões, para proclamarem sua realeza. Depois de invocar a bênção de Deus sobre sua regência, por oferecer sacrifícios, granjeou o apoio de Aitofel, o conselheiro mais respeitado de seu pai. Muitos então se bandearam para o lado de Absalão. — 2 Sam. 15:7-12.

Confrontado com grande crise, e antecipando um ataque em larga escala, Davi preferiu deixar o palácio, junto com toda a sua casa, embora tivesse o apoio leal de grande grupo de homens fiéis, inclusive dos principais sacerdotes, Abiatar e Zadoque. Estes dois foram por ele enviados de volta a Jerusalém, para servirem quais agentes de ligação. Enquanto subia o Monte das Oliveiras, descalço, com a cabeça coberta e chorando, Davi deparou com Husai, o “companheiro” do rei, a quem ele semelhantemente enviou a Jerusalém para frustrar o conselho de Aitofel. (2 Sam. 15:13-17) Cercado de oportunistas, um procurando favores, outro cheio de espírito partidário e ventilando ódio acumulado, Davi se destaca em nítido contraste com Absalão, por sua tranqüila submissão e recusa de pagar o mal com o mal. Rejeitando o apelo de Abisai, seu sobrinho, de obter permissão para atravessar para o outro lado e ‘arrancar a cabeça’ de Simei, que lhe atirava pedras e o amaldiçoava, Davi arrazoou: “Eis que meu próprio filho que saiu das minhas próprias entranhas está procurando a minha alma; e quanto mais agora um benjamita! Deixai-o, para que invoque o mal, pois Jeová lhe disse isso! Talvez Jeová veja com o seu olho e Jeová realmente me restitua a bondade em vez de sua invocação do mal neste dia.” — 2 Sam. 16:1-14.

Ocupando Jerusalém e o palácio, Absalão aceitou a aparente defecção de Husai para seu lado, depois de inicialmente fazer uma referência sarcástica a Husai ser o fiel “companheiro” de Davi. Daí, atuando segundo o conselho de Aitofel, Absalão teve publicamente relações sexuais com as concubinas de seu pai, qual prova do completo rompimento entre ele e Davi, e de sua inflexível determinação de manter o controle do trono. (2 Sam. 16:15-23) Desta forma, a última parte da profecia inspirada de Natã teve seu cumprimento. — 2 Sam. 12:11

Aitofel então instou com Absalão para que lhe concedesse autoridade para liderar uma força contra Davi naquela mesma noite, de modo a ministrar o golpe de morte antes que as forças de Davi se pudessem organizar. Contente, Absalão ainda achou sábio ouvir a opinião de Husai. Compreendendo a necessidade de Davi ganhar tempo, Husai pintou um quadro vívido, visando possivelmente aproveitar-se de qualquer falta de genuína coragem em Absalão (que, até então, tinha demonstrado mais arrogância e astúcia do que valor másculo), bem como para apelar para a vaidade de Absalão. Husai recomendou que se tomasse tempo, primeiro, para organizar uma sobrepujante força de homens a serem então comandados pelo próprio Absalão. Pela orientação de Jeová, o conselho de Husai foi aceito, ao invés do de Aitofel, evidentemente fazendo com que este último encarasse então a revolta como já sendo uma causa perdida e cometesse suicídio. — 2 Sam 17:1-14, 23

Como medida acautelatória, Husai mandou avisar Davi do conselho de Aitofel, e, apesar dos esforços de Absalão de capturar os correios clandestinos, Davi recebeu o aviso e cruzou o Jordão e subiu as colinas de Gileade até Maanaim (onde Is-Bosete tivera sua capital). Aqui, foi recebido com expressões de generosidade e bondade. Preparando-se para o conflito, Davi organizou suas forças em expansão em três divisões, sob Joabe, Abisai e Itai, o geteu. Instado a permanecer na cidade, visto que sua presença seria de maior valor ali, Davi se submeteu a isso e, novamente, demonstrou surpreendente falta de rancor para com Absalão por solicitar publicamente a seus três capitães: “Tratai suavemente o moço Absalão, por minha causa.” — 2 Sam. 17:15 a 18:5.

BATALHA DECISIVA E MORTE

As forças recém-formadas de Absalão sofreram esmagadora derrota por parte dos combatentes experientes de Davi. A batalha penetrou na floresta de Efraim. Absalão, fugindo montado em seu mulo real, passou pelos ramos baixos duma árvore grande e, pelo que parece, ficou com a cabeça presa numa forquilha dum ramo, de modo que ficou suspenso no ar. O homem que relatou a Joabe que o havia visto disse que não iria desobedecer a solicitação de Davi, por matar Absalão, nem por “mil moedas de prata”, mas Joabe não sentiu tal restrição e enfiou três hastes no coração de Absalão, após o que dez de seus homens uniram-se ao seu capitão em assumir a responsabilidade pela morte de Absalão. O corpo de Absalão foi, depois disso, lançado numa cavidade e coberto por uma pilha de pedras, como sendo indigno de sepultamento. — 2 Sam. 18:6-17; confronte com Josué 7:26; 8:29.

Quando mensageiros chegaram a Davi, em Maanaim, sua primeira preocupação foi com seu filho. Quando soube da morte de Absalão, Davi caminhava pelo piso do quarto do terraço, clamando: “Meu filho, Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Oh! que eu, eu mesmo, tivesse morrido em teu lugar, Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Sam. 18:24-33) Apenas a linguagem e raciocínio bruscos e diretos de Joabe fizeram Davi deixar seu grande pesar, devido ao proceder e ao fim trágicos deste moço fisicamente atraente e empreendedor, cuja ambição impetuosa o levara a combater o ungido de Deus e à ruína. — 2 Sam. 19:1-8; compare com Provérbios 24:21, 22.

O Salmo 3 é considerado como tendo sido escrito por Davi, por ocasião da revolta de Absalão, segundo o cabeçalho do salmo.

ABSALÃO, MONUMENTO DE. Uma coluna erigida por Absalão na “Baixada do Rei”, também chamada “Baixada de Savé”, próxima de Jerusalém. (2 Sam. 18:18; Gên. 14:17) O monumento foi erigido por ele devido a não ter filhos para manter vivo seu nome depois de sua morte. Parece, assim, que seus três filhos, mencionados em 2 Samuel 14:27, tinham morrido quando jovens. Absalão não foi sepultado no local de seu monumento, mas foi deixado numa cavidade na floresta de Efraim. — 2 Sam. 18:6, 17.

Existe uma coluna escavada na rocha, no vale do Cédron, que tem sido chamada de “Túmulo de Absalão”, mas sua arquitetura indica que é do período greco-romano, talvez do tempo de Herodes. Assim, não existe base para ligá-la ao nome de Absalão.

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