Os samaritanos e a lei
O professor de línguas semíticas da Universidade de Harvard, EUA, Frank M. Cross, reconstruiu e traduziu fragmentos de rolos de papiro encontrados numa caverna ao norte de Jericó. Diz-se que datam do quarto século A. E. C. Nobres samaritanos levaram os rolos para a caverna, ao fugirem dos soldados de Alexandre Magno, depois de se rebelarem contra a regência dele. Os rolos eram documentos de transações legais que continham contratos para empréstimos e vendas de escravos e de propriedades.
Cross observa que “não existe nenhuma referência, nestes contratos sobre escravos, às ordens bíblicas de que os escravos hebreus deviam ser libertos após o sétimo ano que se acham no Pentateuco, o qual os samaritanos usavam como seu texto religioso básico”. O professor especula que esta falha em honrar a lei de Deus “é evidência de que os nobres ricos se consideravam acima da lei e a ignoravam. Eles não queriam perder seus escravos; eles queriam retê-los para sempre”.