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  • Ajuda ao Entendimento da Bíblia
  • Despertai! — 1981
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  • USO FIGURADO E PROFÉTICO
  • CABRA MONTÊS, CABRA SELVAGEM
  • PESCA
  • USOS METAFÓRICOS E SIMBÓLICOS
Despertai! — 1981
g81 22/9 pp. 23-25

Ajuda ao Entendimento da Bíblia

[De Aid to Bible Understanding, Edição de 1971 extraímos a matéria condensada que se segue.]

CABRITO (BODE). Um mamífero ruminante dotado de chifres ocos e de pêlos usualmente longos, e relativamente lisos. A cabra da Síria, distinguida pelas suas orelhas compridas e caídas, e seus chifres encurvados para trás, é a raça predominante na Palestina. Usualmente tais cabras são negras; as malhadas são excepcionais. (Gên. 30:32, 35) Os cabritos eram um dos itens do comércio de Tiro. — Eze. 27:21.

O cabrito era valioso para os hebreus (Pro. 27:26) A cabra supria-lhes o leite, do qual se podia fabricar manteiga e queijo. (Pro. 27:27) Sua carne, especialmente a do cabritinho, era comida. (Gên. 27:9; Deut. 14:4; Juí. 6:19; 13:15; Luc. 15:29) E, para a Páscoa, podia-se usar um carneiro ou um cabrito de um ano. (Êxo. 12:5) O pêlo de cabra, transformado em tecido, era utilizado de várias formas. (Núm. 31:20) As “tendas de Quedar” talvez fossem feitas do pêlo da cabra negra (Cân. 1:5), e o pêlo de cabra foi usado na construção do tabernáculo. (Êxo. 26:7; 35:26) O couro de cabra era transformado em recipientes (veja Gên. 21:15), e era também usado como vestimenta, como feito por certas testemunhas pré-cristãs de Jeová que foram perseguidas. — Heb. 11:37.

A lei mosaica proibia que se comesse a gordura dum cabrito oferecido em sacrifício (Lev. 7:23-25), e que se cozinhasse um cabritinho no leite de sua mãe. (Êxo. 23:19; 34:26; Deut. 14:21) O motivo desta última proibição pode ter sido que tal prática tinha conexões idólatras. Diz-se que, entre certos povos antigos, um cabritinho era preparado ou cozinhado no leite de sua mãe, e, daí, o caldo era aspergido sobre árvores, campos e hortas, visando-se assegurar a fertilidade

O cabrito servia qual animal sacrificial, sendo apresentado como oferta queimada (Lev. 1:10; 22:18, 19), como sacrifício de comunhão (Lev. 3:6, 12), como oferta pelo pecado (Esd. 8:35) e como oferta pela culpa. (Lev. 5:6) Todo primogênito caprídeo devia ser sacrificado, mas não antes de ter, pelo menos, oito dias. (Lev. 22:27; Núm. 18:17) Uma cabra, em seu primeiro ano (ou uma cordeira) era a oferta prescrita pelo pecado para alguém que não era nem sacerdote nem chefe. (Lev. 4:28, 32; Núm. 18:17; Lev 16:1-27) Naturalmente, tais cabritos oferecidos em sacrifício não podiam realmente eliminar os pecados, mas apenas representavam o verdadeiro sacrifício expiatório pelos pecados, apresentado por Jesus Cristo. — Heb. 9:11-14; 10:3, 4.

USO FIGURADO E PROFÉTICO

Usaram-se cabritos para representar pessoas, em especial as opostas a Jeová. (Isa. 34:6, 7; confronte com Jeremias 51:40; Ezequiel 34:17; Zacarias 10:3.) Na ilustração de Jesus sobre as ovelhas e os cabritos, os cabritos representam as pessoas que recusam praticar o bem para com o mínimo dos irmãos dele. — Mat. 25:31-46.

O bode da profecia de Daniel representava a Potência Mundial Grega (ou Greco-Macedônia). (Dan. 8:5-8, 21) A respeito disso, The Imperial Bible-Dictionary (Dicionário-Bíblico Imperial), Vol. I, página 664, observa: É interessante saber que este [o bode] era o símbolo reconhecido, pelos próprios macedônios, de sua nação. Ainda existem monumentos em que se apresenta este símbolo, como numa das pilastras de Persépolis, onde se representa um bode com um só enorme chifre na sua testa, e um persa segurando o chifre, pelo qual se pretende mostrar a sujeição da Macedônia pela Pérsia”; (algo conseguido pelos persas perto do fim do sexto século A.E.C.).

CABRA MONTÊS, CABRA SELVAGEM

A designação hebraica ye‘elím, traduzida “cabritos monteses” (NM) e “cabras selvagens” (AV), é geralmente entendida como se referindo ao íbex da Arábia, uma cabra selvagem montês que possui chifres grandes, com muitas cristas e curvados para trás. Este animal fica à vontade nas montanhas elevadas (Sal. 104:18), onde transpõe penhascos escarpados e estreitas abas das montanhas com graciosa facilidade. No período de gestação, estas cabras procuram locais que o homem não encontra facilmente. É possível que Jó 39:1 se refira a isso, pois à pergunta ali suscitada aponta para o fato de que tais criaturas são bem independentes do homem, o nascimento de seus filhotes ocorrendo sem ser observado pelo homem.

A forma hebraica feminina, ya’aláh é empregada no trecho de Provérbios 5:18, 19. Aqui, compara-se a esposa da juventude da pessoa a uma “encantadora cabra montesa”, aludindo-se possivelmente à graça deste animal.

Em Deuteronômio 14:4, 5, onde se faz referência aos animais aceitáveis como alimento, a palavra hebraica ’aqqóh tem sido “traduzida” cabra selvagem”. (AS, AV, RS) Há peritos que crêem que ’aqqóh talvez designe o mesmo animal que ye‘‏elím, isto é, o íbex da Arábia. Outros sugerem que se tem presente a cabra selvagem da Pérsia.

CAÇA E PESCA. Somente após o Dilúvio é que o homem foi autorizado a caçar e pescar para obter alimento. (Gên. 9:3, 4) Mas mesmo nos tempos pré-diluvianos os homens talvez caçassem em busca de peles de animais para fabricar roupas e outros itens. — Compare com Gênesis 3:21.

Depois do Dilúvio, Ninrode foi o primeiro homem a distinguir-se como “poderoso caçador em oposição a Jeová” (Gên. 10:8, 9), sem dúvida como alguém que caçava por esporte, como faziam posteriormente os reis da Assíria, do Egito e de outras terras. Não existe indício de que os israelitas caçassem animais por esporte, embora caçassem animais, tais como a gazela e veados, para servirem de alimento (1 Reis 4:22, 23), e matassem animais selvagens em defesa própria (Juí. 14:5, 6), ou em defesa de animais domésticos ou das safras. — 1 Sam. 17:34-36; Cân. 2:15.

Empregavam-se vários implementos ou artigos na caça, inclusive arcos e flechas (Gên. 21:20; 27:3), fundas (1 Sam. 17:34, 40; Jó 41:1, 28), armadilhas, redes, covas e ganchos. (Sal. 140:5; Eze. 17:20; 19:4, 9) Espadas, lanças, diferentes tipos de dardos, paus sem dúvida eram também usados. — Jó 41:1, 26-29.

Para capturar os animais, amiúde se armavam redes e, então, um grupo de caçadores assustava os animais, comumente por fazerem muito barulho, de modo que estes corressem em direção às redes, que eram construídas de modo a caírem sobre os animais. Também, cavavam-se covas que eram então camufladas com fina cobertura de galhos e terra. Capturavam-se os animais por fazê-los passar correndo sobre a cobertura. Usavam-se laços que enredavam as patas dos animais, e talvez também se empregasse uma combinação de covas e redes. — Coteje com Jó 18:8-11; Jeremias 18:22; 48:42-44; veja PASSARINHEIRO (CAÇADOR DE AVES).

PESCA

Entre os hebreus, a pesca era uma ocupação; não é mencionada como se pescando simplesmente por esporte. Os pescadores usavam redes, arpões e lanças, bem como anzóis e linha. (Jó 41:1, 7; Eze. 26:5, 14; Hab. 1:15, 17; Mat. 17:27) Com freqüência, pescava-se à noite. Do barco, lançavam-se grandes redes ou redes de arrasto, que eram então puxadas para a praia ou a safra de peixes era esvaziada nos barcos. Depois disso, selecionavam-se os peixes. Os apropriados para consumo, segundo os termos da Lei, eram colocados em recipientes; as espécies inapropriadas eram jogadas fora. (Mat. 13:47, 48; Luc. 5:5-7; João 21:6, 8, 11) Uma rede muito menor do que a rede de arrasto talvez fosse lançada pelos pescadores que vadeavam na água ou que ficavam em pé na praia. — Veja REDE DE ARRASTO.

Pescar era trabalho árduo. Exigia esforço físico puxar as redes cheias de peixe (João 21:6, 11), e remar nos barcos, especialmente quando se tinha de fazê-lo contra o vento. (Mar. 6:47, 48) Às vezes, os pescadores labutavam a noite toda, sem pescar nada. (Luc. 5:5; João 21:3) Depois disso, as redes tinham de ser postas para secar e ser consertadas. — Eze. 47:10; Mat. 4:21.

Os pescadores Pedro, André, Tiago e João trabalhavam juntos como sócios. (Mat. 4:18, 21; Luc. 5:3, 7, 10) Pelo menos em uma ocasião, sete dos discípulos de Jesus, inclusive Natanael e Tomé, pescaram juntos. (João 21:2, 3) Um dos dois pescadores não identificados em João 21:2 talvez fosse André, irmão de Pedro; o outro talvez sendo Filipe, conforme sugerido pelo fato de que sua casa se achava em Betsaida (significando “casa ou lugar de pesca”). — João 1:43, 44.

Figuradamente, a pesca talvez represente a conquista militar. (Amós 4:2; Hab. 1:14, 15) Por outro lado, Jesus assemelhou a obra de fazer discípulos à pesca de homens. (Mat. 4:19) Jeremias 16:16, onde se faz referência a Jeová ‘mandar vir muitos pescadores e caçadores’, pode ser entendido, quer num sentido favorável, quer num desfavorável. Se este texto estiver diretamente relacionado ao Jer. 16 versículo 15, que fala da restauração dos israelitas a sua terra, então a alusão é à busca do restante judeu arrependido. De outro modo, os pescadores e caçadores são forças inimigas, enviadas para encontrar os israelitas infiéis, não permitindo assim que nenhum deles escape ao julgamento de Jeová. — Confronte com Ezequiel 9:2-7.

CADEIA (LAÇO). Algo que confina ou restringe a liberdade, como um grilhão ou uma corrente; algemas; cadeias; também confinamento (plural); uma força ou influência unificadora; uma causa de união; um vínculo unificador.

Nos tempos bíblicos, empregavam-se vários meios para restringir os prisioneiros, inclusive grilhões, o tronco, algemas e correntes, bem como prisões. Baixos-relevos egípcios mostram prisioneiros com os cotovelos atados por cordas, quer na frente, quer por trás, quer sobre a cabeça. Às vezes os pulsos estão acorrentados, e todos os prisioneiros estão amarrados juntos por uma corda que envolve o pescoço de cada um. Outros usam algemas de madeira, aparentemente feitas de dois pedaços de madeira amarrados juntos, com aberturas retangulares para os pulsos. As algemas tinham construção variada; amiúde eram suspensas do pescoço do prisioneiro por meio duma corda. Em alguns relevos egípcios, os prisioneiros são atados de forma diferente, segundo sua nacionalidade. Os relevos assírios representam os prisioneiros com algemas que consistiam de anéis ou argolas em torno do tornozelo, presas juntas por uma barra.

Nas Escrituras, a palavra hebraica para “cobre” (usualmente plural nesses casos) é freqüentemente traduzida “grilhões”, segundo o contexto, porque os grilhões eram amiúde feitos de cobre ou bronze, embora também se empregasse madeira ou ferro. No Museu Britânico, existem grilhões de bronze procedentes de Nínive, em forma de uma barra com um anel em cada extremidade. Os anéis eram cortados de modo que pudessem ser malhados juntos, a fim de abranger os tornozelos, depois de os pés do prisioneiro terem sido passados por eles. Um dos anéis está rompido, mas, quando inteiriço, os grilhões podiam ter pesado cerca de 4 quilos.

O costume romano era prender a mão direita dum prisioneiro, mediante uma corrente, à mão esquerda de seu soldado de escolta, ou, para dupla segurança, acorrentar cada mão a um soldado de cada lado. Isto se dava, não só quando um prisioneiro era conduzido à prisão, mas também durante seu encarceramento.

A palavra hebraica mahpékhetth, traduzida “tronco” (Jer. 20:2; 29:26; 2 Crô. 16:10), tem o significado de “torção, distorção”. Este tronco evidentemente mantinha a pessoa em posição recurvada ou desnatural, e pode ter confinado o pescoço e os braços, bem como as pernas. Não se acha disponível nenhuma descrição exata desse tronco. Outra forma de tronco (Heb., sadh) parece ter sido usada para segurar apenas os pés. (Jó 13:27; 33:11) O tronco em que foram postos Paulo e Silas, na prisão interior em Filipos, prendia-lhes os pés. (Atos 16:24) Os troncos romanos eram armações de madeira que possuíam vários buracos espacejados, de modo que as pernas pudessem ser esticadas em separado. Eusébio fala de mártires encarcerados cujos pés foram separados à força em um tronco, distanciando-se “até o quinto buraco”. O pelourinho era um instrumento que prendia o pescoço e, possivelmente, os braços. (Jer. 29:26) Nenhum de tais instrumentos fora prescrito pela lei de Deus para Israel, nem a Lei continha provisões para a existência de prisões.

USOS METAFÓRICOS E SIMBÓLICOS

As expressões “laços” e “cadeias” são amiúde usadas como metáforas nas Escrituras para o encarceramento ou alguma forma de confinamento. Quando Israel estava no cativeiro babilônico, era mencionado como estando em cadeias ou tendo ligaduras sobre seu pescoço (Isa. 52:2), embora muitos deles possuíssem suas próprias casas e gozassem de considerável liberdade. — Jer. 29:4, 5.

Deus restringiu os anjos desobedientes a “laços sempiternos, em profunda escuridão”. (Judas 6) Diz-se que também serão lançados nas “covas de profunda escuridão”. (2 Ped. 2:4) A evidência bíblica aponta que não se lhes nega toda a liberdade de movimentos, visto que têm conseguido apossar-se de humanos e até mesmo tiveram acesso aos céus até serem expulsos de lá por Miguel e seus anjos, e lançados para baixo, para a terra. (Mar. 1:32; Rev. 12:7-9) Satanás, o Diabo, deverá ser acorrentado com uma grande corrente, pelo anjo que possui a chave do abismo, e será lançado no abismo por mil anos, após o que ele será solto por breve tempo. (Rev. 20:3) Visto que os anjos não são criaturas de carne e sangue, tais cadeias sem dúvida se referem a alguma força restritiva que não conhecemos.

Jesus mencionou que a mulher a quem ele curou, que tinha sido totalmente encurvada por um espírito de fraqueza, por dezoito anos, fora enlaçada por Satanás. (Luc 13:11, 16) Pedro chamou Simão, que tentava comprar a dádiva de espírito santo, de um “laço de injustiça”. — Atos 8:23.

As mãos duma mulher imoral são comparadas a grilhões, e o homem que a procura é justamente como aquele que é “agrilhoado para a disciplina do tolo”. — Ecl. 7:26; Pro. 7:22.

Em sentido favorável, Ezequiel fala do “compromisso [vínculo, Al, IBB] do pacto”, graças à força vinculadora do pacto (Eze. 20:37) Os partícipes do pacto matrimonial são considerados como “amarrados” por ele. (Rom. 7:2; 1 Cor. 7:27, 39) Menciona-se o amor como um “perfeito vínculo de união”. — Col. 3:14.

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