Ajuda ao Entendimento da Bíblia
[Matéria condensada, extraída de Aid to Bible Understanding, Edição de 1971.]
COLOSSENSES, CARTA AOS. [Continuação]
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Posição de Cristo, cabeça da congregação
A. Paulo agradece a fé e o amor dos colossenses em Cristo (1:1-14)
1. Ora que fiquem plenos de conhecimento acurado
2. Foram transplantados para o reino do Filho
B. Ele é a imagem de Deus, primogênito da criação cabeça da congregação (1:15-20)
C. Mediante ele, consegue-se a reconciliação com Deus (1:21-23)
D. Como ministro do segredo sagrado, Paulo trabalha para ‘apresentar cada homem completo em união com Cristo’ (1:24-29)
II. Sabedoria, conhecimento, ocultos em Cristo; “realidade” pertence a ele
A. Paulo peleja para que obtenham conhecimento de Cristo (2:1-5)
B. Insta que andem em união com Cristo e não sejam desencaminhados (2:6-12)
C. Deus perdoou aqueles “mortos” outrora; apagou documento da Lei (2:13-17)
1. Não deviam deixar ninguém julgá-los pelo comer, beber, observância
2. Tais são sombra, mas “a realidade pertence ao Cristo”
D. Não deviam permitir que nenhum homem os prive-se do prêmio (2:18-23)
1. Adoração imposta a si próprio, humildade fingida, e tratamento severo do corpo, não tinham valor em combater a satisfação da carne
III. Procurem coisas de cima, revistam-se da nova personalidade
A. Amorteçam membros carnais na terra, revistam-se da nova personalidade (3:1-11)
B. Revistam-se de compaixão, benignidade, humildade mental, brandura, longanimidade, amor (3:12-17)
1. Que a paz de Cristo os controle, ajudem-se mutuamente
2. Façam tudo em nome de Jesus, agradecendo a Deus por meio dele
C. Instruções dadas às esposas, aos maridos, filhos, escravos (3:18-25)
IV. Exortação adicional e cumprimentos pessoais
A. Instados os amos a lidar com justiça e eqüidade com escravos (4:1)
B. Dada admoestação para orarem, andarem de modo sábio, e sobre como responder (4:2-6)
C. Estão sendo enviados Tíquico e Onésimo, contarão “todas as coisas daqui” (4:7-9)
D. Paulo e associados mandam cumprimentos, ele termina com instrução e o desejo de que a benignidade imerecida acompanhe os colossenses (4:10-18)
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 216-218.
TESSALONICENSES, CARTAS AOS. Duas cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs, sendo as primeiras a serem redigidas pelo apóstolo Paulo, que se identifica como a fonte de ambas. (1 Tes. 1:1; 2:18; 2 Tes. 1:1; 3:17) Na ocasião em que tais cartas foram postas por escrito, Silvano (Silas) e Timóteo estavam com Paulo. (1 Tes. 1:1; 2 Tes. 1:1) Isto aponta Corinto como o local do qual as cartas foram remetidas, visto não haver nenhum registro de que estes três homens trabalhassem de novo juntos depois de sua estada em Corinto, no decurso da segunda viagem missionária de Paulo. (Atos 18:5) Visto que os 18 meses de atividade do apóstolo em Corinto parecem ter começado no outono setentrional de 50 E.C., foi provavelmente nessa mesma época que foi escrita a primeira carta aos tessalonicenses. (Atos 18:11) A segunda carta deve tê-la seguido, não muito tempo depois, provavelmente em cerca de 51 E.C.
Em todos os catálogos notáveis do segundo, do terceiro e do quarto séculos E.C., alistam se ambas essas cartas como canônicas. Também se harmonizam plenamente com o restante das Escrituras, ao admoestarem os servos de Deus a manter sempre uma conduta excelente. Digno de nota, também, é o destaque que se dá à oração nestas cartas. Paulo, junto com seus colaboradores, lembrava-se sempre dos tessalonicenses em oração (1 Tes. 1:2; 2:13; 2 Tes. 1:3, 11; 2:13), e o apóstolo os encorajou: “Orai incessantemente. Dai graças em conexão como tudo.” (1 Tes. 5:17, 18) “Irmãos, continuai a orar por nós.” — 1 Tes. 5:25; 2 Tes. 3:1.
FUNDO HISTÓRICO DE PRIMEIRA TESSALONICENSES
Desde o início, praticamente, a congregação a que Primeira Tessalonicenses foi dirigida sofria perseguição. Depois de chegar a Tessalônica, Paulo pregou por três sábados na sinagoga de lá. Considerável número de pessoas tornaram-se crentes, e foi estabelecida uma congregação. Os judeus fanáticos, contudo, provocaram violento motim. A turba, não encontrando Paulo e Silas na casa de Jasão, arrastou Jasão e outros irmãos perante os governantes da cidade, acusando os de sedição. Apenas ao prestarem “suficiente fiança” é que Jasão e os outros foram libertados. Isto moveu os irmãos a enviar Paulo e Silas para Beréia, à noite, evidentemente para o bem da congregação e a segurança desses dois homens. — Atos 17:1-10.
Depois disso, além de contínua perseguição (1 Tes. 2:14), a congregação aparentemente sentiu grande tristeza com a perda, na morte de um, ou mais, dentre eles. (1 Tes. 4:13) Cônscio da pressão que estava sendo exercida sobre a nova congregação, e muitíssimo preocupado com o efeito dela, Paulo enviou Timóteo para confortar e fortalecer os tessalonicenses. Antes disso, o apóstolo por duas vezes tentara visitá-los, mas ‘Satanás se interpôs em seu caminho’. — 1 Tes. 2:17 a 3:3.
Paulo se regozijou, ao receber o relatório encorajador de Timóteo sobre a fidelidade e o amor dos tessalonicenses. (1 Tes. 3:6-10) No entanto, eles precisavam de mais encorajamento e admoestação para resistirem às fraquezas da carne. Por esse motivo, Paulo, além de elogiar os tessalonicenses por sua perseverança fiel (1 Tes. 1:2-10; 2:14; 3:6-10), e confortá-los com a esperança da ressurreição (1 Tes. 4:13-18), exortou-os a continuar seguindo um proceder aprovado por Deus e a fazê-lo ainda mais plenamente. (1 Tes. 4:1, 2) O apóstolo, entre outras coisas, aconselhou-os a abster-se da fornicação (1 Tes. 4:3-8), a se amarem uns aos outros em medida mais plena, a trabalharem com suas próprias mãos (1 Tes. 4:9-12), a permanecerem espiritualmente despertos (1 Tes. 5:6-10), a terem consideração para com aqueles que trabalhavam de forma árdua entre eles, a ‘admoestar os desordeiros, a falar consoladoramente às almas deprimidas, a amparar os fracos, a ser longânimes para com todos’ e a ‘abster-se de toda forma de iniqüidade’. — 1 Tes. 5:11-22.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Saudações, e bênção proferida (1:1)
II. Recapitulação da atividade de Paulo e colaboradores em Tessalônica, e de seu resultado (1:2 a 3:13)
A. Cristãos tessalonicenses tornaram-se exemplo para os crentes na Macedônia e na Acaia, e sua fé se tornou bem conhecida de outros, dando a Paulo e associados motivo de agradecerem a Deus (1:2-10)
B. Paulo e colaboradores pregaram “boas novas” com grande esforço, não se tornaram carga para tessalonicenses, tornaram-se meigos em seu meio, exortaram-nos como faz um pai (2:1-12)
C. Aceitarem os tessalonicenses a “palavra de Deus” e suportarem o sofrimento era motivo de Paulo e associados agradecerem a Deus (2:13-16)
D. Quando longe deles, Paulo ansiava vê-los falharam duas vezes seus esforços de visitá-los, mas então enviou Timóteo (2:17 a 3:5)
E. Paulo se regozijava com boas novas de que os tessalonicenses continuavam fiéis, e orava para que abundassem em amor (3:6-13)
III. Exortação para que tessalonicenses se portassem corretamente, também comenta ressurreição e vinda do dia de Jeová (4:1 a 5:22)
A. Abstenham-se da fornicação (4:1-8)
B. Amem-se uns aos outros em medida mais plena e trabalhem com suas próprias mãos (4:9-12)
C. Visto que mortos ressuscitarão, não é preciso sentir tristeza como os que não têm esperança (4:13-18)
D. Dia de Jeová virá como ladrão de noite. exigindo condição espiritualmente alerta (5:1-11)
E. Mostrem respeito pelos que presidem, sejam pacíficos, admoestem os desordeiros, busquem o bem uns dos outros, e de todos os demais regozijem-se, orem incessantemente, certifiquem-se de todas as coisas, abstenham-se da iniqüidade (5:12-22)
IV. Expressão final de bênção, e pedido para que irmãos orem por Paulo e colaboradores, e que carta seja lida a todos (5:23-28)
FUNDO HISTÓRICO DE SEGUNDA TESSALONICENSES
A fé dos cristãos em Tessalônica estava crescendo sobremaneira, seu amor mútuo aumentava, e continuavam a suportar fielmente a perseguição e a tribulação. Assim sendo, o apóstolo Paulo, como fizera em sua primeira carta, elogiou-os e encorajou-os a continuarem firmes. — 2 Tes. 1:3-12; 2:13-17.
Na congregação havia alguns, contudo, que argüíam erroneamente que a presença de Jesus Cristo era iminente. Possivelmente, até mesmo uma carta atribuída de forma errônea a Paulo foi interpretada como indicando que “o dia de Jeová está aqui”. (2 Tes. 2:1, 2) Pode ter sido esta a razão pela qual o apóstolo frisou a genuinidade de sua segunda carta, dizendo: “Aqui está o meu cumprimento, o de Paulo, pela minha própria mão, que é sinal em cada carta; é assim que eu escrevo.” (2 Tes. 3:17) Não desejando que os irmãos fossem seduzidos a aceitar um ensino errôneo, Paulo mostrou que outros eventos tinham de preceder a vinda do dia de Jeová. Escreveu: “Não virá a menos que venha primeiro a apostasia e soda revelado o homem que é contra a lei.” — 2 Tes. 2:3.
Ainda precisava de atenção um problema que já existia antes na congregação. Em sua primeira carta aos tessalonicenses, Paulo lhes dissera: “Exortamo-vos, porém, irmãos, . . . que tomeis por vosso alvo viver sossegadamente, e que cuideis de vossos próprios negócios e trabalheis com as vossas mãos, assim como vos ordenamos, a fim de que andeis decentemente para com os de fora e não necessiteis de nada.” (1 Tes. 4:10-12) Na congregação havia aqueles que não levaram a peito essa admoestação. Por isso, Paulo ordenou que tais pessoas trabalhassem sossegadamente, e comessem o alimento que eles próprios haviam ganho, acrescentando: “Mas, se alguém não for obediente à nossa palavra por intermédio desta carta, tomai nota de tal, parei de associar-vos com ele, para que fique envergonhado. Contudo, não o considereis como inimigo, mas continuai a admoestá-lo como irmão.” — 2 Tes. 3:10-15.
ESBOÇO DO CONTEÚDO
I. Saudações, e bênção proferida (1:1, 2)
II. Expressão de gratidão pela fidelidade de cristãos tessalonicenses, e garantia de que Deus trará vingança sobre os que os fazem sofrer tribulação (1:3-10)
III. Oração para que tessalonicenses possam ser contados dignos da chamada de Deus (1:11, 12)
IV. Apostasia e revelação do homem que é contra a lei precede a vinda do dia de Jeová (2:1-12)
A. Tessalonicenses não devem ficar excitados com mensagens no sentido de que dia de Jeová está aqui (2:1, 2)
B. Descrito o homem que é contra a lei (2:3-12)
V. Admoestação a favor da conduta correta (2:13 a 3:15)
A. Fiquem firmes nas coisas ensinadas (2:13-17)
B. Pedido de Paulo para que orem por ele e colaboradores, e sua confiança de que tessalonicenses farão as coisas ordenadas (3:1-5)
C. Trabalhem, não se intrometendo nos assuntos dos outros (3:6-12)
D. Orientação sobre como tratar casos dos que não seguem a admoestação do apóstolo (3:13-15)
VI. Declaração final de bênção; cumprimento de Paulo (3:16-18)
Veja o livro “Toda a Escritura É Inspirada por Deus e Proveitosa”, pp. 219-223.
TIMÓTEO, CARTAS A. Duas cartas inspiradas das Escrituras Gregas Cristãs,. escritas pelo apóstolo Paulo, que se identifica como o escritor, nas palavras iniciais de cada carta. (1 Tim. 1:1; 2 Tim. 1:1) A primeira carta foi, evidentemente, escrita da Macedônia. No primeiro capítulo, versículo 3, acha-se uma base para se atribuir uma data aproximada à composição desta carta, pois ali se lê: “Assim como te encorajei a ficar em Éfeso, quando eu estava para ir à Macedônia, assim faço agora.” Não se faz nenhuma menção disso no livro de Atos, que abrange um período desde o tempo da ascensão de Jesus ao céu, em 33 E.C., até o segundo ano do encarceramento de Paulo em Roma, por volta de61 E.C. Assim sendo, parece que foi algum tempo depois de ser liberto que Paulo encorajou Timóteo a permanecer em Éfeso, e então, pelo que parece, Paulo partiu para a Macedônia. Isto situaria a escrita de Primeira Timóteo entre a data da libertação do apóstolo, de sua primeira prisão em Roma, e o seu encarceramento final ali, ou algum tempo entre cerca de61 e 64 E.C. A segunda carta foi composta em Roma, durante o encarceramento derradeiro de Paulo (provavelmente por volta de 65 E.C.), e não muito antes da morte dele. — 2 Tim. 1:8, 17; 4:6-9.
AUTENTICIDADE
A autenticidade de Primeira e Segunda Timóteo acha-se bem estabelecida. Todos os notáveis catálogos antigos, começando com o Fragmento Muratoriano do segundo século E.C., alistam ambas essas cartas como canônicas. Mais importante é que tais cartas se acham em completo acordo com o restante das Escrituras, e citam delas. Contêm citações, ou fazem alusões: a Números (16:5; 2 Tim. 2:19) a Deuteronômio (19:15; 25:4; 1 Tim. 5:18, 19) a Isaías (26:13; 2 Tim. 2:19) e às palavras de Jesus Cristo. (Mat. 10:10; Luc. 10:7; 1 Tim. 5:18) Dignas de nota são: a freqüente menção da fé (1 Tim. 1:2, 4, 5, 14, 19; 2:7, 15; 3:9, 13; 4:1, 6, 12; 5:8, 12; 6:10, 11, 12, 21; 2 Tim. 1:5, 13; 2:18, 22; 3:8, 10, 15; 4:7), a ênfase a doutrina correta (1 Tim. 1:3, 4; 4:1-3, 6, 7; 6:3, 4, 20, 21; 2 Tim. 1:13; 3:14, 15; 4:3, 5), à conduta (1 Tim. 2:8-11, 15; 3:2-13; 4:12; 5:1-21; 6:1, 2, 11-14; 2 Tim. 2:22), à oração (1 Tim. 2:1, 2, 8; 4:5; 5:5; 2 Tim. 1:3), e à perseverança fiel por meio de sofrimento. — 2 Tim. 1:8, 12; 2:3, 8-13.
FUNDO HISTÓRICO DE PRIMEIRA TIMÓTEO
Em 56 E.C., quando se reunia em Mileto com os anciãos da congregação de Éfeso, o apóstolo Paulo lhes disse: “Sei que depois de eu ter ido embora entrarão no meio de vós lobos opressivos e eles não tratarão o rebanho com ternura, e dentre vós mesmos surgirão homens e falarão coisas deturpadas, para atrair a si os discípulos.” (Atos 20:29, 30) Em questão de alguns anos depois disso, a situação, no que tangia ao ensino de doutrinas falsas, se tornara tão grave que Paulo encorajou Timóteo a permanecer em Éfeso, para que ‘mandasse a certos que não ensinassem doutrina diferente, nem prestassem atenção a histórias falsas e a genealogias’. (1 Tim. 1:3, 4) Por conseguinte, Timóteo tinha de travar um combate espiritual, dentro da congregação cristã, a fim de preservar a pureza dela, e ajudar seus membros a permanecer na fé. (1 Tim. 1:18, 19) Aplicar Timóteo as coisas mencionadas na carta do apóstolo serviria para proteger da apostasia os membros da congregação.
Para que a congregação prosperasse, não se podia desperceber a oração. Para que os cristãos pudessem continuar levando uma vida calma e sossegada, sem interferências, era correto que orassem com respeito a reis e a homens em altas posições governamentais. A respeito dos que representavam a congregação em oração, Paulo escreveu: “Desejo . . . que em todo lugar os homens façam orações, erguendo mãos leais, sem furor e sem debates.” Isto significava achegar-se a Deus de modo puro, sem quaisquer sentimentos de animosidade ou de ira para com outros. — 1 Tim. 2:1-8.
[Continua]