Observando o Mundo
Jogos de computador prejudiciais
No Brasil, o Ministério da Justiça “proibiu a venda de um polêmico jogo de computador no qual os jogadores ganham pontos por roubar carros e matar policiais”, noticia a agência Reuters. Considera-se esse jogo “perigoso porque banaliza o roubo e o assassinato e poderia estimular jogadores jovens a praticar atos violentos”. Em 1997, o Ministério proibiu outro jogo de computador “em que os jogadores ganhavam pontos se matassem pedestres, incluindo idosos e mulheres grávidas”. O Procon, uma agência de defesa dos direitos do consumidor, comenta: “Esse tipo de jogo é perigoso e nocivo porque incita à violência. As crianças passam a achar essas coisas normais.”
O perigo do desespero
“Cientistas . . . afirmam que o desespero pode causar tanto dano ao coração quanto fumar 20 cigarros por dia”, noticia The Times, de Londres. “Um estudo de quatro anos, que incluiu quase 1.000 homens finlandeses de meia-idade, descobriu que o desespero aumentou muito as chances de terem aterosclerose, ou endurecimento das artérias.” O estudo demonstrou que o estado mental da pessoa pode afetar muito a saúde. “Continuamos a achar provas de que o estado psicológico e emocional influi na saúde”, diz a Dra. Susan Everson, que coordenou a pesquisa. “Os médicos têm de se dar conta de que a desesperança tem um impacto negativo sobre a saúde, agravando as doenças. As pessoas precisam reconhecer que quando se sentem desesperançosas ou desesperadas precisam procurar ajuda.”
Anos gastos no trânsito
Os habitantes das principais cidades da Itália gastam bastante tempo viajando de casa para o trabalho ou para escola e vice-versa. Quanto tempo? Segundo Legambiente, uma associação ambientalista italiana, os cidadãos de Nápoles gastam 140 minutos no trânsito todo dia. Presumindo-se que a expectativa média de vida seja de 74 anos, um napolitano perderá 7,2 anos da vida preso no trânsito. Um romano, que gasta 135 minutos viajando todo dia, perderá 6,9 anos. A situação não é muito melhor em outras cidades. Os habitantes de Bolonha perderão 5,9 anos e os de Milão, 5,3 anos, noticia o jornal La Repubblica.
A hora no Oriente Médio
Os fusos horários são complicados no Oriente Médio. Um exemplo é o Irã onde, há anos, “em vez de se usarem horas inteiras, como na maioria dos países, adianta-se o relógio três horas e meia em relação à Hora Média de Greenwich”, diz The New York Times. “Para escutar, digamos, um boletim do Serviço Mundial da BBC, às 5 horas da manhã, é preciso sintonizar o rádio às 8h30 e tentar ignorar as batidas do Big Ben que fazem com que seu relógio pareça estar errado.” E embora o costume na região seja terminar o horário de verão no último fim de semana de setembro, no ano passado Israel encerrou-o em 13 de setembro. Determinar o fim de semana também é complicado. Na maioria dos países da região do golfo Pérsico ele acontece às quintas e sextas-feiras. Mas no Egito e na maioria dos países vizinhos, os fins de semana são às sextas-feiras e aos sábados, ao passo que no Líbano são aos sábados e domingos. “Por exemplo, um viajante que planeje chegar a Abu Dabi na quarta-feira ao meio-dia e voar para Beirute na noite de sexta-feira, terá um fim de semana de quatro dias. Os viciados em trabalho só têm de fazer o contrário”, menciona o Times.
Qual será o futuro do francês?
Representantes dos países francófonos recentemente assistiram a uma conferência de três dias em Hanói, Vietnã, para comemorar “a universalidade do francês”, noticiou o diário parisiense Le Figaro. O francês é falado regularmente por mais de 100 milhões de pessoas. Durante o seu auge, no século 17, o francês era o idioma internacional da diplomacia. “Numa Europa dividida, guerras e disputas terminavam com tratados de paz redigidos em francês”, diz o jornal. Agora, contudo, a língua francesa “tenta encontrar seu lugar no mundo”. O declínio no seu uso pode ser atribuído à ascensão do inglês, em especial como língua do comércio. Numa tentativa de diminuir essa disparidade, o presidente francês incentivou o uso da língua francesa na Internet. Contudo, um político expressou seus temores quanto ao futuro do francês, dizendo: “O uso da língua francesa pelo mundo não desperta o interesse da opinião pública, nem da mídia e nem dos políticos. Provavelmente, esse desinteresse é mais marcante na França do que em qualquer outro país.”
Tentativa de acabar com o suborno
Na China, chamam-no de huilu; no Quênia, kitu kidogo. No México usa-se o termo una mordida; na Rússia, vzyatka e no Oriente Médio, baksheesh. Em muitas nações o suborno é um modo de vida e, às vezes, a única maneira de fazer negócios, de obter certos itens ou mesmo de conseguir justiça. Contudo, recentemente 34 nações assinaram um tratado que visa eliminar o suborno dos negócios internacionais. Elas incluem os 29 membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, mais a Argentina, o Brasil, a Bulgária, o Chile e a Eslováquia. Também, as principais organizações financeiras mundiais — o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional — tomaram medidas contra a corrupção oficial. Isso foi feito depois que uma pesquisa do Banco Mundial mostrou que 40% dos negócios em 69 países envolviam o pagamento de propinas. As duas organizações agora podem negar fundos a países que ignoram a corrupção.
Lagarta da moda
Há muito tempo as lagartas-mopane fazem parte da dieta dos pobres nas zonas rurais da África do Sul, onde se depende delas como fonte de proteína. Essas lagartas são as larvas da mariposa-imperador e derivam seu nome da árvore mopane, na qual se alimentam. Em abril e dezembro, as mulheres recolhem as lagartas e, depois de limpá-las, cozinham-nas e secam-nas ao sol. Elas contêm teores de proteínas, gordura, vitaminas e calorias semelhantes aos da carne e do peixe. Mas agora as lagartas-mopane estão na moda em restaurantes sul-africanos. A coqueluche espalhou-se também pela Europa e pelos Estados Unidos, o que tem alarmado os habitantes das zonas rurais da África. Por quê? “Com o aumento da demanda, há a preocupação com a sobrevivência da espécie”, declara The Times, de Londres. “As lagartas-mopane [já] desapareceram de grandes regiões dos vizinhos Botsuana e Zimbábue.”
Danos do fumo são irreversíveis?
O dano que o fumo causa às artérias pode ser permanente, diz um estudo recente. Em The Journal of the American Medical Association, pesquisadores relataram que tanto fumar como ser fumante passivo pode danificar irreversivelmente as artérias. O estudo acompanhou 10.914 homens e mulheres entre 45 e 65 anos. O grupo incluía fumantes, ex-fumantes, não-fumantes expostos regularmente à fumaça de cigarros e não-fumantes não expostos regularmente a ela. Usando ultra-som, os pesquisadores mediram a espessura da artéria carótida no pescoço. As medições foram repetidas três anos depois.
Conforme esperado, nos fumantes regulares as artérias endureceram significativamente — um aumento de 50% nos que, em média, fumavam um maço de cigarros por dia durante 33 anos. As artérias dos ex-fumantes, mesmo dos que já haviam parado de fumar 20 anos antes, também se estreitaram 25% mais rápido do que as dos não-fumantes. Não-fumantes expostos à fumaça de cigarro tiveram um espessamento das artérias 20% maior do que os que não eram expostos. Segundo o estudo, estima-se que 30.000 a 60.000 mortes cada ano, apenas nos Estados Unidos, podem ser atribuídas ao fumar passivo.
Disponível em 2.197 línguas
A Bíblia está agora disponível, pelo menos em parte, em 2.197 línguas, informa o ENI Bulletin. A Bíblia inteira está disponível em 363 línguas, incluindo línguas artificiais, como o esperanto. Segundo as Sociedades Bíblicas Unidas (SBU), “no ano que passou, partes da Bíblia foram traduzidas em mais 30 idiomas, elevando a 2.197 o total de idiomas em que as Escrituras estão disponíveis”. Fergus Macdonald, secretário-geral das SBU, disse que sua meta é “tornar a Palavra de Deus disponível no idioma do coração das pessoas”. Sobre novas traduções, o boletim acrescenta que “não há perspectivas de falta de serviço, pois existem umas 6.000 línguas no mundo”.