“O que quer que adquiras, adquire o entendimento”
“Acima de tudo adquire a sabedoria; o que quer que adquiras, adquire o entendimento.” Pro. 4:7, Uma Trad. Amer.
27, 28. Por que devemos ajuntar entendimento, não cargas? Ilustre.
27 Conhecendo as nossas limitações, e o poder dos nossos desejos terrestres, e a atividade do Diabo em ajudar-nos a gratificá-los, o Senhor enfatizou este assunto de adquirir entendimento nas Escrituras. Ele indicou que é muito necessário adquirir primeiro entendimento; e conseguido este, seremos capazes de apreciar que seria estultíssimo tentar alcançar o Reino com uma grande quantidade de cargas acumuladas que sem falta nos impediriam o progresso e corromperiam as afeições.
28 Eis uma ilustração: Atualmente se exige dum homem possuidor de bens avaliados em dois milhões de cruzeiros que pague aproximadamente oitenta mil cruzeiros por ano de imposto, ou seja mais de seis mil cruzeiros cada mês. Ele não pode levar consigo ao céu a sua propriedade se for membro do corpo de Cristo. Que fará com ela ainda que seja jonadabe é duvidoso que pudesse conserva-la através do Armagedon. Por isso, por que gastar todo este tempo, energia e dinheiro no esforço de conservar algo que ele não pode levar ao reino de Deus. Esse tempo e energia e mamom poderiam ser usados no serviço do Reino e serem convertidos em tesouros no céu para esse proprietário. De outra sorte, ele está desperdiçando esse esforço. Neste mesmo intuito, informa-se dum homem que possua grande riqueza, um homem esplêndido no que concerne aos princípios mundanos, que adquiriu riquezas além da sua mais ardente expectação. Possuía uma casa na cidade, outra na roça e mais uma na praia, e numa destas muitas residências, a sós, a morte lhe sobreveio. Toda a sua riqueza não o pôde ajudar; não houve perto nenhum servo nem sequer outra criatura humana: morreu angustiado sem ninguém para confortá-lo, as suas grandes acumulações não lhe adiantaram nada. Se esse homem tivesse granjeado amigos de Jeová Deus e de Seu Rei Cristo Jesus por gastar a sua energia no serviço do Reino, dando tudo que tinha a fim de adquirir essa ’perola de grande valor“, teria tido tesouro no céu que nem a traça nem a ferrugem pudesse consumir nem os ladrões penetrar e roubar. Quando chegasse o fim, teria tido a paz, contentamento e felicidade, que vem da associação com os grandes amigos, Jeová Deus e Jesus Cristo nosso Senhor.
29, 30. Por que era prudente a carreira que os discípulos de Jesus escolheram?
29 A grande massa dos supostos “cristãos” seguem o procedimento que esse homem rico seguiu por falta de entendimento. São cegos aos reais fatos da vida por Satanás o Diabo, que usa por instrumentos voluntários os infiéis pregadores, políticas sem princípio e avarentos aproveitadores. Perecem pela falta de entendimento. Este entendimento precisa sobrepujar toda tradição humana e desejo baixo e cobiçoso que a criatura humana tem cultivado durante os últimos 6.000 anos. Tem de esclarecer-nos que não pode existir segurança nem preservação à parte de Jeová Deus e seu Rei Cristo Jesus.
30 Quando adquirirmos esse entendimento apreciamos plenamente que os discípulos de Jesus escolheram a carreira prudente. Aceitaram a sua comissão com alegria. Verificaram que só o Senhor poderia dirigir-lhes os passos. E estavam dispostos a aceitar essa direção e não se estribar no seu próprio entendimento.—Pro. 3:5, 6.
PARA QUEM ESTAMOS TRABALHANDO
31. Para quem trabalhavam? E com que provisões?
31 Agora considere a conclusão do Senhor ao seu conselho: “Digno é o trabalhador do seu alimento” Para quem trabalhavam esses discípulos? Trabalhavam para algum líder humano, até o grande Jesus de Nazaré? Trabalhavam para as pessoas de boa vontade que visitavam e a quem ministravam? Não. Eram servos do Deus Todo-poderoso, seu Pai nos céus. E era ele que lhes garantia o alimento. Portanto todas as acumulações terrestres indicariam falta de fé suficiente para confiar em Jeová até o próprio fim. Os discípulos não estavam assim embaraçados, confiavam em Jeová. Possuir fé baseada sobre entendimento e atuavam em conformidade com ela e foram recompensados. Eles, assim como David, testificaram pela carreira da vida: “Fui mancebo, e já sou velho; não vi ainda o justo abandonado, nem a sua descendência mendigando o pão.” —Sal. 37:25.
32. Que fé precisavam? Quem mais deve possuí-la?
32 No caso de Jesus e seus discípulos não era questão de não poderem adquirir estas vantagens terrestres. Jesus podia ter tido todas elas, possuía habilidades além das de qualquer outro homem que pisou nesta terra. Mas não foi nisto que consistia o seu gozo. Ele tinha fé baseada no entendimento de que quando saísse no serviço do Senhor seu Pai cuidaria que tivesse bastante para comer, que obtivesse o sono necessário que requereria e que tivesse suficiente roupa. O mesmo se dá com seus discípulos. Não havia possibilidade de fracasso, porque o Deus Todo-poderoso do universo foi quem garantiu essas coisas. Este não foi um caso isolado, ou algo que se aplicou só a essa época em especial. Foi a praxe definitiva que o Senhor fixou para si e seus discípulos seguirem no presente bem como nessa época, se atingiriam o Reino. Mais tarde, quando enviou os setenta, deram-se-lhes instruções similares: “Depois disto o Senhor designou outros setenta, e enviou-os de dois em dois adiante de si a todas as cidades e lograres, a onde ele estava para ir. Disse-lhes: A seara, na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos, rogue , pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara. Ide, eu vos envio como cordeiros no meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias, e a ninguém saudeis pelo caminho.” (Luc. 10:1-4) Manteve-se aqui o mesmíssimo princípio que ele apresentou aos doze precedentes, e o mesmo princípio deve aplicar-se hoje em dia aos fiéis seguidores do Senhor Jesus Cristo.
33. Por que temos de ‘deixar os mortos enterrar os seus mortos’?
33 Uma ilustração da maneira em que esta praxe se aplica literalmente se nos dá em Lucas 9:59, 60. Um dos discípulos de Jesus veio a este e disse: “Deixa-me ir primeiro enterrar meu pai.” O conselho de Jesus foi, ‘Não, venha seguir-me. Deixe que os mortos enterrem os mortos, isto está com eles. Nisto está colocado o interesse neles. Mas você empreendeu novos interesses e não se pode encarregar dessas coisas. É chamado a uma vocação mais alta para servir a Deus agora e participar no seu reino por toda a eternidade.”
34, 35. Como, então, “provamos” a Jeová Deus de modo correto?
34 Se fosse possível só guardarmos estes pontos perante nós continuamente seria de valor inestimável. Entendendo que nosso Deus nos suprirá todas as necessidades mediante Cristo Jesus nosso Senhor, entendendo que podemos depender dele em toda emergência, nos habilitará a compreender a plenitude da vida cristã.
35 A fim de nos ajudar a obter esse entendimento, Jeová por meio do seu profeta nos convida: “Provai-me nisto, diz Jehovah dos exércitos, se não vos abrir eu as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção até que não haja mais lugar para a recolherdes.” (Mal. 3:10) Como provaremos a Jeová se não sairmos na força das suas promessas? se não trouxermos o dízimo todo a casa do tesouro e confiarmos nele? Fazendo assim o Senhor se provará e nos habilitará a apreciar com entendimento, quão reais são as suas promessas e quão sábio o seu conselho.