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  • Educação dos filhos para vida no novo mundo

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  • Educação dos filhos para vida no novo mundo
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1952
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  • É POSSÍVEL HOJE EM DIA
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1952
w52 1/6 pp. 83-87

Educação dos filhos para vida no novo mundo

“Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais.” —Luc. 18:16, NTR

3. Que interesse manifestou Jesus nos meninos?

3 DURANTE seu ministério de três anos e meio Jesus Cristo foi o modelo perfeito que os hodiernos cristãos imitam na sua preparação para tornar-se súditos do novo mundo. Embora Jesus fosse ocupadíssimo, pregando e ensinando, ele não estava tão ocupado que negligenciava os meninos do seu tempo Jesus tinha afeição para os filhos de outros e os abraçava amorosamente. (Mar. 9:36, NM) Com fervor impunha as mãos aos meninos e orava por eles. (Mat. 19:13, NM) Recomendou aos discípulos que tivessem o espírito de mansidão como meninos. (Mat. 18:3, NM) Aprovou que se dessem boas dádivas aos filhos e os usava por exemplos nos seus discursos. (Mat. 7:11; Luc. 9:48, NM) Os filhos assistiam as reuniões dêle junto com os pais e três dos importantes milagres que ele fez envolveram-nos. (Mat. 14:21, NM) Um destes foi a ressurreição da filhinha de Jairo, outro foi a cura dum menino endemoninhado a quem Jesus amorosamente entregou nas mãos ansiosas de seu pai maravilhado. O terceiro caso foi o em que Jesus curou por controle remoto o filho de um oficial do rei. Jesus até chamava seus próprios discípulos de “filhinhos”. —Luc. 8:42, 54; 9:42 e João 4:49-51; 13:33, NM.

4. Que atenção deram os discípulos de Jesus aos meninos?

4 Os discípulos imitavam seu Mestre, mostrando também grande amor e consideração pelos meninos. Pedro usou filhos bem educados somo exemplos de obediência. Revelou como preciosas promessas do novo mundo vêm também aos filhos dos cristãos. (1 Ped. 1:14; Atos 2:39, NM) Paulo aconselha que os filhos sejam acariciados e que pais amem seus filhos com ternura. (1 Tes. 2:7; Tito 2:4, NM) O apóstolo João ao escrever uma das suas cartas, incluiu filhos na saudação. (2 João 1, NM) Tanto Paulo como João mencionam os cristãos em conjunto como “filhinhos” (Gál. 4:19; 1 João 2:1, NM) Assim vemos que crianças e seus modos inocentes receberam considerável atenção nos dias de Jesus e da congregação primitiva. Quem somos nós, então, o povo temente a Deus deste século vinte para não prestarmos bem atenção à instrução dos filhos e à sua associação no meio da nossa congregação?

5. Que contém Lucas 18:16 que é de interesse para nós hoje em dia?

5 Contrário aos césares deste mundo que excluem das suas escolas a instrução bíblica, Jesus disse sem rodeios, “Deixai vir a mim os meninos e não os impeçais.” (Luc. 18:16, NTR ) Aqui Jesus advoga sem equívoco a educação cristã para os jovens filhos de pais tementes a Deus. Os pais cristãos obedecerão à admoestação de ‘deixar vir a Jesus os meninos’. Não acarretarão a si próprios a condenação segundo faz o mundo que impede os meninos de seguir a Cristo, Rei do novo mundo. É apenas necessário mencionarmos a prática vergonhosa em muitos países em que as autoridades educacionais expulsam os filhos bem-educados das testemunhas de Jeová, porque esses não podem conscienciosamente saudar as bandeiras nacionais, sendo isto crassa idolatria e contrário aos mandamentos bíblicos. (Êxo. 20:4, 5) Apesar da falta de compreensão e da oposição o fiel povo de Jeová e seus filhos continuarão a obedecer à lei de Deus em primeiro lugar. (Atos 5:29) Como parte de sua genuína adoração a Jeová Deus, as testemunhas de Jeová renderão este dever a Deus, pagando-lhe o que é dele e resistirão aos césares que não têm autoridade de interferir com os direitos cristãos da educação paternal nos caminhos e mandamentos bíblicos. (Luc. 20:25, NM) Que, então, são os caminhos e princípios cristãos para a educação da juventude que são contrários aos métodos educacionais deste presente e mau sistema de coisas?

6. Descrevei a educação de Jesus na infância e na juventude.

6 Quando Jesus era menino ele próprio recebeu uma educação bíblica perfeita e correta. Sua mãe judia Maria e seu pai adotivo José da casa de Davi lhe proporcionaram a costumeira educação do dia. Como jovem, tendo pouco mais de dez anos, Jesus continuou a render honra e obediência a seus pais terrestres em completa sujeição pia. Durante esses anos formativos ele crescia beneficamente em sabedoria e em estatura física. Ao mesmo tempo ele estudava as Escrituras hebraicas e aprendia o ofício de carpinteiro. (Luc. 2:47; Mat. 13:55) Deste período no princípio da sua existência humana está escrito: “E desceu com eles e foi a Nazaré, e continuou-lhes submisso. . . . E Jesus progredia em sabedoria em crescimento físico e em graça diante de Deus e dos homens.” (Luc. 2:51, 52, NM) Não há nenhuma ocasião mais tarde na vida de Jesus em que ele fala com desaprovação dos princípios e costumes empregados para criá-lo na graça divina.

7. Na entrevista do jovem governador com Jesus o que se revela acerca da educação de filhos?

7 Numa ocasião no seu ministério, certo jovem governador perguntou a Jesus: “ ‘Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?’ Jesus lhe disse:. . . ‘Sabes os mandamentos: “Não matarás, Não adulterarás, Não furtarás, Não dirás falso testemunho, A ninguém defraudarás, Honra a teu pai e a tua mãe.” ’ O homem lhe disse: ‘Mestre, tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade.’ Jesus o contemplou com amor e lhe disse: ‘Uma coisa te falta: Vai, vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, e terás tesouro no céu, e vem, sê meu seguidor.’” (Mar. 10:17-21, NM) Disto vemos que, enquanto Jesus advogava o novo e mais importante requisito para o jovem tornar-se discípulo ministerial de Cristo, ele não pôs de lado os justos princípios básicos que apoiam o concerto da lei celebrado por Jeová Deus com a nação de Israel. Por exemplo, Jesus mencionou na lista acima a contínua necessidade da sujeição obediente dos filhos aos pais. Anos mais tarde Paulo também empregou este mesmíssimo princípio do quinto mandamento, impondo-o aos cristãos gentios de Éfeso. (Efé. 6:1-3) Assim, ainda que terminassem as aprovadas leis de Moisés como leis para Israel quando Jesus foi pregado no madeiro de tortura em 33 E. C., mesmo assim os princípios eternos debaixo da lei permaneceram aplicáveis. (Col. 12:14, NM) Portanto examinemos alguns dos primitivos princípios e costumes básicos que governavam a sociedade teocrática típica dos dias do antigo Israel.

TÍPICA EDUCAÇÃO INFANTIL

8. Quão importante foi considerada a educação dos filhos na teocracia típica de Israel?

8 Na estrutura social da sociedade teocrática, a família é a unidade básica. Assim como Jeová Deus ensina, educa e disciplina com a vara da autoridade teocrática à sua inteira família universal de filhos e filhas, assim também os pais naturais têm a responsabilidade principal de ensinar e educar seus pequeninos. Quando Deus organizou a nação teocrática de Israel em 1513 A. C. , incorporou-se esta responsabilidade paternal como parte da lei nacional. Impôs aos pais a educação dos filhos na tenra meninice no tocante ao seu dever para com Deus o grande Vitalizador. Isso foi importante para aquela nação, pois garantiu que os cidadãos futuros dela seriam amigos de Deus e assim a nação continuaria andando no seu caminho benéfico. A lei mosaica diz: “Ouve, Ó Israel: . . . Estas palavras que eu hoje te intimo, estarão sobre o teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás, sentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao levantar-te.” (Deu. 6:4-7) Como aplicavam os israelitas a divina injunção acima, e qual era seu entendimento do que abrangia a educação dos seus pequeninos?

9. Que entendiam os israelitas pelo termo educar? Ilustrai.

9 Por educar os israelitas entendiam que envolvia mais do que meramente dar conhecimentos a seus filhos. Para eles educar significava disciplinar o filho em harmonia com a estrita autoridade teocrática. Significava submeter a criança a caminhos fixos de retidão. Era necessário que se pusesse em prática a instrução intelectual e que se fizesse impressão indelével na tenra mente dos pequeninos relativa ao seu valor. Seria semelhante a plantar uma pequena árvore ou videira. Primeiro era necessário colocar a árvore ou videira em boa terra que continha bastante água. (Jer. 17:7, 8) A criança precisava ter uma boa condição de coração semelhante à “boa terra” e daí se sujeitar ao abastecimento constante das águas de conhecimentos bíblicos. (Luc. 8:8, NM) Mas não só isso: era necessário que a árvore ou videira fosse então dirigida no sentido de sua vereda de crescimento, quer verticalmente como no caso da árvore ou horizontalmente como no caso de algumas videiras. De igual maneira no caso de um filho, os pais tinham de orientar com atenção sua direção de crescimento numa via fixa. “Filho meu, obedece aos mandamentos de teu pai, e não rejeites as orientações de sua mãe, fixa-os perpetuamente no coração, ata-as ao redor de teu pescoço, pois seus mandamentos lançarão luz sabre tua vida, as orientações deles te iluminarão, e ser instruído assim é o caminho da vida.” —Pro. 6:20-23, Mo.

10. Que significava a “vara”, e por que era necessário seu uso?

10 Viu-se que esta orientação constante da jovem mente impressionável era necessário em razão da verdade declarada nos Provérbios: “A estultícia está ligada ao coração da creança, mas a vara da correrão a afastará della.” (Prov. 22:15) Se não fôsse educado corretamente pelo pai, o coração ou mente do filho com certeza seguiria no caminho de imprudência mundana ou estultícia mortífera. “Não retenhas da criança a correção; se lhe bateres a salvaras da morte. Tem de batê-la com a vara, e assim lhe poupar a vida.” (Pro. 23:13, 14, Mo) O uso da vara aqui não foi necessária mente o duma vara literal, mas sim a asserção da vara de autoridade paternal. Verificou-se que meras palavras sem apoio da autoridade paterna não conseguiam muito. “O escravo não se emendará com meras palavras, ainda que entenda, não obedecerá. Um menino mimado rebaixa-se a ser escravo, e finda na miséria.” (Pro. 29:19, 21, Mo) Manoá, pai de Sansão, realmente orou a Jeová pedindo orientação para educar seu filho: “Peço-te, Senhor, que o homem de Deus, que enviaste, venha ter conosco outra vez e nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer.” (Juí 13:8) Portanto não era coisa de pouca importância criar filhos. Nem todos os filhos se aproveitavam da prudente educação por parte dos pais, e assim mais tarde alguns se apostataram da verdadeira adoração.

11. Por que nem todos os filhos se aproveitam da mesma educação salutar? Dai exemplos.

11 Dois filhos poderiam receber idêntica instrução e educação teocrática. Porém, se a condição do coração de um deles fosse má, não importa quão excelente e estrita fosse a educação, é possível que por fim tal pessoa não se firmasse nos caminhos da justiça. “Até a criança dá-se a conhecer pelos seus atos, ao portar-se bem ou mal.” (Pro. 20:11, Mo) Tomemos o exemplo de Ismael e Isaac. Não resta dúvida de que Abrãao deu a ambos meninos a melhor educação familiar teocrática Mais tarde na vida, porém, Ismael perdeu fé e se desviou por completo da verdadeira adoração, mas Isaac aderiu firmemente às preciosas promessas do novo mundo. Ainda outra vez, o exemplo dos gêmeos, Esaú e Jacó. Os pais, Isaac e Rebeca certamente teriam dado aos gêmeos a mesma educação atenciosa e diligente em harmonia com a revelada vontade de Deus naquele tempo. Esaú se tornou mau, mas Jacó veio a ser um servo temente a Deus. Os pais daquele tempo assim como os de agora não eram os responsáveis pelos corações maus encontrados em alguns de seus filhos. Contudo, enquanto os pais tinham a jurisdição sobre tais, esforçavam-se a prosseguir lavrando a “terra” dos corações deles com conhecimento bíblico, sendo que talvez os corações fracos desses inclinados ao mal fossem transformados. Escreve-se com respeito aos filhos que tinham bons corações e eram prudentes no crescimento teocrático: “Melhor é um mancebo pobre e sábio do que um rei velho e insensato, que não sabe mais receber admoestações.” (Ecl. 4:13) Aos casos semelhantes ao dos fiéis Isaac e Jacó, que tinham bons corações, o provérbio bíblico se adapta, “Educa a creança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele.” — Pro. 22:6.

12, 13. (a) De onde se administrava a educação juvenil nos tempos pré-cristãos? (b) Descrevei a educação que foi dada nos lares judeus.

12 Parece que havia quatro lugares diferentes onde se administrava aos jovens a educação nos tempos pré-cristãos. Primeiro, em casa; em segundo do lugar, no trabalho; em terceiro lugar, na congregação; e em quarto lugar, nacionalmente em Jerusalém. Consideraremos cada um por sua vez.

EM CASA

13 Em casa o fiel pai judeu tomava dianteira na educação de seus filhos. Ele gastava parte de cada dia dando-lhes instruções específicas. (Deu. 6:7) O instrumento principal que ele usava era a instrução oral junto com repetição e exercícios. Tanto os meninos como as meninas decoravam passagens bíblicas importantes da Lei, dos Salmos e dos Provérbios. Parece que ensinavam os jovens a ler e escrever desde tenra idade. Inculcavam-se também comportamento e costumes corretos perante os mais idosos. Sempre o pai mantinha ordem na casa e usava a vara de autoridade para disciplinar seus filhos e conservar respeito. Aos filhos se ensinava a arte de cantar e alguns aprenderam a tocar instrumentos de música. Os cânticos que decoravam eram a letra dos salmos belamente adaptada à música. Cantarem esses salmos habilitava as crianças para aprenderem a expressar-se emocionalmente da plenitude dos corações no seu amor e devoção a Jeová. Dessa forma eles se apropriavam das muitas verdades bíblicas contidas nos salmos. Isto se ilustra no caso do coro de meninos que repetiram de cor parte do Salmo 118 quando saudaram Jesus ao entrar no templo em 10 de nisan de 33 E. C. (Mat. 21:15, NM) Aparentemente os meninos acharam mais fácil reconhecer Jesus por Messias em cumprimento do Salmo 118 do que os chefes religiosos dos judeus.

14. Que oportunidades se apresentavam para educação à refeição da noite?

14 A refeição da noite era a grande ocasião do dia e em geral a de grande deleite para as crianças. Muitas vezes havia hóspedes em casa, convidados pelo pai. (Luc. 14:12) Todos os adultos presentes recontavam experiências empolgantes do dia ou notícias de acontecimentos longínquos e próximos. Além disso, dizeres sábios e discussões bíblicas sempre caiam nos ouvidos dos jovens. (Deu. 6:7) Os filhos estavam lá só para escutar e aprender. Às vezes, talvez, se pedia a um dos filhos mais velhos que lesse certa parte das Escrituras ou recitasse alguma passagem bíblica que os maduros discutiam. Uma vez por ano em 14 de nisã à refeição da Páscoa existia o costume de propor um dos meninos a seu pai a seguinte pergunta, “Porque se distingue esta noite de todas as outras?” Daí seu pai tinha o dever de narrar à família a história inteira da páscoa. (Êxo. 12:3-27) O lar teocrático em todos os sentidos continuava a ser o centro básico de educação. Mães e pais sábios e amorosos tornavam-se companheiros íntimos de seus filhos e filhas. Estavam unidos estreitamente nas associações e interesses diários. De contínuo faziam indeléveis impressões benéficas na mente muito receptiva de seus pequeninos.

NO TRABALHO

15. Como foram aperfeiçoados os meninos para sua carreira?

15 As crianças aprendiam em grande parte não só daquilo que ouviam em casa, mas também por reais demonstrações do que seus pais faziam no seu trabalho quotidiano. (Deu. 6:7) De modo que o segundo lugar de instrução foi o de estar com seus pais enquanto estes trabalhavam. Durante o dia, os meninos acompanhavam seu pai aos campos ou às oficinas para o observar desempenhar sua ocupação escolhida. Enquanto os meninos eram ainda pequeninos, brincavam perto do pai e se divertiam. Mas ao crescerem, se tornavam aprendizes do pai, que lhes dava pequenas tarefas para executarem e pessoalmente superintendia a tarefa para ver que a fizessem bem. Com o tempo os filhos ficavam tão hábeis quanto os pais em qualquer atividade em que se empenhavam. Isto nos lembra de como Davi aprendeu a arte de pastorear, a qual praticava quando tinha só dez anos. (1 Sam. 16:11) Também o jovem Jesus (ou Josué) teria aprendido o ofício de carpinteiro de seu pai adotivo, José, a quem ele tinha observado executar com perícia toda a técnica de seu ofício. (Mar. 6:3) Desta forma os pequenos Davis e Josués recebiam a educação prática para sua vocação.

16. Como foram aperfeiçoadas as meninas para sua carreira?

16 As Saritas e as Raquelzinhas também aprendiam por estarem junto à mãe no trabalho. Enquanto eram muito novas, as meninas brincavam na casa à vista da mãe. Quando ficavam mais velhas logo se lhes incumbia de ajudar a mãe com várias pequenas tarefas. Destarte aprendiam as artes da ciência doméstica em todas as formas, tais como cozinhar, arrumar a casa, tecer e costurar. Elas chegavam a ser tão hábeis como a mãe nestes deveres necessários. Ademais, as meninas sentiam prazer e satisfação em ajudar suas mães. Deve-se mencionar também que as filhas de Israel se aperfeiçoavam no canto, no tocar de instrumentos de música e na dança. —Juí. 11:34

NA CONGREGAÇÃO

17. Descrevei a contribuição que a congregação local fazia na educação dos jovens.

17 A congregação ou comunidade local desempenhava sua parte na educação dos jovens. Em tempos bíblicos posteriores cada comunidade mantinha uma sinagoga onde se reunia a congregação dos adultos e dos jovens todos os sábados para ouvir os levitas e outros maduros ler e explicar as Escrituras. (Atos 15:21, NM) Essas reuniões semanais eram grande fonte de educação bíblica para os rapazes e moças judias. No decorrer dos anos os chefes da congregação leriam e discutiriam as Escrituras Hebraicas inteiras. Os jovens bem como as crianças estavam sentados quietos, dando plena atenção a toda palavra que se lia ou falava. Daí, às vezes profetas viajantes ou outros porta-vozes nacionais visitavam a comunidade local para se dirigir à assembléia da sinagoga ou falar na praça. (Mat. 4:23) Suas mensagens provocavam muitas reflexões, e durante dias em seguida se ouviam discussões às refeições familiares de noite pelos pais e seus convidados. Assim a educação comunal fez sua contribuição para moldar os corações e mentes dos jovens nos caminhos do Senhor.

NACIONALMENTE

18. Que provisão foi feita nacionalmente para a educação?

18 Jeová, o educador mestre, arranjou ainda um quarto lugar para a educação teocrática da juventude israelita. Esse foi a assembléia periódica de todos os povos, ricos ou pobres, no centro de adoração designado por Jeová, a saber, no templo de Jerusalém. (Deu. 12:5) Três vezes por ano, os pais levavam seus pequeninos numa viagem empolgante à grande cidade de Jerusalém para assistirem às festas teocráticas ali. Ao viajarem os grupos alegres em direção a Jerusalém, os pais ensinavam aos filhos lições de geografia em primeira mão. Sabemos que José e Maria levavam consigo o menino Jesus todos os anos a Jerusalém. Assim sem dúvida Jesus veio a conhecer pessoalmente todos os lugares históricos na terra da promissão. Jesus aos 12 anos de idade se aproveitou da ocasião para interrogar os eruditos chefes no templo a fim de satisfazer sua viva mente indagadora relativo às profecias. —Luc. 2:41-47.

19, 20. Como os filhos se aproveitavam da visita a Jerusalém?

19 Não só as viagens alargavam a mente dos jovens ao contemplarem a Palestina em toda sua formosura paradisíaca, mas também em Jerusalém aprendiam a tornar-se parte de uma vasta família de Jeová que se compunha de centenas de milhares. Encontravam-se com parentes e granjeavam novos amigos de todas as partes do pais. Era, porém, nos próprios serviços do templo que se administrava mais educação. Os pequeninos, sabendo de cor passagens bíblicas importantes e instruídos na arte de cantar, podiam seguir de perto todas as cerimônias significantes que os sacerdotes celebravam. Entendiam as respostas comoventes cantadas pelos milhares de cantores levitas aperfeiçoados. (1 Crô. 25:7) Tudo isso impressionava nas crianças a majestade de Jeová seu Deus, a quem serviam. Além disso, se lhes lembrava com convicção que, sendo pecadores careciam de expiação. Dessa forma percebiam a seriedade da sua relação espiritual como o povo convocado por Jeová.

20 Sem dúvida, o comparecimento às vastas assembleias do povo de Jeová de ano em ano culminava o programa de aperfeiçoamento para os jovens judeus. Podemos ficar certos de que a vida dos jovens no Israel teocrático era animada, benéfica e estimulante. Não havia outros povos dos tempos antigos que se interessavam tanto nos filhos como os piedosos israelitas. Que outros povos antigos levavam os pequeninos consigo em viagens longas e custosas três vezes por ano para adorar a seu Deus em um só lugar central? Nenhum.

É POSSÍVEL HOJE EM DIA

21. Que condições hoje existentes dificultam a educação teocrática?

21 A pergunta agora surge, É possível criar filhos hoje em dia no favor divino, e a que ponto se podem empregar os métodos usados pelos israelitas? A educação teocrática moderna dos filhos apresenta muitos problemas, mas nenhum destes é invencível. Hoje, conforme há muito predito, levantaram-se muitos regimes políticos, tanto totalitário como supostamente “democráticos”, os quais impedem que os filhos sejam instruídos por pais que temem a Jeová Deus. (Apo. 13:16, 17) Mas os pais teocráticos escrupulosos resistirão às invasões do estado neste campo de direitos familiares. Obedecerão à autoridade superior de Deus, continuando a ensinar a seus pequeninos que obedecer às leis divinas e aprender acerca de Deus são assuntos de máxima importância. (Mar. 12:17) Outrossim, os modernos pais teocráticos precisam combater a onda sempre crescente da propaganda do velho mundo que tem por fim capturar e torcer a mente dos jovens. O rádio, a televisão, o cinema, os jornais e revistas cômicos e a imprensa em geral estão cheios de instrução insalutar e não-teocrática. Os pais prudentes têm de amortecer essas fontes de pronunciações demonólatras e proteger a mente de seus filhos contra essa má influência. (1 João 4:1, NM) Caso se recorra ao rádio, televisão e cinema, o pai sábio deve ser seletivo.

22. Qual é “responsabilidade familiar“? Quão importante é hoje desenvolver “mérito familiar“?

22 Nesta altura devemos considerar o assunto de “responsabilidade familiar” conforme apresentado legalmente nas Escrituras. Debaixo do princípio bíblico de “responsabilidade familiar” no caso de tornarem-se iníquos o pai ou a mãe ou ambos, vem sobre a família inteira de filhos menores o julgamento adverso. Tomemos o exemplo de Acan, que cometeu uma ofensa fatal contra Jeová. Por fazer isso Acan trouxe condenação sobre sua família inteira de filhos e estes foram todos apedrejados junto com ele. (Jos. 7:1, 24, 25) Paulo fala com respeito a esse princípio em sentido inverso, que pode ser chamado “mérito familiar”. Se o pai ou a mãe de uma família é cristão crente e praticante, ele ou ela traz mérito à toda a família de filhos. Paulo escreve: “Porque o marido incrédulo é santificado em relação à sua esposa, e a esposa incrédula é santificada em relação ao irmão, de outro modo, vossos filhos seriam imundos, mas agora são santos.” (1 Cor. 7:14, NM) Portanto isto prova que os filhos menores de pais cristãos são santificados indiretamente ou considerados dignos de proteção perante Deus até que cheguem à idade de responsabilidade individual. Por isso, neste dia do juízo final desde 1918, os pais são responsáveis pelo destino final de seus filhos menores. Quando o Armagedon desencadear, todos os filhos menores que não estão abrangidos por tal arranjo de “mérito familiar” experimentarão a aniquilação sem esperança de uma ressurreição. Indica-se isto vigorosamente em Ezequiel 9:6, onde está escrito: “Matas o velho, o moço e a donzela, meninos e mulheres, até os exterminardes; porém não vos chegueis a qualquer homem sobre quem estiver o sinal.”

23. Mencionai alguns pontos de conselho encontrados nas Escrituras Gregas Cristãs sobre a criação dos filhos.

23 Os pais teocráticos estão familiarizados com aquilo que as Escrituras Gregas Cristãs dizem a respeito de criar filhos. Paulo revela que o pai sábio deve “governar a sua própria casa de maneira correta, tendo seus filhos em sujeição com toda seriedade”. (1 Tim. 3:4, NM) Escreve ainda Paulo: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos.” (Efé. 6:4, NM) Isto é, não provoqueis um filho sem piedade nem o desanimeis de maneira alguma. Sôbre este ponto a Bíblia também diz: “Vós, pais, não exaspereis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados.” (Col. 3:21, NM) Em aditamento está escrito: “Prossegui criando vossos filhos na disciplina e admoestação autorizada de Jeová.” (Efé. 6:4, NM) Para disciplinar corretamente um filho, é necessário usar a “vara da correção”. (Pro. 22:15) Se os pais de modo imprudente não corrigirem o coração ou mente dos filhos inclinados à estultícia enquanto são novos e dóceis, então em certas consecuções dos propósitos de Deus uma correrão atingirá tais filhos. A “vara da correcção” empregada para afastar os filhos do caminho da morte em desobediência a Deus não precisa ser uma vara literal. A vara simboliza a autoridade e poder paternas, e a aplicação da “vara da correcção” significa que os pais exercitem esse poder e autoridade a eles confiados de qual quer maneira que lhes pareça prudente biblicamente para corrigir o filho. O empunhar da vara de poder, autoridade e responsabilidade por parte dos pais jamais deve ser afrouxado. Deve-se impressionar respeito por ela na mente e coração novos. Isto conduz à vida eterna para eles no novo mundo.

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias e cheguem os anos em que dirás: Não tenho prazer neles.—Ecl. 12:1.

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