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  • “Príncipes governarão em justiça”

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  • “Príncipes governarão em justiça”
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1952
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  • QUANDO APLICÁVEL E COMO
  • NO TEMPO DA RESTAURAÇÃO
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1952
w52 1/10 pp. 147-150

“Príncipes governarão em justiça”

“Eis que um rei reinará em retidão, e príncipes governarão em justiça.” —Isa. 32:1, NA.

6. Quando precisamos a proteção contra tais coisas que Isaías 32:2 descreve, e a quem nos devemos recorrer para tal proteção?

6 O MILÊNIO messiânico, quando Satanás e todos os seus demônios estiverem amarrados no abismo e quando sua organização visível for cinzas, a humanidade não terá necessidade da proteção contra as coisas que Isaías aqui descreve figuradamente. É agora, neste perigoso “tempo do fim” do iníquo mundo de Satanás, que temos grande necessidade de tal proteção, visto não a obtermos do elemento oficial da organização de Satanás. É agora que sopram fortes ventos de doutrina falsa e propaganda torcida, não só capazes de balançar crianças num berço, mas com força suficiente para levar um homem ou uma mulher adulta. É agora que assola a grande tempestade de guerras quentes e frias das nações mundanas bem como assaltos pelas hostes visíveis do Diabo contra o fiel povo de Jeová Deus. É agora que nos encontramos numa terra mundana sedenta por causa da seca espiritual, na qual muito necessitamos de correntes dágua da pura verdade teocrática a fim de saciar nossa sede da revelada Palavra de Deus. É agora que os elementos governantes, político, comercial e religioso tratam de brilhar como o sol para iluminar este mundo de trevas sempre crescentes mas dirigem raios de calor opressivo contra a humanidade, e mormente contra as testemunhas de Jeová dirigem o fogo da perseguição. Por conseguinte precisamos que a grande penha do reino de Deus se interponha para nos dar sombra numa terra fatigante. E desde que não obtemos o desejado esconderijo, abrigo, refrigério e sombra do elemento governante da organização do Diabo, é necessário voltarmo-nos para os servos oficiais da organização de Jeová. Ele promete que seu Rei e cada um de seus príncipes nos serão tais coisas desejáveis neste tempo de necessidade. Eles cuidarão de que adquiramos o que é reto e justo.

7. Onde governam o Rei e os príncipes, e para protegerem a quem?

7 O justo Rei e seus príncipes governarão na terra que representa a organização teocrática de Jeová e todos os que se acham dentro ou debaixo dessa organização receberão os benefícios da sua regência justa e reta. Os que ficam fora no mundo não o receberão.

8. Durante o tempo de que rei foi proferida a profecia, e debaixo de que ameaça do exterior?

8 Portanto agora neste “tempo do fim” antes do Armagedon é que aguardamos de direito o cumprimento da profecia de Isaias (32:1, 2). Parece que a profecia foi proferida no tempo do rei Ezequias em Jerusalém no oitavo século antes de Cristo. No tempo de Ezequias o império assírio, a segunda potência mundial da história bíblica, dominava o mundo e o ameaçava com suas agressões cruéis e avarentas. Primeiro efetuou uma guerra fria de terrível propaganda e grandes mentiras contra o pequeno reino de Judá sobre o qual o rei Ezequias governava, assentado sobre o típico “trono de Jeová” no monte Sião. Houve grande induzimento para Ezequias olhar ao sul e descer ao Egito em busca de ajuda por meio dos seus carros e cavaleiros, mas Ezequias recusou fazê-lo. Isso teria constituído falta de confiança em Jeová o grande Autor da salvação e negligência em buscar Sua ajuda. Mas logo a guerra ficou quente, e o governador assírio, o rei Senaquerib, invadiu o território de Judá, tomou muitas das suas cidades, e sitiou outras. Ao sitiar Laquis, cerca de 50 quilômetros ao sudoeste de Jerusalém, Senaquerib enviou uma mensagem a Jerusalém insultando a Jeová Deus e exigindo a rendição incondicional da cidade. Jeová mediante seu profeta Isaías fortaleceu a Ezequias para que recusasse esta demanda iníqua. Não podendo tomar Laquis, Senaquerib mudou-se para mais perto de Jerusalém e sitiou a Libna a menos de quarenta quilômetros distante, e de novo enviou uma demanda presunçosa a Ezequias, menosprezando o poder de Jeová para salvar.

9. Daí como cessou a Assíria de ser uma ameaça para Judá?

9 Então Jeová mediante seu profeta Isaías lançou um desafio ao jactancioso e blasfemo agressor assírio e predisse sua derrota vergonhosa e a libertação de Jerusalém, a cidade em que Jeová tinha posto o seu nome. O próprio Isaías nos escreve o que seguiu, dizendo: “O anjo do Senhor saiu e feriu no arraial dos assírios cento e oitenta e cinco mil homens, e despertando o acampamento pela manhã cedo, eis que todos estes eram corpos mortos. As sim retirando-se Senaquerib, rei de Assíria, se foi e, voltando, habitou em Nínive. Quando ele adorava na casa de Nisroch, seu deus, feriram-n-o á espada seus filhos, Adrammelech e Sharezer, que escaparam para a terra de Ararat.” (Isa. 37:36-38; 2 Reis 19:8-37) Depois disso os assírios jamais se tornaram uma ameaça para o reino de Judá.

10. A quem representou Ezequias, e a quem Senaquerib?

10 O apóstolo Paulo nos diz que as coisas da história judia antiga lhes aconteciam como tipos ou exemplos admoestadores para nós que vivemos no tempo do fim dos velhos sistemas de coisas. Ezequias na ocasião dessa ameaça contra Jerusalém e sua libertação representou a Cristo Jesus que está sentado à destra de Jeová no seu trono celestial. (1 Cor. 10:6, 11, NM) O agressor assírio, o rei Senaquerib, representa aquele que difama a Jeová Deus e se opõe a Cristo Jesus, a saber, Satanás o Diabo, “o deus deste sistema de coisas.” Portanto se os versículos, Isaías 32:1, 2, têm em vista o rei Ezequias, é apenas como tipo, e seu cumprimento sobre ele foi apenas típico e parcial.

11. Nos dias de quem se realiza o pleno cumprimento da profecia, e como o descreve Isaías 31:5-9?

11 O pleno cumprimento se realiza nos dias do Ezequias Maior, Cristo Jesus, quando o Assírio Maior, Satanás o Diabo, ameaça a organização visível de Jeová na terra e blasfema seu poder onipotente. A fim de dar forte consolo aos que aderem à sua organização teocrática nestes dias tensos, Jeová Deus nos diz nos versículos concludentes do capitulo anterior: “Como aves quando adejam, assim Jeová dos exércitos protegerá a Jerusalém, protegendo e livrando, passando e pondo a salvo. Voltae-vos, filhos de Israel, para aquele contra quem vos tendes profundamente rebelado. Pois naquele dia lançará fora cada um os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que vos fabricaram as vossas mãos para pecardes. Então o assírio cairá pela espada, não de homem; e a espada, não de homem, o devorará: fugirá diante da espada, e os seus mancebos serão condenados a trabalhos forçados. Devido ao terror desaparecerá a sua rocha [seu deus protetor], e os seus príncipes se assombrarão do estandarte, diz Jeová, cujo fogo está em Sião, e cuja fornalha em Jerusalém.” —Isa. 31:5-9.

QUANDO APLICÁVEL E COMO

12. Por que não há nada para arguir contra aplicar Isaías 32:1 agora desde 1914, E.C.?

12 Depois de registar estas palavras, que agora estão prestes a cumprir-se, o profeta Isaías inicia o próximo capítulo, dizendo: “Eis que em justiça reinará um rei, e em retidão governarão príncipies.” Não há nada que argui contra a aplicação disto agora nos dias atuais em que o Assírio Maior, Satanás, está enfurecido contra a organização visível de Jeová, o restante da semente da “mulher” de Deus. Já decorreram trinta e oito anos desde 1914, e eis que o Rei ungido de Jeová reina! Ele reina em justiça desde o fim dos “tempos designados das nações” naquele ano. Não há necessidade de olharmos além da batalha do Armagedon para que se cumpra esta parte da profecia. Já vigora. Porque o Rei já reina legitimamente e faz justiça ao nome de Jeová, por isso o Assírio Maior, Satanás o Diabo se irrita e guerreia contra o fiel restante e seus companheiros de boa vontade sobre a terra. Se alguém sabe, Satanás o Diabo sabe que o Rei está reinando, porque o Rei o derrotou na guerra nos céus e o precipitou junto com seus demônios à terra, o escabelo de Deus, sob os pés do Rei empossado. —Luc. 21:24; Apo. 12:1-17, NM.

13. Que pergunta surge então sobre os príncipes mencionados?

13 E a outra parte da profecia: “E príncipes governarão com justiça, e cada um deles será como um esconderijo contra o vento”? Como também poderia isto ser verdade agora, e quem são estes príncipes que governarão justamente e como proteção ao povo de Jeová? Respondemos biblicamente :

14, 15. (a) Qual é a palavra traduzida “príncipe”, e a quem designa? (b) de que outras formas é traduzida e aplicada esta palavra?

14 A palavra hebraica aqui traduzida “príncipes” é sarím, sendo a forma singular sar (feminina sarah). Conforme declarado em A Sentinela de agosto de 1951, no artigo “O Início da Sociedade do Novo Mundo” (§ 14), esta palavra hebraica sar nem sempre significa o filho de rei ou filho dum príncipe político, nem sempre é traduzida “príncipe” ou usada com esse significado político nas Escrituras Sagradas. Designa o primeiro, o chefe ou principal de qualquer classe, a cabeça de uma companhia ou grupo. Por exemplo: A palavra sar aparece 419 vezes nas Escrituras Hebraicas, desde Gênesis até Malaquias. De todas estas vezes a Versão Autorizada (em inglês) a verte príncipe 208 vezes, mas também capitão 125 vezes, chefe do exército 3 vezes, capitão dos carros 1 vez, regente 33 vêzes, chefe 33 vezes, governador 6 vezes, carcereiro 3 vezes, inspetor 2 vezes, e generalíssimo, senhor, diretor, intendente, e feitor, uma vez cada um. De modo que é traduzida mais vezes por estas palavras que por príncipe. Em Gênesis 21:22, 32 o general militar do rei filisteu é chamado chefe do exército (sar). O oficial de Faraó a quem José foi vendido no Egito se chamava “capitão” (sar) da guarda ou marechal em chefe. (Gên. 37:36, margem, 39:1, 21-23) O copeiro e o padeiro de Faraó que estiveram encarcerados com José se chamavam o copeiro-mor ou chefe (sar) dos copeiros e o padeiro-mor ou chefe (sar) dos padeiros. (Gên. 40:2, 9, 16) No decorrer do tempo Faraó fez os irmãos de José maiorais (sarím) dos pastores do gado real. —Gên. 47:6.

15 Após a morte de José o novo faraó pôs feitores (sarím) sobre os hebreus para os oprimirem com trabalhos penosos. (Êxo. 1:11) Quando os israelitas na Palestina pediram ao profeta Samuel que estabelecesse um rei humano sobre eles, Samuel os avisou que seu rei recrutaria homens e os constituiria capitães (sarím) sobre grupos de mil, cem, e cinquenta. Seu primeiro rei, Saul, constituiu Abner, seu primo, general (sar) do seu exército. Mais tarde fez Devi comandante (sar) de uma tropa de mil homens.—1 Sam. 8:12; 14:50; 17:55; 18:13, NA, UTA.

16, 17. (a) Que mostra se Israel tinha príncipes (sarím) antes de ter um rei? (b) Também depois de ser destronado seu rei?

16 Mas notai o seguinte: Muito antes que os israelitas pediram e tinham um rei humano sobre eles, haviam aqueles que se chamavam príncipes ou sarím. No deserto de Sinai, Moisés, aconselhado por seu parente Jetro, designou maiorais (sarím) sobre grupos de mil, cem e cinquenta, e até dez, para fazerem as vezes de juízes subordinados a ele. (Êxo. 18:21; Núm. 31:14, 48, 52, 54; Deu. 1:15) Moisés foi instruído por Jeová Deus a designar capitães (sarím) sobre as hostes de Israel para conduzi-los. E quando Datan e Abirão se rebelaram contra Moisés no deserto eles o acusaram de fazer-se príncipe sobre os israelitas. —Deu. 20:9, Núm. 16:13.

17 Na terra da promissão, enquanto os juízes ainda governavam e ainda não havia rei humano sobre Israel, cada uma das doze tribos tinha seus príncipes. Lemos dos “príncipes de Isachar” nos dias do juiz Barac e Débora; dos “príncipes [da cidade] de Succoth” no dia do juiz Gideão, e “príncipes de Gilead” no dia do juiz Jefté. (Juí. 5:15; 8:6; 10:18) Havia também “príncipes de Judá” e “príncipes de Zebulão” e “príncipes de Naphtali”, conforme diz Davi mais tarde no Salmo 68:27. Ainda depois que o reino de Israel foi derrubado em duas fases pela Assíria e Babilônia e os israelitas regressaram do cativeiro babilônico a Jerusalém para reedificarem aí o templo de Jeová, tinham príncipes sobre eles, ainda que não houvesse rei da linhagem de Davi no trono. Tanto o sacerdote Esdras como o governador judeu Neemias nos falam dos príncipes e governadores (todos sarím) sobre o restante restaura do dos fiéis adoradores de Jeová. (Esdras 9:1, 2, 14; Nee. 3:9-19, 4:16, 11:1, 12:31, 32) Mas notai igualmente este fato: havia também principais (sarím) dos sacerdotes e levitas, assim como nos dias do reino tinha havido um “chefe dos levitas” e “príncipes do santuário e príncipes [da casa] de Deus”. Esd. 8:24, 29, 10:5, 1 Crô. 15:22; 24:5.

18. Por isso, era necessário um rei para ter sarím? Eram todos políticos?

18 Portanto vemos que não era necessário um rei dominar no meio do povo de Jeová organizado teocraticamente a fim de eles terem príncipes ou sarím. Nem se limitavam estes aos regentes governamentais, mas eram designados dentre os homens que tinham que ver com os negócios militares, questões judiciais e assuntos de adoração. Isaías, cuja profecia estamos considerando, usa a palavra sar 17 vezes e nos diz que Cristo Jesus será chamado o “Príncipe da Paz”. —Isa. 9:6.

19. Portanto o que poderia ter nosso Rei reinante na terra agora, e onde eles desempenhariam seu cargo e com que espécie de serviço?

19 Com tal amplitude de significado e variedade de aplicação da palavra hebraica sar podemos apreciar como o rei celestial reinando em justiça poderia ter seus servos visíveis na terra durante este tempo perigoso e como eles ocupariam a posição que corresponde ao que Isaías 32:1 menciona como príncipes (sarím). Não ocupariam tais cargos principescos dentro dos sistemas políticos deste mundo, porque, ainda que estejam no mundo, não fazem parte do mundo. Nem desempenhariam tais funções políticas e hierárquicas combinadas como aqueles que o clero superior do sistema religioso católico romano ocupa, de modo que são chamados “príncipes da igreja”. O culto católico romano faz parte deste mundo e comete adultério espiritual com os governadores políticos e comerciais deste mundo. Mas os que servem em lugares oficiais na terra sujeitos ao Rei da justiça de Jeová o fazem dentro da organização teocrática. Representam exclusivamente o reino de Deus, e neste serviço manejam apenas os interesses de Seu reino, um serviço realmente principesco!

NO TEMPO DA RESTAURAÇÃO

20. (a) Desde que começou a reinar, teve o Rei seus sarím que governavam na terra com justiça? (b) Por que não são chamados “príncipes”?

20 Desde que Cristo Jesus começou a reinar na ocasião do nascimento do Reino em 1914, devemos entender, então, que seus príncipes têm estado governando visivelmente em retidão sobre a terra? Sim; mas do ano de 1919 em diante. Bem, então, por que não encontramos dentro da organização visível de Jeová homens designados como “príncipes”? É porque neste mundo aquele termo tem um sentido político. No hebraico original da Bíblia a palavra tem significado mais amplo e pode ser aplicada a vários serviços em que o homem de Deus é capitão, chefe ou principal numa secção de serviço ou num grupo ou classe. Neste mundo a palavra “príncipe” vem acompanhada duma espécie de encanto de modo que o glorificamos além de suas proporções corretas. No texto hebraico, porém, a palavra não só significava a categoria exaltada duma pessoa mas também grande responsabilidade e árduo trabalho na execução dela. Notai como a Palavra de Deus predisse que fiéis testemunhas cristãs de Jeová seriam colocadas em tais cargos de responsabilidade relacionados com seu reino e como ele cumpriu esta palavra.

21. Segundo o que Deus predisse, quando poria ele homens em tais postos?

21 Deus predisse que faria isso no tempo em que ele restaurasse o fiel restante de seu povo aos privilégios da sua organização teocrática. É digno de nota que quando Cristo Jesus, o ungido Rei de Jeová, primeiro se apresentou publicamente ao seu povo escolhido, esse lhes era tempo de restauração. Eis por que Jesus percorreu a terra da Palestina pregando: “Arrependei-vos, porque se tem aproximado o reino dos céus”. Sem arrependimento, não haveria restauração para os judeus. É por isso também, que na sinagoga de Nazaré ele leu a profecia de Isaías que predisse a unção de Jesus para “pregar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos”. (Mat. 4:17 e Luc. 4:18, NM) Apenas um restante dos judeus creram, arrependendo-se plenamente dos seus pecados contra o concerto de Jeová, e estes foram restaurados do cativeiro babilônico a que seus chefes religiosos apóstatas os tinham forçado. Foram introduzidos na liberdade cristã e se lhes designaram privilégios de serviço na organização teocrática livre de Jeová. Verifica-se isto também relativo à segunda vinda de Cristo no seu reino.

22. De que modo é o reino por Cristo uma restauração? Que significou ao povo de Jeová o seu estabelecimento?

22 O reino de Cristo Jesus em si constitui uma restauração da regência de Jeová sobre a terra por intermédio de seu Rei ungido. É também Seu meio de restaurar todas as pessoas que querem entrar no favor de Deus e viver eternamente debaixo da sua soberania universal. Tendo presente como Deus tinha transtornado seu reino típico em Israel nas mãos do império babilônico em 607 A. C., o apóstolo Pedro nos fez lembrar que Jeová havia prometido que restauraria o reino com um rei da linhagem de Davi. Portanto no templo ele disse aos judeus: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério da pessoa de Jeová e envie ele o Cristo que já vos foi indicado, Jesus, ao qual é necessário que o céu, deveras, contenha em si até os tempos da restauração de todas as coisas de que Deus falou pela boca de seus santos profetas da antiguidade.” (Atos 3:19-21, NM) Por conseguinte, desde que Cristo Jesus foi enviado com poder do Reino em 1914 é um tempo de restauração com respeito ao povo de Jeová na terra. Não uma simples restauração de verdades perdidas. Não, mas também uma restauração do arranjo do Reino entre seu povo, a restauração da organização teocrática que reconhece a soberania universal de Jeová Deus, o Rei da eternidade e se submete a ela.

23. Por que é desde 1919 que esta restauração se efetuou para eles?

23 Desde que o reino nasceu em 1914, por que dizemos que esta restauração se efetuou para seu povo na terra desde 1919? Porque durante a Primeira Guerra Mundial, que começou em 1914, o restante ungido de Jeová sobre a terra não tinha entendimento correto. Eles ainda estavam contaminados com coisas babilônicas e não havia entre eles o método teocrático de operação. De modo que cederam ao medo e à interferência injustificável dos elementos regentes deste mundo e, entrando em cativeiro babilônico, foram desterrados da organização de Jeová. Em 1919, porém, Jeová Deus, por amor de seu próprio nome, efetuou a sua libertação. Pelo seu espírito os animou a reorganizar-se para o serviço do Reino no período do após-guerra. Destarte os restaurou como sua organização ativa, e pela sua Palavra e espírito ele lhes infundiu coragem e destemor para o Reino e seu Rei.

24. Como isto lhes afetou os olhos, os ouvidos, o coração e a língua?

24 Cristo Jesus aprovou seu restante como sendo um “escravo fiel e discreto” e confiou a esta classe de escravo todos os seus bens terrestres. Daí mediante a organização teocrática, Jeová conduziu-os de uma verdade a outra, abrindo-lhes os olhos do coração e os ouvidos do entendimento para verem e ouvirem estas verdades. Sendo ensinados por tais verdades a ser razoáveis e discretos, não mais atuaram com precipitação, apressando-se ao pecado, mas adquiriram genuíno conhecimento e falaram com entendimento, com a certeza de crença, e com a coragem de convicção, não gaguejando mais de medo e inseguridade. Sucedeu exatamente o que o terceiro versículo da profecia de Isaías tinha dito que aconteceria quando o rei estivesse reinando em retidão e os príncipes governassem em justiça: “Os olhos dos que vêem, não se ofuscarão, e os ouvidos dos que ouvem escutarão. Também o coração dos temerários entenderá o conhecimento, e a língua dos gagos estará pronta a falar distintamente.” —Mat. 24:45-47, NM; Isa. 32:3, 4; 29:18, 19; 35:3-6.

25. Por motivo de que obstrutores fez Deus que seu povo visse a necessidade da organização teocrática, e o que prometeu ele?

25 Por motivo das suas atividades de pregarem a todas as nações as boas novas de que o reino de Deus foi estabelecido em 1914, o Assírio Maior, Satanás o Diabo, já precipitado dos céus, fulminou sua ira contra eles. Tratou de romper sua organização pela perseguição, por leis forjadas com intento malévolo e pelo poder dos governos ditatoriais e totalitários. No meio do restante ainda ficaram pessoas ambiciosas que desejavam brilhar em posições oficiais em lugar de trabalhar com os interesses do Reino e que portanto serviram de impedimento ao testemunho do Reino. Por isso Deus fez que seu povo compreendesse, para sua segurança, sua unidade e atividade harmoniosa, ser necessário que se restaurasse dentre eles a organização teocrática. Isto queria dizer fazer que sua organização funcionasse tendo Deus por Governador, uma vez que ele está em cima, e estando todas as criaturas na terra em sujeição a ele, como Soberano Supremo, ao invés de imitar a democracia ou regime popular mundano. Jeová tinha predito esta purificação do seu restante de testemunhas ungidas quando disse à sua organização típica da antiguidade: “Ah! livrar-me-ei dos meus adversarios [obterei satisfação de meus inimigos (UTA)], e vingar-me-ei dos meus inimigos, voltarei a minha mão sobre ti, e purificarei como com potassa a tua escoria, e tirarei de ti todo o teu estanho [liga]; restituirei os teus juízes como foram dantes, e os teus conselheiros como no principio; depois serás chamada a cidade da justiça, a cidade fiel.” —Isa. 1:24-26.

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