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  • w80 15/6 pp. 30-32
  • O Deus Todo-Poderoso

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  • O Deus Todo-Poderoso
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1980
  • Subtítulos
  • ONIPOTÊNCIA NAS ESCRITURAS HEBRAICAS
  • O SIGNIFICADO BÁSICO
  • PODER IRRESISTÍVEL ASSOCIADO COM O PROPÓSITO DIVINO
  • O CORRESPONDENTE TERMO GREGO
A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1980
w80 15/6 pp. 30-32

O Deus Todo-Poderoso

A PALAVRA “Todo-poderoso” traduz a palavra hebraica Sadai (Shaddái) e a palavra grega Pantokrátor. Ambas as palavras evidentemente transmitem a idéia de força ou poder.

ONIPOTÊNCIA NAS ESCRITURAS HEBRAICAS

No texto hebraico, Sadai (Shaddái) é usado sete vezes junto com El (’El; Deus) formando o título “Deus Todo-poderoso”. (Gên. 17:1; 28:3; 35:11; 43:14; 48:3; Êxo. 6:3; Eze. 10:5) Nas outras quarenta e uma ocorrências, a palavra aparece sozinha e é traduzida por “o Todo-poderoso”. Similar a Adonai (Senhor) e Eloím (Deus), Sadai ocorre no plural para indicar o plural de excelência. — Gên. 49:25; Núm. 24:4; Sal. 68:14.

O SIGNIFICADO BÁSICO

A derivação exata da palavra Sadai é assunto de debate. Os tradutores da Versão dos Setenta (Septuaginta) usaram diversas palavras gregas para traduzi-la, mas empregaram a palavra Pantokrátor (todo-poderoso) dezesseis vezes para Sadai na tradução do livro de Jó. Em uns poucos casos verteram-na por um termo grego (hikanós) que significa “suficiente” ou “competente” (Rute 1:20, 21; Jó 21:15; 31:2; 40:2), e diversos tradutores gregos posteriores seguiram esta interpretação, apresentando assim Sadai como o “Suficiente (Competente)”.

O conceito de alguns críticos modernos é expresso no comentário sobre Gênesis 17:1, na edição em inglês da tradução católica conhecida como A Bíblia de Jerusalém (nota b ao pé da página), que declara: “A costumeira tradução ‘Deus Todo-poderoso’ é inexata; o significado provável é ‘Deus Mo[n]tanhesco’.” Tal conceito extremo, porém, baseia-se numa relação imaginária de Sadai com o termo acadiano sadu (shadu, montanha). O Dicionário Bíblico de Unger (p. 1000, em inglês) comenta: “Este conceito, porém, é inaceitável, e Sadai é melhor tomado da raiz sadad (shadhádh), ‘ser forte ou poderoso’, como em árabe.” — Veja também The Analytical Hebrew and Chaldee Lexicon, de Benjamin Davidson, p. 702.

Shadhádh, no texto bíblico, costuma referir-se a poder violento, como o usado na devastação ou na assolação. (Veja Salmo 17:9; Provérbios 11:3.) Isaías 13:6 declara: “Uivai, porque está próximo o dia de Jeová! Chegará como assolação [shodh] da parte do Todo-poderoso [Shaddái].” Embora a idéia de ação violenta seja básica no uso bíblico deste radical, algumas autoridades sugerem que seu sentido original ou significado primário era simplesmente o de “ser forte” ou de “agir com força”. A Enciclopédia Judaica (ed. 1909, em inglês; Vol. IX, p. 162) declara: “É possível, porém, que o significado original fosse o de ‘predominância’ ou ‘força sobrepujante’, e que este significado persistisse no [título] divino.”

PODER IRRESISTÍVEL ASSOCIADO COM O PROPÓSITO DIVINO

Jeová usou este título (’El Shaddái) quando fez a sua promessa a Abraão a respeito do nascimento de Isaque, promessa que exigia muita fé, por parte de Abraão, no poder de Deus, de cumprir sua promessa. Depois foi usado com referência a Isaque e Jacó, como herdeiros do pacto abraâmico. — Gên. 17:1; 28:3; 35:11; 48:3.

Em harmonia com isso, Jeová podia mais tarde dizer a Moisés: “Eu costumava aparecer a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-poderoso [’El Shaddái], mas com respeito ao meu nome Jeová não me dei a conhecer a eles.” (Êxo. 6:3) Isto não podia significar que o nome Jeová era desconhecido a estes patriarcas, visto que o usavam freqüentemente, assim como também outros antes deles. (Gên. 4:1, 26; 14:22; 27:27; 28:16) De fato, no livro de Gênesis, que conta a vida dos patriarcas, a palavra “Todo-poderoso” ocorre apenas seis vezes, ao passo que o nome pessoal Jeová ocorre 171 vezes no primitivo texto hebraico da Bíblia. Os nomes de alguns da descendência dos filhos de Jacó até mesmo incluíam o nome Jeová, assim como fazem Jaleel e Jazeel. (Gên. 46:14, 24) No entanto, embora esses patriarcas viessem a reconhecer por experiência pessoal o direito e as qualificações de Deus para levar o título de “o Todo-poderoso”, não tiveram a oportunidade de reconhecer o pleno significado e o que está envolvido no seu nome pessoal, Jeová. Neste respeito, depois de salientar que El Sadai realmente não é nome, O Novo Dicionário da Bíblia, de Douglas, comenta (p. 411): “A revelação anterior, aos patriarcas, dizia respeito às promessas referentes a um futuro distante e por isso mesmo haveria a necessidade de assegurá-los que Ele, Yahweh, era um Deus (’el) tal que era competente (shadday) para cumprir tais promessas. A revelação na sarça ardente, entretanto, foi maior e mais íntima, pois o poder e a presença imediata e contínua de Deus entre eles foram envolvidos no nome familiar de Yahweh.”

Potência subentende força ou poder para realizar e cumprir o que se intenciona, bem como vencer obstáculos ou oposição, e a onipotência de Jeová manifesta seu poder irresistível para realizar seu propósito. Às vezes apresenta-se ação violenta em conexão com o título de Deus, “o Todo-poderoso”, como no Salmo 68:14; quando ele ‘dispersa os reis’, em Joel 1:15, que descreve a “assolação [shodh] da parte do Todo-poderoso [Shaddái]”, a vir no “dia de Jeová”, e em Isaías 13:6 já citado. Assegura também sua capacidade de abençoar (Gên. 49:25) e é garantia de segurança para os que confiam nele: “Quem morar no lugar secreto do Altíssimo procurará para si pouso sob a própria sombra do Todo-poderoso.” — Sal. 91:1.

No livro de Jó, Sadai ocorre trinta e uma vezes, sendo usado por todos os personagens no drama ali apresentado. Destaca-se o poder de Jeová para punir ou afligir (Jó 6:4; 27:13-23), de modo que aqueles que dizem: “Que é o Todo-poderoso, para que o sirvamos, e que nos aproveita termos entrado em contato com ele?”, e que, portanto, confiam no seu próprio poder, podem esperar ter de beber “do furor do Todo-poderoso”. (21:15, 16, 20) Portanto, o Todo-poderoso merece veneração, até mesmo respeito temeroso, visto que não se pode fazer pouco caso de sua vontade, nem se pode impunemente violar a sua lei (6:14; 23:15, 16; 31:1-3), embora a expressão de sua potência talvez não seja logo visível. (24:1-3, 24; compare isso com Êxodo 9:14-16; Eclesiastes 8:11-13.) No entanto, seu poder e sua potência sempre são usados em estrita harmonia com a justiça e o juízo, nunca de maneira incontrolada, caprichosa, errática ou irresponsável. (Jó 34:10, 12; 35:13; 37:23, 24) Portanto, não há motivo justo para os homens contenderem com ele ou acharem falta nele. (40:2-5) Os que praticam a justiça podem chegar-se a ele em plena confiança e usufruir uma relação pessoal com ele. (13:3; 29:4, 5; 31:35-37) Sendo o Criador, ele é a Fonte de vida e sabedoria. — 32:8; 33:4.

Na profecia a respeito do Messias, em Isaías 9:6, o título “Deus Poderoso” é aplicado ao prometido Príncipe da Paz. Esta expressão, porém, traduz a hebraica ’El Gibbóhr, não ’El Shaddái, como nos textos acima mencionados.

O CORRESPONDENTE TERMO GREGO

Nas Escrituras Gregas Cristãs, a palavra Pantokrátor ocorre dez vezes, nove delas no livro de Revelação (Apocalipse). A palavra significa basicamente Todo-poderoso, ou Governante de tudo, Aquele que tem todo o poder. Seu uso nas Escrituras Cristãs dá peso ao entendimento do termo hebraico Sadai como significando “Todo-poderoso”, visto que, de outro modo, não haveria termo correspondente a Pantokrátor nas Escrituras Hebraicas.

Em 2 Coríntios 6:18, Paulo cita as Escrituras Hebraicas ao exortar os cristãos a evitarem a adoração falsa e o uso de ídolos sem vida, sem poder, para se habilitarem assim como filhos do “Todo-poderoso [Pantokrátor]”. Em vista das citações do apóstolo, é evidente que o título se aplica aqui a Jeová Deus.

De maneira similar, em toda a Revelação, o título Pantokrátor é aplicado ao Criador e Rei da Eternidade, Jeová, como no “cântico de Moisés, o escravo de Deus, e o cântico do Cordeiro [Jesus Cristo]”, que aclama a Jeová Deus como Aquele que é digno de adoração e temor por parte de todas as nações. (Rev. 15:3; veja Revelação 21:22.) A aplicação do título a Jeová Deus é óbvia em Revelação 19:6 pelo uso da expressão Aleluia (“Louvai a Já”). Do mesmo modo, a expressão “Aquele que é, que era, e que vem” (Rev. 1:8; 4:8) aponta claramente para o Deus da eternidade (Sal. 90:2), que não só “era” o Todo-poderoso nos tempos antigos, mas continua a sê-lo, e “que vem” como tal com a expressão de sua onipotência. Novamente indica-se ação violenta depois de ele ‘assumir o seu grande poder’ para governar como Rei, pela expressão de seu furor contra as nações opositoras, na “guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Rev. 11:17, 18; 16:14) Seu Filho, Cristo Jesus, a “Palavra de Deus”, é demonstrado como expressando este “furor de Deus, o Todo-poderoso”, contra as nações, na posição que ocupa como Rei ungido de Deus. (Rev. 19:13-16) Contudo, tais expressões potentes das decisões judiciais de Deus continuam a estar em plena harmonia com as suas normas de verdade e de justiça. — Rev. 16:5-7; tirado de Ajuda ao Entendimento da Bíblia (ed. 1971, em inglês), páginas 54, 55.

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