O papel vital da comunicação na família
1 Uma das definições de comunicação é “a capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar, de conversar, com vista ao bom entendimento entre pessoas”. E quão vital é isso no arranjo familiar! Se o amor pode ser chamado de coração da vida feliz em família, a comunicação pode ser classificada como o sangue vital. Se ela for interrompida haverá dificuldades. Mas se fluir livremente, haverá harmonia, paz e tranqüilidade.
2 Um dos obstáculos à comunicação é a falta de tempo. Contudo, é necessário reservar tempo para ela. Certo casal cristão faz isso logo após o marido voltar do trabalho, por tomarem chá juntos e conversarem. Pelo menos por 15 minutos deleitam-se com pensamentos e experiências um do outro antes de começarem as tarefas da noitinha. E isto já por 27 anos. Está disposto também a reservar ocasiões para palestras em família?
3 Ao aconselhar os membros da família, o apóstolo Pedro exortou a ‘compartilhar os sentimentos’. (1 Ped. 3:8) Isto significa tomar a iniciativa em falar e ouvir. Tanto o marido como a esposa devem sentir-se livres para expressar o que sentem. Escutar com atenção revela ao cônjuge: ‘Você é importante para mim. Quero conhecer seus pensamentos e sentimentos, compartilhar suas experiências — mesmo as desagradáveis.’ Que dizer de você? Procura descobrir os sentimentos do seu cônjuge? Deixa-o expressar-se sem que se sinta reprimido? — Pro. 21:13.
4 É necessário ‘não visar em interesse pessoal apenas os nossos próprios assuntos, mas os dos outros’. (Fil. 2:4) O marido que cria genuíno interesse nos assuntos da esposa será sensível às emoções dela. Elcana foi sensível aos sentimentos de Ana, sua esposa. Fez-lhe perguntas bondosas com o objetivo de aliviá-la da aflição. (1 Sam. 1:8) Assim o marido pode demonstrar interesse por fazer perguntas à esposa. Mostre real interesse nas atividades domésticas e espirituais dela. A esposa também poderá esforçar-se a envolvê-lo numa palestra sobre o trabalho dele ou outros assuntos. Esse interesse mútuo produz bênçãos e dá felicidade. — Pro. 16:24.
COMUNICAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS
5 Igualmente vital para um bom relacionamento familiar é a comunicação com os filhos, o que evita um conflito de gerações. Os pais devem criar oportunidades para conversar com os filhos. Por exemplo, o pai talvez peça ao filho que o ajude a cuidar do jardim, e a mãe ensine corte-costura à filha. Esses momentos não raro levam à boa comunicação. Mesmo assuntos íntimos, como sexo, mudanças físicas, associação, moral, fé e alvos na vida, podem ser entabulados nessas ocasiões.
6 Provérbios 20:5 diz: “O conselho [o verdadeiro objetivo ou as intenções profundamente arraigadas] no coração dum homem é como águas profundas, mas o homem de discernimento é quem o puxará para fora.” Perguntas com tato ajudarão o filho a expressar-se sobre algo que talvez o incomode. Os pais, por sua vez, devem estar prontos a ouvir problemas. Em vez de dar “bronca”, ouça-o calmamente e mostre compreensão. Do contrário, cortará preciosas linhas de comunicação. — Tia. 1:19.
7 Os filhos devem sentir-se livres para se comunicarem com os pais. É assim que se sente? Ou acha que eles não vão compreendê-lo? Receia desapontá-los? Não concorda que eles estão melhor habilitados a ajudá-lo do que seus colegas? Seja qual for o caso, ocultar os problemas não é a solução. Com efeito, pode agravar as coisas. Portanto, ‘honre seus pais’ por comunicar-se com eles, confiante de que desejam ajudá-lo. — Efé. 6:2.
8 Apesar do ritmo veloz da vida, esforcemo-nos todos a cultivar uma boa comunicação em família: maridos e esposas, pais e filhos. E, acima de tudo, é vital manter abertas as linhas de comunicação com Jeová, “a quem toda família no céu e na terra deve o seu nome”! (Efé. 3:15) Estudar a Sua Palavra, participar no ministério e orar juntos contribuirá para fortalecer o vínculo de amor na família. — Col. 3:14.