Paz no extremo Oriente — quando?
AS ASSEMBLÉIAS “PAZ NA TERRA” FORNECEM A RESPOSTA
EM MUITOS países do Extremo Oriente há bastante agitação social. As idéias modernas e as tradições antigas entram em choque umas com as outras. A mão do materialismo e o seu modo de vida acena a milhões para abandonarem a sua vida simples na roça e irem para as grandes cidades. A tranqüilidade secular do Oriente parece estar desaparecendo.
Além das sublevações sociais há as tensões políticas que produzem medo e ansiedade. A maioria dos países têm os seus problemas domésticos. Em alguns há lutas tribais que irrompem de vez em quando de modo sangrento. Acima de tudo, há a crescente ameaça do potencial nuclear da China.
Podem a paz e a atitude pacífica sair alguma vez vencedoras nesta parte do mundo? É possível que grupos nacionais e tribais encontrem alguma esperança comum, que seja suficientemente forte para se sobrepor a todas as questões que agora os dividem?
Em fins do ano de 1969, muitas pessoas do Extremo Oriente começaram a ter motivos para esperar que a resposta a estas perguntas fosse um sim. Como se deu isso? Foi causado pelo impacto das Assembléias Internacionais “Paz na Terra” das Testemunhas de Jeová em grandes centros urbanos do Oriente. De uma cidade após outra vieram notícias falando do interesse, sim, do espanto das multidões que até então haviam feito pouco caso das Testemunhas. Para se compreender o sentido destes desenvolvimentos, convém considerar o que aconteceu nas cidades das assembléias.
A Coréia do Sul Fica Sabendo da Paz Duradoura
A assembléia em Seul, capital da Coréia do Sul, é uma ilustração disso. Nas sessões da primeira tarde, mais de 14.500 pessoas escutaram o discurso “Defensores Leais da Palavra de Deus”. Aceitaram com alegria o novo livro É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus? em coreano, lançado pelo orador no fim do seu discurso.
Conforme se enfatizou tanto no discurso como no livro, “não o cristianismo baseado na Bíblia, mas a cristandade, com as suas igrejas divididas, é que precisa levar a culpa de que milhões de pessoas tenham preconceito da Bíblia”, impedindo assim que estas multidões obtenham a paz com Deus. Sem esta paz não pode haver paz verdadeira entre os homens e as nações.
Ali, como em todas estas assembléias na região do Pacífico, o comparecimento de um ou mais dos funcionários da Sociedade Torre de Vigia da sede em Brooklyn, no programa, aumentou o interesse dos reunidos.
Ouviram-se muitas experiências interessantes entre os congressistas. Por exemplo, um ministro das Testemunhas disse que tinha sido soldado do exército sul-coreano, recebendo treinamento em mísseis nos Estados Unidos, quando entrou pela primeira vez em contato com a mensagem de paz da Bíblia. Agora, em vez de apontar mísseis mortíferos contra grandes populações urbanas, ele defende a paz entre os povos de todas as nações e raças.
Na tarde de segunda-feira, um dos discursos destacados foi o intitulado “Paz com Deus no Meio da ‘Grande Tribulação’”. Sim, a paz com Deus é de necessidade vital num mundo sem paz! A assistência atenta soube que agora é o tempo oportuno para nos familiarizarmos com o Deus sempre-vivo que tem o nome de Jeová. Esta familiarização é a chave, não para uma paz mundial superficial, mas para uma paz duradoura, estável, entre os homens.
O número dos batizados nesta assembléia como discípulos do “Príncipe da Paz” foi de 1.511 — 15 por cento do total das Testemunhas na Coréia! Os espectadores, na colina acima da piscina do batismo, podiam ver, além desta cena pacífica, um campo de desfiles onde se exercitavam soldados. Que contraste!
Na Coréia, onde havia apenas oito Testemunhas em 1949, há agora mais de 10.000. Encontraram a paz com Deus. Apesar de agressões, infiltrações, tiroteios e matanças ao longo da fronteira setentrional do país, condições que mantêm a maioria dos sul-coreanos num estado de medo, realizava-se ali uma assembléia que destacava a fé na Palavra de Deus e que indicava a fonte da paz que ela advoga.
Embaixadores da Paz no Japão
Antes do término da assembléia em Seul, começara outra reunião alegre no Estádio Ciclístico Korakuen, em Tóquio. Apresentou-se o mesmo programa que em todas estas Assembléias “Paz na Terra”. Quando se toma em consideração que o Japão tem um total de 7.843 Testemunhas, é notável que a maioria das sessões em Tóquio foram assistidas por de 10.000 a 12.000 pessoas. Ainda mais notável é que 1.200 destas Testemunhas japonesas haviam colocado as ocupações seculares em segundo plano e gasto um mínimo de cem horas por mês na obra da divulgação da mensagem bíblica de paz em todo o Japão.
Foi um evento alegre quando 798 pessoas se apresentaram como candidatos ao batismo — entre elas um rapazinho de 10 anos de idade e um professor adjunto numa das universidades do Japão. O rapazinho, único membro de sua família que está interessado no estudo da Bíblia, explicou que obtivera a permissão de seus pais e do professor para vir à assembléia de Tóquio.
Uma jovem Testemunha, perseguida por pais incrédulos ao ponto de ter de deixar o lar e ir para outra cidade para encontrar emprego, também estava ali nesta assembléia. A mãe, sabendo da reunião em Tóquio, decidiu assistir para encontrar a filha. Pois bem, ela ficou tão favoravelmente impressionada com o que ouviu e viu, que no dia seguinte trouxe o marido consigo ao estádio. Agora já encontraram sua filha, e eles também querem estudar a Bíblia e encontrar a paz com Deus.
Na sessão final, a assistência ficou encantada de saber que em breve começará o trabalho com a publicação da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs em japonês. Por que tal encanto, Porque as pessoas no Japão poderão ler então por si mesmas a Palavra de Deus em linguagem clara e compreensível e assim aprender o caminho para a paz com o seu grande Autor. Palmas entusiásticas aclamaram também o anúncio de que a filial da Sociedade em Tóquio já havia ficado pequena demais e que havia planos para um prédio maior fora da cidade.
Foi uma assembléia notavelmente pacífica — tanto mais quando se faz um contraste com os distúrbios que envolveram Tóquio apenas dois dias depois, quando os transportes públicos ficaram paralisados, sessenta pessoas foram feridas e 1.500 perturbadores foram presos. Para muitos foi confortador saber que a promessa feita pelo Deus da Bíblia é a de um reinado de paz de mil anos, sendo que a Sua promessa nunca falha.
Formosa Ouve as Boas Novas de Paz
O cenário agora mudou então para o auditório da assembléia no Centro Nacional das Artes de Taiwan, em Taipé. Esta ilha-fortaleza dos chineses nacionalistas foi a próxima a saber da “paz na terra” por meio da assembléia internacional programada na sua capital para os dias 18 a 21 de outubro.
Visto que as Testemunhas não são ali tão bem conhecidas como em outras partes do Oriente, o aspecto internacional da assembléia contribuiu muito para dar ao povo local uma visão mais ampla da organização das Testemunhas. Vieram delegados de mais oito nações, além de representantes dos três grupos étnicos maiores de Formosa (Taiwan) — chineses, taiwaneses e amis. Também o sudeste da Ásia estava bem representado — Singapura, Indonésia, Malásia e as Filipinas.
Neste congresso lançou-se um novo livro em chinês, uma edição brochura de “Lâmpada Para o Meu Pé É a Tua Palavra”. Seu tema: A Palavra inspirada de Deus fixa as normas segundo as quais a organização que pratica a adoração verdadeira precisa estar organizada e funcionar. Assim se conseguem realizações pacíficas e unidas. Esta publicação foi impressa em Formosa e entregue ao local da assembléia apenas quarenta e oito horas antes do seu lançamento para a multidão grata.
Depois veio o drama bíblico intitulado “Fortifiquem-se de Modo a Manter a Integridade”. Este foi encenado animadamente no palco. Mostrava que cada parte da armadura espiritual descrita no livro bíblico de Efésios, capítulo seis, é essencial para os que querem permanecer leais ao Deus da paz e assim receber a sua boa vontade. Quão gratos ficaram todos de que, num país afligido por sérias diferenças políticas, Jeová havia provido uma assembléia pacífica e edificante como antegosto do que havia de vir — um tempo em que toda a terra, inclusive Formosa, estará em paz!
Boas Novas Anunciadas em Hong Kong
Em 17 de outubro começaram a chegar os congressistas à colônia da Coroa britânica, Hong Kong, com os seus altos edifícios e população apinhada, situada precariamente na costa da China comunista. As Testemunhas locais começaram a sentir o aspecto internacional da assembléia com a chegada de trinta e cinco congressistas de Singapura e da Malásia ao aeroporto de Kai Tak. Foram acolhidos e levados diretamente às acomodações providenciadas nos lares dos seus irmãos e irmãs espirituais em Hong Kong.
A conferência pública foi proferida no segundo dia. A maior assistência até então havia sido de 303. Para a alegria de todos os presentes, a cifra subiu a 678 durante o discurso público “A Paz de Mil Anos Que se Avizinha”. Isto significava que uma e meia vezes mais do que o número total das Testemunhas locais estavam interessados em conhecer as provisões de Deus para haver “paz na terra”!
Na segunda-feira, o lançamento da edição inglesa de É a Bíblia Realmente a Palavra de Deus? deu muito prazer aos congressistas. Não era maravilhoso ter uma coisa que ataca as objeções levantadas por cientistas, historiadores e críticos religiosos? A evidência convincente de que a Bíblia é de origem divina torna tanto mais necessário que se ponham em prática seus princípios sadios, visando obter paz e união.
Uma excursão realizada em benefício dos congressistas ocidentais levou-os ao alcance da vista do território comunista — a Cortina de Bambu. Viram, como barreira, uma cerca de arame e um rio estreito. Conseguiria a mensagem pacífica da Bíblia penetrar alguma vez ali? Conseguirá, se for da vontade de Jeová, pois é à toda a boa terra de Deus que ele, do seu próprio modo, dará em breve paz e justiça eternas.
Hong Kong pôde realmente observar a publicidade reveladora que acompanhou as Assembléias “Paz na Terra”. Sem dúvida, muitas pessoas humildes ficaram impressionadas com a unidade e a paz tão evidentes entre os adoradores de Jeová, e que tanto falta entre a população em geral.
Esperança Oferecida aos Filipinos
A República de Filipinas tem as suas próprias dificuldades internas, como quase todos os países. As eleições são quase sempre acompanhadas por violência e matanças. De fato, o quartel-general da força pública em Manila relatou que no período de oito semanas antes das eleições de novembro cinqüenta e nove pessoas foram mortas e sessenta feridas.
Não era apropriado, então, que a Assembléia “Paz na Terra” das Testemunhas de Jeová fosse programada para ser realizada em Manila, de 22 a 26 de outubro último? Mas não havia nenhum estádio adequado para acomodar a grande multidão esperada. Ora, o número das Testemunhas no país havia aumentado nos últimos dez anos de 30.077 para 49.257! Fez-se assim um contrato para o uso do Conjunto Atlético Comemorativo Rizal, composto dum estádio de futebol, com a capacidade para 30.000 pessoas, e um estádio de basebol que podia acomodar 20.000. Isto funcionou bem, pois o estádio menor podia ser usado para sessões no idioma tagalo, ao passo que um palco duplo no estádio de futebol podia servir aos outros dois grupos lingüísticos maiores: o ilocano e o cebuano. Providenciaram-se também reuniões para os que falavam hiligaino, pangasino, bicol e samar-leyte.
No sábado de manhã, depois dum discurso que salientou a necessidade de se dedicar a vida sem reservas a Jeová Deus, como primeiro passo para se estar em paz com ele, 1.835 pessoas sujeitaram-se ao batismo perante uma multidão de testemunhas. Isto além dos 6.381 que haviam dado este passo nas Filipinas, durante o ano que terminou em 31 de agosto de 1969.
Mais de 40.000 assistiram às sessões matinais de domingo. Daí, ao avançar a tarde, os estádios começaram a encher-se. Depois de já se terem tomado todos os assentos, os que estavam na rua continuaram a entrar e a assentar-se no gramado, diante da tribuna. Quando se apresentou o orador, foi maravilhoso ver esta enorme multidão esperando atentamente. Era evidente que ansiavam saber algo sobre o reinado milenar de paz que o reino de Deus, por Cristo, trará para os dignos da humanidade. Resultou em haver 64.715 pessoas presentes — muito além de todas as expectativas!
De todas as partes podiam ouvir-se comentários favoráveis sobre esta assembléia. Um escritor do Evening News (de Manila) de 24 de outubro comentou: “Ainda não vimos neste país um congresso tão ordeiro e impressionante como o que está sendo atualmente realizado pelos membros das testemunhas de Jeová. . .. Em contraste com os congressos políticos que conhecemos, os congressistas estavam bem comportados, ordeiros e atentos aos seus oradores, que [os] exortavam a permanecer na fé no meio da reviravolta do mundo.”
Deveras, esta assembléia deu muito louvor ao nome de Jeová. Era como que administrar uma grande cidade durante cinco dias, uma cidade livre de rivalidades, desordens e brigas. O povo de Manila teve assim uma previsão da verdadeira “paz na terra” que se promete tornar realidade em breve, durante o reinado milenar de Cristo.
Penetração Pacífica em Papua
Nas próprias matas, a uns vinte e dois quilômetros de Porto Moresby, teve de se construir uma cidade inteira, para prover acomodações adequadas para outra assembléia. Os nativos papuanos, usando materiais das matas que havia à mão; em pouco tempo converteram os planos em realidade.
As refeições foram preparadas em fogueiras para os congressistas — ao todo, 6.500 refeições durante a reunião de quatro dias nesta ilha. Os estranhos ficaram surpresos de observar como povos de sessenta e quatro grupos lingüísticos diferentes comiam, viviam e adoravam juntos em paz. Estes congressistas realmente usufruíram uma paz e felicidade não igualadas por qualquer outro grupo. Há pouco tempo, de fato, Papua realizou uma Semana de Jogos para a região do Sul do Pacífico, construindo-se edifícios especiais para acomodar os visitantes da Nova Guiné e de outros lugares. No entanto, por causa do temor e da desconfiança entre os diversos grupos tribais, estes edifícios quase não foram usados.
As sessões do programa foram apresentadas em inglês, pidgin-melanésio e motu. Os canais de notícias locais deram excelente cobertura. A assistência era de cerca de l.000 cada dia. Os papuanos e os ilhéus de longe e perto demonstraram vivo interesse na esperança bíblica de “paz na terra” e em como isto os aliviaria dos seus temores e dificuldades.
É difícil de compreender que tão recentemente como em 1952 havia apenas uma Testemunha em todo o território servido pela filial papuana da Sociedade Torre de Vigia. No ano passado, atingiu-se um auge de l.481 Testemunhas ativas. Esta assembléia proveu uma excelente base da qual se pode difundir ainda mais amplamente a grandiosa esperança de paz eterna pelo reino de Deus, através do Sul do Pacífico.
Mensagem de Esperança nos “Antípodas”
O dia 26 de outubro foi um dia especial com relação às Assembléias “Paz na Terra” na região do Pacífico. Foi o dia final da assembléia em Manila, o penúltimo dia da assembléia em Porto Moresby e o dia de abertura duma assembléia de seis dias nos terrenos de exposição da cidade de Melbourne, na Austrália. Os congressistas vieram de todas as extremidades do país, alguns deles viajando de 4.000 a 4.800 quilômetros, só numa direção, para estar presentes. Houve também diversas centenas de delegados do além-mar.
A assembléia foi tão internacional, que se teve de providenciar reuniões para os que falavam finlandês, grego, alemão, italiano, polonês e croata. A barreira lingüística não os dividiu, nem impediu de modo algum que as pessoas de todas estas nações usufruíssem de unidade e paz agora. Duas sessões especiais, em que se usaram discursos, experiências e diapositivos fotográfico s, foram realizadas em benefícios dos visitantes ocidentais — representando o progresso da obra do Reino na Austrália, desde o seu começo.
Demonstrou-se vivo interesse nas enormes distâncias, através de território pouco povoado, que precisam ser cobertas para se chegar às pessoas com as boas novas de paz. Um ministro de tempo integral das Testemunhas teve de viajar uns 160.000 quilômetros com o seu carro utilitário nos últimos três anos e meio. Seu território abrange uns 680.000 quilômetros quadrados. Neste campo ele entra em contato com muitos aborígines. Para vencer de algum modo o problema do analfabetismo, leva consigo diapositivos e quadros coloridos, explicando a estes nativos sinceros como eles também podem usufruir a paz com o Criador Todo-poderoso.
Uma assistência de bem mais de 25.000 ouviu o discurso final na assembléia de Melbourne. Nesta ocasião, o orador comentou que a paz havia prevalecido nesta e em todas as outras assembléias internacionais realizadas durante o ano pelas Testemunhas. Sem dúvida, isto se deu por causa da força unificadora da Palavra de Deus assimilada em corações sinceros. Deveu-se também à convicção de que a promessa de Deus, de paz em toda a terra, se realizará plenamente num futuro próximo. A idéia que se destacava mais na mente dos congressistas, ao iniciarem o que para muitos havia de ser uma longa viagem de volta para casa: Procurariam e manteriam a paz uns com os outros e com todos os homens, e, acima de tudo, com Jeová, seu Deus.
Notícias de Paz Para a Nova Zelândia
O Parque de Corridas Alexandra, em Aukland, é normalmente ocupado por multidões impacientes — pessoas absortas em ganhar apostas, pessoas que não se importam em jogar lixo em toda a parte no chão. Mas em 4 de novembro último, este hipódromo de trote viu uma multidão de espécie diferente. Não havia empurrões, nem gritaria, nem se fumava. Tratava-se da Assembléia Internacional “Paz na Terra” das Testemunhas de Jeová.
A maior parte da população de Nova Zelândia é de origem européia, com muito’ menos de 10 por cento sendo maoris, que são de raça polinésia. Mas, sem consideração da origem racial, muitos neozelandeses aceitam de bom grado a Palavra de Deus como base para a sua fé e se alegram com a esperança do Reino de paz eterna. O dia de abertura, no hipódromo, trouxe os congressistas em carros e ônibus cheios, de modo que à tarde a assistência já havia atingido 7.115 — ou seja, 1.000 mais do que o auge de assistência na última assembléia internacional realizada ali em 1963.
O belo arranjo do palco incluía as palavras maoris de boas-vindas: HAERE MAI, em arranjos de flores. Há muitos anos, a maioria dos maoris se tornou cristãos nominais, embora em muitos casos ainda se apegassem a idéias pagãs, tradicionais, tais como o tabu. Mas agora, muitos deles se tornaram ávidos estudantes da Bíblia e participam regularmente na divulgação da mensagem de paz, como testemunhas de Jeová. Um deles, entrevistado na tribuna, contou que dentre 200 de seus parentes carnais que são Testemunhas, 193 estavam ali presentes.
“Buscar a Boa Vontade de Deus” foi o assunto dum discurso da manhã de sexta-feira. Indicou o caminho para os desejosos de estar em paz com Deus: o caminho da dedicação. De fato, muitos mais neozelandeses haviam dedicado sua vida a Deus, pois logo após este discurso, 421 batizandos foram levados de ônibus à grande e aquecida piscina Monte Éden, e ali imersos em água.
A beleza paradísica destas ilhas fez lembrar o tempo na história quando o primeiro casal humano gozava de paz com Deus no paraíso do Éden. Quão apropriado, então, foi o título da amplamente anunciada conferência pública nesta assembléia: “A Estrada de Retorno à Paz no Paraíso”! Quão emocionadas ficaram as 8.400 pessoas na assistência, ao passo que se explicava texto após texto da Bíblia, mostrando quando e como se restabelecerão as condições paradísicas!
O ambiente pacífico, o programa edificante, a organização prática de todos os arranjos de assembléia, contribuíram muito para estabelecer uma união mais íntima entre os congressistas e com a congregação mundial de Deus — especialmente por meio do contato pessoal com outras Testemunhas de muitos outros países, e ouvindo as suas experiências. Todos tinham a profunda convicção de que Jeová deveras está prosperando o seu povo com paz e fartura espiritual. Sentiram-se encorajados e reanimados a ir e a levar as boas novas de paz a outros sinceros que anseiam que o reino de Deus estabeleça paz global.
As Ilhas se Podem Alegrar
“Alegrem-se as muitas ilhas”, é o convite bíblico que se pode repetir hoje com ainda mais vigor. (Sal. 97:1) As ilhas distantes do Pacífico certamente puderam aceitar este convite durante o período de 9 a 12 de novembro de 1969, quando se realizaram assembléias simultâneas em Suva, Fidji, e em Papiti, Taiti. Na primeira, a língua principal usada foi o inglês, ao passo que na outra se usaram o francês e o taitiano.
Embora todas estas ilhas devessem ser cenário de contentamento feliz, não se dá isso de modo algum. Especialmente em Fidji, há uma corrente oculta de ressentimento racial. Os imigrantes indianos e a população nativa desconfiam uns dos outros. Por outro lado, os que fizeram paz com Deus e estão unidos como suas testemunhas cooperam de modo feliz na pregação das boas novas de paz a outros. Isto se reflete no ambiente nestas reuniões.
Uma assistência atenta de 1.621 pessoas, em Suva, ouviu a conferência pública e se alegrou de saber que o propósito de Deus, de estabelecer a paz em toda a terra, será realizado em breve. Durante cerca de quarenta minutos, três grupos separados de coral entoaram cânticos agradáveis, cada um no seu estilo tradicional: um de Fidji, um de Samoa e um de Tonga. Quão maravilhoso era ouvir estes talentosos nativos juntaram as suas vozes para entoar os cânticos daquele único que é digno: Jeová, o Deus de paz!
Um natural de Fidji expressou o que sem dúvida representava o efeito que esta assembléia teve sobre os que partilhavam de suas muitas bênçãos: “Meus cadernos de anotações estão cheios e a minha mente está para estourar com tudo o que ouvi e vi nesta assembléia. Vou explodir se não começar logo a falar com outros sobre estas coisas!”
A Assembléia “Paz na Terra”, em Papiti, Taiti, foi também um maravilhoso evento, não só para as testemunhas locais, mas para os ilhéus em geral. Foi a primeira assembléia internacional realizada ali pelas testemunhas de Jeová, e foi a primeira assembléia que exigiu maiores acomodações do que as oferecidas por um Salão do Reino O auditório conhecido como Salle de Basket, no Estádio Fautaua, foi o local alugado. Havia realmente muitos mais delegados de outras terras do que há Testemunhas em Taiti. A imprensa local observou que haviam chegado representantes de outros doze países em volta do mundo, e depois passou a explicar: “Para as Testemunhas de Jeová, a coisa principal é mostrar que a Bíblia é aplicável à vida cotidiana da pessoa, para jovens tanto quanto para os pais. . .. Segundo a cronologia bíblica, este milênio de paz [o tema da conferência pública] — entre os próprios homens e também entre os homens e os animais — não está longe, mas virá em apenas mais alguns anos. Quem é que não quer crer em paz?”
Os taltianos realmente gostaram dos dramas bíblicos apresentados no palco, pois foi num deles, intitulado “Fortifiquem-se de Modo a Manter a Integridade”, que a assistência atingiu o auge de 610 pessoas. Luzes coloridas tornaram a ação mais realística. Os espectadores ficaram sabendo de quão vital é usar todas as provisões feitas para a associação cristã e o estudo bíblico, para terem a força espiritual de se manter em paz com Deus, no meio dum mundo sem lei.
Um empregado do aeroporto, embora acostumado de ver cada dia a hospitalidade e a acolhida florida dada costumeiramente aos visitantes, ficou muito impressionado com o que observou nesta ocasião. Ele disse: “Fico realmente comovido de ver como a fé pode manter tão unidas pessoas que nem mesmo se conhecem. Todos nós devíamos ser testemunhas de Jeová, porque, por meio do seu amor, são diferentes dos demais de nós.”
O Havaí Acolhe os Congressistas de Paz
A cidade moderna de Honolulu, no seu ambiente ilhéu, foi a próxima a acolher os congressistas da Assembléia “Paz na Terra”. Logo no primeiro dia, 11 de novembro, o Centro Internacional de Honolulu estava superlotado com a multidão de 9.061 pessoas. Providenciou-se espaço adicional no Salão de Exposições anexo, e isto foi realmente necessário, pois vieram 15.443 pessoas para ouvir a conferência pública.
O orador falou do propósito expresso de Deus, de fazer que toda a terra seja transformada num Paraíso. Mas havia mais. Levantou-se também a pergunta: Quem encontrará a estrada de retorno àquela relação pacífica com Deus antigamente usufruída por Adão e Eva? Cada um dos que esperam fazer isso deve dar os passos delineados na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. E havia alguns na assembléia, que estavam decididos a fazer exatamente isso, pois 314 pessoas se ofereceram para o batismo em símbolo de sua dedicação a Deus. Foi realmente uma vista memorável quando foram imersas nas águas azuis do Pacífico.
Na manhã de sábado, uma sessão especial, com discursos, experiências e recordações, forneceu um pouco da história da obra do Reino em Havaí. Ellis W. Fox, agora já de mais de oitenta anos, contou como veio a Honolulu em 1915 e lançou algumas das primeiras sementes. Ao falar a uma assistência de 9.671 pessoas, quanto se alegrou de ver o cumprimento das palavras escritas pelo escritor bíblico Tiago: “O fruto da justiça tem a sua semente semeada sob condições pacíficas para os que fazem paz”! — Tia. 3:18.
De modo apropriado, a assembléia terminou no meio do colorido dum pôr-do-sol típico do Havaí, com o vento alísio suavemente balançando as palmeiras. Os congressistas partiram com a profunda convicção na mente de que já está próxima a era de paz há muito prometida; que em breve se cumprirá o grandioso propósito de Deus, com respeito aos dignos da humanidade, para a sua alegria eterna. Tudo em que há fôlego fará então aquilo que devia fazer: louvar o Deus da grandiosa paz!
Certeza dum Futuro Pacífico
Sim, estas Assembléias “Paz na Terra” responderam à pergunta na mente de muitos: Quando virá a paz, a liberdade do medo e da ansiedade, para as muitas nações e tribos do Extremo Oriente?
A união e a cooperação amorosa das testemunhas de Jeová? de muitas origens raciais, nacionais e tribais, ao passo que viviam e adoravam unidas em paz, durante estas muitas assembléias, forneceram um poderoso testemunho da capacidade do espírito de Deus, de unir os homens agora mesmo, como nada mais pode fazer. Os observadores podiam ver que é possível seguir princípios bíblicos e que segui-los produz bons resultados, mesmo no meio dum mundo sem Deus. Quão verazes são as palavras do salmista: “Paz abundante pertence aos que amam a tua lei [Jeová], e para eles não há pedra de tropeço”! — Sal. 119:165.
Mas, por outro lado, também, havia a mensagem de todo o programa da assembléia. Deus, sem falta, eliminará todos os perturbadores da paz e estabelecerá na terra um reinado milenar de paz, isto num futuro muito próximo. (Rev. 20:6) Homens e nações não poderão impedir isto. (Dan. 2:44) Será para a bênção dos que genuinamente anseiam a paz e a justiça. Estes, sem exceção, precisam entrar em relações pacíficas com Deus, conhecer a sua vontade e fazer o melhor que podem para pô-la em prática na sua vida. Agora, enquanto ainda estão cercadas por homens egoístas e condições más, é a ocasião em que cada um pode provar o seu amor a Deus e a sua fé na paz duradoura que Ele dará à toda a terra.
[Foto na página 18]
Em Seul, na Coréia do Sul, os congressistas ouvem as observações finais do presidente da Watch Tower Society, N. H. Knorr.
[Foto na página 19]
Testemunhas japonesas tocam cânticos do Reino de louvor a Jeová no coto, instrumento semelhante à harpa.
[Foto na página 20]
Testemunhas da tribo dos amis, em Formosa, entoam cânticos do Reino, para o agrado dos visitantes do além-mar.
[Foto na página 20]
Pregadores de tempo integral, na assembléia de Hong Kong, têm prazer em receber o novo livro em chinês, “Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus”.
[Foto na página 22]
Parte da assistência de 64.715 pessoas no discurso público em Manila, nas Filipinas.
[Foto na página 24]
Vista do palco na assembléia de Auckland, mostrando as palavras de boas-vindas na língua maori.
[Foto na página 25]
Balcão de refrescos em Honolulu — em estilo havaiano.