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  • A atraente arquitetura — antiga e moderna
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g70 8/11 pp. 20-23

A atraente arquitetura — antiga e moderna

Do correspondente de “Despertai!” no Brasil

QUANDO foi mesmo que tudo isso começou? Não havia indício da necessidade de qualquer tipo de perícia arquitetônica no paraíso original do homem perfeito. Os extremos de temperatura, e até mesmo a chuva, eram desconhecidos. Antes “uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo”. (Gên. 2:6) Não havia necessidade de proteção contra perigosos animais selvagens. Imagine só poder morar ao ar livre e dormir na floresta sem nenhum temor!

Julgando à base de que ainda há atualmente tribos primitivas que vivem em cavernas e em abrigos rústicos, alguns concluíram que o homem levou muitos milhares de anos para desenvolver um senso arquitetônico. Segundo esta teoria, os antepassados do homem moderno tiveram de tatear por muitas eras de desenvolvimento irracional antes de a inteligência começar a alvorecer. Mas, quais são os fatos?

Início Bem Primitivo

Não deixe que ninguém o leve erroneamente a crer na estória de o macaco virar homem, porque nosso registro mais fidedigno da história mais primitiva do homem nos diz que o primogênito do primeiro homem, ao se tornar um homem maduro, empenhou-se em construir uma cidade. Ele era Caim. A cidade que construiu talvez não tenha sido mais do que um povoado fortificado, mas, sem dúvida, possuía portões, casas, portas e outras modalidades arquitetônicas. Deveras, os descendentes imediatos de Caim já moldavam e tocavam instrumentos musicais e forjavam utensílios de metal. — Gên. 4:17-24.

Passaram mais de 1.500 anos. Vastos projetos já estavam em execução. Isto aconteceu nos dias do rebelde Ninrode, homem que desafiou ao Criador, colocando-se com proeminência diante dos homens qual líder, e empenhando-se na construção de uma cidade após outra, começando com Babel. Os homens já dominavam a arte de construção com tijolos secados ao forno e argamassa. Proeminente em Babel e bem calculada para atrair os olhos e dominar o panorama, ali estava a elevada torre-templo, provavelmente uma estrutura do tipo zigurato, cada andar ficando recuado do andar de baixo. — Gên. 10:10-12; 11:3, 4.

O Deus do céu achou por bem interferir no projeto pomposo — projeto realizado com o fim declarado de honrar e perpetuar a memória de homens auto-importantes. Confundiu sua linguagem de forma que não pudessem entender uns aos outros. (Gên. 11:7-9) Os povos se espalharam em todas as direções, a partir daquele centro pululante de população na terra mesopotâmica de Sinear, levando com eles a memória daquela estrutura majestosa e impressionante.

Atualmente, podemos ainda observar a influência duradoura daqueles arquitetos antigos nas pirâmides do Egito, nas ruínas dos impérios maias da América Central, nos restos dos colossais santuários em Cambódia e na Índia, e nas estruturas escalonadas de Nova Iorque e de outras cidades grandes.

Visando Impressionar

Regentes orgulhosos de todas as eras se deleitaram em construir monumentos duradouros à sua própria fama. A pirâmide de Quéope, por exemplo, originalmente atingia uma altura de quase 147 metros. Abrange cerca de dois milhões e trezentos mil metros cúbicos de pedra; sua base abrange mais de cinco hectares; seus blocos de pedra calcárea pesam, em média, duas toneladas e meia. “Calculou-se”, segundo o historiador James Baikie, “que se poderiam construir com os materiais da pirâmide as casas de uma cidade que contivesse 120.000 pessoas. . . . A área da base da Grande Pirâmide é duas vezes e meia maior que a da Basílica de S. Pedro . . . mais de nove vezes maior que a da Abadia de Westminster”.

Daí, há aquele maior templo construído pelo homem já conhecido, o antigo templo egípcio de Amom em Carnaque. Seu grande salão, com dimensões internas de mais de 100 metros de comprimento por quase 52 de largura, contém 134 colunas. As colunas de suas fileiras centrais tem quase 24 metros de altura. Por erguerem as paredes deste salão acima dos tetos adjacentes e por um sistema imaginativo de gelosias de pedras perfuradas, seus arquitetos produziram o que é chamado de clerestório. Destarte, proveu-se luz adequada, estabelecendo o estilo para as posteriores basílicas romanas e as catedrais medievais.

Os potentados ambiciosos e ricos puderam conseguir a ajuda de homens de bom gosto e de imaginação. Pense só em todos os variados tipos de graciosas colunas e frontões ornamentais que embelezaram suas obras-primas arquiteturais! Há, por exemplo, o Sad-Sutun, ou Salão das Cem Colunas em Persépolis. Mais graciosas até mesmo do que as colunas jônicas, tinham 12 diâmetros de altura, em comparação com os 8 diâmetros de altura da coluna dórica, os 9 da jônica e os 10 da coríntia.

E os alvos de todos aqueles construtores de monumentos, quais eram? “Seria de supor”, afirma certa autoridade, ‘que o espírito que movia os arquitetos egípcios [e outros antigos] era sempre de impressionar o povo com o domínio sobrepujante, quase sobrenatural, de seus regentes e suas deidades para que jamais pensassem por si mesmos nem entretessem a possibilidade de mudar sua condição social.” — The Encyclopœdia Britannica, ed. de 1946, Vol. II, p. 280.

Que todas estas imponentes estruturas, antigas e modernas, visavam inflar a vaidade dos ricos e poderosos, ao passo que faziam que as classes inferiores, com medo, silenciassem e obedecessem, é algo que se torna óbvio ao observador. Pode imaginar a atitude para com seus semelhantes humanos de alguém como Nabucodonosor, de Babilônia, que pôde jactar-se: “Não é esta Babilônia, a Grande, que eu mesmo construí para a casa real, com o poderio da minha potência e para a dignidade da minha majestade?” — Dan. 4:30.

Honre ao Dador do Senso Artístico

Ao vislumbrarmos as atraentes produções dos arquitetos do presente e do passado, faremos bem em tirar da mente a fútil vaidade dos homens. Considere, antes, quão maravilhosamente o Grande Arquiteto do universo implantou nos homens tão grande variedade de aptidões! Não é mera questão de simplesmente amontoar pedra sobre pedra. Não, há outras considerações — a beleza, a simetria, aquela perfeição do equilíbrio que deve marcar a estrutura terminada.

A respeito do Partenão da Grécia, certa autoridade declara: “Seus calculados refinamentos de linha — tal como a bem diminuta curvatura das linhas que se tenciona pareçam retas, a ligeira inclinação das colunas dos cantos para dentro, para corrigir a aparência da inclinação para fora que têm tais colunas verticais, o espacejamento das colunas, de modo a produzir um vão no centro ligeiramente maior do que nas extremidades — estas, junto com a completa simetria do plano, conforme visto de cada um dos lados e o uso de apenas um princípio estrutural, o poste e a verga, tudo se combina para dar a este edifício uma dignidade simples e impressiva.” — The Encyclopœdia Britannica, Vol. II, p. 281.

Dotado da faculdade ímpar de acumular conhecimento, o homem fez grandes progressos na arquitetura. Com o advento da revolução industrial, tornaram-se disponíveis novos materiais. O aperfeiçoamento do cimento portland em 1824 e a invenção subseqüente de processos para a produção de aços doces de confiança adicionaram campos extras à imaginação do arquiteto. A civilização urbana, com suas exigências de mais e mais habitações numa área menor, produziu outro desafio.

Modernas Estruturas Atraentes

Edifícios que penetram céu adentro estão de novo em voga. O primeiro arranha-céu, todo de dez andares, ficou pronto em 1885, em Chicago, EUA. Seu arquiteto aperfeiçoara o que é conhecido como estrutura de esqueleto, isso é, o suporte das paredes e dos pisos é feito pelo esqueleto. Mas, as paredes ainda eram pesadas demais. Daí surgiu o ousado plano de revestir o esqueleto de aço do prédio com novas formas funcionais e mais leves, usando-se caixilhos de vidro.

Em 1931, foi terminado o edifício mais alto do mundo — o Edifício “Empire State”, de 102 andares, na cidade de Nova Iorque. Seu custo foi de cerca de Cr$ 205.000.000,00. Construído em menos de dois anos, atinge, com sua torre de rádio e TV, 448 metros céu adentro. De seu observatório, pode-se ver uma distância de 130 quilômetros. Todavia, logo será ananicado pelo novo Centro Mundial do Comércio na baixa Manhattan, em Nova Iorque, que deverá ter duas torres de 110 andares, recobertas de alumínio.

O arquiteto não mais pensa apenas em termos de edifícios quadrados ou retangulares. Do amplo jardim da tecnologia, pode escolher a flor que mais lhe agrade — vigas de concreto pré-moldadas com um vão de 30 metros; enormes painéis de vidro compacto; tetos de espuma plástica ou de outro material que podem fechar-se como um acordeão; tetos seguros por cabos que se estendem por quase 130 metros de um lado ao outro. Nem o fim está à vista. Afirma o arquiteto Marcel Breuer: “Pode-se esculpir o concreto, pode-se moldá-lo, cinzelá-lo, aumentar o vocabulário da expressão arquitetônica.” Assim, um prédio pode assumir quase qualquer forma que seu arquiteto seja capaz de conceber.

O Edifício da Alcoa em São Francisco, por exemplo, apresenta nova concepção, com suas vigas entrecruzadas de aço segurando-o firmemente contra prováveis terremotos. Um tanto parecido com ele, mas dramaticamente adelgaçado, o edifício John Hancock, de 100 andares, em Chicago, com suas gigantes vigas desafia os uivantes ventos do inverno. O serpentino Edifício Copan, em São Paulo, Brasil, oferece aos ocupantes de seus trinta e dois pavimentos um amplo quinhão da tão desejada luz solar.

O grande e oval Edifício Itália, no centro de São Paulo, considerado a maior estrutura de concreto armado do mundo, fornece espaço de trabalho para de 8.000 a 10.000 pessoas em seus quarenta e cinco andares. Pode também receber 25.000 visitantes adicionais. Do seu alto se goza impressionante panorama da cidade de São Paulo.

O edifício do Ministério da Educação, no Rio de Janeiro, terminado em 1943, representou no seu tempo uma união até então desconhecida de concreto e vidro. Seu edifício-torre principal é flanqueado de um lado por um auditório baixo e do outro por um salão de exposições. Seu jardim tropical aumenta seus atrativos. Como o posterior prédio da ONU em Nova Iorque, revela a influência de Le Corbusier, o bem conhecido arquiteto suíço.

Brasília — Cidade de Aparência Nova

A capital do Brasil, localizada bem para o interior, abriu novas vistas de beleza arquitetônica. Ao julgar o vitorioso plano básico da cidade, arquitetado por Lúcio Costa, o arquiteto Sir William Holford afirmou otimistamente que o resultado seria “uma cidade com soluções e não com problemas inerentes a ela”. A cidade não possui nenhuma passagem de nível. Numa região de planalto, seus edifícios altos, como as pirâmides, fornecem harmonioso contraste. As superquadras residenciais são completas, tendo escolas, lojas e locais de diversão.

Os principais edifícios governamentais combinam o concreto delgado com vidro abundante. Suas colunas se tornaram o símbolo da cidade. O Ministro de Cultura francês, André Malraux, chamou as colunas do Palácio da Alvorada de “o mais importante elemento arquitetônico desde as colunas gregas”. Estas colunas ímpares são arranjadas de forma diferente em cada palácio. No Palácio da Alvorada, dão a impressão de velas sopradas pelo vento. No prédio de três andares do Supremo Tribunal elas tocam o teto pelos lados, ao passo que no Palácio do Planalto, de quatro andares, acham-se colocadas na frente, dando a impressão de pilares.

No surpreendentemente belo Palácio do Arcos (popularmente chamado Itamaraty), as colunas arqueadas mergulham profundamente numa piscina circundante em que os cisnes deslizam graciosamente. Em contraste com os palácios em forma de caixas, o edifício do Legislativo tem estrutura mais retangular, um tanto subterrânea. O que atrai a vista em seu alto é o Senado de forma abobadada e a Câmara dos Deputados, de forma côncava, com seus arranha-céus gêmeos de 28 andares, de concreto e vidro, para os escritórios administrativos. O inteiro complexo constitui a Praça dos Três Poderes.

Beleza e Utilidade

O campo arquitetônico se torna verdadeiramente como um Jardim, com sua variedade de flores e arbustos. A imaginação, junto com a crescente diversidade de formas e materiais de construção fornecem maior escopo ao arquiteto. Não mais limitado aos elementos mais simples, pode visualizar e planejar e executar obras em concreto, vidro, aço que apresentam curvas graciosas, colunas delgadas, dosséis e outras impressões que agradam os olhos.

O senso do artístico, por parte do homem, é ímpar entre as criaturas carnais. É a dádiva do seu Criador que o habilita a modelar coisas, grandes e pequenas, coisas belas e coisas úteis. Deveras, à medida que o homem vê em seu redor as miríades de obras-primas do Criador, passa a dispor de inesgotável fonte de inspiração. Quanto mais suas reproduções se aproximam dos originais da criação, tanto mais agradavelmente atraentes serão suas obras.

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