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  • g71 22/9 pp. 5-9
  • Os fugitivos de casa

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  • Os fugitivos de casa
  • Despertai! — 1971
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g71 22/9 pp. 5-9

Os fugitivos de casa

PORQUE desejaria uma jovem de dezoito anos abandonar a vida numa mansão de trinta quartos, passando a viver em prédios de apartamento sujos, cheios de cupim, do tipo favela? Por que desejaria fugir de uma vida em que tinha tudo em sentido material para uma vida sem ter nada, tendo até mesmo de mendigar para comer? Muitos adultos acham difícil de entender, mas muitos jovens não.

Esta moça era apenas uma de um grande número de jovens que fugiram de lares ricos ou da classe média para viver na miséria. Estimativas para os Estados Unidos estabelecem o total em mais de um milhão de fugitivos de casa, cerca de 90 por cento vindo de tais lares.

Os jovens fugitivos fornecem inúmeras razões para sair de casa. A situação doméstica parecia intolerável, com falta de entendimento e de comunicação entre os genitores e seus filhos. Alguns dos jovens tiraram más notas na escola e ficaram sob pressão por parte dos pais de tirar boas notas, para manter a reputação da família na vizinhança. Não se sentindo capazes de enfrentar as provas escolares no mês de maio ou de voltar à escola em setembro, nos EUA, decidiram fugir de casa. Estes parecem ser os meses de auges nos EUA quanto ao número de jovens fugitivos.

Outra razão para fugiram de casa é a hipocrisia de pais que falam sobre viver segundo elevados ideais mas que realmente não o fazem eles mesmos. Isto é demais para muitos jovens que afirmam que se deve dizer as coisas como realmente são.

Outro motivo ainda é a falta de amor parental. Um rapaz adolescente comentou que seu pai passou toda sua vida “certificando-se de que tivessem todas as coisas que nos acalentam exteriormente, mas jamais teve tempo para nos dar as coisas que nos acalentam interiormente”. É comum que os pais que são diretores de firmas fiquem tão preocupados com seus negócios que tenham muito pouco ou nenhum tempo para os filhos. Dá-se isso em seu lar? As esposas deles talvez fiquem também ocupadíssimas com interesses pessoais, freqüentando festas de bridge e eventos sociais, empenhando-se em atividades cívicas e assim por diante. Os filhos raramente vêem os pais e são realmente criados pela governanta. Quando atingem idade suficiente, é provável que sejam enviados a um internato.

Isto aconteceu com uma jovem de quatorze anos. Com o tempo, ela fugiu do internato em que seus pais ricos a puseram. Quando foi apanhada pela polícia e lhe disseram que tinham de notificar os pais dela, ela ficou angustiada. Disse: “Esperem só até vê-los.” Por fim, os pais chegaram na delegacia com roupas completas de gala. Não manifestaram qualquer afeição por ela, mas ameaçaram-na de a colocar num internato com muros mais altos se ela tentasse fugir de novo. A jovem olhou para os policiais como que dizendo: “Eu não lhes disse?”

Certo rapaz fugitivo disse que simplesmente não podia concordar com o conceito dos seus pais sobre a vida. Afirmou: “Sei mais o que é importante ou que é de valor do que meus pais. Estão sempre agitando bandeiras e falando sobre se ir para a guerra e matar outros humanos, mas eu sei que isto é errado. Não podem ver que estou certo nesta questão. Assim sendo, não tenho nada que ver com eles. Passei a procurar pessoas que concordem comigo.”

Os jovens que fogem de casa usualmente afirmam que não odeiam seus pais. Talvez digam que ficam muito tristes de os fazerem sofrer, mas simplesmente não gostam do tipo de vida que abandonaram. Será que sair de casa melhora seu quinhão na vida?

Encontram os Fugitivos a Felicidade?

Ao invés de encontraram uma sociedade nova, livre, onde todos mostrem amor, os jovens fugitivos no mais das vezes encontram a violência, o roubo, a decepção, a solidão e a doença. Em áreas tais como “East Village” de Nova Iorque, há pessoas que as exploram por razões egoístas. Alguns vêm de outras partes da cidade com este fim. Há outros jovens que talvez pretendam ser amigos dos fugitivos e que os envolvem no uso de tóxicos, se é que já não tomam tóxicos. Não são verdadeiros amigos.

Um rapaz de dezoito anos que foi “fisgado” pelos tóxicos escreveu: “Já usei todos os tipos de tóxicos, desde o haxixe, a maconha, o ácido até piores troços. É uma cena feia. . . . Tudo que se faz é arruinar sua vida e deixar que as pessoas ganhem dinheiro às suas custas. Estão apenas lhe usando. . . . Estes seus amigos lhe oferecem o troço de graça, daí começam a fazê-lo pagar por ele. Daí, lhe vendem piores troços a preços especiais, e então aumentam os preços quando estiver fisgado. Lembre-se, a mesma pessoa ou amigo que tem erva [maconha] também poderá oferecer-lhe heroína, e para quê? Para ganhar dinheiro para si, ao passo que o destrói.”

Nas favelas das grandes cidades, os jovens fugitivos não encontram o amor que imaginavam que encontrariam. Ao invés, acham um lugar duro e sinistro. A moça de dezoito anos mencionada antes deixou uma mansão de trinta quartos para viver em “East Village” em Nova Iorque. Foi encontrada certa manhã, nua, num porão dum prédio imundo, com a cabeça despedaçada.

Uma jovem fugitiva de treze anos estava perambulando pelas ruas de “East Village” quando foi acossada por dois rapazes. Eles a levaram para um quarto no quinto andar de um sujo prédio de apartamentos. Uma vez no quarto, desnudaram-na e violaram-na. Num esforço frenético de fugir de seus atacantes, pulou duma janela dum banheiro, estatelando-se contra o solo.

Para conseguir um lugar para dormir, a jovem fugitiva usualmente tem de estar disposta a pagar com o sexo. Um rapaz talvez tenha de satisfazer um homossexual. Muitos não encontram lugar para ficar e têm de dormir nas ruas. A situação em casa talvez fosse ruim, mas, diria que aquilo que estes jovens encontraram ao fugir de casa era melhor?

Lástimas

Uma loura de dezessete anos que fugiu de casa na região centro-oriental dos EUA e veio para a “East Village” de Nova Iorque disse: “Se tivesse sabido então o que sei agora, jamais fugiria de casa. Este é um lugar horrendo.” Uma fugitiva de dezenove anos disse que “East Village” “é um lugar terrível. Você será estuprada ou se tornará uma prostituta ou ficará fisgada pelos tóxicos”.

Lastimando-se de ter fugido de casa, certa moça que por fim retornou para casa, depois de dois anos, encontrou a mãe num hospício. A moça disse: “Ela teve um colapso nervoso cerca de um ano depois que fui embora, e jamais conseguirá sair do hospital em que se acha. Ela não me conhece mais, nem a qualquer membro da família. Agora jamais conseguirei dizer-lhe quanto a amo e que sinto ter feito aquilo. Meu pai envelheceu vinte anos, e fica bêbedo o tempo todo. Nada tenho agora. . . . Que miséria eu fiz da minha vida, e só tenho vinte anos.”

É um fugitivo que acha ter motivos de lástima, como se dá com a maioria dos fugitivos? Há ocasiões em que deseja estar de volta em casa? Seus pais sem dúvida compartilham este seu desejo. Por que não se comunica com eles por carta ou telefone, ou por meio dum parente? Também, há agências conselheiras na maioria das áreas a que os fugitivos podem recorrer. Tais agências sem dúvida estarão dispostas a ajudá-lo. Crêem que a reconciliação é possível se os jovens e seus pais estiverem dispostos a conversar sobre suas diferenças e ambos fizerem esforços de melhorar.

Talvez ache que a vida em casa não era tão boa, mas, se voltar, não terá de fazê-lo com a idéia de que não será nada diferente do que era antes. Há algo positivo que pode fazer: Tente melhorar a situação. Como veremos, há muito que pode fazer. E vale a pena o esforço.

Pais Precisam Fazer Sua Parte

Mas, se for pai e for seu filho que fugiu de casa, o que fazer então? Uma de suas primeiras preocupações deve ser: O que pode fazer para melhorar a situação em seu lar, de modo que seu filho queira voltar? Se realmente deseja seu filho ou sua filha de volta, considere esse assunto de modo sério e efetue as necessárias mudanças em sua vida. Daí, quando, por fim, entrar em contato com seu filho, terá algo a oferecer no sentido de melhora.

Talvez seus filhos não tenham fugido de casa. Todavia, se achar que algumas mudanças devem ser feitas em sua vida doméstica, agora é o tempo de fazê-las.

Quais são algumas das coisas que podem ser feitas para melhorar a situação doméstica? Em muitos casos que envolvem fugitivos, tem-se verificado que os pais não tomam tempo para seus filhos em sentido pessoal; não ouvem os problemas dos filhos. Tem-se dado isto em seu lar?

Comentando a questão de filhos que fogem do lar no México, um delegado auxiliar de polícia observou: “Os pais devem zelar e cuidar melhor de seus filhos, e não devem pensar que, por lhes darem roupas, e comida, e por lhes pagarem a escola, cumprem todas as suas obrigações.”

Valeria a pena que examinasse se tem estado tão ocupado com atividades comerciais ou outros assuntos pessoais que tem reservado pouquíssimo tempo em sentido pessoal para seus filhos. Se verificar que isto é verdade, não seria sensato reduzir as atividades que sobrecarregam sua vida? Não seria melhor gastar mais tempo para vir a conhecer seus filhos e para orientá-los e aconselhá-los?

Tem-se disposto a ouvir os problemas de seus filhos? Alguns pais tentam evitar isso, deixando os filhos para depois por dizer: “Outra hora.” Há o caso dum rapaz que desejava falar com o pai, mas o pai lhe disse: ‘Falarei com você depois do jantar.’ Depois do jantar, ele deixou isso para outra ocasião, e assim por diante. Não desejava realmente ouvir o que afligia ao filho. Teve razão, então, para ficar surpreso quando seu filho fugiu de casa? É essencial que se comunique com seus filhos.

Se for pai, para comunicar-se com seu filho não precisa pretender que são iguais. Não são. São pai e filho, uma relação desigual. É uma relação em que o filho espera que exerça autoridade. Certo jovem afirmou: “Tenho todos os amigos de que preciso. Não quero outro amigo; quero um pai.”

Seus padrões e princípios morais são algo a examinar, também. Afirmar uma coisa mas fazer outra não vai atrair seu filho ao leitor. A hipocrisia repele os jovens sinceros. Não conseguirá maior respeito de seus filhos se seguir o proceder de boa conduta moral que espera deles? Mesmo isso, porém, não basta. Precisa ensinar a seus filhos o que é um bom padrão moral e por que é para o bem deles viver segundo o mesmo. Demasiados são os pais que falham em fazer isso.

Já considerou ensinar a seus filhos o padrão moral da Bíblia? Sabia que os passos que as autoridades verificam ser os mais eficazes em se lidar com o problema dos filhos fugitivos há muito já foram recomendados pela Bíblia? Por exemplo, ela insta com os pais a que se comuniquem regularmente com os filhos. (Deu. 6:6, 7; Pro. 6:20-22) Também sublinha a autoridade do pai na relação com seus filhos. (Efé. 6:4; Heb. 12:7) Fornece a orientação moral que tanto os pais como os filhos precisam. Por aplicar seus conselhos e princípios, muitos pais puderam unir sua família dum modo que jamais haviam conseguido antes. Por que não prova ser isto verdade em sua vida?

O Que os Filhos Podem Fazer

Se for um jovem desiludido com o modo em que estão as coisas em seu lar e deseja um modo diferente de vida e já pensou em fugir de casa, pergunte a si mesmo: ‘O que posso fazer para melhorar a situação em casa?’ Poderá oferecer algumas contribuições construtivas. Por exemplo, pode dizer a seus pais o que está em seu coração. Talvez obtenha alguma resposta. Pelo menos, vale a pena tentar. E, quando lhes falar, tenha presente que talvez haja um certo conflito de linguagem. Assim tente usar palavras e expressões que eles conheçam e compreendam e não as que têm significado especial apenas para os jovens. Também, tente cooperar. Se lhe parecer que em seus esforços e alvos está a pólos de distância deles, terá de transigir se há de ser feito qualquer progresso.

Talvez lhe pareça mais fácil fugir de casa do que tentar melhorar a situação difícil no lar. Mas, realmente, não poderá fugir de situações difíceis por toda a sua vida! Chega uma ocasião em que toda pessoa tem de enfrentar condições e empenhar-se em aprimorá-las. Por exemplo, se se casar e tiver família, então assumirá responsabilidades. Se surgirem problemas, será que vai largá-los e fugir? Isso não seria nem legal nem amoroso, seria? Assim, às vezes é preciso aprender a enfrentar dificuldades. Por que não começar agora? Isso o preparará para encarar a vida como ela realmente é.

Daí, então, há a questão da lei. Segundo a lei, seus pais são responsáveis por você até que atinja a maioridade ou até o tempo em que concordem em que deixe a casa. Assim como eles têm uma responsabilidade para com você, você tem uma obrigação recíproca para com eles — de mostrar-lhes respeito. Deve isso a eles. Esta é a lei, não apenas do homem, mas também de Deus. — Col. 3:20; Efé. 6:1-3.

A obediência a seus pais é, basicamente, para seu benefício. De muitas formas, tem sido em seu benefício até agora. Pense em tudo que seus pais têm feito por você desde que nasceu. Pense, também, nos que fugiram de casa e no que falam amiúde — em lástimas. Na verdade, quando atingir a maioridade, talvez decida ir-se de casa. Mas, por que não esperar até que atinja a idade legal? E, então, se decidir sair de casa, não saia pelas portas dos fundos furtivamente. Torne conhecidas suas intenções. Coopere com seus pais, e eles, provavelmente, cooperarão com você.

Uma das razões pelas quais tem achado a vida difícil é que o inteiro sistema de coisas é perverso. A Bíblia mostra claramente isso, e os fatos da vida concordam com isso. Outro motivo básico é que tem havido fracasso geral em se aprender e aplicar os princípios do Criador, conforme dados na Bíblia, aos problemas da vida diária.

Quer esteja vivendo em casa ou esteja vivendo sozinho, encara essas mesmas circunstâncias. Não pode fugir delas. Mas, poderá enfrentá-las por aprender o que a Bíblia ensina; e as testemunhas de Jeová ficarão contentes em lhe fornecer ajuda pessoal, gratuitamente. Pela Bíblia, poderá aprender a verdadeira razão da vida, e o que é que produz verdadeiro contentamento. Poderá aprender o maravilhoso propósito que o Criador tem para o gênero humano e como será realizado nesta geração. Milhares de pessoas que enfrentaram o mesmo tipo de problemas que enfrenta agora, encontraram as respostas desta forma. Instamos a que faça o mesmo.

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