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  • g88 22/3 pp. 13-15
  • É fugir de casa a solução?

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  • É fugir de casa a solução?
  • Despertai! — 1988
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Despertai! — 1988
g88 22/3 pp. 13-15

Os Jovens Perguntam . . .

É fugir de casa a solução?

NO ROMANCE As Aventuras de Tom Sawyer, o autor Mark Twain fala da época em que Tom fugiu de casa junto com seus amigos mais achegados, Joe Harper e Huckleberry Finn. Os três garotos escaparam à meia-noite, indo de balsa para uma ilha no outro lado do rio. Ali, passaram a maior parte da semana, vivendo das provisões que tinham trazido, e dos peixes que pescavam. Logo se tornaram espectadores da cena em que os habitantes da cidadezinha vasculhavam o rio à procura de seus corpos “afogados”. Por fim, Tom, Joe e Huck voltaram sorrateiramente para a cidade, esconderam-se na galeria da igreja, e testemunharam seu próprio ofício fúnebre. Este episódio terminou com o retorno feliz deles ao convívio da família e dos amigos, sendo cobertos de beijos e de demonstrações de graças.

Para Tom, Joe e Huck, fugir de casa foi uma aventura animada, que teve um final feliz. Foi divertido. Mas isto nem sempre acontece com a maioria dos jovens que fogem de casa atualmente. “No caso de muitos dos que fogem de casa, a descrição típica da vida fora da trilha certa é uma vida de dificuldades”, afirma Margaret O. Hyde, em seu livro My Friend Wants to Run Away (Meu Amigo Quer Fugir de Casa). “Alguns fujões realmente conseguem emprego e sobrevivem por conta própria. Mas, no caso da maioria, a vida se torna pior do que antes de abandonarem seu lar.”

Você talvez se julgue uma exceção. Com certeza as coisas serão melhores do que a situação existente em seu lar. Aninha assim pensava. Ela fugiu de casa aos 14 anos, porque não mantinha um relacionamento achegado com os pais, e não conseguia conversar com eles. “Achava que não havia ninguém que conseguisse entender-me”, diz ela. “Eu achava que ficar longe de meus pais e ir para a casa dum ‘amigo’ seria melhor. Estava segura de que meu ‘amigo’ me ouviria.”

Sandra, sendo abandonada por sua mãe e sofrendo abuso sexual da parte do marido de sua avó, fugiu à idade de 12 anos. Priscila deixou sua casa aos 16 anos. “Eu sofria muita pressão em casa”, afirma ela. “Mamãe costumava berrar muito comigo, e me chamar de nomes feios.” A mãe dela a fez sentir-se indesejada e não amada, “como se ela preferisse que eu não tivesse nascido, ou algo assim”. Não podendo conversar com sua mãe sem discutir, e por ser constantemente rebaixada e zombada, ela fugiu de casa, em busca da felicidade em outra parte.

Júlia alçou vôo porque, durante muitos anos, tinha sofrido abusos sexuais em sua casa. Daniel foi-se embora duas vezes. Na primeira vez, fez isso para escapar duma madrasta que dizia coisas horríveis a seu respeito. Logo compreendeu quão difícil era viver fora de casa sem meios de sustento, de modo que voltou para casa — apenas para entrar numa discussão feia e ser rejeitado também por seu pai. Tanto Júlia como Daniel só tinham 12 anos.

Sim, para muitos que fogem de casa, a vida no lar parece insuportável. Eles querem libertar-se disso. Querem ser livres. “Mas os adolescentes não acham a liberdade nas ruas”, observa a revista ’Teen. “Antes, encontram outros fujões ou jovens que foram expulsos de casa — como eles mesmos — que moram em prédios abandonados, onde não dispõem de proteção alguma de estupradores ou de assaltantes. Encontram também muita gente cujo negócio sujo é explorar os jovens, e os adolescentes que fogem de casa são um alvo fácil.”

O Que Geralmente Acontece

O “amigo” de Aninha, por exemplo, um rapaz de 22 anos, fez com que ela pagasse sua hospedagem “por fazer sexo com ele e com nove de seus amigos”. Ela também “embebedava-se e consumia bastantes tóxicos”. Sandra tornou-se prostituta, vivendo nas ruas e dormindo em bancos de jardim ou onde quer que pudesse. São típicas de muitas jovens que fogem de casa. Por que as coisas saem desse jeito?

“Quando um menor foge de casa pela primeira vez, ele talvez tenha alguns dólares no bolso, talvez tenha economizado algum dinheiro, mas, uma vez que este acabe, ele só dispõe de poucas opções”, declara o Sargento José Elique, ex-diretor do Esquadrão da Polícia de Menores que Fogem de Casa, da “Port Authority” de Nova Iorque, EUA. “Quando os garotos têm fome, precisam comer, e quando sentem frio, eles têm de encontrar um abrigo, de modo que realmente eles não têm muitas alternativas. Se acontece que alguém se chega a eles quando eles estão realmente famintos e sem quaisquer recursos, e lhes pede que faça algo — poderiam ser quaisquer atos imorais ilegais ou degradantes, em troca de dinheiro ou de tóxicos — então este menor se mostrará muito mais receptivo, não importa o que pensava antes sobre sexo e tóxicos.”

A maioria dos que fogem de casa têm poucas habilidades rendosas. Acham a sociedade moderna simplesmente dura demais e complicada de se lidar. Nem possuem eles, geralmente, quaisquer dos documentos necessários para conseguir emprego: certidão de nascimento, cartão da previdência social, endereço permanente. “Tive de roubar, de pedir dinheiro às pessoas”, afirma Luís, “mas, principalmente, de roubar, porque lá fora ninguém lhe dá nada”. Cerca de 60 por cento dos que fogem de casa são moças. “O que pode fazer uma jovem de 13 anos, além de mostrar o seu corpo?”, perguntou uma mocinha. Foi-lhe oferecido muito dinheiro para posar nua. Mui provavelmente, tais fotos seriam usadas mais tarde para chantageá-la a fazer outras coisas.

Pornógrafos, traficantes de drogas, e cafetões freqüentam as estações rodoviárias procurando jovens fujonas a quem explorar. São mestres na manipulação. Oferecem às jovens assustadas um lugar para dormirem, e alguma comida. Dão-lhes aquilo que lhes faltava em casa — a sensação de que são realmente especiais e amadas. Elas são apresentadas a outras jovens, já envolvidas, que as acolhem e as fazem sentir-se aceitas. Lentamente, elas são tragadas. O proxeneta talvez até providencie alguém que estupre a jovem e então promete protegê-la, para que isso não aconteça de novo. Ou talvez introduza a jovem nos tóxicos, faça com que ela fique viciada, e então insista que ela trabalhe para ele dali em diante, se ela deseja continuar a receber seu suprimento de tóxicos. Alguns recorrem a espancamentos, ou à força bruta, para conseguir o que querem. Como se pode imaginar, muitos que fogem de casa acabam ficando gravemente feridos ou até mesmo morrem.

Que Opções Existem?

Um jovem que pensa fugir de casa talvez julgue haver poucas opções, especialmente se ele ou ela for indesejado e não for bem acolhido em casa. Tais são chamados de expulsos ou enjeitados. Também, a maioria dos menores que fugiram de casa sabem que, se forem apanhados pela polícia, isso será comunicado a seus pais, e é mais provável que sejam devolvidos ao lar. E, se a situação em casa não mudou, eles fugirão de novo. Todavia, quanto mais jovens forem, e quanto mais tempo ficarem fora de casa, tanto mais aumenta a probabilidade de eles enfrentarem problemas. Assim, precisa-se encontrar uma solução.

Primeiro, tente resolver o assunto em casa. Faça todo esforço possível — e isso significa mais de uma vez — de conversar com seus pais. Deixe que saibam como você se sente, e o que está acontecendo. Se isso falhar, converse com alguém que possa ajudá-lo. Alguns jovens têm conversado com o conselheiro escolar, com uma assistente social, ou, nos EUA, com um supervisor dum departamento de assistência à juventude [youth services bureau]. Outros utilizam as gratuitas linhas-quentes telefônicas, que foram estabelecidas em alguns países para ajudar tanto os pais como os filhos. Jovens cristãos, porém, têm tido a vantagem de poder procurar os anciãos em sua congregação, e de receberem amorosa ajuda pessoal e conselhos com base nas Escrituras. Mas lembre-se da palavra-chave: CONVERSE. É o que ajudará tanto a você como a seus pais. “Há frustração de planos quando não há palestra confidencial”, afirma a Bíblia, “mas na multidão de conselheiros há consecução”. — Provérbios 15:22.

A consecução pode ser uma vida doméstica aprimorada que lhe forneça esperança quanto ao futuro. Isso pode pensar velhas feridas e instilar o sentimento de confiança, de amor e de felicidade. Você sentirá seu valor como indivíduo. Mesmo se a vida em casa não for ideal, tenha presente que coisas piores podem acontecer se fugir de casa.

Seja qual for a situação, lembre-se de que sempre há Alguém que se importa e que gostaria de ajudá-lo. Aqueles que se voltam para Deus, podem ter certeza da Sua ajuda e proteção. — Provérbios 18:10.

[Foto na página 15]

Alguém talvez lhe ofereça alimento, abrigo, e muita diversão. Mas, o que ele deseja em troca?

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