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  • O desastre atinge a província de Quebec
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Despertai! — 1972
g72 22/1 pp. 21-22

O desastre atinge a província de Quebec

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

UMA das piores catástrofes que já chegou a atingir a Província de Quebec ocorreu na noite de 4 de maio de 1971, por volta das 23 horas. Em questão de minutos, enorme cratera de um quilômetro e meio, de uns quatrocentos metros de largura, e cêrca de trinta metros de profundidade apareceu na nova parte de Saint-Jean Vianney, engolfando cêrca de quarenta casas e trinta e uma pessoas. Foi um pesadelo que tão cedo não será esquecido pelas pessoas deste povoado de cêrca de 1.300 habitantes, ao nordeste da Cidade de Quebec.

Motorista de Ônibus Ajuda a Salvar Vidas

O Sr. Jules Girard, da vizinha Sain-Ambroise, que opera um serviço de ônibus para os empregados da Companhia Alcan, foi a primeira pessoa a ficar cônscia do desastre. Guiava o ônibus com cêrca de vinte homens que voltavam do trabalho para casa quando notou o que pensou ser pequena corrente de água, com cêrca de um e vinte ou um e cinqüenta de largura, correndo através da estrada. Daí, subitamente, as rodas da frente de seu ônibus foram suspensas, penduradas sobre a corrente. De imediato tentou abrir a porta do ônibus, mas sem êxito. Gritou para que todos os homens saíssem do ônibus pela porta de emergência na traseira. Não demorou que, depois de ter pulado fora, sendo o último a sair, o ônibus subitamente desapareceu. Caiu cêrca de 30 a 45 metros num grande abismo que se abrira.

O barulho que se ouvia era como enorme rio. Não havia tempo a perder. Muitos na vizinhança já estavam dormindo; outros viam o troquei no gêlo na TV, mas ninguém estava cônscio de que as casas estavam desaparecendo por completo na enorme cratera, que agora se tornava cada vez maior. Quase que imediatamente houve falta de energia, com cabos derrubados de hidrelétricas brilhando na escuridão. Girard e seus passageiros do ônibus corriam gritando e batendo às portas, dizendo às pessoas que saíssem rápido das casas. Cêrca de setenta e cinco pessoas devem a vida ao modo rápido de pensar deste motorista de ônibus e de seus passageiros.

Naqueles curtos minutos, casas estavam precipitando-se na engolfante cratera. Gritos e brados podiam ser ouvidos dos que estavam dentro delas. Até mesmo ouviu-se a voz duma criança gritar: “Telefone! Telefone!”, como se pedisse para alguém telefonar pedindo socorro. Alguns tentaram fugir em seus carros, mas também foram engolfados.

Estado de Choque

As pessoas evacuaram a área de desastre, indo para o vizinho Centro Comemorativo Kenogami, em estado de choque e terror. Certo senhor vira a esposa e filho serem engolfados diante de seus olhos e não pôde fazer nada para ajudá-los.

Outro senhor relata o que viu antes de sair de sua casa: “O chão tremia muitíssimo e mal tive tempo de salvar minha família. Não foi um buraco que vimos, mas verdadeira cratera de trinta metros de fundura. Era terrível ouvir os gritos e clamores que vinham da ravina lá embaixo e era impossível fazermos algo para salvar as pessoas que desapareciam sob este solo lodoso . . .”

Certa senhora disse: “Perdi minha casa, mas estou sã e salva, e isso é o que conta. Pensei que terremotos como este só acontecessem em outros lugares. Agora sei que as catástrofes podem acontecer em qualquer lugar onde haja homens.”

Na véspera do desastre, um senhor comprara um terreno em Sait-Jean Vianney; no dia seguinte desaparecera no buraco. As propriedades não oferecem segurança quando o desastre assola.

Peritos em Ação

O Ministério das Riquezas Naturais da Província de Quebee foi imediatamente convocado ao local para examinar a situação e tentar determinar a causa do desastre. Segundo os relatórios, com que concorda o Prefeito Lauréat Lavoie, “houve três tremores distintos”. O geólogo e engenheiro Sr. Hare Tanguay, do Ministério das Riquezas Naturais confirmou que se formara uma cratera abrangendo uns 460.000 centímetros quadrados.

Há controvérsia quanto à causa do desastre. Tremores de terra foram registrados naquele dia na Universidade de Laval, na Cidade de Quebee, e estes poderiam ser responsáveis pelo movimento de terra. O Prefeito Lavoie crê que uma enchente de correntes subterrâneas poderia ter consumido a terra e, por fim, resultado em esta ceder completamente.

O solo da área de Saint-Jean Vianney se compõe em parte de uma camada superficial de areia, por sobre barro que chega a medir uns quarenta metros de profundidade em alguns lugares. A torrente do Rivière aux Vases engrossou tanto que ainda podíamos ver a descoloração resultante da lama nos troncos das árvores ao longo do rio. Em sua enchente, levou de arrasto uma ponte quase nova no Rio Saguenay.

Nos primeiros dias depois do desastre, o povoado foi invadido por curiosos, os moradores voltando para reclamar seus pertences, inúmeros repórteres e até mesmo saqueadores. Barreiras tiveram de ser erguidas para impedir que pessoas não-autorizadas e curiosos turistas entrassem no povoado. Uma Sede de Controle Central foi estabelecida no prédio da Municipalidade.

As Forças Armadas canadenses forneceram helicópteros usados para baixar homens na cratera a fim de ver se havia quaisquer sobreviventes. Nenhuma vida humana foi encontrada naquele mar de lama. Um solitário peixinho dourado, nadando em seu aquário numa casa vazia, foi o único sinal de vida neste enorme buraco!

Os membros dos Socorros Civis, trabalhando de mãos dadas com outras autoridades, foram convocadas para alimentar, vestir e abrigar as duzentas famílias desalojadas. Caminhões carregados de alimentos e roupas logo chegaram de diferentes partes da província e de várias organizações. Foram feitos arranjos para se estabelecer imediatamente um campo de carros-reboques numa área escolar. A instalação de trinta e cinco carros-reboques com água, eletricidade e esgotos foi completada em questão de três dias.

O Ministério das Riquezas Naturais, por seus engenheiros e geólogos, faz presentemente escavações na área, primeiro de tudo para assegurar-se da solidez do solo, bem como para encontrar um lugar onde recolocar as casas que permanecem perto da enorme cratera.

Muitas organizações estabeleceram fundos para as vítimas de Saint-Jean Vianney, onde a perda total é calculada em mais de Cr$ 12.000.000,00. Sem dúvida, o dinheiro ajudará até certo ponto, mas não há quantidade de dinheiro que substitua as vidas dos entes queridos que pereceram, nem limpará das mentes dos sobreviventes a agonia sofrida.

Pelo menos doze tragédias similares já ocorreram no Canadá com o passar dos anos. No entanto, o desastre de Saint-Jean Vianney se destaca como um dos piores na perda de vidas e propriedades. É óbvio que o homem ainda tem muito a aprender sobre a terra em que vive. Para enfrentar as fôrças que tão facilmente o dominam, precisa de orientação de alguém que seja maior do que ele.

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