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  • Qual é a situação atual dos vôos espaciais tripulados?

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  • Qual é a situação atual dos vôos espaciais tripulados?
  • Despertai! — 1972
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Despertai! — 1972
g72 22/5 pp. 5-9

Qual é a situação atual dos vôos espaciais tripulados?

QUANDO os primeiros astronautas puseram os pés na lua, em 1969, centenas de milhões de pessoas por todo o mundo ficaram empolgadas. Muitos milhões viram realmente o evento em suas telas de televisão.

A disposição de ânimo mudou desde aquêle tempo. O interêsse público nas aventuras espaciais decresceu. Muitos agora questionam a sabedoria de se gastar tanto tempo e dinheiro, com tão poucos resultados, quando há tantos problemas críticos na terra.

O vôo espacial tripulado, contudo, trouxe inquestionáveis benefícios. Por um lado, adicionou-se grande soma de conhecimento básico sobre a terra, a lua, os outros planêtas e o próprio espaço. Os humanos, obviamente, são mais flexíveis do que as máquinas, e suas observações no espaço são de grande valia. Também, têm havido outros benefícios, tais como comunicações aprimoradas e melhores computadores resultantes da necessidade de se construir instrumentos menores e mais curáveis para a viagem espacial.

Todavia, o que muitos, inclusive alguns dos próprios cientistas, começaram a afirmar é que há perigos demais envolvidos para os homens no espaço e que seu uso é por demais custoso. Crêem que resultados adequados podem ser obtidos muito mais barato por se usaram instrumentos ao invés de homens.

O cientista espacial, Dr. Thomas Gold, da Universidade de Cornell, EUA, focalizou o assunto por afirmar: “Os elevados custos dos programas tripulados e os grandes riscos em que incorremos no vôo da Apollo 13, que evitou o desastre por estreita margem, e a morte recente de três astronautas soviéticos suscitam agora a pergunta de se o vôo espacial tripulado é necessário na atualidade.”

O que dizer, então, destas objeções? Será que os perigos e os custos ultrapassam os benefícios que provêm do vôo espacial tripulado? Poderiam instrumentos fazer um trabalho suficientemente bom?

O Problema da Imponderabilidade

À medida que se ganha mais experiência dos vôos espaciais, os perigos se tornam mais evidentes. Um é o efeito da prolongada imponderabilidade, condição produzida quando os humanos ficam além da influência da gravidade terrestre.

Quanto mais tempo os homens permanecem em imponderabilidade, tanto mais graves se tornam seus problemas. A imponderabilidade resultou no descondicionamento das veias e dos músculos, e na descalcificação dos ossos. Causou, também, substancial decréscimo no volume sangüíneo, provocando o risco de danos aos órgãos internos e tendendo a desidratar o corpo.

A tripulação da Apollo 15, dos EUA, que efetuou o quarto pouso lunar, permaneceu fora da gravidade terrestre por doze dias em julho de 1971. Os dois homens que pousaram na lua sofreram de batidas cardíacas irregulares ou duplas, devido à extrema fadiga. Ao voltar à terra, a tripulação demorou mais para readaptar-se do que outras cujos vôos não foram tão demorados.

Os cosmonautas soviéticos da Soyuz 9 despenderam dezoito dias em órbita terrestre em junho de 1970. O cientista soviético A. Nikolayev reconheceu que a prolongada imponderabilidade produzia um debilitamento geral e a desorientação destes astronautas. Descreveu sua condição como “seríssima”. Seus músculos ficaram tão desregulados que tiveram dificuldade de locomoção e de erguer coisas. Foi até relatado que não conseguiram ficar em pé ou andar depois de sua volta, e tiveram de ser carregados. Levou três semanas para se recuperarem.

Outros Perigos

Outro problema médico surgiu na missão-lunar da Apollo 12, de novembro de 1969. O interior da espaçonave e todos os três homens ficaram infetados pela bactéria Staphylococcus aureus. Era encontrada em sua pele e nas vias nasais. Isto poderia ser grave em longas viagens espaciais.

Outro perigo é a exposição aos raios cósmicos. Em viagens para longe da atmosfera protetora e do campo magnético da terra há o perigo de se ser atingido por partículas pesadas de raios cósmicos primários. Em diversos vôos, os astronautas relataram lampejos de luz em seus olhos. Isto foi sentido até mesmo com olhos fechados ou quando a cabina estava escura e seus olhos estavam abertos. Pensou-se que tal efeito talvez fôsse produzido pelos raios cósmicos.

Num relatório de Universal Science News (Notícias Científicas Universais), o Dr. Leonard Reiffel disse: “Parece que a natureza tornou mais perigosas as longas viagens espaciais do que pensávamos. . . . [os raios cósmicos] são quase como agulhas que entram na carne humana. Podem destruir uma coluna inteira de células ao penetrarem no corpo.” Também declarou: “Depois das missões da Apollo 8 e 12, fizeram-se testes em pedaços de plástico retirados dos capacetes usados pelos astronautas. Verificou-se que surgiram pequenos buracos como os feitos por agulhas sempre que as pesadas [partículas] primárias atingiram os homens.”

Outra evidência, embora não confirmada, sugere possível dano cerebral. O Dr. Gleorge Margolis, professor de patologia na Faculdade de Medicina de Dartmouth, afirmou: “Numa visita ao laboratório de um cientista que estudava os cérebros de animais sujeitos a extensivos vôos espaciais, mostrou-se-me um padrão de lesões que talvez estejam relacionadas a este fenômeno. . . . Foram interpretadas como o resultado do efeito destrutivo das partículas gastas de raios cósmicos. Se tal interpretação fôr confirmada, tais lesões teriam o mais alto significado, pois eliminariam a possibilidade de extensivos vôos espaciais tripulados.”

Também, realíssimo, é o perigo de acidentes. Em janeiro de 1967, três astronautas estadunidenses morreram queimados num teste terrestre no interior duma cápsula Apollo. Cêrca de três meses depois, um cosmonauta soviético morreu quando sua espaçonave Soyuz 1 ficou enredada em seu pára-quedas de reentrada e chocou-se com a terra.

Daí, em junho de 1971, três russos que passaram vinte e quatro dias no espaço foram encontrados mortos em sua cápsula Soyuz 11 depois de esta aterrissar. O sêlo defeituoso de uma escotilha permitiu que escapasse o ar da espaçonave, matando-os em questão de segundo. Visto que a nave não mostrava defeitos estruturais, existia a suspeita de que a tripulação talvez tivesse ficado tão exausta pela prolongada imponderabilidade que cometera um erro no processo crítico da reentrada.

Naturalmente, muitos morrem em atividades diárias necessárias e poucos iriam sugerir que se abandonassem tais atividades. Mas, é questionável se o homem no espaço é uma necessidade, em especial visto que o dinheiro dos impostos é usado sem que o contribuinte tenha outra escolha.

Vale a Pena o Custo?

Além dos perigos potenciais para os astronautas, uma fonte de grande irritação para muitos é o enorme custo dos vôos espaciais tripulados.

Havendo graves problemas na terra que carecem de dinheiro e de atenção, as pessoas questionam que se gaste tanto dinheiro em aventuras espaciais que produzem tão poucos benefícios vistos pela pessoa mediana. Acham que os poucos benefícios, tais como melhores comunicações ou conhecimento incrementado, poderiam ser obtidos a custo muito inferior por se aplicar o dinheiro diretamente em tais áreas.

Science News, de 24 de julho de 1971, observou com ironia: “O lançamento de foguetes Saturno de US$ 200 milhões [Cr$ 1.200 milhões] no Oceano Atlântico cada vez que os Estados Unidos lançam homens ao espaço não é geralmente considerado como o tipo de ação mais frugal.”

O pouso lunar da Apollo 15, apenas, custou Cr$ 2.670 milhões. Quando certo programa de televisão referiu-se a uma rocha ímpar que os astronautas trouxeram, um telespectador telefonou à emissora, sugerindo que se colhesse um nome para ela da lista de contribuintes do Serviço de Rendas Internas, dos EUA. Tratava-se duma referência um tanto sarcástica ao fato de que o contribuinte precisará por fim pagar o enorme custo de se ter homens no espaço.

Alguns prefeririam que as energias e o dinheiro gastos em tal missão fôssem despendidos, por exemplo, em melhores moradias. Os Cr$ 2.670 milhões poderiam ter construído 44.500 casas, cada uma ao custo de Cr$ 60.000,00. E o custo do inteiro programa lunar até agora, de cêrca de Cr$ 150 bilhões, poderia ter construído 2.500.000 de tais casas. Isso alojaria grande parte das famílias pobres daquele país. O gasto que a União Soviética faz para ter homens no espaço poderia ser considerado, similarmente, visto que nem todas as pessoas daquele país dispõem tampouco de moradias adequadas.

Devido à crescente oposição, reduzisse o programa de vôos tripulados dos EUA à luz. Todavia, além dos pousos lunares, há o desenvolvimento proposto de uma estação espacial que orbite a terra. ‘Vôos espaciais circulares’ que partissem da terra levariam os astronautas até esta estação e os trariam de volta.

Em certa ocasião, quatro senadores e dois destacados cientistas espaciais argüiriam que este tipo de programa se desenvolveria até o ponto em que seriam gastos de Cr$ 300 a Cr$ 600 bilhões num vôo tripulado a Marte. Argumentaram que o vôo tripulado no espaço se tornava cada vez mais custoso e desnecessário, e que os problemas na terra tinham muito maior prioridade quanto a dinheiro de impostos.

Declarou o Dr. Gold, de Cornell: “Que promessa nos trazem as grandes estações tripuladas? São necessárias para as investigações científicas ou para aplicações que tragam benefícios econômicos? . . . Tem-se despendido muito esforço para encontrar meios de tornar úteis as estações tripuladas. Os resultados têm sido mui desapontadores. . . . seu custo muito maior não pode ser justificado em têrmos científicos ou econômicos.

O Dr. Gold avisou que se “fôr construída a estação espacial tremendamente custosa e desnecessária, será o ponta de foco da anticiência e do anti-intelectualismo que se acha em grande predominância hoje em dia”.

‘Suprema Consecução’?

Entre os argumentos que a comunidade científica com freqüência usa para tentar justificar o vôo espacial tripulado acha-se o de que o mesmo contribui para o conhecimento da evolução dos corpos celestes, tais como a lua e Marte, bem como para o conhecimento sobre a evolução da vida.

Por exemplo, observe-se o seguinte relatório: “A suprema consecução científica da missão [da Apollo 15], segundo as autoridades da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, talvez venha a ser a descoberta de rochas cristalizadas que se poderiam ter formado por ocasião do nascimento da lua.” — U.S. News & World Report, 16 de agôsto de 1971.

Muitos não concordariam que descobrir algumas rochas seja ‘suprema consecução’ quando isso custa Cr$ 2.670 milhões e tem de ser pago pelos impostos públicos. Pela mesma razão, não ficam particularmente impressionados pelas palavras tais como as do Dr. John Wood do Instituto Smithsonian, quando afirmou: “Quando terminar o programa Apollo, disporemos de um arcabouço muito bom da evolução da lua.”

Os imensos gastos propostos dos impostos numa espaçonave ‘Viking’ não tripulada a ser enviada a Marte, tem objetivo similar. O Diretor do Programa, Walter Jakobowski, afirma: “Um objetivo principal é obter informações sobre a evolução da vida em outro planêta. . . . Quanto a encontrar a vida, estamos realmente tentando determinar em que estágio Marte se acha na evolução.”

Comentando isto, a revista Electronics declara: “Na certa, as autoridades do programa cuidadosamente reduzem o papel da pesquisa viking da vida — passada, presente ou futura — porque temem a sensação de fracasso se não fôr encontrada. Mas, esta é obviamente a parte mais excitante do programa de US$ 800 milhões [Cr$ 4.800 milhões].”

Todavia, o cristão, especialmente, sabe que até um milhão de pousos na lua ou em Marte não revelará evolução alguma da vida. Tanto a vida como as criaturas vivas intrincadamente formadas, provêm do Criador, como ele nos diz claramente em sua Palavra. Gastar dinheiro com um objetivo principal declarado de comprovar o mito da evolução é deveras tolice. O dinheiro poderia ser muito melhor gasto, não para se tentar comprovar uma teoria científica errônea sobre a origem da vida, mas na vida já existente aqui.

O Que Alguns Sugerem

Alguns cientistas, e muitos outros, observam a falta de sabedoria prática nos gastos de uma fortuna no vôo espacial tripulado. Ao passo que não têm objeção a exploração do universo, são a favor de um programa cuidadosamente planejado de tamanho moderado que envolva veículos espaciais não-tripulados.

O Dr. James Van Allen, descobridor dos cinturões de radiação da terra, sugeriu que se devotasse dois terços dos fundos espaciais disponíveis para aplicações práticas diretas do que já se aprendeu. Isto incluiria comunicações e meteorologia bem GOmo para se fazer pesquisas em benefício da pesca e do reflorestamento. Advogou que se gastasse o restante em se explorar o sistema solar.

O Dr. Gold também propôs que apenas veículos não-tripulados fôssem usados para a exploração espacial, inclusive instrumentos de controle remoto. Estes poderiam pousar em outras planêtas, ser controlados da terra, e enviar de volta informações a uma fração dos custos dos vôos tripulados.

A praticabilidade de tais instrumentos já foi demonstrada. Em fins de 1970, os russos enviaram à lua sua Luna 16, não-tripulada, que apanhou amostras do solo e retornou à terra. O custo calculado foi de cerca de uma qüinquagésima parte do de um vôo tripulado.

Dois meses depois, a Luna 17, não-tripulada, da Rússia, colocou um veículo de oito rodas, chamado Lunokhod (utilitário lunar), controlado automaticamente da terra. Rasteja de um lado para o outro por muitos meses, obtendo imagens de televisão e juntando outras informações científicas, e as envia de volta aos cientistas soviéticos na terra.

Resta ver se os que mantêm um conceito mais moderado sobre a viagem espacial prevalecerão. No entanto, uma coisa é certa: os cientistas se verão cada vez mais confrontados com a seguinte verdade bíblica no tocante à viagem espacial tripulada: “Quanto aos céus, os céus pertencem a Jeová, mas a terra ele deu aos filhos dos homens.” — Sal. 115:16.

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