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  • g73 22/8 pp. 20-23
  • Quando for hóspede no Japão

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  • Quando for hóspede no Japão
  • Despertai! — 1973
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  • Oriente ou Ocidente?
  • Inesquecível Viagem!
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Despertai! — 1973
g73 22/8 pp. 20-23

Quando for hóspede no Japão

Do correspondente de “Despertai!” no Japão

COMO honorável visitante que acorda para sua primeira manhã no Japão, tem a oportunidade de ter um relance dum país que provavelmente o tenha fascinado já por muitos anos. O que descobrirá?

Na portaria de seu hotel, haverá alguém que saiba falar um pouquinho de inglês, mas certifique-se de falar vagarosamente e tornar bem claro o que deseja. Diz-se que, quando certo estrangeiro em Tóquio mencionou que queria um ônibus para ir a algum lugar, o gerente do hotel mandou vir um grande ônibus.

Devido às tremendas diferenças entre o japonês e o inglês, muitos japoneses acham muito difícil conversar em inglês, mesmo depois de anos de diligente estudo. Assim, depois de sentir alguns problemas devido à língua, talvez decida que um livrinho de frases em japonês bem que poderia ser um bom investimento.

Está pronto para aventurar-se a sair? Seu dia talvez seja mais ou menos assim.

Táxi!

Para chegar à zona comercial da famosa Ginza de Tóquio, decide tomar um táxi. Mas, verifica que os táxis não param apesar de seus gestos frenéticos e por fim recorre a ficar parado bem no caminho dos táxis que passam, os quais simplesmente o contornam. Todavia, os táxis param para os japoneses. Por quê? Será devido a preconceito contra os estrangeiros? Não, os táxis têm lugares fixos para apanhar passageiros, de modo que seria aconselhável ir quietamente para lá e entrar na fila, junto com o povo local.

Os motoristas de táxis de Tóquio seguem bem de perto os padrões estabelecidos por seus pares em Paris, Londres e Nova Iorque. Se gosta de viver perigosamente, terá muito o que admirar em sua mudança constante de pista sem fazerem sinais, aparentemente desconsiderando por completo o tráfego em direção contrária. No entanto, visto que todos parecem dirigir do mesmo modo, terá que reconhecer que os motoristas japoneses evidentemente sabem o que esperar. Sua avaliação dos motoristas de táxi japoneses crescerá muito ao compreender que o levam diretamente ao seu destino pelo caminho mais rápido, e, para o cúmulo de sua alegria, não esperam gorjeta! O motorista cuida muito bem de qualquer visitante ao seu país.

Oriente ou Ocidente?

Embora chegue às lojas por volta das 9 horas, verifica que estão todas fechadas. Talvez presuma precipitadamente que os japoneses não trabalham tão duro quanto pensava. Assim, enquanto espera que as lojas se abram, olha em redor.

Ao invés de ver pinheirais e árvores ornamentais, observa arranha-céus, blocos de escritórios e lojas de departamentos. Esperava ver jovens atraentes no quimono muitíssimo feminino, mas isto, também, para seu grande desapontamento, deu lugar às mídis, mínis e hot pants. Se não fossem os letreiros em japonês na rua, e ouvir uma língua estranha, acharia que há pouca diferença entre o Oriente e o Ocidente.

Seus pés o levaram a uma rua escondida e agora está surpreso. Os japoneses que o leitor pensava estarem dormindo, estão trabalhando duro, lavando as entradas dos fundos de suas lojas e esfregando as latas grandes de lixo.

Para comprar um livro de frases comuns, vai à livraria estrangeira. Aqui encontrará livros em muitos idiomas, sobre todo assunto imaginável. Os japoneses mostram sua apreciação por eles, não tanto por comprarem um livro ocasional, mas pelas horas que gastam lendo na loja. Os japoneses gostam de ler e de aprender, e onde é que se poderia satisfazer melhor este desejo do que numa livraria? Agora, equipado com seu livro de frases comuns, sente-se melhor equipado a enfrentar o mundo e visitar seus conhecidos japoneses.

Inesquecível Viagem!

Decide visitar o verdadeiro Japão antigo. Na realidade, é mais fácil falar do que fazer isso. Chegar até à estação central envolve uma viagem no trem local. Verifica que o espera na plataforma, junto com centenas de outras pessoas. Pouco antes de o trem encostar, funcionários de luvas brancas da ferrovia se colocam em posição em certos pontos ao longo da plataforma. Em questão de segundos saberá por quê.

As portas do trem se abrem e é transportado fisicamente para dentro do trem, junto com centenas de outros. Quem são os funcionários de luvas brancas? São empurradores pagos. Seu trabalho é empurrar tantas pessoas quantas possam para dentro do trem. Ao descer na estação central, fica grato ao homem de luvas brancas que o empurrou com tanta força, porque agora dispõe de muito tempo para fazer sua conexão para seu destino no interior.

Do trem, fica emocionado de ver o Monte Fuji, coberto de neve em contraste com o céu azul e límpido. Logo chega a seu destino. Do minuto em que senta o pé na plataforma, fica com a sensação distinta de que as pessoas estão olhando para sua pessoa, e estão mesmo! Acha-se agora num local em que os estrangeiros raramente vão.

Seu próximo desafio é encontrar a casa de seu amigo. Isto é dificílimo. O sistema de endereços é diferente de qualquer coisa que já tenha visto. Muitos estrangeiros ficam admirados de como é tão difícil, fora das grandes cidades, achar-se um endereço no Japão. Mas, na realidade é também muito difícil para muitos japoneses mesmo.

As ruas não têm nome, nem os terrenos são numerados consecutivamente. Os números dos terrenos foram dados em ordem de pedido ou de registro. Acumulando toda a coragem que puder, gesticulando e usando seu livrinho de frases, pergunta a direção a alguém. Depois de verificar o seu país, por quanto tempo vai ficar no Japão, sua idade, se é casado ou solteiro, a pessoa começará a cuidar de seu problema. É mais do que provável que comece a telefonar a seus amigos, e lhes conte tudo sobre você, e então decida junto com eles o que seria melhor fazer para ajudá-lo. O japonês não está sendo demorado; seu interesse mostra seu desejo de ajudá-lo e tornar-se seu amigo.

Aprendendo a agir do Modo Deles

Chega à casa de seu amigo e é saudado por rostos familiares, mas os problemas de linguagem permanecem graves. Antes de entrar na sala, tem de remover os sapatos, e todo o mundo ri porque seus pés são grandes demais para os chinelos fornecidos. O costume japonês de curvar-se o deixará fascinado, mas logo estará fazendo a mesma coisa inconscientemente e seus anfitriões notarão isso com aprovação.

Uma sala que lhe é mostrada é a tatami (de esteiras de palha). A tatami custa caro, e para prolongar seus dias os japoneses não usam chinelos nesta sala. Senta-se numa almofada, que movimenta de um lugar para o outro ao redor de uma mesinha de pés curtos a fim de deixar lugar para os outros. A dona da casa se apressa em colocar a almofada de novo no lugar original. Aprende um pouco sobre o Japão antigo quando lhe contam que colocar a almofada no ponto em que as esteiras de palha se cruzam poderia significar a morte. Conta-se uma história de como, nos dias antigos, os guerreiros samurais enfiavam suas espadas entre as esteiras e matavam a qualquer pessoa que estivesse sentada ali. Quer isto seja verdade quer seja ficção, lembra-se de que é apenas um visitante, e o respeito pela sua anfitriã exige que se sente onde ela deseja.

Enquanto está aqui, provará todas as espécies de comidas e talvez se lembre, mais do que de qualquer outra coisa, de sua primeira tentativa de comer peixe cru. Já tentou alguma vez meter um pedaço de peixe cru num molho, usando fachis? Se não, então lhe aguarda uma interessante experiência. Depois de deixá-lo cair inúmeras vezes, e fazer uma sujeira na mesa, por fim consegue metê-lo na boca. Continuará a mastigar e a tentar engolir o pedaço, mas não o conseguirá. Se parar de pensar em que o peixe está cru, verificará que seu novo alimento é muito apetitoso. Uma coisa é certa, quando voltar para casa, ficará deleitado em contar a todos os seus amigos o que foi que comeu e como.

O verdadeiro alimento divertido é o talharim. O talharim longo e fino é servido na sopa. Seu anfitrião lhe ensina a por a extremidade da tigela bem perto de sua boca, e ao passo que ergue um montículo de talharim com os fachis, ele recomenda que sugue com vigor. Deste modo, poderá tomar também um pouquinho da sopa ao mesmo tempo. Diz-lhe que o sabor é destacado se comer fazendo bastante ruído, e que mostra que está gostando do paladar do talharim se comê-lo desta forma. Ao observar este costume, nota que seus amigos descansam um pouco, mas sem dúvida se rirão de você ao continuar a cometer bastantes erros em seu uso dos fachis.

Quando é hora de dormir, é levado a um grande quarto onde acolchoados foram desenrolados sobre o tatami. Nesta casa de campo, toda a família partilha o mesmo quarto, e aqui achará um lugar também para seu honorável convidado. A risada final do dia acontece quando seus anfitriões notam que suas pernas compridas e seus grandes pés ficam de fora do acolchoado. Isto não impede que durma, porém, e logo a casa está em completo silêncio.

Não Há Necessidade de Entrar em Pânico

No trem que o leva de volta a Tóquio, uma onda de medo se apodera do leitor quando pessoas mascaradas tomam o trem. Duas delas vêm e se sentam na sua frente. Fica confuso com sua maneira ordeira e quieta de agir, mas, ao removerem suas máscaras e assoarem o nariz, compreende que os “bandidos” são simples vítimas do resfriado comum. E a máscara? Diz-se que impede que seus resfriados fiquem piores, e aprecia a consideração de não transmitirem o resfriado para outros.

Ao descer do trem, a gritaria enche o ar. Está prestes a ficar envolvido numa demonstração? Seu coração que bate depressa diminui de ritmo quando seus olhos dão com um grupo de treinadores de judô que correm descalços. Ao correrem, um do grupo grita algo e o grupo responde gritando também. Isto os ajuda a manter o ritmo da corrida. Durante todo o tempo em que correm, ficam gritando e parecem apreciar plenamente isso. É provável que um ou dois deles lhe façam uma saudação em inglês, para grande consternação do seu líder.

Fazer compras pode ser bem difícil para aqueles que não sabem o idioma, em especial se desejar algo que não puder ver. Em japonês há vários modos de se dizer a mesma coisa, de modo que, quando pedir a um balconista para ver algo, ele usualmente se certificará de que o entendeu por perguntar sobre isso de outro modo. Muitos estrangeiros entram em pânico neste estágio, mas o balconista apenas deseja ajudá-lo, assim, é melhor repetir bem devagar o que deseja, e tudo será bem cuidado. Fazer compras de lembranças é comparativamente fácil, visto que tudo fica à mostra.

Uma Noite de Diversão

Em sua última noite, talvez decida ver Kabuki, as antigas peças tradicionais do Japão. O inteiro programa realmente dura cerca de oito horas. A forma em que os atores de Kabuki falam é muito diferente da linguagem comum, além de não falarem o japonês do livrinho de frases feitas. Não fique desanimado porque não entende. Nem os japoneses os entendem. Seu programa lhe dará a inteira história em inglês e poderá acompanhá-la.

Uma diversão interessante é fornecida pelos cenógrafos, vestidos de preto. Também usam véus negros sobre seus rostos. Durante toda a peça, entram e saem do palco, mudando os cenários e entregando as coisas aos artistas quando são necessárias. Os japoneses lhe dirão que a assistência supostamente não os deve ver, e, por conseguinte, não os vê. Espera-se que o leitor também não os veja.

Todavia, outra diversão são as manifestações da assistência. Isto realmente é um encorajamento para os atores. No entanto, seria melhor que não tentasse manifestar-se desse jeito. Seus esforços poderiam ser mal interpretados e poderiam convidá-lo a retirar-se, por conduta desordeira. Embora só possa assistir quatro horas do programa, jamais se esquecerá dessa noite gasta no passado do Japão.

Sayonara, Japão!

Como se sentiu quando se tornou um honorável visitante? Não poderia negar que todos foram bondosos e hospitaleiros. O Japão é deveras um país de contrastes estranhos; o velho e o novo pairam lado a lado, ambos tendo muita coisa interessante a lhe oferecer. Tal visita amplia a mente. Vem a compreender que sua maneira não é a única de se fazer as coisas, e divertiu-se aprendendo isso.

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