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  • g91 22/4 pp. 24-26
  • Uma noite agradável num lar japonês

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  • Uma noite agradável num lar japonês
  • Despertai! — 1991
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  • Na Nossa Chegada
  • “A Sobremesa É Servida Primeiro?”
  • O Jantar Está Pronto
  • Refeição Que É um Banquete
  • Conversa-se com Polidez
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Despertai! — 1991
g91 22/4 pp. 24-26

Uma noite agradável num lar japonês

Do correspondente de Despertai! no Japão

ESTÁ interessado em conhecer diferentes povos, aprender quais são seus costumes e ver como eles vivem? Então, venha comigo, pois fomos convidados a jantar com uma família japonesa. A caminho, tentarei explicar um pouco sobre o que deve esperar.

Primeiro, porém, escolheremos um pequeno presente. Isso seria esperado de nossa parte. Uma caixa de wagashi (confeitos japoneses) ou de senbei (biscoitos de arroz) seria apropriada. No entanto, visto que estamos no verão, vamos escolher uma linda cesta de frutas. Podemos comprá-la na banca de frutas, já embalada numa cesta de vime, papel de presente e fitas, exatamente para esta finalidade.

Na Nossa Chegada

A família toda está na porta da frente, para nos dar boas-vindas. A excitação das crianças nos diz que se trata de uma ocasião especial para a família. Veja só! Colocaram os chinelos bem arrumadinhos na porta da frente — um típico gesto nipônico de boas-vindas. Os japoneses não usam em casa os sapatos com que andam na rua. Isto não serve apenas para manter mais limpas as suas casas, mas também evita estragar a pesada esteira de palha (tatame) facilmente danificável, usada na maioria das casas japonesas.

Assim, deixamos os sapatos aqui na genkan (varanda), antes de entrarmos na casa. Veja só! A vovó já está virando os nossos sapatos para o lado oposto, e enfileirando-os, para quando partirmos. Se seus sapatos precisarem de um pouco de graxa ou de serem escovados, não é incomum que isso também seja feito, antes de você partir.

“A Sobremesa É Servida Primeiro?”

Esta é a reação típica da maioria dos estrangeiros quando vêem o chá e os doces sendo servidos antes do jantar. Aqueles itens comestíveis marrons, gelatinosos, que se parecem com goiabada, são feitos de feijão adoçado e são chamados de yōkan. São deliciosos com o o-cha (chá verde).

Mas, antes de comer os yōkan e sorver o chá, refresque-se com a toalha de mão resfriada e úmida que a anfitriã lhe oferece. É chamada de o-shibori, que literalmente significa “espremida”. No inverno, oferecem-se aos convidados toalhas bem quentes.

Note o lindo jardim e tanque de peixes do lado de fora das deslizantes janelas de vidro. Quase toda casa japonesa tem algum tipo de jardim, não importa se as pessoas são ricas ou pobres. Muitos japoneses despendem, no jardim, até uma vez e meia, o que gastam com uma casa nova.

A forma como as pedras, pinheiros-anões e outras plantas são dispostos faz com que o jardim se pareça com uma paisagem natural das montanhas, em miniatura. A cascatinha e o tranqüilo tanque, cheio de grandes e coloridas carpas, visa ajudá-lo a descontrair-se e aumenta seu prazer naquela noite. Mais tarde, o anfitrião geralmente mostra aos visitantes o resto do jardim.

O aposento em que estamos é especial. É a o-kyakuma, ou sala de visitas. Está vendo aquele nicho ligeiramente elevado? É chamado de tokonoma. Muitos anos atrás, podia-se achar ali a armadura do samurai [guerreiro japonês] e o altar budista da família. Nos dias atuais, trata-se dum local decorativo em que se colocam valiosos vasos, rolos pendurados e outras heranças familiares.

Visto ser o convidado de honra, sem dúvida será convidado a sentar-se perto do tokonoma. Note a coluna peritamente esculpida ao lado do tokonoma. A coluna é chamada de tokobashira. É feita de ébano ou sândalo, polido e laqueado de tal modo que ressalte seus veios e beleza naturais. Uma única coluna poderá custar mil dólares ou mais!

O Jantar Está Pronto

Nossa anfitriã acaba de anunciar que o jantar logo ficará pronto. Mas ela fica imaginando se você gostaria de tomar um banho antes. Não, não é que ela ache que você está precisando de um, mas os japoneses consideram muito revigorante um banho quente antes do jantar. Geralmente se oferece ao convidado para que entre primeiro. Não sente vontade de tomar um banho antes do jantar? Tudo bem, mas, pelo menos dê uma espiada no o-furo, ou banho.

Embora ainda existam casas de banho públicas, a maioria das casas nipônicas possuem sua própria o-furo. É uma banheira funda, feita de madeira ou de plástico, equipada para funcionar a lenha ou gás propano, o que aquece a água a cerca de 40° centígrados.

O banho japonês difere do banho ocidental no sentido de que a pessoa se lava com sabonete e enxágua antes de enfiar-se na banheira para descontrair-se na água quente. Desta forma, toda a família usa a mesma água de banho, apenas esquentando-a um pouco mais, antes de cada pessoa se banhar. A banheira é tão funda que, quando a pessoa se senta nela, a água quente sobe até o pescoço. É muito relaxante e algo que se deve fazer antes de ir deitar-se numa noite fria de inverno.

Refeição Que É um Banquete

Nosso anfitrião nos chama e diz que é hora do jantar, ou, eu deveria dizer, do banquete. Veja só todos aqueles pratos postos à mesa! São mui coloridos e arrumados com delicadeza. No Japão, a refeição é uma obra de arte, em que o atrativo visual é quase tão importante quanto o aroma e o sabor. Esse buquê de petiscos coloridos na bandeja negra laqueada é o favorito dos japoneses, o sushi. Cada pedaço é um bocado primorosamente modelado de arroz com um pouco de açúcar e vinagre, encimado por um pedaço vermelho ou branco de atum cru ou de outros frutos do mar.

Outro prato preparado é o tai, ou caranha, grelhado, artisticamente colocado num prato em forma de meia-lua, com a cabeça e a cauda do peixe intactas. A sopa é um caldo escaldante feito a base de algas marinhas, com quadradinhos de macio tofu [tipo de queijo feito com soja]. E, naturalmente, há bastante arroz para todos. Há também, na mesa, uma salada de verduras, e frutas preparadas no estilo nipônico completam o cardápio. Que refeição deliciosa!

Conversa-se com Polidez

Depois do jantar serve-se o chá verde, para acompanhar nossa conversa. Mas, sobre o que se deveria conversar? Bem, os japoneses estão vivamente interessados em você e em seu país. Eles também querem saber o que pensa deles e do país deles, da refeição e da comida japonesa em geral. Ficam contentíssimos se você se interessa por coisas japonesas e quer aprender algumas palavras no idioma deles.

Daí, a anfitriã talvez diga, “O-kuchi ni awanakute gomen nasai”, que quer dizer: “Sinto muito se o jantar não foi de seu inteiro agrado.” Ela está apenas querendo a confirmação de que você gostou do jantar. Assim, diga-lhe: “Oishikatta desu!” (Estava delicioso!) Outro convidado poderia acrescentar o elogio: “Gochiso samadeshita”, que significa literalmente: “Obrigado por correr tanto [entre a cozinha e a sala de jantar] para nos servir.”

Verificará que, para o ocidental, os nipônicos talvez pareçam muito vagos quando falam de si e relutam em ser específicos sobre determinados assuntos. Por exemplo: Se perguntar à esposa como foi que ela conheceu o marido, ela talvez responda com um simples sorrisinho embaraçado. Ou talvez você admire muito um lindo vaso e pergunte quanto custou. A resposta provavelmente será: “Chotto takakatta desu.” (Foi um pouco caro.) Muito vago? Talvez. Mas esse é o jeito japonês de conversar com polidez. Assim, temos de aprender a não ser familiares ou indagadores demais no que dizemos e perguntamos.

Uma Noite Deleitosa

Logo chega a hora de nos despedirmos de nossos afáveis anfitriões. Ao calçarmos os sapatos na varanda, a anfitriã e a mãe dela curvam-se bastante diante de nós, de joelhos, apoiando-se nas mãos, com a cabeça virada para o chão. Também insistem em que levemos para casa um pouco da comida servida, num grande e brilhantemente colorido furoshiki, ou lenço. Eles incluem, também, um pequeno presente para cada um de nós.

Ao passo que toda a família sai para dar um sayonara final, talvez você esteja pensando o mesmo que eu: ‘Que noite agradável!’ Pense só no tempo e no esforço envolvidos na preparação desse jantar. Sendo nós seus convidados, eles nos fizeram sentir realmente bem-vindos, de fato, como alguém especial. Quanta consideração eles demonstraram! A satisfação deles, sem dúvida, vem de saberem que nos deixaram felizes.

Não está contente de ter-nos acompanhado nessa visita? Talvez ache que agora conhece os japoneses um pouco melhor. Bem, terá de voltar de novo, em breve, e aprender um pouco mais sobre este país ímpar e seu povo hospitaleiro.

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