BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g73 22/10 pp. 11-14
  • Quão forte é a religião na U.R.S.S. atualmente?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Quão forte é a religião na U.R.S.S. atualmente?
  • Despertai! — 1973
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Quantos “Crentes”?
  • Devastada a Igreja Ortodoxa
  • Quem São os Religiosos?
  • O que acontece com a religião na União Soviética?
    Despertai! — 1973
  • A campanha da união soviética para esmagar a religião
    Despertai! — 1973
  • Qual é o futuro da religião?
    Despertai! — 2001
  • O ataque soviético contra a religião
    Despertai! — 2001
Veja mais
Despertai! — 1973
g73 22/10 pp. 11-14

Quão forte é a religião na U.R.S.S. atualmente?

A UNIÃO Soviética não mais publica estatísticas oficiais sobre religião. No entanto, anteriormente as publicava. Tais estatísticas, junto com relatos de testemunhas oculares e outras notícias, com o passar dos anos, fornecem um quadro razoavelmente completo da situação

As informações mostram o que aconteceu com os “crentes” e com o clero da religião tradicional. Mostram o que aconteceu com o poder destas religiões, e a condição de suas igrejas, seminários e conventos. Revelam um registro inequívoco.

Quantos “Crentes”?

Na época anterior à Primeira Guerra Mundial, a edição de 1911 de The Encyclopœdia Britannica declarava: “Segundo os resultados publicados [pela Rússia] em 1905, os aderentes das diferentes comunidades religiosas em todo o império russo somavam aproximadamente . . . 125.640.020.”

Visto que a população naquele tempo era de cerca de 143.000.000 de habitantes, o número de pessoas que pertenciam à religião então era superior a 87 por cento da população. Provavelmente, o número de “crentes” era ainda maior, se aqueles que criam em Deus, mas que não se associavam com uma religião fossem acrescentados.

Isto reflete o fato básico de que, antes de o comunismo assumir o controle, a Rússia era muitíssimo religiosa. A maioria absoluta das pessoas pertencia a alguma religião ou expressava crer na existência de Deus. Mas, o que aconteceu desde então?

Em 1937, a União Soviética: realizou um censo especial para determinar a atitude de seu povo para com a religião. Cerca de 50.000.000 de cidadãos se declararam “crentes”. Em 1939, a população da União Soviética foi fornecida como sendo de 170.000.000. Assim, em fins da década de 1930, menos de um terço do povo no país inteiro professava ser “crentes”. Após vinte anos de controle comunista, o número tinha decrescido de cerca de 90 por cento para cerca de 30 por cento.

Em 1970, o Times de N. I. publicou um relatório do Grupo dos Direitos das Minorias, uma organização de pesquisas com sede em Londres. O Times disse: “O relatório calcula que a Igreja Ortodoxa Russa goza da lealdade de 30 milhões de pessoas, numa população soviética de 237 milhões.” E, em 1971, o Herald-Examiner de Los Angeles, EUA, declarou: “Não existe estimativa oficial de crentes ativos ortodoxos russos na União Soviética. As estimativas não-oficiais vão além de 20 milhões.”

Considerando que os “crentes” em outras religiões somam apenas alguns milhões, a tendência é inequívoca. Em realidade, a situação se agrava para as igrejas, visto que muitos “crentes” não são freqüentadores de igrejas como eram antes da revolução de 1917.

O Daily Post de Kotorua, Nova Zelândia, noticia: “Recente enquete em Pskov [na parte ocidental da União Soviética] mostrava que 13 por cento da população da cidade se consideravam crentes.” O jornal interpretou o total como significando que havia força religiosa na localidade. Mas, o contrário é realmente verdade. O que mostra é que, de cerca de 90 por cento que eram “crentes” antes de 1917, agora apenas 13 por cento o são.

Assim, se as estatísticas disponíveis mostrarem alguma coisa, mostram é que o povo da União Soviética, após 55 anos de doutrinação ateísta, está abandonando a religião. As gerações mais jovens estão saturadas de idéias que as separam da religião. E, cada ano, elas constituem crescente porcentagem da população, à medida que morrem os “crentes” mais idosos.

Devastada a Igreja Ortodoxa

A Igreja Ortodoxa Russa sofreu perdas assombrosas. Isto se reflete, não só no número decrescente de “crentes”, mas também no número de igrejas, de clérigos e de trabalhadores religiosos. A Encyclopaedia Britannica de 1959 disse sobre a Igreja Ortodoxa: “Em 1914, havia na Rússia 55.173 igrejas e 29.593 capelas.” Isto dá um total de cerca de 85.000 prédios para serviços religiosos. Mas, em 1955, restavam apenas 20.000!

A mesma fonte alistava o seguinte:

1914 1955

Clérigos 112.629 32.000

Mosteiros e

Conventos 1.052 70

Tais números são similares aos fornecidos por outras fontes. Exemplificando: o livro Europe Since 1939 (Europa Desde 1939) relata que, em 1959, o número de igrejas era de cerca de 20.000 e os clérigos somavam cerca de 32.000. Calculava que cerca de 90 estabelecimentos monásticos ainda funcionavam.

Daí, na última parte dos anos 50, e no início da década de 1960, foram fechadas muitas outras igrejas. O Times de N. I. citava “um estudo feito por dois sacerdotes ortodoxos em Moscou de que 10.000 igrejas foram fechadas durante a parte finai do regime do Sr. Kruchev, e cerca da metade daquele número tinham sido abertas”. Acrescentava o Times: “Uma publicação oficial soviética de 1966 dava o número de igrejas abertas como sendo de 7.500.”

Típica é a situação nas cidades principais. O Herald-Examiner de Los Angeles relata: “Moscou, em 1917, possuía mais de 600 igrejas, para uma população de um milhão. Há atualmente não mais de 40 ou 50 igrejas ativas para uma população de sete milhões, e algumas são do tamanho de pequenas capelas.” Um editor de The Christian Century, depois de cinco visitas à União Soviética, comprovou isto, afirmando: “Quantas igrejas ortodoxas acham-se abertas em Moscou, Quarenta.” Assim, em Moscou, o coração da religião nos dias pré-comunistas, as igrejas desapareceram, praticamente. E, como observa o Herald-Examiner: “Raramente se constrói uma nova.”

A situação em Leningrado é similar. Declara The Christian Century: “Tome-se Leningrado, uma cidade de 5 milhões de pessoas. Quatorze igrejas acham-se abertas ali.” No entanto, este relatório mostra que tais igrejas estavam “mais do que superlotadas, a cada manhã de domingo”. O leitor poderia assim concluir que isto representa uma onda de interesse na Igreja Ortodoxa.

Mas, este não é de jeito nenhum o caso. Para ilustrar: Se três igrejas tivessem congregações de 1.000 pessoas cada uma, mas, no decorrer dos anos, o número de membros decrescesse para 500 membros cada, e então duas fossem fechadas, o que aconteceria? Provável é que encontrasse 1.500 pessoas tentando entrar na igreja restante. O observador casua1 talvez conclua que havia forte ressurgimento, deveras, um “reavivamento”, porque essa única igreja estava ‘mais do que superlotada’. Mas, o que aconteceu realmente? Havia menos pessoas dando apoio à religião na localidade. Devido ao constante fechamento de igrejas, porém, a única que restava ficava superlotada.

Quem São os Religiosos?

Também, quem são as pessoas que geralmente freqüentam a Igreja Ortodoxa? O correspondente do Times de N. I., Peter Grose, observou:

“Toda vez que visitei uma igreja soviética . . . Havia sempre mulheres idosas e andrajosas com seus lenços de cabeça, sentadas em cantos escuros, inalando o incenso, que pareciam ter perdido o interesse na vida ao redor delas.

“Se isto era tudo que a religião significava então os edificadores do comunismo deviam ter pouco motivo de preocupação, sobre o presente ou o futuro.”

O relatório do Herald-Examiner de Los Angeles, EUA, também dizia: “Os que comparecem aos ofícios são poucos, a maioria sendo de idosos e a maioria do sexo feminino.”

Mas, o que dizer das notícias de que jovens se estão voltando para a religião? O Daily Post da Nova Zelândia disse sobre isto: “Na Rússia, alguns jovens (não muitos) retornaram à [religião] ortodoxa por razões estéticas bem como espirituais.” O que isto quer dizer é que pequeno número de jovens comparecem, não porque aprendem sobre as verdades de Deus, mas por razões de arte, cultura curiosidade ou até mesmo superstição. Como observou o Livro do Ano da Enciclopédia Britânica de 1972: “Os jovens recém-chegados na fé ortodoxa não compreendiam a liturgia nem se interessavam pelos sermões, mas mesmo assim eram batizados na fé.”

Em seu livro House Without a Roof (Casa sem Telhado) o autor Maurice Hindus, comenta o fato de que se vêem alguns jovens nas igrejas. Afirma ele:

“Seria tolice falar disso como movimento popular. De forma esmagadora, a juventude soviética ou é atéia ou completamente apática à Ortodoxia.

“Mesmo na Kuban cossaca, historicamente uma das localidades mais piedosas do país, os jovens praticamente deixaram de freqüentar a igreja. Quando passava de carro pelos povoados cossacos na manhã de domingo, vi multidões de jovens passeando a pé pelas ruas, brincando nos parques, mas não indo à igreja. Não vi, em nenhuma igreja, um número significativo de jovens.”

Por isso, é inevitável a conclusão. A Igreja Ortodoxa Russa, certa vez todo-poderosa, está morrendo. Peter Grose a chamou de “sombra pálida do que era antes da Revolução Bolchevista”. E certo teólogo e historiador da Igreja Ortodoxa, Anatoly Y. Levitin, disse:

“A Igreja Russa está enferma, seriamente enferma. A doença mais séria é a doença milenar do cesaropapismo, a subjugação da igreja à autoridade secular.

“Na Igreja, há bispos que são ramos de uma árvore morta, estéril e inútil. Há membros da igreja com gangrena que estão . . . infetando-a com suas exalações pútridas e que injetam veneno nas suas profundezas mais secretas.”

Conforme Levitin indica, a “gangrena” existe nos níveis mais altos. Isto foi de novo visto em 1971, quando foi instalado novo patriarca, Pimen, para substituir Alexei, que morreu no ano anterior. A respeito de Pimen, o Livro do Ano da Enciclopédia Britânica de 1972 disse: “Ele demonstrou plena conformidade com a política oficial do governo.”

Isto era tão evidente que a revista Time, de 3 de abril de 1972, relatou que destacado escritor russo “acusou o Patriarca Pimen, o líder da Igreja Ortodoxa Russa, de sujeição abjeta às diretrizes anti-religiosas do Cremlin”. Conforme observou Time, o escritor “vituperou a hierarquia da igreja por obedecer mediante medidas tais como o fechamento de igrejas, a repressão de sacerdotes dissidentes e a proscrição da educação religiosa para as crianças”.

Com certeza, o clero ortodoxo russo continua a assistir ao enterro de sua própria religião! Mas, o que dizer das outras religiões? Estão passando melhor do que a Igreja Ortodoxa?

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar