Observando o Mundo
Comércio EUA-China
◆ Pensava-se originalmente que os EUA poderiam vender Cr$ 2,6 bilhões de mercadorias à China em 1973. Industry Week, contudo, noticia que o total talvez seja o dobro disso. Por quê? Principalmente devido a enormes compras agrícolas chinesas. Os EUA compram apenas cerca de Cr$ 390 milhões de mercadorias da China.
Aumenta o Crime
◆ O crime violento nos EUA subiu 4 por cento na primeira metade de 1973, em comparação com o mesmo período de 1972, segundo o FBI. As quatro categorias de ‘crimes violentos’ são o assassinato, o estupro, o roubo e a agressão premeditada. O assassinato aumentou nada menos de 17 por cento nas áreas rurais, 8 por cento nos subúrbios chiques. Em cidades com mais de um milhão de habitantes, o assassinato cresceu 12 por cento.
Bebedice dos Militares
◆ O chefe da divisão de diretrizes sobre o álcool e tóxicos do Exército dos EUA disse a um painel do Senado que 36% dos oficiais desse serviço e 70% de seus conscritos são beberrões contumazes ou problemáticos. Considera beberrões contumazes os que tomam cinco tragos por noite num período de quatro dias. Beberrões problemáticos são os que têm dificuldades com outras pessoas por causa de beberem. As estatísticas se baseiam num estudo de 1972 sobre quase dez mil militares do Exército.
Mais Armas
◆ Apesar de recentes conversações de paz, as nações continuam a fabricar enormes quantidades de armas de guerra. Segundo o independente Instituto de Estudos Estratégicos, os EUA e a U. R. S. S. parecem decididos a aumentar seus arsenais até os limites máximos permitidos pelo pacto de 1972. A Arábia Saudita e o Irã achavam-se entre os maiores compradores de armas no ano de 1972. A Arábia Saudita fez agora um pedido de 180 caças avançados. Os gastos de defesa do Irã mais do que dobraram, para Cr$ 13 bilhões. O Egito gastou Cr$ 11 bilhões e Israel Cr$ 9,1 bilhões, no mesmo período. O relatório abrange 119 nações.
Continuam as Epidemias
◆ As epidemias persistem em partes da Ásia. Oitenta por cento dos casos de varíola no mundo são relatados na Índia. Em uma só semana, 324 casos foram relatados em Calcutá. Uma autoridade da Organização Mundial de Saúde afirma: “Enquanto houver varíola nessa área, o mundo inteiro se acha ameaçado.” A malária também grassa na Índia. Em Sri Lanka, dobraram os casos de malária, de 10.000 em outubro (1972) para 21.000 em janeiro de 1973. Anualmente há mais de 1,5 milhões de casos nessa inteira região. Também aumentam a cólera e a poliomielite.
Tempo em 1972
◆ Recente edição do Bulletin of the World Meteorological Organization (Boletim da Organização Meteorológica Mundial), em Genebra, Suíça, descreve o tempo de 1972 como sendo peculiar em todo o mundo. A Irlanda sofreu o mês mais frio de junho em cem anos. Moscou teve o verão mais quente, mas somente depois de o gelo permanecer nos rios soviéticos um mês a mais que o normal. Na Espanha, houve mais chuva do que em qualquer época, desde 1859. Ventos e chuva incomumente fortes mataram pessoas e destroçaram casas, navios e árvores nos Países-Baixos, na Alemanha, Finlândia e Japão. Calor extremo matou 750 pessoas na Índia. Hong Kong sofreu duras chuvas e desastrosos deslizamentos de terra. A Austrália sofreu tanto a seca como enchentes.
“Substituto do Sangue” Experimental
◆ Conforme relatório da revista Science, os cientistas têm operado com compostos perfluoroquímicos a fim de produzir um “substituto do sangue”. Relata-se que tais compostos podem dissolver duas vezes mais oxigênio e bióxido de carbono do que o sangue integral. Tem-se substituído até 100 por cento do sangue de camundongos e de outros animais por emulsões perfluoroquímicas, sem que se identificassem quaisquer efeitos ruins. O Professor Robert Goyer, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston, Massachusetts, EUA, disse a um entrevistador: “O preparado final provavelmente será mais límpido, embora seja possível torná-lo vermelho, branco ou azul, ou de qualquer outra cor.”
Mortes Religiosas
◆ Setenta e oito pessoas morreram numa enchente quando se recusaram a partilhar a mesma corda para serem tiradas de seu ônibus cercado para um lugar seguro. A razão? “Pertenciam a duas diferentes comunidades de alta casta”, afirma uma notícia da Reuters, de Nova Delhi, Índia.
Reaviva-se o Lago Morto
◆ Na Iugoslávia, o Lago Palic, de uns oito quilômetros de comprimento morreu graças à poluição da vizinha Subotica, há cerca de dois anos e meio atrás. O povo da cidade decidiu empreender a tarefa sem precedentes de reavivar o lago, para que readquirisse sua fama anterior de local de recreio. Secaram inteiramente o lago e com tratores eliminaram a lama insalubre do fundo, que chega a ter um metro e meio de grossura. Quando for enchido o leito do lago novamente, suas margens abrigarão instalações para reavivar as vítimas de ainda outro sinal de nossos tempos: as ‘doenças gerenciais’, tais como a tensão e as afecções cardíacas.
Retrocesso das Escolas Paroquiais
◆ Os fechamentos de escolas católicas nos EUA, com a média de cerca de uma por dia, deverão aumentar em resultado de recente acórdão do Supremo Tribunal, que proscreve a ajuda estadual às escolas paroquiais. A tendência acelerada de “consolidações”, como as autoridades católicas preferem chamá-las, se deve em parte aos altos salários de seus mestres leigos. Formam agora bem mais da metade do corpo docente das escolas paroquiais dos EUA, e, como certa autoridade disse: “Os professores leigos não fazem votos de pobreza.”
Minguante Confessionário
◆ “Numerosas enquetes indicam que as fileiras dos confessionários foram reduzidas de 40 a 80 por cento nas paróquias através do país”, observa um escritor para o Times de S. Petersburgo, Flórida. “A prática tradicional da confissão auricular enfrenta profundas dificuldades”, adiciona o diretor de pesquisa litúrgica da Univ. de Notre Dame. Entre as razões citadas achavam-se a “dessatisfação com o tipo de confissão rotineiro, monótono, mecânico . . . que recebia a mesma penitência de algumas ‘Ave-Marias’ e ‘Padre-Nossos’, deixando a igreja sem se sentir profundamente sensibilizado por nenhuma parte desse processo”.
Moças Juntam-se às Fileiras dos Criminosos
◆ As jovens modernas se empenham em atos criminosos e em violência que ‘seriam virtualmente inimagináveis’ há cinco anos atrás. As autoridades sobre questões juvenis de Londres, segundo noticiado por The Observer, sentem-se profundamente perturbadas pela tendência. Uma causa básica é considerada como sendo a “aceitação adulta da violência quase que como parte da existência normal, e a degradação de genuínos valores humanos na corrida pela afluência”. Certa ladra jovem disse: ‘Meus pais não me amam, simplesmente me compram para que eu me comporte. Eu consigo o que quero.’ Ela continuou a erguer o preço até que não puderam mais pagar.
Problema do Comércio
◆ “Achamos que os empregados representam o maior problema no comércio atual”, afirma o vice-presidente da maior firma de “serviços de compras em lojas” nos EUA. Seu negócio é encontrar e informar sobre a desonestidade dos empregados aos donos de lojas. Numa entrevista ao Globe de Boston, a autoridade observou que isso é resultado de se “ceder” à ânsia incontrolável, zombadora de “ter só um pouquinho mais . . . Ninguém jamais possui bastante dinheiro, em especial nestes dias de hoje. A oportunidade de roubar está presente, e é bastante fácil. Assim, acontece”.
Sai Pela Culatra a “Cura” por Drogas
◆ Uma comissão médica especial relata que as mortes relacionadas à metadona triplicaram na cidade de Nova Iorque de 1971 para 1972. O Departamento de Narcóticos e Drogas Perigosas do governo federal afirma que tal droga se torna rápido um de seus maiores problemas. O narcótico sintético, que vicia, está sendo usado nos programas antitóxicos patrocinados pelo governo como substituto da heroína. Diz-se que corta a ânsia do viciado de ‘ficar alto’ com heroína, se tomado oralmente. No entanto, a metadona injetada produz sua própria ‘alta’ e os viciados agora tiram proveito de sua fácil disponibilidade. Certo estudo mostrava que um terço dos pacientes que tomam metadona estão tapeando os outros por usarem também a heroína.
Conclusão da Assembléia
◆ A Assembléia Internacional “Vitória Divina” das Testemunhas de Jeová concluiu em fins de janeiro. A assembléia começou em Detroit, Michigan EUA, em junho de 1973 e, por fim, abrangeu as Américas, a Europa, o Oriente, a África e as ilhas do Pacífico. Entre as destacadas assistências, nos meses recentes, acham-se as da Nigéria. Ali, três assembléias atraíram a 214.027 pessoas; 7.153 pessoas foram batizadas. Também na África, em Acra, Gana, 37.612 pessoas estavam presentes. A reunião em São Paulo, Brasil, teve o comparecimento de 94.586 pessoas, ao passo que em Valência, Venezuela, havia 21.752. Em Sídnei, Austrália, havia 34.447. Em muitos lugares, as assistências eram bem maiores do que o número total de Testemunhas na área. Por quê? Uma resposta parcial se encontra em Notícias Populares de São Paulo, Brasil, que observou, em editorial, que “a religião tradicional está em vias de extinção”, e então, em contraste, disse a respeito das Testemunhas: “Vivem realmente, a sua fé! A nacionalidade não é um fator divisório entre as Testemunhas, pois são compostas de pessoas de todas as cores e classes sociais. . . . Sua fé é baseada numa esperança viva, não é algo formal. Baseia-se no conhecimento e na pesquisa da Bíblia, que as testemunhas de Jeová estudam diariamente. Assim, sua fé resistiu ao escaldantes ventos de mundanismo deste século, sob os quais tantas personalidades e famílias fracamente constituídas sucumbiram.”
Ausentes
◆ “O absenteísmo custa milhões de dólares à indústria cada ano — e o problema se agrava”, afirma a revista Industrial Week. Uma enquete indica que apenas de 10 a 15% dos trabalhadores dos EUA são responsáveis por 80% do absenteísmo. A maior taxa se acha entre os trabalhadores mais jovens, de 20 a 25 anos. A Polônia sofre problemas de absenteísmo, também, segundo o Primeiro-Ministro Piotr Jaroszewicz. Ele relata que 700.000 dentre os 11 milhões da força operária estão ausentes cada dia. A concessão recente de 85% do pagamento durante doenças, como um resfriado, podem ser responsáveis, em parte, pelo crescente problema.