BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g74 22/5 pp. 24-26
  • É sempre sábio doar às organizações de caridade?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • É sempre sábio doar às organizações de caridade?
  • Despertai! — 1974
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Em Nome da Religião
  • Servir sem Visar Lucro Pessoal?
  • Altos Custos da Arrecadação
  • Dar ao Mendigo Individual?
  • Conceito Equilibrado
  • O que está acontecendo com as obras de caridade?
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2003
  • A dádiva cristã — como é feita?
    Despertai! — 1977
  • Por dentro das notícias
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1976
  • Dádivas que agradam a Deus
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 2003
Veja mais
Despertai! — 1974
g74 22/5 pp. 24-26

É sempre sábio doar às organizações de caridade?

O QUE pensaria sobre as doações às organizações de caridade se apenas de 1 a 5 por cento do que contribui chegasse aos necessitados, ao passo que todo o restante fosse usado para pagar as despesas da coleta dos fundos de caridade? O que pensaria sobre doar às organizações de caridade se soubesse que o presidente da organização caritativa recebia Cr$ 487.500,00 por ano em salário e ajuda de custo? Dificilmente ficaria contente ou feliz quanto a isso, não é? Todavia, estas coisas realmente acontecem, e isso vez após vez!

A importância total doada anualmente às organizações de caridade nos EUA apenas é de mais de 20 bilhões de dólares (uns 130 bilhões de cruzeiros). Desta quantia? cerca de 41% são dados para fins religiosos, 16% para saúde e educação, 7% para previdência social e o resto para fins culturais e outros.

Muitas são as organizações caritativas que fazem apelos para obter fundos; algumas são internacionalmente conhecidas, outras são apenas locais. Semelhantemente, muitos são os motivos de as pessoas fazerem doações. Alguns doam por acharem ser bom negócio ou porque as dádivas são dedutíveis do imposto de renda Outros doam por causa de sentimentos de culpa, como se, pela caridade, expiassem seus pecados. E outros doam por motivos religiosos ou humanitários, por sentimentos de compaixão, empatia ou piedade.

Não há como negar que o doar pode trazer uma bênção, assim como Jesus, o Filho de Deus, sublinhou, afirmando: “Há mais felicidade em dar do que há em receber.” (Atos 20:35) Mas, também mostrou que dar com motivos errados pode resultar ser vão, não trazendo nenhum favor da parte de Deus. — Leia Mateus 6:1-4

Na verdade, dar com motivos corretos envolve uma bênção, mas a pessoa gostaria razoavelmente de certificar-se de que doa a causas merecedoras. Até que ponto os bilhões doados às organizações de caridade são usados para ajudar pessoas, e até que ponto são tais organizações supostamente filantrópicas operadas ou exploradas por homens que visam lucros comerciais?

Em Nome da Religião

Sobre esta questão de dar e os métodos usados, certo jornal californiano publicou um artigo intitulado: “Dinheiro Demais Para Despesas Gerais, Profissionais são Culpados do Alto Custo da Arrecadação.” Citava o presidente duma “Junta de Recursos de Caridade” da cidade local como afirmando que “as mais nojentas explorações de caridade” são as feitas “em nome de Deus”. A respeito destas campanhas profissionais de caridade assim patrocinadas, passou a dizer: “Os grupos religiosos e os que fazem coletas em nome do Senhor são os piores ofensores.”

Dando algum peso a tal acusação, há o artigo publicado em Ramparts (Trincheiras), revista leiga católico-romana, há alguns anos. Acusava um dos destacados bispos católicos-romanos dos EUA de perpetrar uma “fraude de caridade” perante os católicos estadunidenses com sua organização de coleta de fundos conhecida como “A Congregação Para a Propagação da Fé”. O autor, que entrevistara 35 bispos em várias partes subdesenvolvidas da terra, declarava: “A Congregação coleta milhões de dólares a cada ano, ostensivamente para ajudar os pobres do mundo . . . e é provavelmente uma das maiores fraudes de caridade de todos os tempos.” Quando tais acusações foram levadas à atenção do bispo, ele recusou entrevistas para discuti-las e seu escritório anunciou que “nada tinha a declarar”.

Servir sem Visar Lucro Pessoal?

Imagina-se, em geral, que os que servem nas organizações de caridade têm motivações altruístas, mas dá-se isso necessariamente? Para exemplificar: por muitos anos, certa organização caritativa fazia apelos de dinheiro para ajudar a alimentar órfãos orientais, que afirmava poder fazer a Cr$ 78,00 mensais por órfão. Mas, estava o presidente de tal organização primariamente interessado em tais órfãos? Recebia o mesmo salário de Cr$ 130.000,00 que quando era diretor-executivo da Câmara de Comércio do Estado de Virgínia, EUA.

Outro exemplo foi fornecido pelo falecido Basil O’Connor, co-fundador, com o presidente Roosevelt, da Fundação Nacional — a Marcha dos ‘Dimes’ (dez centavos), e que foi o presidente da Fundação desde seu início, em 1938, até sua morte, em 1972. Embora, inicialmente, só recebesse uma ajuda de custo, nos últimos treze anos, recebeu um salário anual de Cr$ 351.000,00, e ajuda de custo no total de Cr$ 139.132,50. Quantas pessoas que contribuíram para a Marcha dos ‘Dimes’ sabiam que seu presidente recebia Cr$ 490.000,00 por ano? Pensaria a mesma coisa sobre doações, se soubesse disso? Não pensaria que faria muito maior bem por dar direta e pessoalmente àqueles que sabe terem necessidade?

Altos Custos da Arrecadação

Organizações de caridade de prestígio, nacionalmente conhecidas, tais como a Cruz Vermelha, consideram razoável e justo um custo de arrecadação de 10 a 15 por cento. Assim, de cada cruzeiro contribuído, 85 a 90 centavos deveriam ser usados para caridade. Mas, muitas organizações de caridade deixam muito a desejar nesse sentido. Assim, o Fundo Estadunidense dos Rins levantou mais de Cr$ 5.063.500,00 em seu primeiro ano (1971-72). Mas, apenas 5 por cento, ou Cr$ 253.500,00, foram usados para tratar pacientes; o restante foi usado para “despesas administrativas”, segundo o Post de Nova Iorque, de 8 de junho de 1973.

Expondo tal fraqueza das campanhas de caridade, certo jornal de Seattle, Washington, EUA, publicou enorme manchete em sua primeira página, que rezava: “Custos Absurdos das Campanhas de Caridade.” Falava dum caso em que a organização de caridade recebeu apenas Cr$ 162.500,00 dos Cr$ 3.250.000,00 ostensivamente arrecadados para ela, ou simples 5 por cento. Entre os muitos outros exemplos que alistava, achava-se um em que os promotores profissionais receberam Cr$ 853.377,98, o grupo social que emprestou seu nome à promoção obteve Cr$ 51.404,50 e as organizações de caridade, a “Associação do Coração” e as “Atividades Comunitárias e Juvenis”, apenas Cr$ 6.500,00; assim, menos de 1 por cento foi para os necessitados ou que faziam juz às doações!

Sob o título “Os Piratas da Caridade: Os simplórios são sua presa”, certo jornal canadense não faz muito tempo descreveu como certos profissionais operam as campanhas de caridade. Primeiro, induzem alguma organização religiosa ou fraternal a patrocinar a campanha, prometendo-lhe um quinhão das contribuições recebidas. De início, contratam-se homens experimentados para solicitar contribuições pelo telefone. Estes recebem 25 centavos de cada dólar que conseguem obter. Daí, um coletor, usualmente uma mulher, faz visitas para arrecadar o que foi prometido pelo telefone, e ela recebe 15 centavos de cada dólar que arrecada. O promotor obtém 40 centavos de cada dólar, deixando 20 centavos para a organização de caridade e a organização que patrocina a campanha.

Reconhecendo o perigo da exploração egoísta nas campanhas de caridade, o presidente da Associação Estadunidense de Conselheiros de Arrecadação de Fundos, Inc., aconselhou: “Ninguém, sob nenhuma circunstância, deveria contribuir para qualquer organização de caridade em resultado de um telefonema dum estranho.” Diga-se de passagem, contudo, que um homem de “confiança” que estava metido nessa fraude se queixou de que se paga aos que telefonam e aos que fazem as arrecadações simplesmente porque as organizações religiosas, fraternais ou políticas que patrocinam tais campanhas não estão elas mesmas dispostas a fazer nenhum esforço. Se estivessem dispostas a “pôr os pés a trabalhar”, poderiam obter 85 ou 90 centavos de cada dólar arrecadado.

Dar ao Mendigo Individual?

Mendigar em muitas das grandes cidades através do mundo se tornou lucrativa forma de ganhar a vida. Destacam-se entre os que recorrem a isso os jovens hippies. Não mais precisa o mendigo fingir-se de cego, aleijado ou miserável. Aparentemente, qualquer álibi serve. Assim, há o mendigo de São Francisco, EUA, que se jacta de receber até Cr$ 2.600,00 por semana dos turistas que visitam o santuário hippie daquela cidade.

Melhor ainda é o que consegue o violinista de Nova Iorque que freqüenta o distrito dos teatros. Por motivo de tocar bastante bem, e especialmente de seu letreiro: “Violinista Precisa de Dinheiro Para Continuar Estudos”, realmente consegue tocar as cordas do coração dos transeuntes. Em resultado, faz a média de Cr$ 227,50 por hora. Ademais, tem recebido cheques, certificados de poupança, câmaras, relógios e até convites para jantar e para excursões ao Caribe.

Na verdade, talvez haja ocasiões em que quem mendiga tenha genuína necessidade, estando disposto a trabalhar, mas não podendo fazê-lo por limitações físicas ou por não achar emprego. Em tempos de desastres naturais, fomes, ou graves colapsos econômicos, abundam os necessitados. Então, é uma questão de fazer aquilo que se pode com seus recursos, para ajudar outros necessitados.

Também, talvez haja ocasiões em que a prudência indica que se deve dar. Assim, uma pessoa idosa, bem cedo no sábado de manhã, em Nova Iorque, foi cercada por um homem que lhe disse: “Olha, Professor, eu acabei de sair da cadeia ontem, dê-me um dólar.” Obviamente, essa foi uma ameaça velada, e o mendigo era muito persistente. Em especial, se estiver num bairro ruim, a pessoa talvez ache que as circunstâncias exigem que se ceda à demanda. Cada um tem de julgar por si mesmo as coisas, em tais situações.

Conceito Equilibrado

Sem dúvida, como Jesus disse: “Sempre tendes convosco os pobres.” (Mat. 26:11) Também disse que há felicidade em dar, em ser altruísta, prestimoso. Mas, ser simplório significa recompensar os gananciosos ou os preguiçosos demais para trabalhar. Visto que há pessoas merecedoras e causas dignas, deve-se usar bom critério. Assim, o velho ditado: “Que o comprador se cuide”, poderia ser refraseado: “Que o dador se cuide.”

E, naturalmente, os que são ministros cristãos estão em condição de dar algo muito melhor que prata e ouro. O que será isso? A verdade da Palavra de Deus, que traz conforto, esperança, paz mental e que pode até resultar na vida eterna. Tendo-a recebido de graça, desejam dá-la também de graça. (Mat. 10:8; compare com Atos 3:1-8.) E, com efeito, é em relação a esta espécie de dádiva, das coisas espirituais, que o apóstolo Paulo citou as palavras de Jesus sobre a felicidade maior que provém do dar. — Atos 20:35.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar