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  • g74 8/7 pp. 20-23
  • Como a vida selvagem age no inverno

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  • Como a vida selvagem age no inverno
  • Despertai! — 1974
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Despertai! — 1974
g74 8/7 pp. 20-23

Como a vida selvagem age no inverno

O INVERNO apresenta um problema para ascendentes números das criaturas selvagens da terra nos climas setentrionais. Elas solvem o problema de muitos modos diferentes. Por exemplo, a neve evidentemente é mais amiga do que inimiga de muitas destas criaturas selvagens, visto ser excelente insulante. ‘Deixe vir a neve’, é sua toada.

E assim, quando a nevasca incomoda a raposa branca, ela simplesmente se mete bem fundo num monte de neve. Encolhida, com a cauda peluda cobrindo o nariz, a raposa branca então dorme até passar a nevasca. Quando ventos cortantes perturbam o tapiti, este talvez construa na neve um nicho parecido a uma gruta, deixando que o vento acumule a neve levada por ele em torno de si. O calor do próprio corpo do tapiti aquece a gruta, e a neve o protege do vento.

Condições acolhedoras e bem agasalhadas são o que grande número de pequenos roedores encontram sob a neve. As temperaturas hibernais na superfície do solo raramente caem abaixo de 6,7° C abaixo de zero, mesmo no Alasca ou na Sibéria, onde a temperatura do ar talvez caia a 45,6° C abaixo de zero. Fabricando ninhos e passagens de saída debaixo da neve, alegremente prosseguem em seus negócios, achando que a neve os protege, não só das temperaturas gélidas lá em cima, mas também de muitos de seus usuais predadores.

Algumas aves, também, tiram proveito da neve. A ptármiga, uma ave ártica, freqüentemente mergulha num monte de neve para dormir à noite.

A Hibernação

Para muitas criaturas, o melhor modo de lidar com o inverno é passá-lo dormindo, todo ele ou pelo menos parte dele. Assim, quando chega o inverno e os humanos se ocupam em patinar no gelo sobre um charco, não vêem nenhuma rã por ali. Isto se dá porque as rãs, como várias outras criaturas de sangue frio, foram dormir durante o inverno. As rãs encontram uma boa cama para si na lama não congelada no fundo de seu charco favorito. Mas, antes de fazerem isso, comem bastante, de modo que, uma vez comecem a dormir, não sintam nenhuma necessidade de preocupar-se com suas refeições.

As cobras, nos climas setentrionais, também encontram um bom lugar para tirar uma soneca quando chega o inverno. Procuram troncos ocos ou uma cama debaixo dum cepo. Uma caverna ou covil nas rochas também constitui excelente lugar de repouso. Certas cavernas quase se tornam um hotel para as cobras. Nas montanhas de Pensilvânia, EUA, encontrou-se um covil que alojava quase 200 cascavéis e trigonocéfalos.

Comendo bem antes de chegar o inverno, as cobras vivem de sua gordura durante seu cochilo hibernal. Ao ir decorrendo o inverno, naturalmente, consomem sua gordura. Assim, em fins de inverno, um naturalista certa vez viu cortadores de lenha acordarem enorme cascavel em sua pousada sob enorme lenho. Durante seu sono, a cascavel tinha usado tanto de sua gordura que, como disse o naturalista, a pele da cobra “estava quase que tão solta como se estivesse dependurada dos lados dum elefante”.

Há também várias criaturas de sangue quente que cochilam durante o inverno. Tome, por exemplo, a marmota monax (ou marmota-do-canadá). A Sra. Monax cava um abrigo e assegura sua privatividade por selar sua câmara de dormir com terra retirada dos fundos do abrigo. Daí, enrola-se como uma bola e dorme, às vezes até seis meses! Os naturalistas conseguiram tirar algumas monax que cochilavam e verificaram que estes hibernadores só respiravam cerca de doze vezes por hora. A pulsação deles talvez caia de sua taxa normal de cerca de oitenta ou noventa batidas por minuto para cerca de cinco ou menos. E a temperatura do animal talvez caia para cerca de 4,4° C. Uma vez adormecida, a Sra. Monax torna-se insensível ao som ou tato. Poderá rolá-la pelo chão, por exemplo, sem acordá-la. As monax não sabem o que é insônia!

Este sono profundo parece tornar os hibernadores imunes a muitos perigos. Por exemplo, colocou-se debaixo d’água por mais de vinte vezes, sem que se afogasse, um porco-espinho que cochilava. E os cientistas colocaram uma marmota adormecida num vaso à prova de ar, cheio de bióxido de carbono. Notável foi que comprovaram que este hibernador não sofreu nenhum dano depois de quatro horas. Tão profunda é a hibernagem de tais criaturas que o despertar é um processo lento que exige prolongada exposição ao calor. Talvez o recorde de hibernação de todos os tempos tenha sido registrado por um filhote fêmea de esquilo que dormiu 33 semanas do ano! Apenas dezenove semanas de atividade, e então de volta para o sono de novo!

Cochilos do Urso

Comparada com a das marmotas, dos esquilos terrestres, das cobras, das rãs, e assim por diante, a hibernação de muitos ursos é apenas uma série de cochilos. Isto se dá porque o cochilo dos ursos no inverno talvez seja perturbado, visto que a temperatura de seu corpo permanece alta e sua respiração continua na taxa normal. Não sendo considerados verdadeiros hibernadores, os ursos podem ser facilmente acordados de seu cochilo. Alguns até acordam por si mesmos no inverno e rondam à procura de presas por algumas horas ou dias.

Naturalmente, os ursos que cochilam preferem não ser perturbados por ninguém, nem mesmo por ondas temporãs de calor. Os cientistas que estudaram os ursos-cinzentos no Parque Nacional de Yellowstone verificaram que preferem covis onde não é provável que sejam perturbados; alguns covis se localizavam nas paredes do canyon. Todos os covis se situavam nas encostas que davam para o norte, de modo que as breves ondas de calor não aquecessem o covil e acordassem o ocupante. Os covis eram acolhedoramente alinhados com excelentes isolantes feitos de raminhos de pinheiro e de abetos. Mas, exatamente quando os ursos-cinzentos entravam em seus covis para o cochilo de inverno?

Por um período de anos, os cientistas descobriram que os ursos-cinzentos não entravam em seus covis preparados para o cochilo senão depois de uma nevasca, uma que cobrisse rapidamente suas pegadas ao entrarem em seus covis. Em questão de horas, a neve que soprava, levada pelo vento, cobria as marcas das suas patas, e então quem saberia que um urso pardo cochilava em sua cama?

Indo Para o Sul

Assim como alguns humanos se dirigem para os climas meridionais com a aproximação do inverno, assim também muitas criaturas selvagens, em especial as aves, o fazem. Com efeito, cerca de dois terços de todas as espécies de aves dos Estados Unidos e Canadá setentrionais (cerca de doze a quinze bilhões de aves) voam para o sul, para os estados meridionais, para o México e a América Central e do Sul, para passarem o inverno. Naturalmente, as aves não viajam para o sul apenas para afastar-se do frio; precisam viajar para um clima mais quente a fim de ter uma vida digna. No verão, lá no norte, vivem de sementes, frutinhas silvestres e insetos. Mas, no inverno, não só ficam escassas tais guloseimas como também diminuem as horas de luz do dia em que podem procurar qualquer alimento disponível.

A viagem para o sul, para muitas aves, é longa. Por exemplo, com a aproximação do inverno, as cegonhas-brancas da Europa viajam até à África do Sul. E, o que é estranho, as cegonhas jovens, que jamais foram antes para tão longe de casa, viajam primeiro, sem que uma ave mais velha lhes mostre o caminho. A viagem anual de ida e volta do Sr. e da Sra. Cegonha-Branca e família cobrem cerca de 22.500 quilômetros! Na verdade, como a Bíblia Sagrada diz sobre o instinto dado por Deus que a cegonha possui: “A cegonha no céu conhece o tempo de emigrar.” (Jer. 8:7, Nova Bíblia Inglesa) Os modos maravilhosos de a vida selvagem agir no inverno são deveras um crédito para o Criador de todas estas criaturas.

Considere também este fato: Muitos dos viajantes plumíferos em direção ao sul voam virtualmente sobre a água, apenas, fazendo longos vôos sem parada. Uma subespécie de tarambola-dourada vive na tundra do Alasca durante o verão. No outono, essa ave viaja 4.800 quilômetros por sobre o Oceano Pacífico até o Havaí! Como se o Havaí não bastasse como viagem, esta ave continua indo para o sul por outros 4.000 quilômetros até as Marquesas. Não é infreqüente que viaje outros 800 quilômetros mais até as pequenas ilhotas do Pacífico Sul do Arquipélago de Tuamotu.

Outros Modos de Enfrentar o Inverno

Se puder, ir para o sul talvez seja a forma ideal de combater o frio, mas, para as criaturas que não podem voar, isso está quase que inteiramente fora de cogitação. Assim, uma maneira comum de enfrentar os problemas hibernais é estocar reservas alimentares. O esquilo-vermelho aprecia comer cogumelos e, assim, estoca-os em quantidade durante o verão. Primeiro, porém, seca os cogumelos por colocá-los nos ramos mais altos das árvores. Daí, estoca-os num lugar seco, prontos para consumo no inverno.

Colocar um casaco especial de inverno é modo comum de muitas criaturas sobreviverem ao frio. Deixam crescer casacos pesados, especialmente equipados com uma camada de pelo fino e macio junto à pele.

Muito antes de o homem começar a fabricar casacos com forro arejado, o veado já tirava proveito do espaço de ar estagnado — o calor passando muito lentamente pelo ar parado. Assim, com a aproximação do outono, o veado se despoja de seu casaco fresco de verão e produz o casaco de inverno, cada pelo do qual é oco. Coberto deste casaco insulante de ar, o veado não precisa de mais nada, mesmo nos piores dias, senão o de encontrar proteção nos bosques profundos entre os pinheiros e abetos.

Mas, ao passo que o veado pode ficar preso na neve profunda, o coelho de raquete de neve não se preocupa com a profundidade do monte de neve. Por que acontece isto? Bem, com a aproximação do inverno, novos pelos brancos crescem em abundância nas patas do coelho. Quando a neve chega a cobrir o solo, as patas do coelho já se transformaram em amplas e macias raquetes leves para levá-lo através dos mais profundos montes de neve sem afundar.

Meses atrás, no hemisfério setentrional, incontáveis espécies de animais enfrentaram o frio e os ventos hibernais. Talvez dormissem num covil ou por baixo da neve ou saltitavam pelos campos. São deveras surpreendentes os modos de agir da vida selvagem no inverno!

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