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  • g75 8/1 pp. 10-12
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  • Os desvanecentes jesuítas
  • Despertai! — 1975
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Despertai! — 1975
g75 8/1 pp. 10-12

Os desvanecentes jesuítas

SER notícia não é algo novo para os jesuítas. Há muito são chamados de ‘a Primeira Legião’ e ‘a Vanguarda da Igreja’. Mas, agora, os jesuítas — a mais forte e, para muitos observadores de fora, uma das mais interessantes ordens religiosas católico-romanas — são manchetes de diferentes tipos.

Atualmente, até mesmo alguns dos próprios jesuítas expressam receio de que sua Ordem esteja desvanecendo. O que causa tais sentimentos?

Por um lado, os números decrescentes. Em 1966 havia mais de 35.000 irmãos, eruditos e sacerdotes jesuítas ao redor do mundo. Agora há somente cerca de 31.000. Os que deixaram as fileiras incluem homens eminentes. E todo indício é de que o número continuará a diminuir. Com efeito, os jesuítas estadunidenses recentemente reduziram o número de seminários de cinco para três, por causa da falta de estudantes.

Perscrutando a História Jesuíta

A Sociedade de Jesus, como é chamada, foi fundada por Inácio de Loiola no ano 1540. Desde o início, os jesuítas eram ímpares dentre as ordens religiosas. A maioria das ordens antes deles eram contemplativas, sublinhando a oração e a vida monástica. Mas, a sociedade de Inácio foi moldada para a ação. Assim, tornou-se a primeira ordem da Igreja especificamente a se oferecer ao papa para qualquer obra especial que ele tivesse presente. Assim, também, os votos jesuítas não só incluem os de pobreza e castidade, mas a ênfase especial é dada aos votos de obediência ao papa. Para executar sua ampla comissão, Inácio sabia que precisava de algo mais: flexibilidade.

Os jesuítas deviam ir a todo o mundo e, ajustar-se a todos os tipos de trabalho e não se sentir restringidos apenas aos ‘deveres sacerdotais’. Para facilitar sua adaptação às várias condições, a roupa caraterística, tal como era usada pelos monges e frades de outras ordens, foi grandemente abandonada. Com o tempo, podia-se encontrar jesuítas no comércio, nas artes, em serviços sociais e em muitos outros tipos de ocupações. No entanto, obtiveram proeminência em dois campos em especial.

Seu trabalho missionário na Ásia, África e nas Américas se tornou quase legendário. E, em segundo lugar, são conhecidos como educadores e intelectuais. Até mesmo críticos do grupo admitem que a educação jesuíta é uma educação preferencial.

Seja lá o que for em que os jesuítas aplicaram as mãos, usualmente o fizeram muito bem. Interessante é que este mesmo êxito criou muitos de seus problemas. Em que sentido?

Êxito Gera Problemas

Para muitos protestantes, os jesuítas não pareceram ser mais do que um braço sutil, porém poderosíssimo e bem sucedido de Roma. Não se pode negar que parte de seu propósito original de existência foi contrabalançar a Reforma protestante. O falecido Joseph de Guibert (um jesuíta), observou: “Não resta dúvida, naturalmente, que Inácio temia o protestantismo. Opunha-se resolutamente até mesmo a toda tendência de parecer-se com ele ou de favorecê-lo.”

A popularidade dos jesuítas suscitou outros contra eles. Quando ditadores e os governos comunistas atingiram o poder, os jesuítas amiúde eram os primeiros a sofrer, às vezes devido às suas alegadas fortes ligações com a Cidade do Vaticano. No entanto, em especial nas décadas recentes, alguns jesuítas usualmente agiram com ampla liberdade e até mesmo um tanto distantes do Vaticano.

Os êxitos dos jesuítas às vezes lhes criaram inimigos até mesmo dentro da própria Igreja Católica! A pressão contra eles era tão forte que o papa proscreveu o grupo entre 1773 e 1814. Por que este intenso ódio interno? Principalmente por ciúmes. Sua divisa, “Para a maior glória de Deus”, subentende que farão mais do que até mesmo outras dedicadas ordens religiosas. Tal espírito nem sempre consegue a melhor receptividade, até mesmo entre “amigos”.

Assim, a oposição e os problemas não são coisa nova para a Sociedade de Jesus. Mas, neste ponto, os jesuítas ou os interessados em suas muitas obras, têm de exercer discernimento especial. É relativamente fácil pôr de lado os problemas atuais como sendo apenas variações de um tema que tem séculos de existência. Tal atitude, porém, pode também ser perigosa. Por quê? Porque as situações que a Ordem encara hoje são realmente diferentes das do passado.

Situações Diferentes Hoje

Atualmente, jesuíta ergue-se contra jesuíta como fortes rivais políticos. Há dois jesuítas, por exemplo, em destacadas posições governamentais nos EUA. Um, o Dr. John McLaughlin, acusa o outro, o Deputado Robert F. Drinan, de ‘violar a justiça’ e de ter a “mentalidade aberta que . . . o Sinédrio tinha para com Cristo”.

As demonstrações de direitos civis da década de 1960 e do início dos anos 70, em alguns casos, abriram cunhas entre os jesuítas. Assim, depois de o jesuíta Dan Berrigan ser acusado de tramar um seqüestro dum alto oficial do governo dos EUA, uma notícia do Times de Nova Iorque observava que, em sua ordem doméstica “alguns dos homens mais idosos iradamente exigiam que fosse expulso da ordem. . . . os sacerdotes mais jovens que apóiam os Berrigans, expressaram a crença de que as acusações não poderiam ser verdadeiras”. Similar divisão política entre os jesuítas surge agora nas Filipinas.

Daí, também, há opiniões divididas em questões morais. O jesuíta John McNeill aprova publicamente o homossexualismo e até mesmo permitiria alguma forma de ‘cerimônia de união’ homossexual. Tais conceitos angustiam os elementos conservadores.

Há tal divisão na ordem hoje em dia que o jesuíta Kenneth Baker, editor de Homiletic and Pastoral Review afirma: “Há dez anos atrás, quando se encontrava um colega jesuíta, sabia-se que era um irmão e que suas experiências e idéias seriam iguais às suas. Agora, quando se encontra um jesuíta pela primeira vez, é como a dança de acasalamento dos caranguejos — tenta-se descobrir se o outro caranguejo é macho ou fêmea.”

Adicione-se agora a esta combinação incomum de condições outro fato: No passado, quando os jesuítas tinham problemas, a própria Igreja era forte e firme. Mas, agora, a inteira instituição católico-romana acha-se em dificuldades. Um dos mais famosos eruditos jesuítas, John L. McKenzie, afirma que a hierarquia da Igreja perdeu seu poder e “estão correndo, assustados”. Mais jesuítas do que nunca tornaram-se críticos da Igreja a que votaram servir.

Assim, parece sábio relegar o declínio atual da Ordem como parte do mesmo padrão do passado? Dificilmente. Mas o que — além dos problemas gerais que confrontam toda a Igreja — constitui deveras a base do declínio dos jesuítas?

Fonte do Problema

O que poderia ser chamado de ‘distinção jesuíta’ desaparece rapidamente. Em que sentido?

Bem, a Sociedade de Jesus, por suas ações, assumiu as palavras de Cristo sobre seus seguidores estarem ‘no mundo, mas não serem parte do mundo’. (João 17:11-16) Isso, admitidamente, não representa um desafiozinho qualquer. Mas, ao tentarem ser sacerdotes jesuítas, ao passo que também ficam ativos em outros empreendimentos do mundo, há sempre a possibilidade de que o papel sacerdotal escorregue para uma posição secundária. Quando isso acontece, onde está a diferença entre o jesuíta e o leigo mediano da mesma profissão? Não há nenhuma. Mas, aconteceu isto realmente? Os colegas de igreja parecem achar que sim.

Por exemplo, a revista católica Commonweal fez a crítica do livro The New Jesuits (Os Novos Jesuítas) de George Riemer, em 1971. O livro é uma série de onze interessantes entrevistas com inteligentes jesuítas em diferentes campos. O que concluiu o crítico literário, John L’Heureux? Lemos:

“Em parte alguma do livro . . . há qualquer indício da razão pela qual tais homens são sacerdotes ou por que são jesuítas. Com toda essa conversa sobre sacerdotes hifenados (sacerdote-escultor, sacerdote-advogado, sacerdote-político), ficamos pensando no que vem depois do hífen. É ser sacerdote apenas algo que se é, como ser irlandês, ou branco, ou gordo? É ser Jesuíta como pertencer a um clube um tanto exclusivo para cavalheiros? Não fazem-no diferente o sacerdócio e a Ordem . . .?”

Quem negará que este crítico literário faz algumas perguntas legítimas? Não indicam suas observações que os jesuítas não mais se acham simplesmente no mundo, mas, antes, são realmente uma parte operativa dele?

Revelando ademais que a Ordem é deveras parte do mundo há a declaração do chefe da Ordem, o Superior-Geral Pedro Arrupe. Observa ele: “O fenômeno” dos atuais problemas que confrontam a Ordem, “parece menos estonteante se o colocarmos inteiramente no arcabouço de tudo o que acontece no mundo, e não simplesmente dentro da Igreja hoje”. [O grifo é nosso.] Não mostra a admissão do superior-geral que a Ordem está tão ligada ao mundo, social e moralmente, que sofre conforme o mundo sofre?

Os jesuítas sinceros sabem que tais perguntas não são propostas em qualquer espírito de beligerância ou de má vontade. Antes, são feitas para estimular o auto-exame, que é tão vital nestes tempos ímpares. Na realidade, a vida está envolvida.

Que jesuíta não se lembra das palavras de Jesus em seu Sermão do Monte? Ele disse sobre seus seguidores: “Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que há de se lhe restituir o sabor? Para nada mais serve, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” — Mat. 5:13, Pontifício Instituto Bíblico.

Havendo quase que desaparecido qualquer distinção entre os jesuítas e o resto do mundo, francamente, como podem eles, como sal, ser verdadeiro instrumento para preservar a terra da decomposição moral? Isso não é possível. Tais palavras de Jesus merecem especial consideração, visto que ninguém deseja ser parte duma organização que é ‘pisada’.

O auto-exame exigido pela situação atual, compreensivelmente, não é nada fácil. Mas, para qualquer pessoa genuinamente interessada na “maior glória de Deus”, é absoluta necessidade.

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