BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g75 22/6 pp. 5-8
  • Como a diferença abala o mundo

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Como a diferença abala o mundo
  • Despertai! — 1975
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Recursos
  • Economia
  • Alimentos
  • Reagem os Líderes Mundiais
  • Safras recordes, mas escassez de alimentos — por quê?
    Despertai! — 1975
  • Para onde leva a estrada atual
    Despertai! — 1974
  • O que há de errado com a economia?
    Despertai! — 1982
  • Para onde vai seu dinheiro?
    Despertai! — 1974
Veja mais
Despertai! — 1975
g75 22/6 pp. 5-8

Como a diferença abala o mundo

“O SOLO em que pisamos está tremendo. Desapareceram os marcos familiares”, queixou-se a autoridade do governo da Alemanha Ocidental, Walter Scheel, na sessão especial da ONU. Anteriormente, as nações, de per si, pareciam conseguir cuidar de seus problemas. “Mas, isso não acontece mais”, declarou o Secretário de Estado dos EUA, Kissinger, num recente discurso perante a Assembléia Geral da ONU.

O mundo que agora opera em pleno limite de sua capacidade resultou em novos e frágeis equilíbrios entre as nações. Os impulsos econômicos e políticos que costumavam influir no mundo tanto quanto uma pulga influi num elefante agora parecem atacar com a força dum leão sobre um camundongo.

“Se não chegarmos a reconhecer nossa interdependência”, avisa Kissinger, “a Civilização Ocidental que conhecemos irá quase certamente desintegrar-se”, em resultado das egoístas rivalidades nacionalistas. “Estamos delicadamente situados” entre “o progresso conjunto e o desastre comum”, acautela ele.

Por que? Alguns pontos específicos ilustrarão como as diferenças fundamentais na forma em que nosso mundo opera agora servem para intensificar os problemas, tornando-os crises aparentemente insolúveis. Vamos começar com . . .

Recursos

Os preços subitamente quadruplicados do petróleo, mais do que qualquer outra coisa de per si, abalaram o mundo, fazendo-o reconhecer sua nova condição precária. O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, com sede em Londres, declarou que os aumentos de preços eram “o maior choque, a sensação mais potente duma nova era, de qualquer evento nos anos recentes”. A reação em cadeia na estrutura econômica do mundo industrial devida a apenas esta medida ameaça destroçá-la, como dizem claramente os líderes mundiais.

O petróleo, porém, não é o único sintoma da diferença básica no mercado mundial de recursos naturais. O que era certa vez um “mercado dos compradores”, antes do momento decisivo, subitamente tornou-se um “mercado dos vendedores” em que os fornecedores de matérias-primas podem cobrar quase qualquer coisa que quiserem.

Visto que grande parte da prosperidade dessas nações se alicerçava em terem abundância de matérias-primas baratas de certas nações subdesenvolvidas, apenas esta mudança ameaça seu inteiro modo de vida. “A Europa que construímos é agora uma Europa de penúria [extrema pobreza]”, lamenta o Presidente francês, Giscard d’Estaing.

Economia

Relacionada de perto à crise dos recursos há a crise econômica. A pior inflação mundial da história atinge subitamente a todos nós. Sente seus efeitos cada vez que faz compras. A inflação entre as nações industriais como um todo pulou recentemente para um ritmo quatro vezes maior do que o da década de 1960! Ao mesmo tempo, aquelas nações “passaram pela mais excecional desaceleração de crescimento [econômico] que já sentiram”, observa um relatório recente da internacional Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos.

A luta só para se manter o passo dos preços e das demandas rapidamente acelerados lançou de forma súbita a muitas nações em dívidas. “Nós, os bancos, estamos nos nossos limites extremos de financiamento para a Itália, a França a Grã-Bretanha e outros”, avisa o antigo diretor de operações do Fundo Monetário Internacional (FMI), Pierre-Paul Schweitzer.

A economia dos EUA não é imune. A dívida total, pública e particular, dos EUA, é agora seis vezes superior à do fim da Segunda Guerra Mundial, “e os acréscimos mais agudos vieram desde 1960”, observa Business Week.

A economia mundial funciona tão diferente agora que a maioria dos economistas admitem prontamente que suas fórmulas muito apregoadas para a “boa sintonização das economias nacionais subitamente tornaram-se obsoletas. Assim, Business Week prediz que, até mesmo se o mundo escapar do “desastre [econômico] . . . não há meio de escapar da mudança”. Que tipo de “mudança”?

Pela primeira vez, muitas autoridades respeitadas predizem que as economias em colapso do “mundo livre” incentivarão soluções ditatoriais ou comunistas e a perda das liberdades pessoais.

Alimentos

Também inter-relacionada com os problemas explosivos relativos aos recursos e à economia há a crise de alimentos. “A história registra escassezes mais agudas [de alimentos] em países de per si” afirma um relatório preparado para a Conferência Mundial de Alimentos da ONU, “mas é duvidoso se tal situação crítica de alimentos já foi mundialmente tão ampla”. E o economista do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Don Paarlberg, assevera que “é óbvio que estamos em algum tipo de ponto crítico” para a agricultura. Por que agora?

Diferentes métodos agrícolas. A agricultura moderna depende de energia — para fertilizantes, tratores, bombas d’água, pesticidas, transportes, etc. Uma tonelada de fertilizante pode significar até dez toneladas de cereais em muitas áreas. Súbita escassez de energia e preços vertiginosos atingiram mais duramente os lugares em que tais métodos são mais necessários e os lavradores menos podem financiá-los. Recentes perdas maciças de colheitas na Índia setentrional, por exemplo, poderiam ter sido reduzidas se tivesse havido contínuo fornecimento de energia para as bombas de irrigação.

Diferente nível de reservas de cereais. O súbito desaparecimento de anteriores enormes reservas já elevou os preços agrícolas a várias vezes seus níveis anteriores. Agora, a previsão mundial de cereais do USDA é de reduções na produção mundial que “provavelmente resultem em maior redução dos níveis mundiais de estocagem de trigo” em 1975. Muitos peritos acreditam que simplesmente não há suficiente margem de erro. “Pela primeira vez em 50 anos, não existe nenhum país no mundo com suficiente alimento para salvar as hordas famintas”, caso assole a seca, preocupa-se um oficial de gabinete dos EUA. E há pelo menos dois bilhões de bocas a mais para alimentar agora, duas vezes mais do que havia há cinqüenta anos atrás!

Diferentes perspectivas de clima. Os revezes climáticos têm sido uma causa básica das reservas alimentares em declínio recente. Que esperança existe de uma volta ao clima mais favorável para a lavoura? “Deve-se lembrar que o clima para a produção de colheitas nos 15 anos, mais ou menos, que precederam 1972, era o melhor que já houve no século e meio passado”, lembra o perito meteorológico Reid A. Bryson. “As chances de ocorrerem de novo são de cerca de uma em 10.000.”

Depois de considerar o precedente, surge a pergunta: Como pode um mundo que tem tido milhares de anos para alimentar e cuidar de sua população e falhou — exceto para alguns privilegiados — jamais esperar fazê-lo quando, segundo seus próprios cálculos, só dispõe de trinta e cinco anos para fazer provisões para o dobro de seu presente número?

Até mesmo agora as autoridades consideram uma resposta desalentadora pela primeira vez — a triagem nacional — a diretriz de ajudar primeiro as nações que tenham melhor oportunidade de sobreviver. Assim, caso assole uma fome mundial, inteiras nações seriam ‘deixadas ao léu’ pelos fornecedores de alimentos, em favor daquelas consideradas mais capazes de sobreviver. Muitos peritos avisam que as nações produtoras talvez confrontem esta dura decisão moral em questão de um ano.

Reagem os Líderes Mundiais

Tais crises, junto com a pobreza, a poluição e outras, sem precedentes, abalam a maioria dos líderes nacionais a reconhecerem o fato de que enfrentam algo diferente do que há apenas alguns poucos anos atrás. Sua própria reação é a evidência mais notável da mudança. Pela primeira vez, chefes nacionais dão passos sem precedentes para a cooperação internacional, no esforço desesperado de salvar a si mesmos.

Sublinhando tal ponto, o Presidente Ford, dos EUA, disse recentemente à Assembléia Geral da ONU que as “nações vêem-se obrigadas a escolher entre o conflito e a cooperação”, e que agora, “mais do em qualquer outro tempo na história do homem, as nações . . . precisam voltar-se para a cooperação internacional” para gerir seus recursos.

Mas, são tais passos motivados por qualquer amor novo que as nações sentem umas pelas outras? Não. É apenas “a própria seriedade da situação”, responde o Secretário-Geral da ONU, Waldheim, que “talvez produza estes acontecimentos nas relações internacionais que todos os apelos à razão e à boa vontade até agora não conseguiram produzir”.

Admitidamente, então, qualquer ação unificada entre as nações se ergue em frágil alicerce do interesse próprio e da autopreservação, e não no interesse genuíno pelo próximo e pelos princípios justos. Terão êxito os esforços alicerçados em tal base?

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar