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  • O que há de errado com a economia?
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Despertai! — 1982
g82 22/6 pp. 25-28

O que há de errado com a economia?

Do correspondente de “Despertai!” no Canadá

COMO um carro atolado na lama, a economia mundial está atolada. Existe até mesmo o aviso de que, como um automóvel encalhado com o motor acelerado e as rodas patinhando, os sistemas econômicos mostram sinal de colapso sob a pressão. E todos nós sentimos os efeitos. “Temos que fazer andar a economia!” é o clamor que se ouve agora.

O que está errado? Como é que se espera que a economia funcione?

“A economia” refere-se a um sistema de produção e distribuição de bens e de serviços A economia é basicamente um sistema de troca cooperativa. O dinheiro é usado para compensar os participantes por seus bens e serviços.

Quanto maior a atividade ou o comércio no sistema, tanto maior a demanda de produtividade e tanto maior a oportunidade de troca de bens aumentados. As nações se tornam mais prósperas e seus habitantes podem contemplar um padrão de vida melhor.a Uma economia que avança ou se expande é considerada essencial para o progresso e a segurança do mundo.

Este imaginava-se ser o estado geral da economia do mundo ao longo das décadas de 50 e 60. Em meados dos anos 70, contudo, era evidente que alguma coisa estava errada. A “inflação galopante” gerava uma espiral viciosa de aumento de preços. A produção era menor do que a demanda, o desemprego aumentava e os preços continuavam a subir. Em vez de uma eqüitativa troca de riqueza, o abismo entre as nações ricas e as pobres aumentava.

Especialmente de 1973 em diante, os aumentos drásticos no preço do petróleo abalaram o sistema. A economia dependente de energia no mundo ocidental industrializado cambaleou. Os países em desenvolvimento, não-produtores de petróleo, mergulharam desesperançadamente cada vez mais fundo na dívida à medida que importavam os bens necessários e a energia a sempre crescentes preços. Provocando estrago adicional, o instrumento do comércio — o dinheiro — valorizava e desvalorizava erraticamente a moeda de uma nação com relação a de outra. Claramente, a economia “virou fera”.

Reuniões de Cúpula Sobre Economia

Em novembro de 1975, os líderes de algumas das mais fortes nações industrializadas do mundo — França, República Federal da Alemanha, Itália, Japão, Grã-Bretanha e Estados Unidos — reuniram-se em Rambouillet, França, para falar sobre como resolver os problemas econômicos do mundo. Após três dias de conversações, os líderes saíram da reunião “confiantes em que . . . a recuperação está a caminho”.

Desde então, contudo, os líderes das mesmas nações industriais, agora juntamente com o Canadá, sentiram a necessidade de realizar uma Reunião Econômica a cada ano. O que aconteceu à esperada recuperação?

Dois dias antes da Reunião Econômica de 1981, realizada em Ottawa, no Canadá, o Star de Toronto publicou: “A principal diferença entre a reunião de segunda-feira e a primeira realizada em Rambouillet, França, em 1975, é que atualmente todo mundo é um pouco mais cauteloso a respeito das perspectivas para o futuro em coisas tais como recuperação da economia, aumentar o comércio mundial, reduzir a inflação e aumentar a oferta de empregos.”

Em termos simples, a economia ainda está atolada. E ninguém tem certeza de como conseguir movimentá-la. A inflação persiste teimosamente — com números de dois dígitos em todas as nações participantes da reunião de 1981, com exceção de duas. O crescimento do Produto Nacional Bruto (total dos bens e serviços produzidos) nos países industrializados tem sido longe de ser satisfatório.

Complicações Adicionais

Nos meses recentes, adicionou-se uma nova complicação no emaranhado de problemas que atola a economia — altas recordes nas taxas de juros, especialmente nos E.U.A. Como quando uma pedra é atirada num lago, as ondulações invadiram a economia de todas as nações ocidentais industrializadas.

Nos Estados Unidos as altas taxas de juros tornaram mais difícil a disponibilidade de dinheiro por desestimular os candidatos aos empréstimos de pôr em circulação mais dinheiro inflacionado. Mas as altas taxas de juros também restringem o fluxo de dinheiro nos investimentos comerciais, grandemente necessários para manter em movimento a estagnada economia.

Em outros países as altas taxas de juros nos E.U.A. atraem investidoras que querem transformar o seu dinheiro em dólares norte-americanos. A procura de dólares aumenta o seu valor, ao passo que diminui o valor relativo das outras moedas. As moedas européias caíram cerca de 20 por cento na primeira metade de 1981, alegadamente devido às altas taxas de juros nos Estados Unidos. Os investimentos fluíram através do Atlântico, desacelerando a recuperação européia e estimulando a inflação.

Quando uma moeda vale menos, exige mais dinheiro para pagar pelos bens importados. A inflação sobe. Para manter o dinheiro de investimentos dentro da fronteira, os países aumentaram suas taxas de juros para competir com as dos Estados Unidos. Contudo, taxas mais baixas são necessárias para facilitar tomar emprestado dinheiro para investimentos a fim de estimular suas economias.

Na reunião em Ottawa, o presidente Ronald Reagan dos E.U.A. ficou firme na sua posição de taxa de juro alta em seu país. Os outros líderes se confrontam com o dilema quanto ao que fazer se a política de dinheiro difícil dos E.U.A. não ajudar a controlar a inflação e as taxas de juros continuarem altas.

O crescente desemprego é outra complicação séria. A Organização Para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico prevê que o desemprego em seus 24 países membros chegue ao nível mais elevado desde o período de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. Pelo menos um líder europeu afirma que “o desemprego é agora um mal maior do que a inflação”.

O balanço de pagamentos das nações é ainda outro fator a turvar as águas econômicas. Como bloco, a Comunidade Econômica Européia registrou um déficit de quase 10 bilhões de dólares na primeira metade de 1981 em relação ao Japão, um agressivo exportador. Os países industrializados como um todo tiveram em 1980 um déficit no total de 70 bilhões de dólares na conta de pagamentos, devido em grande parte aos preços mais elevados do petróleo importado. Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, por outro lado, pularam para superavits de 3 bilhões de dólares em 1978 para 120 bilhões em 1980. Para os países em desenvolvimento não-produtores de petróleo, contudo, o déficit em conjunto de 79 bilhões de dólares na conta de pagamentos em 1980 aumentou em 1981 e não há alívio à vista.

Tal desequilíbrio desconcertante desvairadamente derruba a inteira economia. As nações industrializadas lutam para corrigir seu próprio balanço de pagamentos enquanto incentivam os países ricos em petróleo a repor em circulação o dinheiro dos superávites, especialmente por darem ajuda aos países menos desenvolvidos, atormentados pela dívida.

‘Uma Declaração Pessimista’

Com essas e muitas outras complicações apertando de todas as direções, os participantes da reunião de 1981 em Ottawa declararam “a necessidade de revitalizar as economias das democracias industrializadas, de atender às necessidades de nosso próprio povo e de fortalecer a prosperidade mundial”.

Contudo, o Star de Toronto classificou o comunicado final deles de “Declaração um tanto pessimista a respeito do futuro econômico do mundo livre”. Os sete líderes concordaram que a “luta para diminuir a inflação e reduzir o desemprego deve ser nossa prioridade principal”. Mas como?

Um editorial no Globe and Mail de Toronto disse: “Nenhuma decisão de grande repercussão no mundo foi tomada, nenhuma iniciativa dramática foi elaborada.” Em vez de fornecer uma “planta” para a economia ocidental, o “comunicado de Ottawa e um desenho tão rústico que dificilmente se pode determinar o que os líderes querem construir . . . Ao passo que existe uma camada superficial de banalidade na maioria dos conjuntos de diretrizes políticas, pode-se em geral enxergar além da camada e encontrar madeira ou aço . . . mas, às vezes, encontra-se papelão — como no caso de Ottawa”. Será que os líderes e seus conselheiros esgotaram seu repertório de idéias?

Contudo, são abordados pontos significativos no comunicado de Ottawa “Precisamos envolver os nossos povos numa apreciação maior da necessidade de mudança; mudança nas expectativas quanto ao crescimento e os lucros, mudança nas relações e práticas do empresariado e da classe operária, mudança no modelo da indústria, mudança na aplicação e escala do investimento e mudança no uso e suprimento de energia”, dizem os líderes. Reivindicam-se mudanças nos empréstimos públicos, nos déficits de orçamento, nas taxas de juros, na volatilidade das taxas de juros e nas taxas de câmbio das moedas, na produção acelerada de alimentos e em assuntos de comércio. Em vez de simplesmente um impulso, a economia necessita desesperadamente de uma completa reformulação!

As economias tiveram problemas anteriormente e se recuperaram. Por que não pode a economia atual reavivar-se sem passar por uma mudança drástica?

A Diferença Principal

Os problemas econômicos do mundo não são os mesmos dos de uma geração atrás. A principal diferença é a interdependência das nações e de suas economias. A política ou ação econômica numa nação industrializada afeta as outras. Mesmo a mais pobre das nações em desenvolvimento está interligada na economia global, afetando as nações ricas. A prosperidade dos países ricos depende do bem-estar dos países pobres, os quais não somente vendem matéria-prima aos ricos mas também importam bilhões de dólares em bens, criando os mui necessitados empregos nas nações industrializadas.

As nações em desenvolvimento querem uma nova ordem econômica internacional que lhes dê uma melhor participação na economia mundial. É uma demanda que as nações ricas não podem desconsiderar. Conforme observou o primeiro-ministro canadense Pierre Trudeau, trata-se de “um elemento de segurança global”.

Até que ponto, se é que isto aconteça, a economia se reativará e as nações partirão para a negociação de uma nova ordem econômica, o tempo o dirá. Mas existe prova convincente de que o que realmente está errado com a economia não tem cura.

O Que Realmente Está Errado?

Muitas coisas estão erradas. Primeiro, existe a ganância — quem pode controlá-la? Independente da necessidade real, as pessoas querem mais e mais coisas materiais e um “padrão de vida melhor”, mesmo às custas dos outros. A ganância alimentou expectativas excessivas e exigências por salários mais altos que se alcançam por se aumentar os preços. Leva à imposição de controles restritivos sobre a economia da parte de uma nação para proteger a sua própria riqueza às expensas das outras. Como uma doença, a ganância infesta a economia mundial com exploração e manipulação.

Outra força impelente na economia mundial é a ameaça de guerra. As nações querem fortalecer suas economias de modo que possam ter acesso a armamentos para assegurar ou defender sua soberania. Numa maciça corrida armamentista com a União Soviética, os Estados Unidos apresentaram um plano de cinco anos para elevar o orçamento de defesa de 162 bilhões para 343 bilhões de dólares. Tais custos espiralantes do empenho pela vantagem militar pode adicionalmente aleijar a economia de todos os países principais. Pode alguém esperar justiça e eqüidade de um sistema econômico que, em duas semanas, gasta em finalidades militares quantias que, segundo se diz, poderiam prover água potável e cuidados médicos básicos para toda população do mundo?

O problema básico, contudo, é governo. Conforme reconheceu a reunião de cúpula em Ottawa, “os assuntos econômicos refletem e afetam propósitos políticos mais amplos”. O primeiro-ministro japonês Suzuki tocou no ponto quando disse que o desafio enfrentado pelas nações ocidentais era demonstrar que suas instituições econômicas e políticas eram superiores às do Oriente.

Trazendo à atenção a Reunião de Ottawa, o presidente da conferência, o Primeiro-ministro Trudeau, disse à Câmara dos Comuns canadense: “Oitocentos milhões de pessoas vivem à margem da existência humana. Vivem em esmagadora privação, em desespero e num estado de crise permanente. O manejamento dessa crise é um teste tanto para a humanidade como para a credibilidade dos governos.” (O grifo foi acrescentado.)

O fato é que 6.000 anos não foram suficientes para produzir uma forma de governo fidedigna de entre a humanidade. A despeito de alguns avanços, a crise no seu todo piora, não melhora. É possível haver um tipo de governo fidedigno que pode remover a atual ineqüitativa ordem econômica, levada pela ganância e sua obsessão pela guerra?

Sim! O governo necessário é o reino celestial de Deus. Trará a esta terra soluções de longe superiores a qualquer coisa sonhada nos compêndios e teorias econômicas. O compêndio principal daquele governo, a Bíblia Sagrada, há muito apontou para os graves problemas econômicos a serem sentidos em nossa época. (Revelação 6:6) Mas ele vai além de mostrar o que está errado; pode levar você a sentir as bênçãos da única solução satisfatória.

Ajudará você a compreender por que apenas o reino de Deus pode garantir emprego para todos, ausência de inflação, distribuição justa da riqueza e segurança econômica. Mesmo agora ele transforma personalidades de modo a eliminar a ganância e desvia esforços produtivos de construir armamentos para empenhos pacíficos e eventualmente a segurança econômica. (Miquéias 4:1-4) Em vez de simplesmente criar uma nova ordem econômica, em breve removerá o inteiro sistema mundial — inclusive a economia injusta — e o substituirá por uma nova ordem justa. Apenas um governo sobre-humano pode realizar tal feito sobre-humano! — Daniel 2:44.

Por que não examina a Bíblia e descobre por si mesmo o que deve fazer a fim de se beneficiar dessa vindoura mudança mundial? As Testemunhas de Jeová prontificam-se a ajudá-lo em seus esforços nesse sentido.

[Nota(s) de rodapé]

a Para uma consideração sobre princípios básicos de economia, veja Despertai! de 22 de julho de 1975, pp. 16 a 21.

[Gráfico na página 26]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

PREÇOS AO CONSUMIDOR

1977

1978

1979

1980

20%

15%

10%

5%

CANADÁ ALEMANHA DC. R.UNIDO FRANÇA ITÁLIA JAPÃO E.U.A.

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