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  • A democracia retorna a seu “berço”
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Despertai! — 1975
g75 22/11 pp. 25-27

A democracia retorna a seu “berço”

Do correspondente de “Despertai!” na Grécia

O PAÍS mediterrâneo da Grécia sempre se orgulhou de ter sido o “berço da democracia”. No entanto, é interessante ver que aparência tinha o “bebê” em seu berço grego, lá nos idos do sexto ao quarto séculos A. E. C. Nesse período, considerável progresso foi feito em muitos campos do conhecimento humano. O pensamento filosófico e as belas-artes se expandiram em geral, todavia, o estilo grego de democracia permaneceu bem restritivo e só se aplicava às cidades-estados, que raramente tinham mais de 10.000 habitantes. E, mesmo nestas cidades, apenas pequena minoria gozava esta forma de democracia, visto que o direito de votar era negado aos escravos, às mulheres e a todos que nasceram no estrangeiro.

Por cerca de dois mil anos, no que dizia respeito à Grécia, parecia que o “berço” ficara vazio. Do século dezenove em diante, a Grécia teve vários tipos diferentes de governos — monarquia constitucional, república, ditadura, e ocupação estrangeira durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da segunda guerra mundial, a democracia de novo floresceu, até 21 de abril de 1967, quando um governo militar despojou o “berço”.

Os coronéis que formaram tal governo cercearam severamente os direitos civis, aboliram as eleições, dissolveram todos os partidos políticos, e regeram o país com mão de ferro, declarando que o povo grego não era suficientemente maduro para viver sob a regência democrática. Em resultado, as testemunhas cristãs de Jeová tiveram de realizar sua obra de educação bíblica às ocultas, embora não tivessem qualquer afiliação política ou social. Testemunhas estrangeiras que viajaram de Nurembergue para Atenas, em 1969, foram revistadas nas fronteiras e todas as suas publicações cristãs, que esperavam levar para seus concrentes na Grécia, foram confiscadas. Outras Testemunhas, quando solicitaram passaportes para visitar parentes no exterior, ou para assistir a assembléias cristãs, não conseguiram sair da Grécia por “razões de interesse e da ordem públicos”.

Outro evento surpreendente neste período ditatorial anormal foi o envio duma circular do Ministério do Interior, em 13 de novembro de 1970, referindo-se aos casamentos entre testemunhas cristãs de Jeová como “inexistentes” e ordenando que os oficiais do Registro Público do país não registrassem tais casamentos ou os filhos deles resultantes, porque “a religião das Testemunhas de Jeová é desconhecida”!

Apenas um governo ditatorial poderia imaginar tal circular monstruosa e patentemente injusta, e assim causar tremendo problema social. A religião das testemunhas de Jeová, além de ser bem conhecida em todos os países do mundo, também tem sido bem conhecida na Grécia em todo sentido e já por décadas. Os procuradores da república no Supremo Tribunal, o Conselho de Estado e os tribunais fizeram todos declarações no sentido de que as testemunhas de Jeová são uma “religião conhecida”. Ademais, as uniões matrimoniais solenizadas segundo os ritos religiosos das testemunhas cristãs de Jeová foram registradas nos Escritórios de Registro Público do Estado grego já por mais de setenta anos. Quatro gerações de crianças crentes desta religião bem-conhecida jamais tiveram problemas de registro!

Mas, daí, seis anos depois de cercearem os direitos civis, aconteceu algo imprevisto. Em novembro de 1973, assumiu o poder outra junta militar. Tornou-se ainda mais opressiva, mas resultou ter vida curta. Infelizes condições econômicas, juntaram-se à inquietação política e social em enfraquecer sua posição. Assim, quando graves dificuldades afloraram devido à questão de Chipre, e o governo achou necessário mobilizar o país devido às dificuldades com a Turquia, a junta enfrentou problemas complicados.

Acharam que nada podiam fazer exceto apelar para que Constantine Karamanlis, antigo primeiro-ministro que se exilou, voltasse para formar um governo, o que ele fez em 24 de julho de 1974. Ele governara de 1955 a 1963, quando, discordando com a então Corte Real, foi para o exterior, vindo a morar em Paris. Assim, sem lutas e derramamento de sangue, uma democracia sem coroa veio a existir através de eleições parlamentares livres em 27 de novembro, e um referendo em 8 de dezembro de 1974.

O novo governo tinha três grandes tarefas nas mãos: (1) Restaurar à normalidade as condições políticas, sociais e econômicas. Durante a regência das juntas, o país perdeu cerca de Cr$ 3,4 bilhões com o turismo, remessas do exterior e navegação, e sofreu considerável queda na produção industrial. (2) Estabelecer a Carta Constitucional da “Democracia Helênica” pelo parlamento. (3) Resolver os muitos problemas espinhosos resultantes da questão de Chipre e as relacionadas.

Como resultado do retorno da democracia a seu “berço” de outrora, as testemunhas cristãs de Jeová podem de novo reunir-se abertamente. Em fins de 1974, as Testemunhas alugaram grande estádio de basquete para uma reunião especial, mas, aparentemente devido a pressões religiosas, e não políticas, os responsáveis pelo local cancelaram o contrato no último minuto. Foram feitos arranjos então para se realizar uma série de reuniões no salão dum grande hotel de propriedade de uma Testemunha. Outra reunião foi realizada dois dias depois num ginásio de basquete. Em resultado, um total de 11.644 Testemunhas puderam comparecer a um programa especial para ouvir dois membros de seu Corpo Governante de Brooklyn, Nova Iorque.

Desnecessário é dizê-lo, as Testemunhas aqui na Grécia ficaram emocionadas. Era pela primeira vez, em mais de sete anos, que conseguiam reunir-se abertamente, graças a Jeová e à mudança de governo, de um do tipo militar para a democracia. Não que as Testemunhas ficassem paradas durante a proscrição. Ano após ano, continuaram com zelo a sua obra de pregação. — Isa. 54:17.

Atualmente, sob o governo democrático na Grécia, as Testemunhas estão livres para realizar discursos públicos, e esperam que, no futuro próximo, possam ter seus próprios locais de adoração, conhecidos como “Salões do Reino”. Também fazem planos de expandir suas instalações gráficas a fim de cuidarem da grande demanda de publicações bíblicas na Grécia. O novo governo já adotou nova Carta Constitucional, salvaguardando os direitos humanos, e o Conselho de Estado já decidiu que o registro de seus casamentos seja feito legalmente.

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