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  • Berlim Oriental e o antigo Oriente próximo
  • Despertai! — 1976
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Despertai! — 1976
g76 8/8 pp. 12-14

Berlim Oriental e o antigo Oriente próximo

Do correspondente de “Despertai!” na Alemanha Ocidental

BERLIM ORIENTAL — O que lhe vem à mente quando ela é mencionada? Talvez pense apenas num moderno estado europeu sob o domínio comunista, em que predomina o ateísmo.

Compreende, porém, que Berlim Oriental contém abundantes informações sobre o antigo Oriente Próximo, pormenores que corroboram partes da Bíblia? Estes materiais se localizam no famoso Museu de Pérgamo, que se situa em terceiro lugar, após o Museu Britânico e o Luvre, nas coleções do antigo Oriente Próximo.

Gostaria de saber algo sobre o manancial de tesouros deste museu? Comecemos com materiais da própria Pérgamo.

Descobertas da Antiga Pérgamo

Este museu contém uma reconstrução dum altar a Zeus, conhecido como “o altar de Pérgamo”. O próprio altar de holocaustos se localiza num recinto acima dum “prédio do altar”. Para chegar ao altar, é preciso subir uma escadaria de 24 degraus, de quase 20 metros de largura, como se a pessoa se aproximasse da sala do trono. Em ambos os lados da escadaria há baixos-relevos de pedra, gravados com figuras mitológicas. Por que é de interesse, hoje em dia, esta relíquia da adoração pagã antiga?

A Dra. Elizabeth Rode, que dirigiu os trabalhos de reconstituição, comenta em Pergamon, Burgberg und Altar (Pérgamo, Colina do Castelo e Altar): “Crê-se que o testemunho escrito mais antigo sobre o altar pode ser encontrado nas palavras do evangelista João.” Que “palavras” do apóstolo João tinha em mente essa autora?

Evidentemente ela pensava no que aparece na Bíblia em Revelação 2:12, 13: “E ao anjo da congregação em Pérgamo escreve: ‘. . . Sei onde estás morando, isto é, onde está o trono de Satanás; contudo, persistes em apegar-te ao meu nome e não negaste a tua fé em mim, mesmo nos dias de Ântipas, minha testemunha, o fiel, que foi morto ao vosso lado, onde Satanás está morando.’”

Era o altar-trono de Zeus, de Pérgamo, a razão pela qual as Escrituras afirmam que “o trono de Satanás” se situava em Pérgamo? A Dra. Rode continua:

“É triste dizer que a questão continua sem solução, quanto a se o cristianismo primitivo considerava o ‘Trono de Satanás’ como sendo este velho altar dos deuses, arraigado na tradição, ou se tal expressão era usada com referência ao honrado altar de Augusto, situado em Pérgamo, mas odiado pelos cristãos, porque eram aqui obrigados a fazer sacrifícios a César. “

A “colina do castelo” de Pérgamo é outro item interessante. Uma espiada em sua reconstituição aqui revela que a adoração do Estado era caraterística marcante desta antiga cidade. Para exemplificar, o santuário nacional de Atena contém a estátua do Rei Átalo I, de Pérgamo. Uma inscrição indica que este santuário também continha um altar. A colina do castelo também apresenta um templo iniciado pelo imperador romano, Trajano, e terminado por seu sucessor, Adriano. Ambos eram adorados ali. E há outro templo neste local, um iônico com um terraço de teatro dedicado ao César Caracala (Marco Aurélio Antônio).

As poderosas garras da religião pagã sobre a antiga Pérgamo são ainda mais evidentes na sala em que se exibem as esculturas. Há uma de Esculápio, deus da medicina, adorado por meio duma serpente viva mantida no trono. Outra escultura exibe Afrodite, a deusa da beleza e da sensualidade, sentada numa tartaruga. Há também a grande “deusa-mãe” Meter, a egípcia Ísis, e muitos outros deuses, gregos e romanos, bem como os da Ásia Menor. Deveras, os cristãos em Pérgamo eram pressionados a ‘negar sua fé em Jesus Cristo’.

Espiada em Babilônia

Outra modalidade do Museu de Pérgamo é a reconstituição da “Via das Procissões”, construída por Nabucodonosor II para o deus Marduque. Uma pedra redonda tirada dela traz a inscrição: “Nabucodonosor, rei de Babilônia, Filho de Nabopolassar, Rei de Babilônia sou eu. A rua de Babel eu pavimentei para a procissão do grande Senhor Marduque, com pedras redondas de xadu.”

Imagine-se andando por esta avenida até a Porta de Istar. De cada lado, ascendem maciças muralhas de fortaleza. Pode imaginar quão difícil teria sido que forças inimigas entrassem em Babilônia por esta avenida? O Professor R. Koldewey, que dirigiu escavações em Babilônia, explica em Das wieder Erstehende Babylon (Babilônia Surge de Novo):

“Quando os defensores estavam na muralha, a rua se tornava uma armadilha mortífera para qualquer intruso. Esta impressão de horror e choque, que muralhas como essas causavam ao intruso, e até mesmo criavam no pacífico recém-chegado, era substancialmente aumentada pela decoração impressiva de longas fileiras de leões que vinham sobre o estranho. Estes eram de brilhantes cores esmaltadas nos relevos achatados sobre as muralhas de tijolos.”

Perto do fim da Via das Procissões, há uma reconstituição de pleno tamanho da Porta de Istar, outro impressionante lembrete da antiga Babilônia. Esta estrutura de tijolos, contendo uma entrada areada, abrindo-se sobre duas enormes torres, ergue-se a uns quinze metros de altura. As laterais desse arco e as torres estão adornadas de interessante friso em que fileiras de touros alternam-se com fileiras duma “serpente-dragão”. Essa última aparece com cabeça de serpente, corpo de leão e patas traseiras de águia. Istar, nome que esta porta tem, era a deusa do sexo e da fertilidade, e era adorada em Uruque como deusa-mãe e rainha dos céus.

Cogitando das procissões que eram feitas na Via das Procissões de Babilônia, o arqueólogo Koldewey teceu interessante comparação: ‘Vi, certa vez, aparecer no portal da catedral de Syrakus (cidade da ilha da Sicília), uma imagem de prata de Maria, maior do que seu tamanho natural, carregada de presentes de dedicação, anéis, pedras preciosas, ouro e prata, sendo levada por 40 homens numa liteira bem acima das cabeças das multidões aglomeradas. Num cortejo festivo, acompanhado de ruidosa música e por fervorosas multidões que oravam, foi trazida ao Jardim de Latomien. Similarmente, posso imaginar uma procissão trazendo o deus Marduque em sua marcha triunfal pela via das procissões no meio de Babilônia.’

Confirmação dum Relato Bíblico

O trabalho de reconstrução desses tesouros resultou em interessante corroboração do seguinte relato bíblico sobre Joaquim, um dos reis do antigo Israel:

“[Nabucodonosor] levou Joaquim ao exílio, a Babilônia . . . E sucedeu, no trigésimo sétimo ano do exílio de Joaquim, rei de Judá . . . que Evil-Merodaque, rei de Babilônia, no ano em que se tornou rei, levantou a cabeça de Joaquim, rei de Judá, da casa de detenção . . . E tirou-lhe as suas roupas de prisão; e comeu constantemente pão diante dele todos os dias da sua vida. Quanto à sua subsistência, dava-se-lhe constantemente a subsistência da parte do rei, diariamente, como porção devida, todos os dias da sua vida.” — 2 Reis 24:15; 25:27-30.

Durante os esforços de juntar e reconstituir a ampla coleção de relíquias antigas do Oriente Próximo, cerca de trezentas tábuas cuneiformes foram descobertas. Elas estavam nos prédios próximos ao palácio de Nabucodonosor. A maioria delas dizia respeito a entregas ou distribuições de alimentos. Interessante é que algumas dessas tábuas continham o nome de Joaquim. Quanto ao valor desta descoberta, Hans Bartke comenta no livro Bibel, Spaten Und Geschichte (A Bíblia, a Pá e a História):

“Estas tábuas não são de grande importância, num fornecem muitas informações. Principalmente, porém, comprovam que Joaquim estava realmente em Babel, morava no palácio do Rei e recebia sua parte dos alimentos. . . . estas tábuas representam uma corroboração do relato bíblico. Por conseguinte, adequam-se a fortalecer a confiança no registro bíblico.”

O espaço não permite uma investigação mais extensa, aqui, da coleção de relíquias do Museu de Pérgamo. No entanto, nos anos recentes, acordos governamentais têm tornado mais fácil que os residentes dos países ocidentais entrem em Berlim Oriental. Planeja uma viagem dentro em breve à Alemanha? Se assim for, talvez verifique que vale a pena visitar este museu de Berlim Oriental e examinar seus tesouros do antigo Oriente Próximo.

[Foto na página 12]

Reconstituição dum monumento que contém um altar de Zeus, situado no Museu de Pérgamo, Berlim Oriental.

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