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  • Seu servo — o lápis
  • Despertai! — 1976
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Despertai! — 1976
g76 8/9 pp. 26-28

Seu servo — o lápis

JÁ POR muitos anos o leitor me emprega para fazer registros dos seus negócios, para expressar seus sentimentos e suas emoções, e para planejar suas atividades futuras. Mas, quanto sabe a meu respeito?

Exatamente quando e onde comecei meu serviço é um pouco obscuro. As autoridades citam diferentes datas e locais. Contudo, sem querer ser dogmático, eu lhe farei breve resumo de minha formação.

Meu nome “lápis” vem da palavra latina lapis, que significa “pedra”. (Em inglês, pencil provém do latim penicillus, que significa “pincel de pintor”.) E no início meus ancestrais eram pincéis ou bastonetes finos, muito longe de meu formato atual. Mais tarde, a “grafita” (do grego graphein, “escrever”) foi descoberta na Baviera. É o que forma meu núcleo, engastado na madeira. A grafita era anteriormente conhecida como “plumbagina” (“mina de chumbo”) e, assim, até os dias atuais, sou mencionado como “lápis de chumbo”, muito embora não contenha chumbo.

Embora a grafita já fosse conhecida por algum tempo, não foi senão em 1564 que se descobriu a alta pureza em forma sólida, em Borrowdale, Inglaterra. Por volta desse tempo, comecei a me desenvolver. A história diz que, durante uma tempestade especialmente violenta, enorme árvore foi desarraigada, e um lavrador encontrou uma substância aglutinada nas raízes que podia ser usada para marcar ou estigmatizar ovelhas e que não saía quando lavada.

Mais tarde, fundou-se a mina de Borrowdale. A grafita era cortada em varetas e vendida como implemento de escrita. A principal dificuldade era a sujeira que eu deixava na mão do escritor e em tudo com que entrava em contato. Seguiram-se vários aperfeiçoamentos. Um deles foi envolver-me em barbante ou material do tipo de barbante, a ser cortado ou desenrolado à medida que minha ponta se gastava, similar ao modo que alguns de meus amigos de creiom são envoltos em papel que pode ser desenrolado à medida que o creiom se gasta. Outro aperfeiçoamento foi engastar-me num tubo de metal e puxar a vareta pelo tubo, de modo que somente a ponta de minha grafita ficasse exposta, similar à minha prima, a lapiseira atual.

O lápis mais comum, como eu, uma vareta de grafita engastada em madeira, foi primeiramente fabricada em Nurembergue, na Baviera (agora a cidade de Nurembergue, Alemanha), por volta de 1660. Por volta de 1790 a 1795, pelo menos duas pessoas diferentes tinham aperfeiçoado métodos de amalgamar a grafita com argila, estes sendo Josef Hardtmuth, de Viena, Áustria, e Nicolas Jacques Conté, da França. Seu método contribuía para um lápis mais consistente e suave, que, basicamente, ainda está em uso.

Agora, deixe-me apresentar-lhe alguns de meus parentes modernos — a lapiseira giratória e a lapiseira ‘automática’. São feitas em muitos formatos e tamanhos, sendo fabricadas de plástico ou de metal, com um mecanismo interno para segurar e movimentar a “grafita” através de pequeno orifício na ponta, quando isso é necessário. Em alguns casos, consegue-se isso através duma rosca que faz avançar a “grafita” ao se girar a tampa da lapiseira. No caso das lapiseiras do tipo “automática”, comprime-se um dispositivo na tampa da lapiseira e pequenas garras seguram a “grafita” lá dentro, puxando-a para a frente e travando-a na posição.

Usualmente, a “grafita” fabricada para as lapiseiras tem um diâmetro muito menor do que a usada no lápis comum de madeira, tendo apenas 0,91 a 1,17 milímetros de diâmetro e entre seis a dez centímetros de comprimento, com graus similares de dureza, embora não sejam tão extensivas.

Fabricando Meu Núcleo

Usando métodos modernos de fabricação, a grafita e a argila são amalgamadas com água até atingirem a consistência de uma massa dura, que é então expelida por pequena cavidade numa matriz de carboneto de tungstênio. A grafita pronta é então cortada em varas de cerca de 18 centímetros. Essa “grafita” é então secada e introduzida num forno numa temperatura que varia de (1.038 a 1.093 graus centígrados) e, por fim, é impregnada dum lubrificante que tem natureza cerosa ou gordurosa para me tornar mais macio para a escrita. A real vantagem do método acima, em comparação com o uso da grafita natural, é que a textura da grafita pode ser controlada e sua dureza variar, desde o grau 6B mole, até HB e F, até os graus duríssimos 9H, por se variar a quantidade de argila adicionada à mistura. Quanto mais argila, mais dura a grafita. Os graus moles “B” são usados principalmente para trabalhos de arte, esboços e coisas semelhantes.

Sendo mole, as “grafitas” de grau “B” não agüentam uma ponta afiada, mas se arredondam e permitem que o artista misture e sombreie os traços para conseguir contornos e profundidade. O grau “H” mais duro é usado em desenhos de arquitetura e engenharia. A “grafita” mais dura mantém uma ponta afiada, resultando em se poderem traçar linhas bem finas e exatas.

Os da classe média, os graus HB e F, são para uso geral, combinando tanto os graus duros e os moles. Adicionalmente, muitos lápis de “grafita” para fins especiais têm sido criados, tais como o lápis bem fino para ajustar-se à grossura dos livrinhos de anotações ou diários, e o lápis de carpinteiro, com sua “mina” dura e retangular para riscar madeira dura.

Engastando Meu Núcleo

Até agora só consideramos uma parte de mim, meu núcleo, a “grafita”, mas a madeira que me envolve é igualmente importante. A madeira tem de ser suficientemente macia para que o lápis seja apontado, bastante forte para suportar a grafita quebradiça na ponta e estável, de modo que não deforme nem se curve. O cedro vermelho preenche todas essas especificações, bem como possui uma cor natural rica e agradável aroma, quando sou apontado. Até os dias atuais, é considerada a melhor madeira para a fabricação de lápis. A escassez de madeira, contudo, tornou necessário o uso de outras variedades, tais como o cedro das Montanhas da Serra Nevada na Califórnia.

A madeira é primeiramente talhada em ripinhas com cerca de 18 centímetros de comprimento por cinco de largura, ou seis lápis de largura por meio lápis de grossura. Em seguida, uma máquina abre seis meio sulcos de um lado, para receberem a “grafita”. Daí, duas dessas ripinhas são coladas juntas com a “grafita” entre elas nos sulcos. Depois de a cola endurecer, são cortadas em seu formato por se colocar primeiro na máquina um lado, com a forma de seis meio lápis. Daí, o outro lado é colocado na máquina da mesma forma, deixando seis lápis separados que são então cortados no tamanho exato. Segue-se a pintura. No caso de alguns de meus parentes mais caros, isto poderá significar até dez camadas de verniz.

Estou quase pronto para deixar a fábrica, mas, primeiro, meu nome, identificação e grau têm de ser impressos no meu lado. Da máquina impressora faço rápida viagem até a máquina automática de apontar, visito o inspetor para o OK final, e então vou para a embaladeira. Agora estou pronto para distribuição. Foram empregadas cento e vinte e cinco operações diferentes para fazer de mim o que eu sou, seu lápis.

Sim, tenho estado a seu serviço já por longo tempo. Da próxima vez em que me pegar, lembre-se: “É melhor ter um servo como eu do que memória fraca.”

[Diagrama na página 27]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

PLANTAS

ARTE

6B 5B 4B 3B 2B B HB F H 2H 3H 4H — 9H

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ESCRITA

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