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  • g77 22/4 pp. 20-24
  • Astucioso caçador do campo e da floresta

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  • Astucioso caçador do campo e da floresta
  • Despertai! — 1977
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Despertai! — 1977
g77 22/4 pp. 20-24

Astucioso caçador do campo e da floresta

OS CÃES de caça o perseguem ardentemente. A fuga parece impossível. Mas, num instante, o perseguido corre sobre uma velha tora que caiu de um lado ao outro dum rincho. No meio, ele nota diminuta ilhota e salta até ela. Será que em seguida pulará para o lado mais distante da corrente? Não. Surpreendentemente, ele salta de novo para a margem que acabou de deixar, e então corre como uma flecha numa outra direção. Logo surgem os cães. Até bem no meio da tora, seguem o rasto da possível vítima. Ali ele desaparece, mas eles prosseguem até o outro lado do riacho. Sim, os perseguidores foram completamente despistados.

Nesse episódio da vida real, o astucioso fugitivo era uma raposa. Mas, exatamente quão engenhosas são as raposas? Como é que são realmente?

Fatos Sobre Raposas

“Canídeo” é uma boa palavra para a raposa. É um mamífero carnívoro da família Canidae, como é o cão. Com efeito, com suas pontudas orelhas e longos focinhos, a maioria das raposas se parecem com cães.

Que dizer da cor? Bem, há uma variedade e tanto entre as raposas. Pela maior parte da Europa, Ásia e a parte setentrional da América do Norte, as raposas-vermelhas são numerosas. Em geral, são vermelho-alaranjadas ou ferrugíneas, e têm barriga branca, pêlo negro nas patas e cauda peluda de ponta branca. Mas, outras raposas-vermelhas têm pêlos negros com manchas brancas e são chamadas raposas-prateadas. As que têm pele de cor preto-azeviche são chamadas de raposas-negras. Ainda outras raposas-vermelhas são chamadas de raposas-cross (cruz), porque, embora ferrugíneas, sua pele forma uma cruz negra sobre os ombros e ao longo da espinha dorsal.

A raposa-cinzenta se espalha desde o sul do Canadá até o norte da América do Sul. O pêlo de suas costas é de cor sal-epimenta, embora sua barriga seja esbranquiçada e os lados dos ombros, do pescoço e das patas, bem como a parte interior da cauda, tenham cor ferrugínea. Incidentalmente, apenas esta raposa sobe em árvores — um bom modo de escapar duma matilha de cães de caça!

As raposas-polares constituem ainda outro tipo. Como seu nome sugere, habitam as regiões árticas. Seu casaco de verão, cinza-pardo, transforma-se em branco como a neve no inverno — — primorosa camuflagem no meio do gelo e da neve. Esta pequena raposa engenhosa se veste com seu casaco branco quente por volta de setembro. Que a temperatura baixe então para 59° C abaixo de zero! Isso não importa para tal criatura, talvez enrolada na neve com o focinho enfiado nos pêlos da cauda, que se diz agir como “uma espécie de radiador dotado de calor autogerado”.

A raposa-kit (Vulpes velox), amarelo-cinzenta, da parte oeste da América do Norte recebeu tal nome do fato que tem o tamanho dum gatinho. Mas, este animal destro contrabalança sua pequenez com a facilidade de manobras e velocidade. Se necessário, consegue uma partida muito rápida e pode mudar de direção num instante, sem reduzir a velocidade — deixando o atônito perseguidor mergulhado no pó.

Todavia, a menor de todas as raposas é o feneco, habitante da Arábia e do Norte da África. Não só estas criaturas se parecem com bichinhos “engraçadinhos”; quando surpreendidos, eles choramingam, tornando-os ainda mais parecidos a bebês. Os fenecos gastam considerável tempo em buracos subterrâneos para fugir do calor do sol e do frio da noite. A área relativamente grande de suas orelhas de 10 centímetros promove a perda de calor corpóreo, impedindo que os fenecos fiquem aquecidos demais em seu habitat desértico.

Por falar em orelhas, não esqueçamos a raposa-de-orelha-de-morcego. Esta raposa percorre as regiões secas da África austral e oriental. Interessante é que, além de grandes e sensíveis orelhas, tem de quarenta e seis a quarenta e oito dentes — mais do que os outros caninos.

Morada e Alimentação

Para a raposa-vermelha, o lar poderá ser pequena toca dentro duma tora oca ou lá entre as rochas. Daí, novamente, um buraco de marmota ou de texugo será ótimo. De outro modo, a raposa talvez escave seu próprio lar subterrâneo. Depois de acasalar-se, o Sr. e a Sra. Raposa — que talvez se tornem companheiros por toda a vida — resolvem criar família. A raposa fêmea dá à luz de quatro a nove raposinas por ano.

Os filhotes não conseguem ser “mais espertos” que sua mãe. Escreveu Alan Devoe: “Três raposinhas brincavam enquanto sua mãe as contemplava, toda contente, na entrada de sua toca. Subitamente, um dos filhotes começou a engatinhar em direção ao pasto. A raposa se pôs de pé, ‘apontou’ com seu focinho pontiagudo na direção dele — e ficou parada, rigidamente imóvel e silenciosa. Ela não emitiu nenhum som que eu pudesse ouvir do local em que me escondia, mas, em questões de segundos, o filhote começou a diminuir de passo. Dando meia-volta, olhou diretamente para sua mãe. Ela continuou contemplando-o. Como se fosse puxado por um fio invisível, a raposinha voltou correndo para casa.” — Marvels & Mysteries of Our Animal World (Maravilhas e Mistérios de Nosso Mundo Animal).

No caso de muitos tipos de raposas, o pai, a mãe e os filhotes começam a dormir principalmente ao ar livre logo que os filhotes já tenham idade suficiente para caçar. As raposas são caçadores noturnos e solitários. E são astuciosas. Exemplificando: a raposa-vermelha sabe muito bem arrastar-se silenciosamente até a alguns metros de uma ave antes de saltar sobre ela.

A alimentação das raposas inclui camundongos e outros roedores, aves, insetos, rãs, lagartixas e coisas semelhantes. Também se alimentam de frutas. As raposas têm aversão a comer um animal que já encontram morto. Assim, se uma raposa se está deliciando de alguma criatura, e há sobras, a maioria das espécies enterra os restos. A raposa retorna à presa de tempos a tempos, comendo mais dela conforme sinta a necessidade.

Visto que a busca de alimentos pela raposa é, com maior probabilidade, uma aventura noturna, muitos avicultores acordaram de manhã e verificaram que haviam perdido uma galinha para a raposa-vermelha. Mas, cercas bem emendadas impedirão este assaltante noturno. Em defesa deste astucioso caçador, poder-se-ia dizer que é também excelente “ratoeira”. Daí, também, no verão, a raposa-vermelha come extensivamente insetos e até mesmo carniça. Assim, é justo que os fazendeiros a considerem simplesmente como um vilão cheio de baboseiras?

Por falar em comida, a raposa polar dispõe de seu próprio “refrigerador”. No outono setentrional, esta raposa junta esquilos, camundongos e lemingues, mata-os, e então estoca sua reserva alimentar pouco abaixo da superfície do solo — numa verdadeira “geladeira” ou “refrigerador”.

A Raposa e o Homem

A respeito das raposas polares, o naturalista do século 18, G. W. Steller, escreveu: “Apinhavam nossas moradas dia e noite, roubavam tudo que conseguiam carregar, inclusive artigos que não tinham utilidade para elas, como facas, varas, sacolas, sapatos, sacos, gorros, etc. Sabiam, de forma incrivelmente astuciosa, como rolar um peso de vários poods [um pood tem cerca de 16 quilos] de nossos depósitos de suprimentos e roubar a carne de lugares que, de início, dificilmente poderíamos atribuir isso a elas. Ao remover a pele de animais [marinhos], amiúde acontecia que esfaqueávamos duas ou três raposas, porque elas desejavam arrancar a carne de nossas mãos. . . . Observavam tudo que fazíamos e nos acompanhavam em qualquer projeto que empreendíamos.” — The Animal Kingdom (O Reino Animal).

Ao passo que tais animais eram uma amolação, algumas pessoas se alegram de ter certas raposas por perto. A criação de raposas é uma empresa muito lucrativa. As raposas prateadas foram primeiramente criadas por causa de sua pele, na Ilha de Príncipe Eduardo, no ano de 1894. Desde então, a criação de raposas se tornou importante indústria. Peles de alta qualidade são produzidas em áreas frias e úmidas.

Todavia, será possível domar uma raposa? Sobre este ponto, tem-se dito: “Mesmo depois de várias gerações de cativeiro, as raposas não são realmente domadas ou domesticadas. As raposas apanhadas nas florestas logo aprendem a respeitar seu guardião, mas, este não pode dar-se ao luxo de relaxar sua vigilância; seus subordinados tentarão morder e morderão mesmo com pouca ou sem nenhuma provocação.”

A raposa selvagem tem sido objeto de muitas caçadas. Como esporte, a caça à raposa teve sua origem na Inglaterra, provavelmente durante o século 18. A cavalo, as pessoas seguem cães de caça treinados pelo campo, à medida que os cães seguem o rasto da raposa. Uma vez acuada, talvez se permita que a raposa seja solta. Mas, esta caçada se tornou popular na Inglaterra porque a raposa é conhecida por suas artimanhas. A reputação dela, por sua vez, suscita uma boa pergunta.

Exatamente Quão Astuciosa É a Raposa?

Talvez se questione se toda raposa é tão astuciosa quanto a lenda lhe atribui. Todavia, não resta dúvida de que a raposa se tornou notória por sua astúcia. Com efeito, Jesus Cristo talvez tivesse presente essa mesma caraterística ao mencionar o Rei Herodes como ‘aquela raposa’. — Luc. 13:32.

As raposas por certo são conhecidas como fazendo algumas coisas astuciosas. Por exemplo, uma raposa talvez corra a cerca de 10 quilômetros por hora. Mas, veja o que acontece quando alguns cães começam a ladrar à distância! A raposa talvez passe a correr a cerca de 70 quilômetros por hora. Mas, só consegue manter tal velocidade por cerca de um quilômetro e meio. Assim, como pode a raposa enganar seus perseguidores? Por que não recuar em suas próprias pegadas, daí saltar para o lado e disparar para um lugar seguro? Sabe-se que a raposa faz exatamente isso.

Naturalmente, há outros meios de escapar. Saltar do chão ao topo de uma velha grade de ferro, e então andar ao longo dela por alguma distância bem que poderá desanimar os cães de caça que assim perdem o rasto da raposa. Daí, então, por que não atravessar correndo um riacho? Ou, que tal sair em disparada por um campo que acaba de receber fertilizantes? Isso cuidará do rasto. E que dizer do inverno? Bem, atravessar correndo o gelo suficientemente fino para sustentar a raposa, mas frágil demais para sustentar uma matilha de cães, é um modo muito bom de enganar o inimigo. Ora, Dona Raposa talvez fique sentadinha na margem oposta, observando à medida que os infelizes cães de caça tomam um “banho” gelado!

Apesar de toda a sua astúcia, contudo, a raposa não consegue escapar da pulga. Mas, daí, certamente sempre existe um meio seguro de livrar-se das pulgas. Em certa ocasião, observou-se uma raposa que juntava pedaços de lã de ovelha de uma cerca de espinheiros na Inglaterra. A raposa “espalhou a lã em seu focinho, de modo que se projetasse uns 5 a 7 centímetros de cada lado”, escreveu R. Atkinson de Kendal, há alguns anos, acrescentando: “Daí, dirigiu-se a um riacho que atravessava o campo, entrou nele de costas, sentou-se em suas patas traseiras como um cão, e, com o tempo, abaixou-se na água, pondo para fora suas patas dianteiras até que todo o seu corpo, exceto as narinas, estava submerso. A raposa parou nessa posição por dois ou três minutos, daí, soltou lentamente a lã, saiu da água, sacudiu-se vigorosamente e desapareceu. A lã, ao ser solta pela raposa, foi levada corrente abaixo, de modo que fomos atrás dela, e, por fim, encontramo-la alojada na margem do riacho. Para surpresa nossa, estava simplesmente fervilhante de pulgas — centenas delas. É óbvio que as pulgas não gostaram da água e foram para o mais elevado ponto seco, isto é, a lã.”

Sim, deveras, uma raposa talvez se livre das pulgas por entrar de costas num tanque d’água ou num riacho. Com sua astúcia, esta criatura poderá enganar uma pulga ou um cão de caça. E até mesmo pessoas que não acham que a raposa seja muito esperta provavelmente admitirão que ela é astucioso caçador do campo e da floresta.

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