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  • Que futuro há para os africanos?
  • Despertai! — 1977
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Despertai! — 1977
g77 22/7 pp. 5-8

Que futuro há para os africanos?

Do Correspondente de ‘Despertai!’ na Libéria

O MUNDO atual se acha em constante transformação, e em parte alguma esta transformação é mais rápida ou mais profunda do que em África, nosso continente. Nos últimos quinze anos, vimos dezenas de novas nações surgirem, à medida que se desintegravam os impérios coloniais. Qual é o lema destas novas nações africanas? O desenvolvimento! Assim sendo, em muitas partes da África, a agricultura cede lugar à indústria. Muitos de nós deixamos a vida nas aldeais a fim de procurar empregos nas cidades crescentes. Temos visto culturas e valores tribais se dissolverem nestes caldeirões urbanos.

Em vista destas transformações, muitos de nós indagam: “Que reserva o futuro para a África e os africanos? Devemos continuar a imitar as nações industriais do mundo ocidental, ou devem os africanos esforçar-se em conservar as tradições milenares?”

O motivo de surgirem tais perguntas é que, quando alguns de nós fomos estudar no exterior, tivemos oportunidade de provar a vida de abundância material, de conforto e de lazer, usufruída pelas pessoas do “primeiro mundo”. Outros dentre meus colegas africanos ficaram expostos a tais luxos, através de filmes ou por observar pessoas de outras partes do mundo que trabalham aqui. A reação de muitos de nós foi: “Também queremos essas coisas!”

Alguns as conseguiram. De quase toda aldeia algum jovem teve êxito na luta de obter instrução ginasial, conseguiu uma bolsa de estudos no exterior, e voltou para um emprego de prestígio, de alto salário. Tais pessoas se tornaram então parte da elite, e gozam a vida opulenta, típica dos estadunidenses e europeus. Mas, para cada um que teve êxito, há uma dezena de fracassados.

Triste é que, para muitos, isto resulta no desejo de fugir de suas frustrações através do álcool, da imoralidade sexual e, mais recentemente, dos tóxicos. Com demasiada freqüência, o dinheiro duramente necessitado para alimentar e vestir suas famílias à desperdiçado em tais excessos. Assim, as cidades africanas abundam de jovens que se empenham em conseguir sobreviver — através do crime, com freqüência.

Observando tais problemas de primeira mão, alguns de nós interrogam: “Será que o modo industrial de vida, neste continente, resultará num futuro seguro e pacífico para os africanos?”

Teremos Êxito na Industrialização?

Primeiro de tudo, se o desenvolvimento industrial da África há de ter êxito, teremos de equacionar muitos problemas desafiadores. As nações africanas empenham-se em conseguir, em alguns anos, o que as nações ocidentais levaram séculos para alcançar. Mesmo com o benefício da partilha de seu conhecimento e de sua experiência, isso será difícil de se alcançar.

Um dos sérios problemas é o de encontrar suficientes pessoas competentes. Em muitas localidades, há excesso de funcionários, mas crítica escassez de técnicos. Precisamos desesperadamente de escolas técnicas, mas onde é que encontraremos os professores habilitados e o dinheiro para comprar o equipamento necessário? O que complica ainda mais as coisas é que muitos africanos que vão estudar no exterior permanecem ali. Também, o clima quente e muitas doenças parasíticas não raro minam nossas energias, tornando necessário um ritmo mais lento.

Outros fatores que talvez inibam o progresso são o tribalismo e o egoísmo. Nossas leis tribais proíbem a mentira, o roubo, e o assassinato entre nossas próprias tribos, mas isso, em geral, não se aplica aos nossos tratos com membros de outras tribos. Estas outras pessoas talvez sejam tidas como inimigos em potencial. Viver nas cidades, junto com pessoas de muitas tribos, requer novo conjunto de valores. De onde virão? A rápida transformação de nossa perspectiva, da tribal para a nacional e mundial, tem resultado em considerável instabilidade e desordem.

Em aditamento, o crescimento demográfico e a inflação consomem a maioria dos benefícios do desenvolvimento, de modo que o africano mediano não vive hoje muito melhor do que antes. Tradicionalmente, desejamos grandes famílias para ajudar no trabalho agrícola, para cuidar de nós na velhice, e para assegurar que nosso nome seja preservado. Mas, as coisas diferem numa sociedade urbana. Apenas fornecer a instrução básica, essencial para esse tipo de vida, pode constituir posada carga financeira para os que têm famílias grandes. Com o Êxodo da população para as cidades, e a ênfase na industrialização, a lavoura não consegue manter o passo do aumento populacional. Isto, junto com a crescente demanda de bens de consumo ocidentais, atiçou as chamas da inflação.

Que Futuro Trará a Indústria?

Mas, e se vencêssemos todos esses problemas, e se a África tivesse êxito em desenvolver-se de forma industrial? Garantiria isso um futuro seguro e pacífico para nós?

Bem, como influiu nas nações ocidentais? Na verdade, a industrialização das nações do “primeiro mundo’’ produziu abundância material para muitos. Mas, não sofrem ainda outros, que vivem em suas fronteiras, pobreza e desemprego? A alta taxa de crimes, divórcios, vício de tóxicos, suicídios e similares males sociais, naquelas nações, não elogiam a “vida de lazer” como sendo genuinamente feliz.

Os progressos médicos do mundo ocidental reduziram a cólera, a malária e as infecções parasíticas. No entanto, em seu lugar, afloraram o câncer e as doenças cardíacas, alimentadas pelo estresse, pela poluição e pelos hábitos alimentares prevalecentes em tais nações. Ademais, são frágeis as economias das nações industriais.

Mas, para que outra parte nos podemos voltar? Poucos africanos almejam voltar à lavoura de subsistência e às superstições tribais. Por outro lado, não desejamos que nossa cultura e nossos costumes sejam totalmente tragados pelos modos materialistas de vida ocidentais. O que realmente queremos é reter os aspectos benéficos da cultura africana, melhorar a qualidade de nossa vida, e encontrar valores morais estáveis que nos guiem nestes tempos críticos.

Pode a Bíblia Ajudar os Africanos?

Pode a Bíblia ajudar-nos? Muitos africanos duvidam que possa. Por quê? Porque os missionários da cristandade, que disseminaram a Bíblia por toda a África, serviram de ponta de lança para sua colonização e exploração comercial por parte das nações ocidentais. Tais missionários, administradores e comerciantes importaram a cultura ocidental. Mas, não forneceram sólida orientação moral para os africanos. O fracasso da cristandade, contudo, não significa o fracasso das Escrituras Sagradas. A Bíblia tanto predisse como condenou o cobiçoso materialismo, o orgulho e o amor ao prazer que existem no império mundial da religião falsa, Babilônia, a Grande, da qual a cristandade é a maior parte. — 2 Tim. 3:1-5; Rev. 18:2, 4-8.

Ademais, a Palavra de Deus representa esse império da religião falsa como “meretriz” que comete fornicação espiritual por misturar religião com política. (Rev. 17:1-5, 15, 18) Ela é responsável, não só de permitir e incentivar o espiritismo (tal como o juju e a ciência africana) e a superstição que escravizam os africanos, mas também por grande parte da exploração política e comercial deles. (Rev. 18:3, 23) Segundo a Bíblia, a execução do julgamento de Deus contra Babilônia, a Grande, aproxima-se rápido. O brado de libertação de Deus soa com urgência: “Saí dela, povo meu”! — Rev. 18:4;

Assim, as dúvidas de meus colegas africanos quanto a se a Bíblia pode assegurar-lhes um futuro feliz não têm base. As Escrituras realmente condenam a cristandade pelo tratamento ruím que deu ao povo em todo o mundo, inclusive em África. Ademais, a Palavra de Deus contém princípios comprovados pelo tempo para a vida feliz agora, e a promessa segura dum futuro de paz e segurança para toda a humanidade. A obediência a tais princípios resulta em grandes números de africanos abandonarem a poligamia, com seus muitos problemas, para constituírem famílias limpas e felizes por meio do arranjo amoroso e monógamo de casamento.

Sei do que estou falando, pois sou uma das testemunhas cristãs de Jeová. Associo-me com centenas de milhares de outras Testemunhas aqui mesmo em África, pessoas que fizeram notáveis transformações em suas personalidades, a fim de harmonizar sua vida com os princípios bíblicos. Sinceramente chamamos uns aos outros de irmão e irmã, pois abandonamos as igrejas da cristandade e largamos tradicionais práticas espíritas. Quanto ao efeito que os princípios bíblicos têm em nossa vida; o sociólogo de Oxford, Bryan R. Wilson, escreve num artigo intitulado “As Testemunhas de Jeová no Quênia”:

“[Elas] deveras inculcam rigorosíssima ética de integridade pessoal [e] seus efeitos são, talvez, mais impressionantes do que os códigos formais e a retórica inconseqüente das igrejas. . . . Ao insistirem na pontualidade, honestidade, sobriedade, boa aparência e tratos escrupulosos, por exemplo, inculcam disposições que têm conseqüências tanto no trabalho como no envolvimento cívico. Ao se recusarem a aceitar suborno, uma Testemunha de Jeová africana manifesta um padrão de comportamento bem incomum nos países africanos.”

Quanto às rivalidades políticas, as Testemunhas de Jeová pautam sua vida segundo a declaração de Jesus, de que seus seguidores não seriam “parte do mundo”. (João 15:19, 20) Permanecemos absolutamente neutros no que tange à política deste mundo. Aqui em África, isto trouxe terrível perseguição sobre dezenas de nós, até mesmo a morte em alguns casos. Mas, não podemos violar nossa neutralidade, pois sabemos, através da Bíblia, que um futuro seguro só pode vir por meio do reino celeste de Deus. Este, dentro em breve, removerá todos os reinos humanos e fará com que a regência divina se espalhe por toda a terra. — Dan. 2:34, 44.

Tal governo celeste unirá toda a humanidade sob um só Cabeça, Jesus Cristo. Restaurará a terra a um paraíso e soerguerá a humanidade à perfeição. Desaparecerão a doença, o crime, a violência e até mesmo a morte. (Rev. 21:1-5) Entre os que usufruirão esse futuro feliz estarão bilhões de mortos, que voltarão a viver pela ressurreição. (João 5:28, 29, Atos 24:15) Daí, por colocarem a adoração de Jeová Deus e os princípios de sua Palavra escrita em primeiro lugar em sua vida, pessoas de todas as raças e formações culturais aprimorarão continuamente a qualidade da vida na terra. Este é o futuro que as mais de 300.000 Testemunhas de Jeová em África aguardam ansiosamente. Com efeito, é a única esperança para o futuro dos africanos e de toda a humanidade.

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