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  • É o casamento cristão bem sucedido na África?

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  • É o casamento cristão bem sucedido na África?
  • A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1973
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  • CASAMENTO TRIBAL CONTRA CASAMENTO NA IGREJA
  • ADAPTAÇÃO DA IGREJA AO COSTUME TRIBAL
  • “O VASTO CAMPO SOMBRIO”
  • O QUE ESTÁ ERRADO?
  • ONDE O CASAMENTO CRISTÃO É BEM SUCEDIDO
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A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1973
w73 1/9 pp. 535-539

É o casamento cristão bem sucedido na África?

JÁ DURANTE vários séculos, as igrejas da cristandade têm enviado missionários à África, e no decorrer dos anos, milhares de pessoas foram batizadas. O rol calculado de membros em 1968 era de 42.056.000, ou de uma pessoa em oito da população total da África. Mas, qual é a situação no que se refere ao casamento cristão?

Estudos feitos em diversos países ao sul do Saara revelam que o africano se apegou persistentemente às formas tradicionais de casamento. Considerando o casamento na igreja ou qualquer casamento contratual como sendo demasiado ocidental, a maioria dos africanos que são cristãos nominais nunca vão à igreja para se casar. Além disso, nos anos recentes, a industrialização e a mudança das normas sociais também têm um impacto nos costumes tradicionais do casamento. Muitos, especialmente entre os jovens, não se incomodam nem mesmo de casar-se à maneira tribal.

CASAMENTO TRIBAL CONTRA CASAMENTO NA IGREJA

Num estudo patrocinado pela Conferência Pan-Africana de Arcebispos (anglicanos) e preparado por Adrian Hastings, relatou-se que, em cinco anos, numa região de Quênia, houve a média anual de dez casamentos na Igreja Anglicana em comparação com 4.000 batismos. Uma só diocese em Uganda teve apenas quatorze casamentos na igreja em contraste com 92.604 batismos. O relatório mostra que esta tendência prevalece em toda a África.

Há vários fatores que influenciam o africano a casar-se segundo o costume tribal, em vez de na igreja. ‘Pagar o preço da noiva costuma ser necessário de qualquer modo; portanto, por que fazer o gasto extra dum casamento na igreja?’ raciocina ele.

Considerando esta situação, J. Henry Okulla relatou o seguinte a respeito da África, no The Christian Century: “Sabe-se que os casamentos na igreja são caros, não só por causa da grande exigência de dinheiro [pelos pais da moça, em forma dum dote], mas também por causa dos costumes ocidentais de casamento que se adotaram — dispendiosos vestidos de casamento, grandes recepções, nas quais se servem cerveja e outras bebidas alcoólicas. Muitos ficaram mais pobres por se terem casado. Portanto, alguns jovens simplesmente concordam em passar a viver juntos; só mais tarde legalizam seus votos perante os pais da moça e aos olhos da sociedade. Mas, mesmo quando seu casamento é plenamente aceito pela sociedade, a igreja ainda se recusa a reconhecê-los, e nega-se a eles e aos seus filhos os sacramentos.”

O sacerdote J. Labrèche, da África Oriental, reconhece outro fator de muita influência: “Os africanos querem casamentos fecundos, e não se convencem facilmente a se comprometer pela vida, antes de terem uma garantia de que terão filhos. O concubinato se torna o meio natural de experiência.” O costume africano é que o casamento é selado pelo nascimento dum filho. Antes disso, em muitos casos, a relação é mais um “casamento experimental”.

Segundo G. E. Currens e R. J. Payne, porta-vozes clericais da Igreja Evangélica Luterana da Libéria: “O casamento não é considerado como a iniciação da união socialmente sancionada entre um homem e uma mulher, mas, antes, como evidência culminante do bom êxito de tal união.”

Isto pode começar, como entre os taitas de Quênia, quando um homem, o “pai eleito”, dá um sinal, kifu, aos pais da moça como evidência de sua intenção de obter os direitos finais sobre a capacidade da moça de ter filhos. Com isto ele obtém a aprovação tácita dos pais da noiva para ter relações sexuais, que levarão à realização das faculdades procriativas dela. O estabelecimento real da relação como casamento talvez se realize depois de a mulher provar que ela não é estéril.

ADAPTAÇÃO DA IGREJA AO COSTUME TRIBAL

Confrontados com a forte resistência ao que se considera costumes matrimoniais ocidentais ou europeus, muitos clérigos locais pressionaram os chefes de suas respectivas igrejas para mudar as regras da igreja, para acomodar seus paroquianos ou novos conversos. O alto comando de suas igrejas tem sido vagaroso em fazer mudanças oficiais, que permitissem aos africanos batizados casar-se segundo o costume tribal e ainda reter a sua boa situação. Contudo, as igrejas não querem perder membros.

O resultado tem sido que muitas igrejas no cenário local foram tolerantes quando os membros da igreja se casaram segundo o costume tribal, em vez de na igreja. Impôs-se pouca ou nenhuma disciplina por parte da igreja. Algumas igrejas foram ao ponto de adotar um “Ofício de Bênção”, a ser usado para os que contraíram o chamado “casamento experimental”, embora não tenha valor legal.

Quando os novos conversos já estão casados pelo casamento tribal, muitas igrejas concordam em batizá-los. Problemas adicionais surgem quando o africano é polígamo, tendo mais de uma esposa. A Conferência Anglicana de Lambeth, de 1888, “estava preparada, em alguns casos, a admiti-los [os polígamos] ao batismo, e outras igrejas protestantes fizeram o mesmo, de tempos em tempos”, segundo o relatório de Hastings. Não obstante, a atitude oficial da maioria das igrejas continua sendo contra a poligamia, embora estejam inclinadas a considerar com mais clemência as esposas secundárias dos polígamos.

Em princípio de 1972, o Vaticano cedeu à pressão e emitiu novas regras para a iniciação de adultos, provendo a categoria de “simpatizantes”, para os que praticam a poligamia. Estes conversos podem participar em muitas atividades da igreja, embora oficialmente tenham de renunciar à poligamia antes de serem batizados.

Em contraste com a atitude oficial de algumas igrejas, a Igreja Evangélica Luterana da Libéria está batizando polígamos já por mais de vinte anos, sob a condição de que não adquiram mais esposas. Justificando esta orientação, Currens e Payne alegam, na sua dissertação conjunta: “Esta orientação é testemunho vivo do Deus gracioso que vai ao encontro dos homens onde estes estão e os aceita assim como são, e depois, pelo Seu Espírito, transforma a vida deles. Esta é a graça em ação para com o africano desta geração.”

“O VASTO CAMPO SOMBRIO”

No conceito dos clérigos Currens e Payne: “A verdadeira questão que confronta a igreja não é a existência do casamento plural, mas, antes, como tratar o vasto campo sombrio das dificuldades não solucionadas das relações entre os homens e as mulheres que não estão casados ou que são os chamados monógamos.”

Seu relatório prossegue: “É altamente questionável se 90 por cento dos da Igreja Luterana são ‘monógamos’, se com isto se quer dizer uma união marital em que o marido e a mulher são fiéis um ao outro. O que existe entre a maioria dos membros são graus variados de relações extra-maritais — desde o adultério casual ou da adoção temporária duma amante, enquanto a esposa amamenta um filho, até o concubinato dissimulado, mas estabelecido. Tais relações são sancionadas pela cultura tribal e quase que universalmente praticadas na parte ocidentalizada da sociedade.”

Com que resultado? O mesmo relatório luterano continua: “A orientação da igreja, de fato, tem sido um campo muito fértil para o florescimento do engano e da hipocrisia. . . . Não há algo seriamente errado quando os cristãos recorrem ao engano, a fim de permanecer na igreja?”

O QUE ESTÁ ERRADO?

Sim, não há dúvida sobre isso, algo está seriamente errado! Ceifa-se o que se semeou. Uma igreja hipócrita produz membros hipócritas. Em vez de ensinar aos conversos africanos o profundo respeito por Deus e seus princípios, que precisam ser observados imparcialmente no mundo inteiro, a transigência e a acomodação se tornaram a norma. O objetivo aparente é conseguir conversos e retê-los a qualquer custo. Raras vezes é um membro excomungado por causa de adultério ou de “casamento experimental”. Tolera-se e desculpa-se a poligamia.

A cristandade não proveu nenhuma força estabilizadora no casamento, ao passo que a mudança social varre o continente, deixando cada vez mais à deriva quanto à moral. Comentando os resultados tristes disso no seu relatório sobre o casamento na África do Sul, D. W. T. Shropshire declarou: “Nossos distritos nativos estão cheios de homens e mulheres não casados nem pelos ritos cristãos, nem pelo costume nativo, e que não estão sujeitos à disciplina de nenhum destes códigos.”

ONDE O CASAMENTO CRISTÃO É BEM SUCEDIDO

A cristandade admitidamente fracassou em ajudar o africano a adotar normas cristãs no casamento. Mas, significa isso que o casamento cristão não pode ser bem sucedido na África? Não, pois há uma grande diferença entre o que as igrejas da cristandade ensinam ou permitem e o que a Bíblia ensina e exorta os cristãos genuínos a fazer.

Oferece-se prova conclusiva disso na vida das testemunhas cristãs de Jeová, que ascendem agora a mais de um quarto de milhão na África. Aprenderam as normas de Deus, especificadas na Bíblia, e usufruem felizes, na sua família, os benefícios e as bênçãos resultantes. Os africanos mostram-se bastante capazes de preservar as elevadas normas maritais de Deus sem necessidade de concessões especiais.

O “casamento experimental” é rejeitado pelo que é: fornicação. Acatar-se o conselho bíblico de se casar “somente no Senhor” oferece a garantia de se ter um concrente por cônjuge. (1 Cor. 7:39) Os pais que são verdadeiramente cristãos não estipulam dotes desarrazoados, se é que os pedem. Assume-se o risco de existir a esterilidade, mas, se isto ocorrer, caso se deseje filhos, o casal é consolado por saber que Deus pode corrigir esta situação no seu novo sistema perfeito. Entrementes, podem usufruir plenamente produzir ‘filhos espirituais’ por ajudar outros ao caminho da salvação.

Os verdadeiros cristãos, na África, não hesitam em ir aos seus Salões do Reino para sua cerimônia de casamento e receber bom conselho dum ancião sobre as responsabilidades e os privilégios do casamento. Não há despesa com este serviço. Depois, certificam-se de que seu casamento esteja devidamente registrado.

O amor e o respeito ajudam a manter o casal cristão devotado a Deus e um ao outro, não permitindo a interferência de outros neste vínculo marital, para não criar ciúme ou macular o leito marital. (1 Cor. 7:1-5) O casamento é enaltecido e assume verdadeira dignidade quando o homem é animado a assumir a chefia e a ‘amar a esposa como a si mesmo’. Cristo torna-se o modelo na maneira em que ama a congregação. A esposa, por sua vez, é ensinada a “ter profundo respeito pelo seu marido”. Juntos tomam por objetivo treinar os filhos no ambiente amoroso dum lar cristão. — Efé. 5:21-33; 6:1-4.

Um homem que agora é Testemunha fora anteriormente batizado como católico, embora ainda fosse polígamo e praticante da religião fetichista. Como testemunha de Jeová, ele não é mais polígamo. Duas de suas esposas anteriores também são agora Testemunhas. Uma delas, desde então, casou-se de novo e serve como evangelizadora de tempo integral. Este ex-polígamo, no seu lar agora livre de ciúmes, declara: “Minha consciência está limpa, porque sigo o conselho de Jesus de ter apenas uma só esposa. Sei que me harmonizo com o arranjo do Senhor para cristãos responsáveis.”

INDUZIDOS A FAZER AJUSTES

Cada ano, milhares de africanos sinceros e tementes de Deus fazem ajustes na sua vida pessoal, a fim de satisfazer as normas bíblicas e habilitar-se ao batismo cristão pelas testemunhas de Jeová. Caso alguém viva num “casamento experimental” ou esteja casado segundo o costume tribal, ajuda-se-lhe a registrar o casamento, incutindo-se em todos os envolvidos que o casal assume plenas responsabilidades e privilégios maritais.

Caso alguém já seja polígamo quando aprende a verdade de Deus, naturalmente existe uma luta emocional na mente e no coração. Há também fatores econômicos, tais como esposas e filhos adicionais, antes úteis no plantio e na colheita de safras. Mas, quando alguém realmente ama a Deus, sente-se motivado a afastar a todas exceto aquela que realmente é sua esposa, a mais antiga. Ele está disposto a fazer isso, embora possa ter criado afeto muito maior por uma esposa secundaria mais jovem ou mesmo que a esposa mais antiga não esteja interessada em estudar a Bíblia, assim como está uma das esposas secundárias. — Pro. 5:18.

Tomam-se providências para o afastamento de todas as esposas secundárias, quer para voltarem para o lar de seus pais, se isto for satisfatório, quer para viverem em lares separados. O assunto é tratado honrosamente. Fazem-se provisões adequadas para se cuidar também dos filhos. E os campos não são negligenciados, porque as Testemunhas ajudam-se mutuamente, segundo as necessidades, passando de lavoura em lavoura, até que acabe todo o trabalho pesado do plantio e da colheita.

Africanos sinceros, ao estudarem a Bíblia, observam que a poligamia foi praticada nos tempos patriarcais e não foi proibida sob a lei mosaica. No entanto, em vez de se empenharem em retroceder aos tempos pré-cristãos para obter um precedente, a fim de desculpar a poligamia ou o divórcio não-bíblico, os verdadeiros adoradores olham mais de perto, para ver qual é hoje a vontade de Deus para os cristãos.

Jesus disse que as provisões pré-cristãs para um divórcio por diversos motivos foram feitas ‘por causa da dureza do coração do povo’. Quem argumentar a favor do divórcio por qualquer motivo ou para ter mais de uma esposa, como polígamo, de fato, estará dizendo a Deus: ‘Eu gostaria de que me fizesse uma concessão por causa da dureza do meu coração.’ Jesus defendeu a norma de Deus, de monogamia, que prevalecia no Éden, onde apenas ‘dois eram uma só carne’. Esta será a norma no seu novo sistema de coisas; portanto, é agora próprio que esta seja a prática na congregação cristã. — Mat. 19:3-8.

O casamento cristão é bem sucedido na África. Apesar do fracasso lastimável da cristandade, de ensinar à população africana a levar uma vida cristã e a resistir à decadência moral que mina o casamento, as testemunhas cristãs de Jeová fornecem a prova de que o casamento cristão é bem sucedido. Ensinam seus companheiros africanos a viver também felizes no casamento cristão. Acatam a admoestação bíblica: “O matrimônio seja honroso entre todos e o leito conjugal imaculado, porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros.” — Heb. 13:4.

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