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  • Vegetação versátil
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Despertai! — 1979
g79 22/7 pp. 28-29

Vegetação versátil

Do correspondente de “Despertai!” em Zâmbia

MUITAS pessoas ficam assombradas diante da beleza da vegetação. Até mesmo certo poeta duvidava da existência de “um poema tão lindo quanto uma árvore”. Por outro lado, há pessoas que se emocionam diante do brado de “Olha a madeira!” ao observarem outro gigante da floresta despedaçar-se no chão, como alimento para a serraria ou matéria-prima para o fabricante de papel.

Em algum lugar no meio desses dois extremos acha-se o conceito de vegetação das pessoas que vivem achegadas à terra. Talvez vivam nas florestas do vale amazônico, nas partes habitáveis das montanhas da Ásia, ou nas aldeias no meio da selva africana.

Tais pessoas avaliam vividamente a versatilidade da vida vegetal e das árvores. Ao passo que os habitantes dos países “adiantados” freqüentam a farmácia em busca de preparados para combater sintomas de doença, as pessoas que vivem achegadas à terra não raro encontram remédios que crescem de forma natural, e que produzem efeitos similares.

“O que aflige meu bebezinho esta manhã?”, pergunta certa mãe em Zâmbia, ao sacudir ligeiramente uma criancinha em sua primeira dentição, pendurada nas costas dela. “Acho que seus dentinhos a incomodam de novo.” Ela manda um filho mais velho apanhar casca da árvore muSompa (Brachystegia floribunda, segundo os botânicos). Tão rapidamente quanto poderia identificar o rótulo dum frasco de aspirina, o jovem divisa a árvore correta, com sua casca marrom-escura, fissurada e escamosa. Corre para casa com um punhado de escamas da casca e observa com interesse à medida que sua mãe prepara uma mistura para amaciar as gengivas do bebê que chora.

A diarréia infantil é comum entre as famílias que moram em condições primitivas. Neste respeito, também, muitos vieram a apreciar a vegetação versátil. Pequeno arbusto do mato, com fruto semelhante ao abricó mostrou ser de ajuda para tratar essa moléstia. Conhecido por certas tribos de Zâmbia como muBangalume, esta árvore tem raízes e casca que contêm um agente purificador dos intestinos.

A lista das moléstias é ampla, e também o é o número de plantas medicinais utilizadas no tratamento delas. Certas raízes reduzidas a pó por exemplo, amainarão a dor de dentes e de ouvidos. Cortes e feridas reagem de modo favorável a um preparado feito da casca de uma árvore conhecida como mWangula pelos loziz, e como muKamba pelo povo tonga de Zâmbia. Também é benéfica a árvore baobá, comum na África tropical. Produz creme de tártaro e pectina, e, na polpa de seu fruto seco, possui a maior concentração conhecida de vitamina C. Dissolvida em água, esta polpa constitui uma bebida refrescante.

Seria sábio para alguém inexperiente provar tais plantas para tratar doenças? Cuidado com isso! Até mesmo as plantas dotadas de propriedades medicinais podem causar danos a pessoas, se tomadas na dosagem errada. A casca da árvore muBangalume, adrede mencionada, constitui um exemplo. Embora, em pequenas doses, essa casca corrija a diarréia infantil, diz-se que uma dose excessiva leva à inflamação dos rins, e pode resultar em morte.

Algumas plantas são mortíferas, embora tenham nomes inocentes. Uma planta de sebe, da África Ocidental, conhecida como “torta de cerejas”, por exemplo, possui um alcalóide semelhante à quinina em suas folhas. Isto pode tornar os animais sensíveis à luz ultra-violeta, bem como produzir dermatite e hemorragia intestinal. Poucos ligariam o perigo com o feijão-de-lima. Todavia, sua semente e suas folhas (não o próprio feijão) contêm elementos que podem matar um animal em questão de uma hora que caírem em seu estômago. Também perigosas são as sementes da ervilha-doce silvestre. Se ingeridas por crianças, soube-se de casos que causaram a morte, depois de sintomas de vômitos, diarréia e contorção dos membros.

O arbusto conhecido pelos botânicos como Capparis tormentosa é incomum. Seu fruto é comido vorazmente por macacos e pelas aves, mas é venenoso para os humanos. Outra planta venenosa é a muWa, que possui flores de pétalas purpurinas. E nossa lista não ficaria completa sem a referência ao que aqui é chamado de fwaka. Trata-se do fumo, planta amplamente cultivada na África Central. A folha contém nicotina, alcalóide líquido altamente venenoso que produz a morte por paralisia do sistema respiratório. A reação à nicotina é extremamente rápida quando ingerida no estado nativo.

No entanto, os venenos naturais podem servir também a um propósito benéfico. A baixa planta bulbosa, Scilla hyacinthina, que possui folhas com manchas purpurinas e flores verde-purpurinas, é usada como veneno contra ratos em Zâmbia. A casca e as vagens da silindra silvestre, as sementes do melão silvestre e a casca e a seiva vermelha da árvore muKwa servem para entorpecer os peixes para serem facilmente pescados. Os peixes pescados desta forma, contudo, devem ser cozidos antes de serem ingeridos.

Muitas, deveras, são as variedades de vegetação e de seus usos. Refletindo este fato faz-nos exclamar como o salmista: “Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções.” — Sal. 104:24.

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