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  • Minha busca paciente foi recompensada

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  • Minha busca paciente foi recompensada
  • Despertai! — 1979
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Despertai! — 1979
g79 8/5 pp. 6-10

Minha busca paciente foi recompensada

TODAS as informações sobre mim mesmo e minha família, pelo que eu sabia, estavam contidas num conjunto de documentos judiciais. A primeira vez que meus pais adotivos me mostraram os mesmos, eu tinha cerca de sete ou oito anos. Eles os haviam recebido ao me adotarem legalmente quando bebê. Mais tarde, quando eu me tornei adulto, eles me forneceram tais documentos. O legado de minha família eram dois nomes numa folha de papel, o nome da minha mãe e o meu.

Embora, desde tenra idade, desejasse saber mais sobre minhas origens, não foi senão quando tinha trinta e poucos anos que me senti movido a fazer algo quanto a tal desejo. No ínterim, minha vida tomou rumo inteiramente novo como resultado dum estudo da Bíblia.

Em 1967, tinha ajustado meus assuntos de modo a poder partilhar mais plenamente com outros aquilo que eu estava aprendendo. Por fim, servi por quase quatro anos como missionário nas Ilhas de Truk, Cosrai e Ponape, no Pacífico. Daí, em 1973, fui convidado a trabalhar na equipe da sede mundial das Testemunhas de Jeová em Brooklyn, Nova Iorque, EUA.

Esta foi uma época de retrospectiva para mim — perguntas sobre minha formação começaram a incomodar-me. Quem era minha mãe e meu pai? Será que tenho irmãos e irmãs? Sou de origem espanhola, francesa ou de alguma outra? Também dispunha de uma razão mais importante para encontrar minha família biológica — partilhar com ela as “boas novas do reino”. — Mat. 24:14.

Mas, por onde deveria começar a procura?

Início da Busca

Dos documentos recebidos, eu sabia pelo menos o seguinte: O nome completo da minha mãe, o nome que me fora dado quando nasci, o nome da agência de adoção, a data do meu nascimento, e o hospital onde nasci. Iniciei minha busca por escrever uma carta à agência de adoção no estado em que nasci, a Califórnia, EUA.

Isso se provou meu primeiro encontro frustrador com a muralha de intenso segredo de justiça. Estando limitada por lei, a agência não pôde confirmar nem negar o nome de minha mãe. No entanto, disseram-me o estado do qual viera a mulher sobre a qual eu indagava — Oregon. Também forneceram outros poucos fatos sobre ela, inclusive que era de origem teuto-francesa, teve notas medianas na escola e tinha tocado um instrumento na banda de música do ginásio.

Em seguida, escrevi ao Departamento de Estatísticas Vitais em Portland, Oregon. Inclui uma taxa, além da pouca informação de que dispunha sobre minha mãe. Em questão de dias, obtive a resposta. Uma pessoa com o mesmo nome tinha deveras nascido naquele estado 24 anos antes do meu nascimento. No entanto, disseram-me que me seria impossível obter uma cópia da certidão de nascimento dela — era contra a lei fornecerem a mesma.

Depois de alguns dias de dar tratos à bola e efetuar buscas, decidi escrever novamente e solicitar uma cópia da lei que me proibia de ter a certidão dela. No devido tempo, enviaram-me um exemplar. A lei dizia que só se expediria uma certidão de nascimento a um parente consangüíneo, à própria pessoa ou a um causídico. Felizmente, enviaram-me uma cópia da página inteira em que aquela lei estava impressa. Examinando a página, descobri outra lei que dizia que a pessoa poderia fazer uma petição ao tribunal do condado pedindo qualquer registro vital que lhe fosse negado.

Aproveitando tal cláusula, fiz uma cópia dos meus papéis de adoção, autentiquei-os e enviei-os ao tribunal, junto com um pedido da certidão de nascimento Com que resultado? Dentro de poucas semanas, recebi a certidão de nascimento que desejava. A pessoa citada — Grace Faulman — era a mesma pessoa alistada nos documentos de adoção como sendo minha mãe! Também, os nomes dos pais dela foram fornecidos

Eu tinha todo motivo de crer que Grace Faulman era minha mãe, pois era improvável que outra pessoa desse à luz um bebê, com o mesmo nome que o meu, no mesmo dia, 23 de maio de 1939. Todavia, como poderia ter certeza? E como poderia localizar Grace Faulman ou os pais dela, presumindo que ainda estivessem vivos? Afinal de contas, passaram-se cerca de 60 anos desde que se expediu aquela certidão de nascimento. Determinei continuar minha busca.

Escrevi ao superintendente escolar em Astória, Oregon, lugar onde Grace nasceu. Também, indaguei do diretor dos correios ali se tinha informações sobre a família Faulman. Mas foram infrutíferos todos os meus esforços de remontar à minha mãe, desse modo. Pelo que parece, a família tinha deixado aquela área logo após o nascimento de Grace. Assim, precisava encontrar outro meio de chegar até ela.

Um Grande Passo à Frente

Significativamente, a colonização dos Estados Unidos realizou-se numa expansão de leste para oeste. A partir do ano 1790, quando foi realizado o primeiro Recenseamento Federal, as famílias, de per si ou em grupos, emigraram para o oeste. Assim, embora Grace Faulman tivesse nascido no estado bem ocidental de Oregon, sua certidão de nascimento revelava que o pai e a mãe dela tinham nascido em Michigan.

Tentei, sem êxito, obter uma certidão de nascimento do pai de Grace Faulman — pelo que parece ela não existia. No entanto, tive êxito em obter a certidão de nascimento da mãe dela. Isto me forneceu o nome dos avós de Grace, visto que os nomes deles, naturalmente, apareciam na certidão de nascimento da filha deles.

Em seguida, mandei outra taxa e solicitação da certidão de casamento dos avós de Grace Forneci os nomes, tirando-os da certidão de nascimento da mãe de Grace. Com o tempo, a certidão de casamento, datada de 3 de fevereiro de 1894, me foi enviada. Agora consegui tirar proveito duma peculiaridade do Recenseamento Federal de 1880. Um índice foi feito daquele Recenseamento Federal de 1880. Assim, todos os chefes de família que tinham filhos com 10 anos de idade, ou menos, em 1880, tiveram seus nomes, junto com outras informações sobre eles, incluídos no índice.

Enviei uma solicitação aos Arquivos Nacionais em Washington, D. C., EUA, onde se guardam tais cópias do recenseamento. Forneci o nome do avô de Grace, Henry Monroe (ele nasceu em 1371 e, assim, tinha menos de 10 anos em 1880), solicitando uma pesquisa do índice. Pouco depois, foi galardoado com uma cópia da página do recenseamento em que estavam enumerados os nomes dele e de sua família. Importante é que essa página também continha o nome do povoado em que Henry então vivia, East Jordan, Michigan.

Mais tarde, este único documento e ato ímpar de bondade resultaram ser as chaves que abriram meu passado. No entanto, na ocasião, não percebia como tais informações me poderiam ser de ajuda. Assim, comecei a rebuscar outros ramos do que eu cria ser minha família, escrevendo vintenas de cartas no ínterim.

Morando em Brooklyn, bem perto da Sociedade Histórica de Long Island, comecei a gastar algum tempo, cada sábado de tarde, em examinar velhos registros do recenseamento e outros documentos históricos. Com o tempo, por rebuscar os parentes de Henry Monroe, descobri uma senhora que eu cria ser uma das minhas bisavós. Ela vivera em Cobleskill, pequeno povoado no norte do estado de Nova Iorque. Curioso em saber se algum membro de sua família ainda morava ali, escrevi uma carta ao pequeno semanário local. Para minha surpresa, uma semana depois, recebi uma carta A senhora que escrevia era sobrinha de minha suposta bisavó!

Foi-me dito, por esta senhora, que eu seria bem recebido numa visita a Cobleskill. Ali passei um fim-de-semana muito agradável, aprendendo sobre a família e a história de seus 200 anos prévios nessa localidade. Evidência adicional que eu estava deveras na pista certa estava surgindo — as damas da família comentaram todas que eu tinha herdado o nariz da família! Outro fato acalentador era que três dos netos daquela senhora e eu partilhávamos a mesma fé.

Infelizmente, a família no norte do estado de Nova Iorque não estava em contato com a parte de Grace Faulman da família já por mais de 50 anos, e não tinham idéia alguma de onde estavam. Assim, ao passo que tinha feito algum progresso, as perspectivas de encontrar minha mãe ainda não eram muito brilhantes. Mas, daí, ocorreu-me uma idéia.

Indício Que Me Abriu o Passado

Lembrei-me das informações enfiadas em minha gaveta, do Recenseamento Federal de 1880, a respeito de Henry Monroe, avô de Grace Faulman Pensei: ‘Se consegui resultados por escrever ao jornal a respeito da família em Cobleskill, Nova Iorque, por que não escrever ao diretor dos correios naquele pequeno povoado de East Jordan, Michigan, onde viveram Heury e sua família?’

Foi isto que eu fiz. Disse ao diretor dos correios que tentava localizar parentes distantes. Perguntei se sabia de alguém com o nome de Monroe na cidadezinha, e, em caso afirmativo, se faria o favor de passar minha carta para tal pessoa. Tendo enviado a carta, prontamente me esqueci de tudo.

Verificando a correspondência, ao meio-dia de um certo dia, umas duas semanas depois, encontrei um envelope para resposta à minha espera. (Sempre enviava solicitações com um envelope já endereçado e selado a mim mesmo como remetente.) Abrindo-o, para minha surpresa, verifiquei que o escritor não era outro senão a prima em primeiro grau da mãe de Grace. Aquele diretor dos correios o havia remetido bondosamente a ela. Dificilmente consegui concentrar-me no meu trabalho, no restante daquele dia, tão eufórico estava.

Cultivando uma amizade por correspondência com esta senhora, de quem quase que certamente era um parente, fiz, de forma gradual, certas indagações cautelosas quanto à mãe de Grace. Sim, disse-me, ela ainda estava viva. E ela possuía um neto que vivia no Alasca. Eis ai verdadeiras novidades! Eu tinha um irmão! Mas, através de correspondência, soube que Grace havia morrido. E então?

Senti a necessidade de ser discreto, visto que não sabia das circunstâncias que cercaram o meu nascimento. Finalmente decidi contar tudo à prima de minha avó. Inclui uma cópia dos meus documentos de adoção e perguntei se gostaria de servir como minha intermediária. ‘Gostaria de revelar minha identidade à minha avó?’, perguntei.

Reunião

Os dias se passaram lentamente. Por fim, veio uma carta de minha avó. Ela ficou jubilante Sim, havia um “neto que faltava” — mas ela o imaginava morto, a sua filha lhe tendo dito que ele morrera quando bebê. Sim, a filha dela era a pessoa alistada nos documentos do tribunal. Eu deveria telefonar para meu irmão no Alasca imediatamente, instou ela comigo. O número do telefone dele estava alistado. ‘E quando, ó, quando, eu poderia ir à Califórnia, para que ela me visse?’, ela queria saber.

O telefonema para meu irmão foi dado. Minha primeira palavra para ele foi “Irmão!” Suas primeiras palavras foram: “Mal posso crer nisso!”

Ele, também, soubera por nossa mãe que eu morrera quando criança, mas daí, há cerca de 15 anos atrás, nosso pai lhe contara que eu tinha sido adotado. Ele tentou encontrar-me, mas todos os esforços dele se frustraram devido à muralha do segredo de justiça.

A viagem à Califórnia e o encontro com minha família foi, sem dúvida, uma das ocasiões mais satisfatórias da minha vida! Na verdade, fiquei desapontado de saber que minha mãe e meu pai (que vim a saber chamava-se John Rapoza-Vierra) já tinham morrido há alguns anos. Mas, eu, minha avó e meu irmão passamos horas juntos, também com meus pais adotivos, os quais, desde o início, apoiavam todos os meus esforços. Com efeito, eles mesmos tinham feito grande empenho para verificar o que puderam. É interessante que consegui também conhecer a família natural de meu pai e saber de suas emigrações das Ilhas dos Açores para o Havaí, e daí para a Califórnia. Ele era português.

Eu tinha conseguido! Minha busca paciente foi recompensada. ‘E que dizer do custo no sentido de esforço?’ talvez pergunte. Mais de 400 respostas somente às cartas que eu enviara, além do custo dos selos, taxas e tardes de sábado na biblioteca

Esperança Para o Futuro

Eu estava especialmente feliz de poder partilhar com estes membros de minha família a confortadora esperança que a Bíblia fornece para o futuro. Disse-lhes que havia boas razões para crermos que Grace e John serão favorecidos por Jeová Deus com uma ressurreição à vida de novo na terra. (João 5:28, 29; Atos 24:15) Que ótimo, então, será familiarizar-nos com eles! Compreendo que cometeram graves erros, até mesmo vivendo uma vida imoral. Mas, para os que forem ressuscitados, haverá a oportunidade de aprender os requisitos de Deus e ajustar-se à administração justa do Reino que estará então no controle das coisas.

Para mim, conhecer minhas raízes físicas valeu bem todo o esforço. É interessante que a Bíblia contém extensivas informações sobre as genealogias de várias pessoas. Evidentemente, é natural que os humanos se preocupem com suas origens físicas. Mas, eu compreendo que isto não é de capital importância, e que há perigo em se dar ênfase demais a tais assuntos. — 1 Tim. 1:3, 4; Tito 3:9.

Jesus Cristo mostrou vigorosamente os relacionamentos que são ainda mais importantes do que os físicos. Certa vez, quando se mencionou os parentes dele, disse: “‘Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?’ E, estendendo a mão para os seus discípulos, disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos! Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu, este é meu irmão, e minha irmã e minha mãe.’” — Mat. 12:48-50.

Verifiquei que isto era verdade. Partilhar a mesma fé em Deus e ter a mesma esperança em suas promessas faz com que as pessoas se acheguem mais nos vínculos do amor do que até mesmo nos vínculos consangüíneos. Eu e minha esposa acabamos de cursar a 65.a turma da Escola Bíblica de Gileade da Torre de Vigia Temos agora o grandioso privilégio de ir para outro país, compartilhar com as pessoas ali a fé cristã que pode habilitá-las a usufruir uma relação tão excelente com suas concriaturas humanas e, especialmente, uma boa relação com Jeová Deus. — Contribuído.

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