BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g96 8/5 pp. 9-10
  • Adoção: sim ou não?

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Adoção: sim ou não?
  • Despertai! — 1996
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • Quanta estabilidade?
  • Motivos de cautela
  • Cara a cara com a realidade
  • Como enfrentar os desafios de ser filho adotivo?
    Despertai! — 2003
  • De Nossos Leitores
    Despertai! — 1997
  • Adoção: por que e como?
    Despertai! — 1996
  • Em busca das raízes — um filho adotivo ansiava saber
    Despertai! — 1979
Veja mais
Despertai! — 1996
g96 8/5 pp. 9-10

Adoção: sim ou não?

NEM é preciso dizer que podem surgir problemas se os pais adotivos se divorciarem ou se um dos dois morrer. Mas a criança adotada é que talvez sinta a maior tensão. Por quê?

A maioria de nós sabe quem são seus pais biológicos. Mesmo quem os perde ainda na infância tem recordações, ou provavelmente algumas fotos, para completar o elo. Mas e o bebê que é entregue para adoção pouco depois de nascer? A instituição de adoção fica de posse de pormenores sobre a mãe, mas essas informações geralmente só ficam à disposição quando a criança atinge a maioridade. Em outros casos, a mãe registra seu nome na certidão de nascimento, mas omite o do pai. Alguns bebês são enjeitados, isto é, abandonados pelos pais, que não se sabe quem são. As crianças em todas essas situações não têm raízes, sentem-se apartadas de sua formação ou origens.

Quanta estabilidade?

A árvore precisa de um bom sistema radicular para firmar-se. O rebento enxertado num tronco maduro pode desenvolver-se bem, mas pode também murchar e não dar fruto. Semelhante a isso, algumas crianças nunca se recuperam do choque de ser apartadas de suas raízes, embora os pais adotivos as tratem com todo o cuidado e carinho.

Veja o caso de Kate, cujos pais eram das Antilhas.a Ainda bebê, ela foi adotada por um casal branco, pessoas muito afetuosas e interessadas no seu bem-estar, mas ela não conseguiu adaptar-se ao novo ambiente. Saiu de casa aos 16 anos e nunca mais voltou. A essa altura, a amargura já havia virado ódio sem nenhuma razão de ser. “Por que minha mãe me entregou a vocês?”, era a pergunta que ela insistia em fazer. É lamentável, mas essa família não conseguiu vencer esse obstáculo.

Ao nascer, Mervyn ficou aos cuidados das autoridades e depois de um casal que obteve a guarda temporária, sendo adotado aos 9 meses. Sua formação inicial, incerta, junto com um incrível ressentimento por ser mestiço, transformou-se numa atitude de rebeldia que lhe rendeu muitos problemas e causou profunda tristeza aos pais adotivos, que tanto fizeram por ele. “Se alguém me pedisse conselhos sobre adoção”, disse sua mãe, “eu diria: ‘Pense duas vezes.’”

Já o caso de Robert e Sylvia é diferente. Eles tinham um filho, mas não podiam ter outros. Foram indagados se já haviam pensado numa criança de outra nacionalidade. Não demorou e estavam adotando Mak-Chai, uma menininha de 9 meses, de Hong Kong. “Sempre me pergunto por que fui abandonada”, diz Mak-Chai, “e se tenho irmãos ou irmãs. Mas acho que sou mais apegada à minha mãe e ao meu pai adotivos do que muitos filhos naturais são aos pais de verdade. Se eu soubesse quem foram os meus pais biológicos, isso não faria muita diferença, com exceção de que eu entenderia um pouco melhor algumas das minhas características, talvez.” Será que os pais adotivos dela recomendam a adoção? “Sim”, dizem eles, “porque para nós foi uma experiência maravilhosa!”

Motivos de cautela

Graham e Ruth adotaram um menino e uma menina, ainda bebês, com o objetivo de que se integrassem com o filho e com a filha que já tinham. As quatro crianças foram criadas como família unida, num ambiente de felicidade. “Nossos quatro filhos saíram de casa há alguns anos e seguiram seu caminho na vida. Mantemos contato com todos e os amamos”, diz Ruth. Mas, infelizmente, os dois filhos adotivos tiveram problemas graves. Por quê?

“Nosso médico nos dizia que o ambiente é de suma importância para a criança”, diz Graham, que agora acredita que as características herdadas são um fator importante. Ele diz ainda: “Além disso, como era a saúde da mãe na gestação? Agora a gente sabe que drogas, bebidas alcoólicas e tabaco podem afetar o bebê por nascer. Recomendo que se faça uma investigação muito boa da vida tanto do pai como da mãe, e até dos avós, se for possível, antes da adoção.”

Peter, cuja mãe casara de novo, sofria abusos físicos e mentais às mãos do padrasto. Aos 3 anos de idade, ele foi entregue para adoção. “Rejeitei meus pais adotivos assim que botei o pé fora do tribunal”, disse Peter. E mais: “Eu destruía tudo que estivesse ao alcance das minhas mãos. Quando conseguia dormir, tinha pesadelos horríveis. Agora vejo que eu estava perturbadíssimo. Depois que os meus pais adotivos também se divorciaram, as coisas foram de mal a pior para mim: drogas, roubos, vandalismo, orgias todo santo dia.

“Aos 27 anos, pensei em suicídio, porque não via razão de continuar vivendo. Até que um dia alguém me entregou um panfleto bíblico que dizia que em breve a Terra se tornará um paraíso. A mensagem chamou minha atenção. Tinha tudo para ser verdade. Comecei a ler e estudar a Bíblia e passei a mudar minha vida e caráter, mas as recaídas eram freqüentes. Depois de muito encorajamento e da ajuda que recebi em termos de companheirismo cristão, agora me sinto mais feliz e mais seguro em servir a Deus do que poderia imaginar poucos anos atrás. Também consegui reavivar o afeto no relacionamento com minha mãe, o que é maravilhoso.”

Cara a cara com a realidade

Em questão de adoção, as emoções são muito intensas. De um extremo a outro, uns expressam amor e gratidão; outros, amargura e ingratidão. Edgar Wallace, por exemplo, nunca perdoou a mãe por abandoná-lo, que é a visão que ele tinha do que ela fez. Ela foi vê-lo no último ano de sua vida, à procura, embora com relutância, de ajuda financeira, mas Edgar, já rico na época, mandou-a embora rispidamente. Pouco depois, ao saber que sua mãe teria sido enterrada como indigente, não fosse a bondade de amigos que pagaram pelo funeral, ele se arrependeu profundamente de sua insensibilidade.

Quem pensa em adotar uma criança precisa estar preparado para encarar realisticamente os problemas e desafios que podem surgir. As crianças nem sempre são gratas pelo que os pais, adotivos ou biológicos, fazem por elas, mesmo nas melhores das circunstâncias. Aliás, a Bíblia fala que nos nossos dias as pessoas ‘não teriam afeição natural’ e que seriam ‘ingratas’ e “desleais”. — 2 Timóteo 3:1-5.

No entanto, a experiência de abrir sua casa — e seu coração — para uma criança que necessita de pais pode ser positiva e enriquecedora. Cathy, por exemplo, sente profunda gratidão aos pais adotivos por lhe terem dado um lar cristão e cuidarem de suas necessidades materiais e espirituais. — Veja o quadro “Deu certo no nosso caso”, página 8.

Ao descreverem como se sentem com relação aos filhos adotivos, os pais dessas crianças podem lembrar-se das palavras do salmista: “Os filhos são um presente do Deus Eterno; eles são uma verdadeira bênção.” — Salmo 127:3, A Bíblia na Linguagem de Hoje.

[Nota(s) de rodapé]

a Alguns nomes foram mudados a bem do anonimato.

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar