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  • g79 22/7 pp. 20-24
  • Entenda e aprecie a música

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  • Entenda e aprecie a música
  • Despertai! — 1979
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  • Contra-Melodia
  • A Dádiva da Audição
  • Os Harmônicos Emprestam Qualidade ao Som
  • Como Podemos Apreciar a Música
  • Manter Conceito Equilibrado
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    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1984
Veja mais
Despertai! — 1979
g79 22/7 pp. 20-24

Entenda e aprecie a música

ALGUÉM certa vez disse: “A música e o ruído são dois meninos diferentes — um tão deleitoso, e outro, horroroso.” Embora sejam diferentes como Abel e Caim, e tão opostos como o dia e a noite, todavia, originam-se do mesmo fenômeno físico, o “som”. Ao passo que talvez associemos o ruído com o som dissonante e transtornador (às vezes horroroso), a música pode ser suavizante e descontraente (às vezes deleitosa). Já não notou como a música pode estimular dentro de nós emoções enlevantes de alegria e animação, bem parecida a uma corrente ascendente que transporta uma ave que sobe muito? Outras vezes, porém, a música pode trazer-nos uma sensação de melancolia, até mesmo de tristeza e de lágrimas.

O Que É Música

A música tem sido chamada de “linguagem internacional”. Por quê? Porque as pessoas que não falam a mesma língua podem comunicar-se pelo usufruto da mesma música. Ademais, a música tem atrativo mundial, porque toca em quase todo aspecto da vida humana. Temos canções de amor, de casamento, de ninar, de “rapaz e moça”. Temos música popular e clássica, música oriental e ocidental, canções folclóricas e o “rock”. Há música sofisticada, às vezes com “ritmo latino”. Há também a lindíssima e cativadora valsa. E, já não tamborilou com a ponta dos pés e bateu palmas em sintonia com uma polca viva ou uma marcha estimulante? É bem provável que tenha feito isso. Sim, uma linda canção que emprega alguns acordes musicais atrai nossos ouvidos tanto quanto uma excelente combinação de cores agrada aos nossos olhos. Ora, até mesmo a propaganda comercial tenta “conseguir um lugarzinho” por combinar os anúncios com música!

De alguma forma, devido à nossa constituição humana, sons melodiosos e harmônicos podem exercer profundo e emocional impacto sobre nós. Isto se dá especialmente quando são coordenados no ritmo certo, e, talvez, acompanhados de letra apropriada. A música é “som organizado”. Alguns dos ingredientes utilizados para organizar o som incluem a pauta musical de cinco linhas paralelas e seus respectivos sinais de “identificação” ou “clave”. Daí, há os “sustenidos” e “bemóis” que alteram o caráter e diapasão das notas, sem alterar seus nomes. As diferentes figurações das notas indicam a variação do valor ou duração dos sons que representam. Colocadas mais para cima ou para baixo das linhas da pauta, significam sons mais agudos ou mais graves. Trata-se de música escrita. E o som da música é o resultado de alguém tocar o arranjo, feito por um compositor, destes ingredientes, em padrões apropriados. Por conseguinte, a música é uma forma artística que existe nos domínios do som e do ritmo.

Quando o som chega aos nossos ouvidos, algo vibra — uma corda de violino, uma pele de tambor, a palheta de uma flauta. O que acontece é que o ar se movimenta. Como a superfície perturbada de uma plácida piscina quando se lança nela uma pedrinha, as ondulações e ondas de ar circulam de uma fonte até que façam pulsar nossos tímpanos — e ouvimos o som! Sem ar, não haveria som. Podemos agradecer a Deus nossa maravilhosa audição e toda a criação relacionada ao nosso redor, que torna possível tal comunicação.

Uma variedade de instrumentos musicais fazem soar sons em diferentes diapasões, a voz humana sendo, sem dúvida, o mais antigo destes instrumentos. Quando os sons são dispostos num padrão reconhecível para uma voz, o resultado é “melodia”. Visto que a voz flui como uma corrente, pode-se dizer que a melodia é “música horizontal”. Se diferentes diapasões sonoros forem ouvidos simultaneamente, como num acorde, produziu-se “harmonia”, e talvez imaginamos a harmonia como sendo “música vertical”.

A harmonia musical é primariamente de dois tipos: “consonância” e “dissonância”. Sim, isso mesmo! A discordância, ou “dissonância”, como é às vezes chamada, é essencial à música. Por quê? Porque sem dissonância haveria pouco ou nenhum senso de ação ou movimento na música. Por exemplo, quando uma peça musical chega a seu fim, isso nos dá a sensação de “encerramento” ou de repouso. Atingiu-se o fim, e sentimos uma sensação de satisfação.

Contra-Melodia

Quando a “música vertical” ou a harmonia flui de acordo com regras fixas de progressão musical, pode-se suprir um acompanhamento bem apropriado para uma melodia bem conhecida, ou peça de “música horizontal”. Dando-se atenção especial aos padrões de harmonia, pode-se inventar uma “contra-melodia”. Nosso entendimento e apreciação da música são destacados quando escutamos à espreita de tais padrões de melodia sustentadora ao irem se desenvolvendo junto com, ou se moverem em sentido contrário à melodia principal. Por exemplo, à medida que os violinos duma orquestra estão tocando uma melodia bem reconhecida, escute-a para ver se poderá captar uma melodia sustentadora conforme é tocada por uma trompa de pistões ou um oboé. Emocione-se ao ouvir um trecho em que as flautas repetem um escore previamente tocado!

Desta forma, somos ajudados a avaliar o “fluxo”, ou movimento adiante, da música. A repetição dos padrões serve como “marcos”, por assim dizer; ficamos cônscios deles, esperamos sua volta, e apreciamos a satisfação de seu cumprimento. Como profecias da Bíblia, estimulam-nos, ao aprendermos sobre elas; aguardamos ansiosamente seu cumprimento, e oh, que satisfação temos com suas bênçãos!

A Dádiva da Audição

Sem que Deus nos tivesse suprido nossa maravilhosa audição não haveria música, ou, pelo menos, não poderíamos usufruí-la. Para entender e apreciar a música, toda ela tem de soar dentro dos limites de nossa capacidade. Embora a mesma varie, de pessoa para pessoa, aceita-se, em geral, que os limites humanos da capacidade de audição variam de 16 vibrações, ou “ciclos”, por segundo, até 20.000 ciclos por segundo (abreviação “CPS”). Um termo mais recente, usado atualmente na eletrônica, para “ciclos por segundo” é “Hertz” (Hz). As notas produzidas por todos os instrumentos musicais caem bem dentro destes limites. Por exemplo, o limite do violino é de simples 180 Hz até 2.500 Hz. O violão vai um pouco abaixo, variando de 80 CPS até 1.200 CPS. O que consegue ir mais alto? Bem, os címbalos podem produzir vibrações até de 20.000 Hz. Numa orquestra, o piano usualmente possui a distinção da mais ampla amplitude de freqüência, indo de 27 CPS a 4.000 CPS.

Os Harmônicos Emprestam Qualidade ao Som

A maioria das pessoas concordarão que a música “ao vivo”, “em pessoa” é muitíssimo deleitosa. Já ficou imaginando por quê? Bem, quem já viu um quadro ou foto que pudesse igualar-se à cena original? Algo está sempre faltando numa cópia. Muito embora uma foto reproduza todas as cores e os pormenores do original, falta-lhe profundeza. Mais ou menos da mesma forma, há algo sobre a música ao vivo que possui uma plenitude, uma riqueza e uma profundeza difíceis de igualar. Por quê?

A luz que vemos e o som que ouvimos são todos vibrações. No som, não existe apenas uma vibração principal ou básica, mas há também vibrações parciais ou secundárias em relação à “fundamental”, como é chamada. E são estas parciais ou “harmônicos” que emprestam riqueza, plenitude e profundeza ao original, tão difícil de reproduzir numa cópia. Como assunto de interesse, é o destaque, ou a inibição, destes harmônicos no original que nos faz entender que a música que ouvimos é música de cordas, ou música de flauta, ou, então, pode ser a nota idêntica tocada numa gaita de foles! Esta qualidade do som pode ser identificada pela combinação dos harmônicos, chamada “timbre”, normalmente produzida por um instrumento de metal, por exemplo, segundo comparado com um instrumento de corda, ou um que é um cano de ar vibrado por uma palheta.

Como Podemos Apreciar a Música

Pouquíssimas pessoas têm o talento ou os meios de apreciar a música ao vivo, todavia, milhões continuam a entreter-se pela boa reprodução de alta-fidelidade. No rádio, há estações de AM e FM. Prefere-se usualmente a FM devido à sua recepção quase isenta de ruído, e sua amplitude de freqüência mais ampla na transmissão musical. Em muitos países, atualmente, as estações de FM-estéreo são bem populares, não só porque muitas exercem cuidados na programação, mas por causa de sua capacidade de reproduzir, em grande medida, os harmônicos sobre os quais falamos. Em aditamento, discos e fitas de alta-fidelidade se acham disponíveis. O ideal das gravadoras é reproduzir a música ao vivo numa gravação de real fidelidade, assim como era originalmente com todos seus harmônicos e, ao mesmo tempo, eliminar o ruído e a distorção indesejáveis.

Para uma pessoa que ouça casualmente música, enquanto está trabalhando ou fazendo outras coisas, isto talvez não seja muito importante. Um pequeno rádio-transistor poderá ser inteiramente adequado. Nem deveria ser criticado por isso, pois os gostos musicais variam grandemente. Para outra pessoa, contudo, isto poderá ser muitíssimo insatisfatório. Ao passo que produz música, para ela não soa como verdadeira música. Entre as razões podem estar a alta distorção e limitada amplitude de freqüência. A falta dum som musical puro, junto com ruído e distorção, podem fazer com que tal pessoa o desligue, ao invés de continuar ouvindo.

A baixa distorção é importante na reprodução musical de excelência. No caso de discos, a distorção poderá provir duma cápsula ou agulha de baixa qualidade. Certas fitas apresentam, mais do que outras, distorções e sibilos. O amplificador e as caixas acústicas também têm muito que ver com o som de alta qualidade. Se os dados estiverem disponíveis, seria bom verificar o nível de distorção e a amplitude de freqüência. Alguns modelos mostram um nível de distorção tão alto quanto 1,5 por cento ou mais, ao passo que um produto superior poderá mostrar 0,04 por cento ou menos. Os dados da amplitude de freqüência são importantes, também, mas podem ser desencaminhantes.

Certa autoridade, depois de muitas pesquisas sobre testes de preferência, expressou-se da seguinte forma: “Noventa por cento de todos os ouvintes ficarão completamente satisfeitos com uma faixa de 60 a 8.000 Hz.” Assim, pareceria que a maioria das pessoas não são exigentes quanto alguns anunciantes gostariam de nos fazer crer. Naturalmente, isto de forma alguma se aplica a todos. Alguns têm aguçado senso auditivo, e seu apreço da música é influenciado pela distorção e falta de plena amplitude. Em que classe se coloca? No fim, é seu ouvido que é seu melhor juiz. Escolha dentre o que possa adquirir o som que lhe agrade mais.

Manter Conceito Equilibrado

A música, como os demais prazeres, possui suas limitações. Depois dum dia de trabalho árduo, pode ser muito descontraente, antes de a pessoa se recolher. Alguns acham que é um estimulante contra a depressão branda. No entanto, não deve ser considerada como a resposta para tudo. Se a pessoa tiver um problema que necessita de ação, ouvir música não resolverá o assunto. Também é bom lembrar-se de que, para a maioria das pessoas, a reflexão séria e a meditação exigem silêncio. No entanto, alguns parecem ser tão viciados com música que acham que precisam ouvi-la constantemente. E uma queixa comum dos vizinhos é que a música é tocada, por alguns, com volume demasiado. Parece que alguns apreciadores despercebem o fato de que nem todos partilham seu entusiasmo e gosto. Caso uma pessoa more em local apertado, junto com outros que podem sentir-se perturbados, talvez seu usufruto da música possa ser solucionado por meio de fones de ouvido. Caso não seja cuidadosamente controlada, a música pode consumir demasiado tempo e, desta forma, gerar mais problemas do que os que soluciona.

Para ilustrar isto, vamos fazer breve exame de algumas das pessoas muito famosas que tornaram a música seu principal interesse na vida, às vezes à custa de outras coisas que deviam ter merecido mais de sua atenção. Ludwig van Beethoven é considerado como um dos maiores compositores de todos os tempos, todavia, diz-se-nos que tinha uma vida pessoal muito desordenada. Outro, Franz Schubert, que se diz ter composto uma das mais lindas sinfonias de todos os tempos, certa vez descreveu a si mesmo como homem muitíssimo infeliz.

Nem tais depressões emocionais envolvem apenas artistas do passado. O falecido Hank Williams, um dos mais populares cantores de música “country” e “western” de seus tempos, costumava cantar uma melodia religiosa intitulada “I Saw the Light” (Eu vi a Luz). Mas será que viu mesmo? Em certa ocasião, depois de entoar tal canção, relata-se que irrompeu em lágrimas e soluçou, dizendo que não tinha visto nenhuma luz. Sua vida terminou tragicamente com uma superdose de tóxicos, tomada quando estava a caminho para uma apresentação.

Sim, estas foram pessoas que viveram para a música; era toda a sua vida. Poderíamos bem afirmar que a música, para elas, era como alguns lampejos de luz do sol no meio dum mar tempestuoso e agitado! Qualquer alegria passageira que conseguiam dela logo era anuviada pela melancolia dos problemas pessoais. Para os que procuram uma vida equilibrada e feliz, tais músicos são exemplos admoestadores.

Ao passo que a maioria de nós vive como ouvintes, e não como músicos executantes, a lição acima é a mesma para ambos. Tempo demais gasto tocando ou ouvindo música não é bom. A música é uma coisa belíssima, sem dúvida! Mas, é apenas UMA das maravilhosas dádivas de Deus à humanidade. Há outras dádivas também — nossa família, nossos amigos, nosso trabalho, nosso serviço cristão. Estes também requerem nossa atenção. Se pudermos conservar sabiamente a música em seu devido lugar — pronta a ser usada quando necessária e desejada, e não sufocando as demais responsabilidades — poderemos bem continuar a entender e apreciar saudavelmente a música no decorrer de nossos anos.

[Diagrama na página 21]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

Címbalo — até 20.000 Hz

Guitarra — 80 Hz a 1.200 Hz

Violino — 180 Hz a 2.500 Hz

Piano — 27 Hz a 4.000 Hz

Todo som dos instrumentos musicais se compõe de vibrações em ciclos por segundo ou hertz (Hz).

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