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Despertai! — 1980
g80 22/8 pp. 25-27

Os beija-flores — fascinantes acrobatas plumosos

Do correspondente de “Despertai!” no Brasil

UMA criaturinha iridescente se lança rápido para baixo, pára subitamente diante duma flor rosa de hibisco e bate asas no meio do ar. Celeremente, movimenta-se para a frente e, daí, recua em linha reta. Mais uma vez, a criaturinha se lança para a frente, seu bico longo e delgado desaparecendo no meio das flores. As asas são apenas uma mancha. Seu ruído se parece ao zumbido dum inseto. Num relampejar, a criaturinha se move de lado. Em seguida, ascende em linha reta e então subitamente desaparece.

Este acrobata aéreo plumoso é um beija-flor ou colibri, outra das fascinantes criaturas providas por Deus para nosso prazer. O nome desse pássaro, em português, se deriva do seu hábito de adejar de flor em flor libando o néctar das flores — beija-flor.

Proezas Aéreas Vertiginosas

Só se passa um minuto até que outro beija-flor mergulhe não se sabe de onde — pelo menos assim parece. O que faz com que tais criaturas sejam voadores tão surpreendentes?

Algo de notável são seus músculos das asas. Estes representam uma porcentagem incomum de 25 a 30 por cento do peso corpóreo. As aves comuns batem asas para cima e para baixo. Isso não se dá com os beija-flores. Suas asinhas ímpares giram para a frente e para trás, como remos. Embora tal movimento não seja circular, o efeito é bem parecido ao desempenho dum rotor de helicóptero. Por exemplo, o rotor se inclina quando o helicóptero avança ou recua. Um beija-flor faz a mesma coisa com as asas.

Outras aves conseguem pairar e ficar imóveis no ar, mas os beija-flores são peritos nisso. Ademais, somente o beija-flor consegue ascender de modo vertical e instantâneo. E o que dizer de bater asas ao reverso? Nenhum outro pássaro consegue fazê-lo. O plano das asas simplesmente se desloca para trás. Uau! Lá se vai outro beija-flor!

A velocidade das batidas das asas do beija-flor é simplesmente estonteante. Os beija-flores mais rápidos podem atingir 90 ou mais batidas por segundo. O diminuto beija-flor-besouro (Calliphlonc amethystina), que pesa menos de 2 gramas, segundo se sabe, move suas asas 80 vezes por segundo. Em contraste, um gigantesco beija-flor, o Patagona gigas, registra meras 8 a 10 batidas por segundo. Surpreendentemente, isto é menos do que o número de vezes em que aves maiores movem suas asas por segundo.

Os beija-flores são acrobatas verdadeiramente sensacionais. Especialmente ao namorarem, os machos realizam deslumbrante espetáculo. Descrevendo a envolvente “dança no ar” nupcial do beija-flor-rubi, norte-americano, o autor C. H. Greenewalt disse:

“A fêmea . . . pousa num raminho bem próximo do solo. O macho sobe bem alto no ar e se lança em poderoso mergulho que termina bem em frente de sua deslumbrada companheira futura, daí, ascende precipitadamente, de modo que sua trajetória se assemelha a um grande U, com a fêmea na base.

“Em tal desempenho, ela escolhe a posição dela, ou ele poderá escolhê-la para ela, de tal modo que ela possa ver a luz refletida de todas as suas plumas iridescentes, e, assim, tem a alegria não só de ver as acrobacias aéreas dele, mas também a linda exibição de cores.”

Corpinhos de Pura Energia

Notáveis velocidades de 85 km/h, em vôo normal, com auges de mais de 114 km/h, já foram medidas. As espécies migratórias são ainda mais surpreendentes, pois cobrem tremendas distâncias. Dentre os três beija-flores norte-americanos, o beija-flor-rubi e o castanho-avermelhado emigram por cerca de 3.200 km até seus alojamentos hibernais. O beija-flor-de-cauda-longa voa do sul do México para os Mtes. Rochosos do Colorado e Wyoming, EUA, uma distância de 2.400 a 3.200 km. Agora, pense só em seu tamanhinho, 7,5 cm, e terá motivos de se admirar de como tal criaturinha consegue fazê-lo.

Ainda mais impressionante é que se crê que os beija-flores-rubis ou granates atravessem o golfo do México em um só vôo sem escalas. Foram dotados da extraordinária capacidade de estocar gordura-combustível até metade de seu peso normal, antes do vôo sem escalas.

Os beija-flores deixam atordoada a nossa mente com relação à energia que despendem. Greenewalt comparou os gastos diários de energia de um homem de 77 quilos, de cerca de 3.500 calorias, com a rotina dum beija-flor. Para igualar tal pássaro, esse homem teria de gastar cerca de 155.000 calorias. Isso exigiria uns cerca de 129 quilos de carne de hamburgo por dia!

Naturalmente, quando se trata de alimento, os beija-flores têm deveras um bom apetite. Utilizando os açúcares como sua principal fonte energética, junto com insetos e pequenas aranhas para obter proteínas, consomem a metade de seu peso corpóreo em açúcar, todo dia. Naturalmente, de 50 a 60 refeições de néctar por dia está longe de ser uma frugalidade. Não é de se admirar que sejam vistos zunindo ao redor das flores o dia inteiro, e mirando um lanche a cada 10 a 15 minutos.

Jóias do Mundo Avícola

Todas as 319 variedades catalogadas de beija-flores vivem no continente americano, desde o Alasca à Terra do Fogo, e nas ilhas vizinhas. Sua concentração mor se acha na América do Sul e Central tropical. Com 163 espécies, o Equador detém a liderança. O Brasil abriga pelo menos 105 variedades.

O menor beija-flor, e o menor espécimen do mundo das aves, é o beija-flor-helena, de Cuba. Tendo apenas 5 cm de comprimento, é do tamanho igual a de uma grande mamangava. O maior beija-flor de todos, o Patagona gigas, chega a alcançar de 12,5 a 15 cm de comprimento.

O beija-flor-rubi macho exibe uma mancha no pescoço que brilha ao sol como a jóia do mesmo nome. Tais manchas brilhantes no pescoço são comuns a grande número de variedades. Em outras, as cores metálicas, brilhantes, distinguem apenas os machos adultos. Mas há deslumbrantes fêmeas que exibem sua alegre plumagem tão orgulhosamente quanto os machos.

As cores brilhantes dos beija-flores não são pigmentos, antes, são estruturais. Para ilustrar: Pense só num diamante e como decompõe um raio de luz solar nas cores do arco-íris. Similarmente, a fim de obter um relance da plumagem iridescente, a luz deve provir de trás, sobre seus ombros, e deve atingir as plumas de forma direta. Mas seja rápido, pois basta a ave sacudir a cabeça apenas alguns graus e todo aquele colorido desaparece.

Adicionalmente, os beija-flores são dotados de formas pródigas de arranjos de plumas. Algumas variedades apresentam longas e brilhantes penas na cauda. Estas tremulam como bandeirolas de sinalização, à medida que as aves voam como dardos entre as flores. Algumas apresentam tufos fofos sobre as pernas. Outros de seus colegas apresentam uma figura pomposa, com plumas parecidas a bigodes nos cantos da boca.

E que admirável variedade de bicos existe na família dos beija-flores! Por exemplo, o pássaro-espada dos Andes tem sido descrito como um bico com um pássaro ligado a ele. Inversamente, o Ramphomicron microrhynchum possui raras costas purpúreas, mas o mais reduzido dos bicos, feito para flores rasas. O bico-de-foice, por outro lado, freqüenta flores curvadas, por motivos óbvios.

Em 1962, o naturalista brasileiro, Augusto Ruschi, redescobriu e capturou nos Andes peruanos o deslumbrante beija-flor Loddigesia mirabilis, que tem duas das penas da cauda em forma de pá. Este fascinante passarinho é tão raro que já havia sido considerado extinto. Quando namora, o lindo macho curva suas delicadas penas gêmeas da cauda sob si mesmo, e enquadra seu rosto nas pás, enquanto paira em frente de sua fascinada namorada.

O Comportamento e Outras Fábulas

Se já teve a oportunidade de observar beija-flores, concordará prontamente que são tanto deslumbrantes como briguentos, curiosos e destemidos. Chegam perto para sugar água açucarada das garrafinhas-bebedouros, e podem até alimentar-se em sua mão.

Tais criaturas defenderão seu território contra qualquer pássaro, incluindo sua própria espécie. Um beija-flor zumbirá ao redor da cabeça dum corvo, em surtidas destemidas, expulsando-o finalmente. Já foram vistos em lutas com gaviões. Embora seja 100 vezes maior, o gavião recuará de forma nada dignificante. E, se por acaso dois beija-flores ficarem juntos no mesmo arbusto repleto de flores, eles darão bicadas e perseguirão um ao outro.

Os beija-flores passam a vida no ar ou pousados num ninho, jamais no chão. Até mesmo os banhos são tomados enquanto voam. Mergulham em tanques, adejam por entre quedas-d’água, ou voam no meio de folhagem cheia de orvalho.

Apesar de sua requintada beleza, há um “defeito” que não conseguem esconder. Com exceção do Schistes geoffroyi, os beija-flores não possuem gorgeio. Um pardal intrometido arrebataria o primeiro prêmio em qualquer festival da canção dos beija-flores. Alguns beija-flores conseguem soltar um zumbido nada musical. Mas, infelizmente, isso é tudo!

Os beija-flores são deveras criaturinhas notáveis — vivas e destemidas, e, ó, tão combativas! Contemplar sua inigualável variedade de cores e formas é algo que compensa bem o tempo gasto. Depois de observá-los em seu habitat natural, sem dúvida se sentirá disposto a concordar que os beija-flores são, deveras, fascinantes acrobatas plumosos.

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