BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g81 8/4 pp. 12-15
  • O dia em que o cume do monte Santa Helena foi pelos ares

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • O dia em que o cume do monte Santa Helena foi pelos ares
  • Despertai! — 1981
  • Subtítulos
  • Matéria relacionada
  • A Devastação
  • Custo em Dólares
  • O Elemento Humano
  • O Que Dizer Quanto ao Futuro?
  • A “Madame” não estava blefando!
    Despertai! — 1981
  • O aviso não acatado
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1986
  • A força de um vulcão
    Despertai! — 1982
  • Vivem junto a uma bomba-relógio!
    Despertai! — 1980
Veja mais
Despertai! — 1981
g81 8/4 pp. 12-15

O dia em que o cume do monte Santa Helena foi pelos ares

A quietude do amanhecer do domingo, 18 de maio de 1980, foi violenta e subitamente interrompida quando uma explosão 2.500 vezes maior que a da bomba atômica que caiu sobre Hiroxima foi ouvida e sentida através do sudoeste do Estado de Washington e noroeste de Oregon, E.U.A. O Mte. Sta. Helena, situado a cerca de 72 km ao nordeste da área de Portland-Vancouver, entrou subitamente em erupção.

A HISTÓRIA da erupção do Mte. Sta. Helena começou em março, quando os cientistas começaram a registrar tremores na montanha e sob ela. Tais tremores eram claro indício do que estava para acontecer em 27 de março e, de novo, em maio. Os primeiros sinais de atividade vulcânica foram observados em 27 de março. Ocorreram pequenas erupções de gases, e os tremores se sucediam numa base diária.

O Mte. Sta. Helena media 2.900 metros de altitude, e provia um cenário exuberante para os que apreciam picos nevados, rodeados de florestas verdes e belos lagos. Desde a explosão de 18 de maio, tudo isto não mais existe. Por volta de 10 de maio, os geólogos perceberam que uma protuberância crescia no lado norte da montanha, a uma proporção de um a dois metros por dia. Oito dias mais tarde, a montanha pegou virtualmente quase todo mundo de surpresa com uma explosão que foi sentida a cerca de 320 km de distância.

Toneladas de fumaça e cinzas foram atiradas alto no ar, para mais tarde caírem e se assentarem em camadas de uns 10 a 15 cm, em alguns lugares. No momento da explosão, os ventos sopravam em direção leste e as cinzas foram-se depositar bem ao leste, até Montana, e uma cinza fina se arrastava sobre Nova Iorque, a uma altura de 12.000 metros, e daí atingindo o mar.

A respiração se tornou extremamente difícil, e os perigos para a saúde eram especialmente maiores para os que tinham problemas respiratórios. Viram-se animais tombando, com seus pulmões cheios de cinza fina. Automóveis paravam, devido ao filtro de ar obstruído pela cinza. Esta causava irritação nos olhos e nas vias nasais e, de modo geral, tornou miserável a vida por vários dias após a erupção. Algumas cidades ao leste de Washington ativaram seu equipamento contra a neve e varreram as ruas. Os moradores viram-se obrigados a limpar as calçadas e remover as cinzas acumuladas nos telhados, antes que a camada ficasse pesada demais. Todas as plantações no leste do estado foram cobertas.

A Devastação

A erupção do Mte. Sta. Helena cobriu uma área de uns 414 km2, deixando em toda parte devastação atrás de seu caminho. O estrago perto da montanha foi inacreditável. A explosão atingiu em cheio a mais de 142 km2 de reserva florestal e outra vegetação. O calor intenso queimou completamente toda folhagem verde, e o terreno, visto do alto, parecia que estava coberto por um tapete de palitos de fósforo. O vizinho lago Spirit, outrora uma jóia deslumbrante encravada nas majestosas montanhas, estava cheio de troncos de árvore e lama. Correntes que desciam das montanhas, tais como os rios Toutle e Cowlitz e outros, incluindo até mesmo o caudaloso Columbia, estavam entupidos de toneladas de detritos, lançados da montanha.

Tantos detritos finalmente foram corrente abaixo que uns 15 km do rio Columbia ficaram obstruídos ao ponto de se tornar inavegável. O Corpo de Engenheiros do Exército, em cooperação com o Porto de Portland e o Porto de Vancouver, começaram a trabalhar dia e noite para abrir um canal de navegação. Começaram a abrir um canal de 10 metros, usando 10 grandes dragas. A tarefa de remover cerca de 20 milhões de metros cúbicos de detritos começara, a um custo estimado de US$ 44 milhões (Cr$ 3,8 bilhões).

Custo em Dólares

Não se sabia imediatamente o custo total, mas autoridades do governo dizem que a soma total chegará aos bilhões de dólares. Prejuízos causados à colheita poderiam chegar aos milhões. Nos portos de Portland e Vancouver, o lucro cessante era de cerca de US$ 5 milhões (Cr$ 350 milhões) por dia, enquanto permanecia obstruído o rio Columbia. A perda total de toras de madeira estimou-se em US$ 500 milhões (Cr$ 3,5 bilhões) — alguns dizem que isto seria o equivalente a cerca de 200.000 moradias. A agricultura do leste de Washington talvez tenha perdido uns US$ 313 milhões (Cr$ 21,9 bilhões) mas os peritos afirmam que tal cálculo é feito por baixo, e que talvez deva ser revisado mais tarde. Os prejuízos às reservas florestais do Estado eram de US$ 134 milhões (Cr$ 9,4 bilhões). A lista vai longe.

É possível que a extensão dos danos jamais seja conhecida; uma coisa, porém, é certa — é grande e desafia a imaginação.

O Elemento Humano

O lado mais trágico da história do Mte. Sta. Helena é o fato de que um bom número de pessoas morreram e muitas outras foram dadas como desaparecidas. Acredita-se que muitos dos desaparecidos foram simplesmente pulverizados pelo tremendo calor da explosão inicial. Informa-se que um homem, que estava a uma distância de 24 km do centro da explosão, teve queimaduras de 3.º grau e outro morreu devido ao calor. Outros morreram por inalarem quantidades excessivas de cinza.

Um velho morador de Spirit Lake achou que estava seguro e que as árvores nas colinas impediriam que qualquer coisa da montanha o atingisse. Poucos minutos após a explosão, nada mais estava vivo, naquela área.

Muitos correram riscos desnecessários, dirigindo-se à montanha, apesar dos avisos; outros arriscaram a vida para lucrar com a devastação. Por exemplo, os rios Toutle e Cowlitz estavam cheios de toras de madeira e detritos. Foram vistas pessoas tentando retirá-las, com pequenas canoas, ou até mesmo montadas em cima das toras.

Devido à chuva de cinzas, os moradores ao leste do Mte. Sta. Helena foram aconselhados a usar máscaras ou respiradores, para proteger os pulmões. Alguns comerciantes os venderam a preços exorbitantes, e outros vendiam filtros de ar para carro a US$ 30 (Cr$ 2.000,00), ou mais.

Embora existisse tal tipo de gente, a maioria mostrou alto espírito de cooperação e desejo de ajudar. O limite de velocidade na área foi reduzido para 20/25 km/horários. A maioria cooperou e foram prestativos, em muitos sentidos.

O Que Dizer Quanto ao Futuro?

Qual será, no futuro, o comportamento da montanha? Esta pergunta, com mais freqüência, vinha à mente das pessoas naquela área, nas semanas que se seguiram à explosão. Em fins de maio, os geólogos descobriram que começava a se formar uma cúpula na cratera do Mte. Sta. Helena. Sobrevoando a cratera, viram uma “espumante e incandescente” rocha fundida formar esta cúpula. Contudo, erupções posteriores levaram pelos ares tal cúpula e lançaram uma chuva de cinzas sobre vastas áreas.

À medida que a rocha fundida é impelida para cima e se amontoa, o cume esfria e este novo material sobe e se dirige para o lado, formando uma cúpula. Tal cúpula de lava muitas vezes aumenta a altitude da montanha. Em 1957, uma montanha no leste da Sibéria entrou em erupção e, depois disto, formou-se um cume de lava que cresceu quase 300 metros, num ano.

Será que o Mte. Sta. Helena continuará sempre tendo erupções com formidável enxurrada de lavas, como acontece com os vulcões do Havaí? Os geólogos dizem que isto não é possível. Os vulcões localizados na serra de Cascade — onde fica o Mte. Sta. Helena — são constituídos de rocha fundida mais compacta, que não pode escorrer com tanta facilidade. Assim como um milk shake derramado não se espalha como água, do mesmo modo as rochas fundidas do Mte. Sta. Helena não escorrerão pelas encostas abaixo, como no caso da lava dos vulcões havaianos.

O Mte. Sta. Helena talvez continue jorrando nos próximos 30 anos, lançando rocha e cinza.

Certamente, esta bela e majestosa montanha, que antes encantava os turistas, perdeu muito de seu atrativo, desde que seu cume voou pelos ares. Com sua outrora altitude de 2.900 metros, ela é agora uns 400 metros mais baixa. Será que vai recuperar-se, quando se formar uma futura cúpula de lava? Só o tempo dirá.

[Quadro na página 15]

LISTA DE BAIXAS NA VIDA ANIMAL

5.250 Veados Canadenses

6.000 Veados Hemíonos

200 Ursos Pretos

100 Cabritos Montanheses

15 Leões das Montanhas

441.000 Salmões e Várias Espécies de Trutas

1,5 Milhão de Pássaros e Pequenos Mamíferos

Os números parecem incríveis, mas não quando se tem em mente que a explosão levou ao ar 4 bilhões de metros cúbicos de terra, do cume do Mte. Sta. Helena. A uma distância de 16 km da cratera, a explosão atirou a 300 metros no ar um trator de 10 toneladas. Os biólogos o consideram o maior desastre natural no reino animal na história norte-americana.

Muitos animais foram mortos no momento da explosão, mas muitas perdas se darão a longo prazo. Os animais das cercanias da área de explosão sobreviveram e se locomoveram para áreas verdes vizinhas, o que sobrecarregará tais áreas e resultará em morte à mingua.

Quinhentos quilômetros de rios, povoados de salmões e trutas, e 26 lagos foram seriamente atingidos. Em adição, 11 milhões de filhotes de salmão coho e chinook morreram quando o viveiro natural do rio Toutle foi inundado pelas águas cheias de cinzas e lama.

Após examinar algumas trutas sobreviventes, em alguns rios, os biólogos do departamento de caça e pesca disseram: “Estão vendo estes cortes e contornos ásperos e a coloração pálida? A cinza está roendo suas guelras. Nunca conseguirão subir rio acima.”

A precipitação de cinzas na bacia do rio Columbia, distante 160 km, causou uma base de mais de 90 por cento de estragos causados por faisões que abandonaram seus ninhos. As perdas causadas pelas aves aquáticas que abandonaram seus ninhos em Lago Moses, na mesma área, foram de 85 a 90 por cento.

Um aspecto animador: os alces na região da explosão foram vistos comendo vegetação nova que brotava das cinzas. O biólogo do departamento de Caça, Rich Poelker, detectou bons sinais de retorno da pastagem, plantas jovens crescendo no meio das cinzas. Disse: “Vejo muitas formigas, mas nenhum outro tipo de inseto. E não vi nem ouvi nenhum pássaro.” Suas palavras finais: “Eu acho que se pode resumir tudo dizendo que ainda vai levar muito, muito tempo, mas os pássaros voltarão a cantar no Mte. Sta. Helena.”

[Gravura de página inteira na página 13]

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar