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  • O poderoso Zambeze

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  • O poderoso Zambeze
  • Despertai! — 1981
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Despertai! — 1981
g81 22/9 pp. 20-22

O poderoso Zambeze

Do correspondente de “Despertai!” em Zimbabwe

O LUGAR é o ondulante interior da África, uns 1.500 metros acima do nível do mar, no norte de Zâmbia. Ali dá-se um nascimento incomum — o do poderoso Zambeze, o quarto maior rio da África depois do Nilo, do Congo e do Níger.

As águas jorram duma negra turfeira pantanosa e se transformam num pequeno curso de água. Daí, como menino irrequieto, a corrente salta, pula e corre ruidosamente sobre as rochas. À medida que vai aumentando, desenvolve potência, energia, imponência e, finalmente, serpenteia ao longo de seu curso até ser tragado pelo Oceano Índico.

As poderosas águas do Zambeze serviram as pessoas por milhares de anos e desempenharam um papel vital na crescente prosperidade dos povos da África Central. A energia obtida dessas águas, agora represadas na represa de Kariba, está sendo usada na industrialização e modernização da vida de milhares de pessoas, bem como na iluminação de um continente outrora escuro.

O Alto Zambeze

Gostaria de conhecer os 3.200 quilômetros deste rio, desde sua nascente até o Oceano Índico? Na década de 1850, Davi Livingstone, o explorador escocês, fez exatamente isso, mas não precisará combater a febre, as moscas tsé-tsés e os mosquitos como no caso dele.

A apenas 32 quilômetros da nascente, o Zambeze já é forte e potente, e tem uns 14 metros de largura. Ganhando ímpeto e volume com seus muitos afluentes, avança descendo para a planície de Barotze. É aqui que o povo lozi, já por muitas gerações, vem usando estas águas, que sustentam a vida, para beber, banhar-se, pescar e cozinhar. As tradições e a feitiçaria que se desenvolveram nas suas margens, porém, nunca foram carregadas pelas águas.

Uma aldeã nesta região explica que gostaria de dar à luz, mas não o consegue. O curandeiro diagnosticou sua dificuldade como sendo um grande pássaro que arrancava os bebês de seu ventre — exatamente o contrário do mito no mundo ocidental, onde as pessoas falam da grande cegonha que traz os bebês. O curandeiro lhe disse para construir um pequeno ídolo protetor do lado de fora da sua casa. Ela apanhou a metade de uma cabaça e fez disso um ninho, colocando nele um ovo, para que, quando o grande pássaro retornasse, levasse o ovo em vez de seus bebês. Enquanto continuamos nossa viagem, acompanhando o Zambeze, a aldeã continua estéril e o ídolo do lado de fora de sua casa, semelhante a muitos outros, como monumento da escravidão à tradição à qual muitos aqui ainda estão presos.

Chamamos o Zambeze de rio, mas, em fevereiro, março e abril, dá a impressão de ser um grande lago com suas águas alargando-se até se perderem de vista.

As águas sobem até 12 metros na estação chuvosa. Cada ano em que as águas sobem, milhares de aldeões procuram terreno mais alto, e tomam parte na cerimônia chamada ‘Kuomboka”. O chefe supremo, no seu barco real, é levado a remo ao seu palácio de verão, acompanhado de milhares de vozes em canto tradicional. Dançando ritmicamente, milhares dentre o povo lozi cumprimentam o chefe supremo à sua chegada.

Deixando as planícies, viajamos através de outras povoações até chegarmos a Sesheke. Foi aqui que em 4 de agosto de 1851 Davi Livingstone admirou pela primeira vez o lindo Zambeze. Livingstone veria pouca transformação, se retornasse agora. Vastas manadas de animais de caça ainda encontram refrigério nas águas do rio, claras como cristal.

Cataratas Vitória

Viajamos uns 1.300 quilômetros e o rio se alarga, em algumas partes até uns três quilômetros. Logo adiante, ficaremos assombrados com umas das mais belas e espetaculares cataratas do mundo. Talvez já possa ouvir o ruído ensurdecedor dos 57.000.000 de litros de água que se lançam cada minuto numa ravina de dois quilômetros de extensão, precipitando-se no leito da fenda, duma altura de 107 metros. Qual nevoeiro misterioso, o borrifo ascende 300 metros ou mais no límpido céu azul. Os nativos o chamam de Mosi oa Tunya (a fumaça que troveja).

Diz-se que Davi Livingstone descobriu estas quedas em 1855, chamando-as pelo nome da Rainha Vitória, da Inglaterra.

Embora o fluxo da água seja, em média, de 57.000.000 de litros por minuto, registrou-se na estação chuvosa um fluxo de 602.000.000 de litros. Com tanta água, em um minuto se teria suficiente água para um bom banho para 10.000 pessoas diariamente durante quatro anos.

Está vendo aqueles avisos junto à margem do rio? “Nadar É Suicídio.” Sim! A água é bela e clara como cristal, mas a pessoa não ousa nadar nela por medo de ficar sem perna ou sem vida, tornando-se vítima de um crocodilo, o perigo oculto nas profundezas deste belo rio.

A Ravina Batoka e o Lago Kariba

Este enorme rio subitamente se vê confinado a uma estreita ravina que serpenteia através do planalto da África Central. O nível da água nunca cai abaixo de 15 metros, e, durante as chuvas, sobe para mais de 30 metros. Viajamos 97 quilômetros através desta ravina Batoka, chamada pelo nome do povo batoka. A região é desolada, inabitada, com arbustos secos e rijos crescendo sobre penhascos escarpados. À distância de trinta e sete quilômetros das cataratas Vitória, o rio abre caminho numa profundidade de 244 metros dentro das rochas.

Entramos então no lago Kariba, um dos maiores lagos do mundo feitos pelo homem. Estende-se por 256 quilômetros à nossa frente. Nos anos após 1958, com a construção da represa e a elevação do nível das águas, cerca de 50.000 dentre o povo tonga abandonaram suas casas à procura de novas colônias.

Este enorme lago se tornou agora uma rica fonte de alimentação para o povo. Num só período de pesca, de 14 semanas, mais de meio milhão de quilos de peixe fresco e seco foram produzidos, não se incluindo o consumo local.

Deixando a represa através de uma estreita ravina de 23 quilômetros de comprimento, entramos num verdadeiro paraíso de rica vegetação verde e viçosa. Aqui os búfalos, os hipopótamos, os elefantes, as hienas e pássaros de todos os tipos fizeram seu lar, inacessível ao caçador à procura de emoções.

Do Médio Zambeze ao Oceano Índico

Estamos agora no médio Zambeze e o terreno duro e rochoso cedeu lugar às lindas planícies de Chicora, onde o rio continua a serpentear por uns 100 quilômetros. É margeado de modo pitoresco por um estreito cinturão de plantas sempre-verdes.

A tranqüilidade e o silêncio desta parte de nossa viagem são subitamente interrompidos. Pode-se ouvir, sem dúvida, o estrondo de milhões de litros de água correndo e cabriolando sobre as rochas e os penedos erráticos das corredeiras de Kebrassa.

A ravina seguinte é conhecida por Lupato, uns 1.200 metros abaixo das colinas circundantes que servem de barreira. Como que numa repentina onda final de energia, o rio corre deste ponto velozmente por cima de rochas pontudas. Revolvendo-se, espumando e agitando-se, ele se move estrondando implacavelmente. Quando o rio passa com estardalhaço pela ravina, porém, logo muda de velocidade. Como que cansado, abandona a corrida e desliza então com imponência, espalhando suas águas sobre uma extensão de cinco a oito quilômetros de largura, serpenteando abaixo, através de um vale extenso, nos 320 quilômetros finais de sua viagem.

O Zambeze então se divide em diversos cursos grandes que vão até o delta, por onde entra no Oceano Índico. Nossa empolgante viagem termina quando o rio perde sua identidade. Suas águas, antes tão revigorantemente claras como cristal, agora sombrias em resultado da areia do delta, são tragadas pela água azul e morna do Oceano Índico.

Livingstone chamou Zambeze de “a estrada de Deus para o interior”. Apreciamos o Zambeze como um dos muitos rios que embelezam o nosso lar terrestre e revigoram seus habitantes.

[Foto na página 21]

Nadar é Suicídio

[Mapas na página 20]

(Para o texto formatado, veja a publicação)

ZIMBABWE

RIO ZAMBEZE

ANGOLA

ZÂMBIA

MOÇAMBIQUE

Cataratas Vitória

Lago Kariba

Represa de Kariba

Oceano Índico

[Mapa]

ÁFRICA

Níger

Nilo

Congo

Zambeze

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