BIBLIOTECA ON-LINE da Torre de Vigia
BIBLIOTECA ON-LINE
da Torre de Vigia
Português (Brasil)
  • BÍBLIA
  • PUBLICAÇÕES
  • REUNIÕES
  • g81 22/9 pp. 26-28
  • Sua vista é fraca, mas sua fé é forte

Nenhum vídeo disponível para o trecho selecionado.

Desculpe, ocorreu um erro ao carregar o vídeo.

  • Sua vista é fraca, mas sua fé é forte
  • Despertai! — 1981
  • Matéria relacionada
  • Um advogado analisa as crenças das Testemunhas de Jeová
    Despertai! — 2010
  • “Sou apenas uma das muitas vidas que você influenciou”
    A Sentinela Anunciando o Reino de Jeová — 1997
  • A criação de famílias em todo o mundo — como ser pai e mãe com amor, discipl
    Despertai! — 1991
  • Diabetes — como se prevenir
    Despertai! — 2014
Veja mais
Despertai! — 1981
g81 22/9 pp. 26-28

Sua vista é fraca, mas sua fé é forte

CAROL DIVERS tem vista fraca, mas um forte senso de humor. Perdeu o olho direito em 1976 por ser diabética, e só tem visão parcial no olho que lhe resta. “Estou sujeita a perdê-lo a qualquer momento”, reconhece ela, “mas não posso ficar pensando sobre essa possibilidade”.

Carol sofre de diabete desde os 11 anos. Ela tem agora 40 e poucos anos e criou dois filhos, apesar de seus problemas físicos. “Quando fiquei sabendo que tinha diabete, pensei que desapareceria como sarampo. O médico me deu um livro a respeito dessa doença. Eu o li e o lancei contra a parede. Minha diabete nunca sararia. Parecia tão injusto. Fiquei bastante desanimada quanto ao meu futuro.

“Todos sabem que os diabéticos têm problemas com o nível de açúcar no sangue”, menciona Carol. “O que é menos conhecido é que a diabete que ataca as crianças, que é o meu caso, leva amiúde a uma infinidade de problemas desagradáveis no organismo da pessoa. A cegueira é um deles, causada por minúsculos vasos sangüíneos extras que crescem nas retinas dos diabéticos e, daí, rompem-se, enchendo o olho de sangue. Os diabéticos têm graves problemas de circulação e podem perder membros por causa de gangrena. Podem ter problemas renais, endurecimento de artérias, mais dificuldades para dar à luz. E a lista prossegue.”

Parece desanimador, não é? Mas, para milhões de pessoas diabéticas, é uma triste realidade diária. “Dá para enlouquecer só em pensar nas horríveis coisas que acontecem no organismo da pessoa e em esperar a próxima hemorragia da retina.” Qual é a solução? “Procure ver o lado humorístico da situação, se puder”, aconselha Carol “e não fique pensando em coisas negativas”.

O lado humorístico da situação? “Exato”, diz Carol alegremente, “como quando certa vez tentei dar um telefonema usando o telefone modelo gôndola de uma amiga. Só que o telefone era a manteigueira dela.

“O ponto é que”, acrescenta ela, “rindo, a pessoa deixa de sentir muita pena de si mesma. A última coisa que uma pessoa doente deve ter é pena de si mesma”.

Pode-se encontrar bom conselho assim na Bíblia, um livro cujo conselho prático sobre a vida é amiúde pouco apreciado. Por exemplo: “O coração alegre faz bem como alguém que cura, mas o espírito abatido resseca os ossos.” — Pro. 17:22.

Em outras palavras, “um coração alegre é excelente remédio” (Bíblia de Jerusalém, em inglês), “mas um espírito desanimado faz a gente adoecer”. (Salmos e Provérbios Vivos) Não foi sempre que Carol Divers apreciou este bom conselho. O que a fez mudar de ponto de vista?

“Em 1962”, conta ela, “eu era recém-casada e tinha dois meninos pequenos quando uma senhora idosa me visitou, oferecendo uma assinatura para a revista A Sentinela. Eu não estava muito interessada na revista, mas fiz a assinatura porque essa senhora me fez lembrar duas de minhas tias que eram Testemunhas de Jeová. Eu sempre tive muita admiração pelas minhas tias, embora eu não entendesse realmente em que elas acreditavam.

“O resultado foi que comecei a aprender o que a Bíblia diz sobre o sofrimento humano, e observei que havia muita lógica. Alegrei-me de saber que a Bíblia não ensina que Deus quer que soframos. Com efeito, não haveria diabete, nem qualquer outra espécie de sofrimento, se as pessoas fossem obedientes a Deus de início.

“A leitura sobre Jó ajudou-me a não sentir pena de mim mesma. No relato sobre Jó, Satanás declara que qualquer pessoa que sofrer bastante se voltará eventualmente contra Deus. Eu tomei a resolução de não deixar Satanás rir por último no meu caso.”

O conhecimento bíblico ajudou Carol a evitar ter pena de si mesma de outra forma também. “Quando a pessoa tem uma doença crônica”, diz ela, “é tão fácil pensar: ‘Por que justo eu?’ Por que não têm os outros de sofrer como eu? Mas a Bíblia mostra que todos nós estamos realmente numa situação idêntica. Todos nós caminhamos para a morte. Só que acontece que alguns morrem mais cedo que outros. O conhecimento disso me faz desejar ir ajudar outras pessoas a ter a esperança no futuro que eu tenho, ao invés de ficar desanimada, desejando que não tivesse diabete.”

Qual é a esperança de Carol no futuro? “Vou ficar totalmente curada”, declara ela com convicção. “Vou recuperar minha vista, nunca mais precisarei tomar injeção de insulina e me sentirei realmente saudável o dia inteiro, dia após dia.”

Naturalmente, a medicina moderna não pode curar a diabete de Carol, tampouco substituir o olho que lhe falta. Mas ela não está esperando que a medicina a cure. “Se Jesus estivesse na terra hoje, ele poderia curar-me”, salienta ela. “Ele curou pessoas que eram mais cegas do que eu. Por que fez isso? Para mostrar como as pessoas serão curadas sob o reino de Deus.”

Carol acredita profundamente nesse reino. “Já ouviu pessoas orar: ‘Venha o teu reino’? Bem, pode crer que este virá. Eu espero plenamente estar aqui quando essas orações forem respondidas. Jesus deu uma profecia para mostrar quando o Reino estaria próximo, e é igual àquilo que reza seu jornal matutino. Pode ler por si mesmo no capítulo 24 de Mateus, em Lucas 21 e Marcos 13.”

A fé que Carol tem, baseada na Bíblia, lhe deu mais do que uma esperança no futuro. Tem-na ajudado a evitar problemas de saúde agora. De que modo?

“A Bíblia me ensinou que Jeová Deus considera a vida como algo sagrado”, diz ela. “Ao estudar a Bíblia, compreendi que tinha de cuidar melhor de mim. Como pode Jeová acreditar que eu desejo viver para sempre, se eu não for honesta quanto à minha dieta ou negligenciar minha saúde atual?

“Naturalmente, cuidar de si mesmo exige autodomínio, mas a Bíblia ajuda a pessoa a desenvolver essa qualidade. Além disso, o autodomínio é questão de vida ou morte para o diabético.”

Por que se dá assim? “Quando o corpo está sob tensão nervosa, libera, através do fígado, açúcar acumulado. Portanto, quando um diabético fica agitado, é como se ingerisse açúcar, a última coisa que um diabético precisa! Sempre fui muito emotiva, mas tive de aprender a engolir desaforo ao invés de dizer algo que viesse a dar início a uma altercação. Tive de aprender a ser pacificadora. Levou anos, mas agora as coisas não me abalam tanto como antes.

“A Bíblia diz que a paz de Deus resguardará nossos corações e nossas faculdades mentais”, diz Carol rindo, “mas resguarda também o nível de açúcar no meu sangue”!

Será que Carol Divers nunca fica deprimida? “Sem dúvida, fico deprimida”, responde ela candidamente, “mas isso nunca resolve nada. Com o passar dos anos, eu aprendi que, quando fico deprimida, a melhor coisa que posso fazer é interessar-me nos outros e desviar minha mente de pensar em mim mesma.

“Comecei a perder a visão em 1970, e isso foi muito desanimador. Mas, mais ou menos nessa mesma época, parecia que eu tinha constantemente oportunidade de ajudar outras pessoas a aprender mais sobre a Bíblia. Sabe, ocupar-me mais em ensinar a Bíblia foi a melhor terapia que podia haver para mim. Desde que comecei a ficar cega, estudei com 11 pessoas que realmente aceitaram a mensagem, e elas agora ensinam outros.”

Com o enfraquecimento de sua visão, Carol se tornou mais firmemente ativa no seu serviço de ensino bíblico. “Meus dois filhos estão ambos longe de casa, servindo na sede da Sociedade Torre de Vigia”, diz ela com orgulho. “Isto significa que tenho mais tempo do que tinha antes. Portanto, em setembro passado, pude iniciar o serviço de pioneiro regular, o que significa que devoto grande parte do meu tempo agora a fazer visitas às pessoas para partilhar com elas as coisas contidas nas Escrituras. Isso é algo que há muito eu desejava fazer.

“Não sou uma supermulher”, reconhece Carol. “Nunca teria tido êxito sem a grande ajuda de minha família e de pessoas amigas na congregação. Sempre fui uma pessoa independente, e, quando comecei a ficar cega, foi muito difícil admitir a mim mesma, quer gostasse, quer não, minha deficiência física. Nunca me imaginei assim. Uma coisa que não me era fácil fazer era pedir ajuda, mas aprendi que posso pedir ajuda, seja de outras pessoas, seja de Jeová Deus. Jeová provê tanto as pessoas como a ajuda. Isto me tem ensinado uma lição maravilhosa.

“Noto que o desânimo vem de pensar sobre as coisas que eu costumava fazer e que não posso mais fazê-las. A solução é simples. Eu me esforço a pensar sobre o que eu posso fazer, e daí procuro um novo modo ou um modo melhor de fazer isso.

“Por exemplo, certa vez, num verão, fiquei desanimada porque tinha de passar longos períodos de tempo em casa. Portanto, iniciei uma pequena ‘Escola do Reino’ para as crianças da congregação um dia por semana em minha casa. Isto me animou, pois gosto muito de crianças, e a criançada gosta da escola. Representamos cenas bíblicas, fazemos jogos, aprendemos de cor passagens da Bíblia. Uma vez tentamos até mesmo construir a arca de Noé com palitos de picolé!

“Houve ocasiões em que tinha hemorragia no olho que me resta, ficando totalmente cega e confinada à cama por dias ou semanas a fio. A oração é muito importante em tais ocasiões. Também o são as maravilhosas fitas gravadas da Bíblia que a Sociedade Torre de Vigia fornece” e também o telefone. Mesmo não podendo sair, ainda posso telefonar para as pessoas. Quando me concentro em pensar, sempre consigo lembrar-se de alguém que está em situação pior ainda do que eu, e que gostaria de receber um telefonema.”

Ninguém gosta de sofrer, nem Carol Divers, que tem sofrido mais do que a maioria das pessoas. Ao passo que não escolhemos o sofrimento, podemos escolher como iremos reagir a ele. Ficaremos culpando a Deus e fazendo suposições? Ou aproveitaremos nossa oportunidade de confiar em Deus para nos ajudar, achegando-nos mais a ele?

Carol expressa isso do seguinte modo: “Não sei o que me pode acontecer no dia de amanhã — que mais irei sofrer — mas sei que tudo o que Jeová permitir será para o bem. Sei que ele me dará a força necessária. Ele sempre me deu.”

[Destaque na página 28]

“Quando a pessoa tem uma doença crônica, é tão fácil pensar: ‘Por que justo eu?’”

    Publicações em Português (1950-2025)
    Sair
    Login
    • Português (Brasil)
    • Compartilhar
    • Preferências
    • Copyright © 2025 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania
    • Termos de Uso
    • Política de Privacidade
    • Configurações de Privacidade
    • JW.ORG
    • Login
    Compartilhar