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  • Conserve sua juventude ao passo que envelhece

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  • Conserve sua juventude ao passo que envelhece
  • Despertai! — 1982
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  • Mudança nos Alvos
  • Os Vôos Durante e Após a Guerra
  • Num Campo de Concentração — Quase
  • O Fim — Mas, Ainda Assim, o Começo
  • “CONSERVE SUA JUVENTUDE AO PASSO QUE ENVELHECE”
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Despertai! — 1982
g82 22/1 pp. 5-12

Conserve sua juventude ao passo que envelhece

Do correspondente de “Despertai!” na República Federal da Alemanha

APESAR de seus 94 anos, aquele homem de olhos cintilantes, sentado à minha frente, parecia surpreendentemente jovem e bem-disposto. É exatamente a pessoa certa, pensei, para ler e avaliar o meu manuscrito antes de apresentá-lo para publicação. Tratava-se de um artigo intitulado “Conserve Sua Juventude ao Passo Que Envelhece”. Antes de mais nada, porém, queria saber qual o segredo de Wilhelm Hillmann para permanecer “jovem”. Fiz a pergunta e esperei a resposta.

“O segredo de permanecer jovem?”; ele repetiu a minha pergunta de modo pensativo. “Bem, é interessante que você pergunte isso a uma ‘velha águia’ como eu.”

Fiquei curioso a respeito da expressão “velha águia”. Mais tarde a entenderia.

“Em primeiro lugar, acho que para conservar a juventude você precisa ter um alvo na vida. Eu já tinha o meu, quando adolescente.” Pausou e sorriu, ao dizer: “Naquele tempo eu não sabia que meus alvos iriam mudar e que meu verdadeiro alvo só o acharia mais de 60 anos depois. Mas, na juventude, a minha fascinação eram os navios a vela. Decidi então que meu alvo, ao me tornar adulto, seria construí-los. Depois de terminar os estudos trabalhei de aprendiz nas docas do porto alemão de Bremerhaven, no norte. Daí, em 1905, um sonho se realizou. Obtive licença para minha primeira viagem marítima — não num navio qualquer — mas no Preussen, o mais famoso navio a vela naquela época e o maior navio de cinco mastros já construído.”

Ele me estendeu uma fotografia, por cima da mesa. Era do Preussen, e era muito impressionante.

“Íamos transportar salitre, do Chile”, prosseguiu. “Era uma viagem de 68 dias, contornando o cabo Horn. Que aventura para um rapaz de 19 anos! Lembro-me das tempestades — ora, o vento e a chuva de pedra quase que amassavam nosso rosto! E não era tarefa fácil controlar as velas. Certa vez, enquanto eu dava o maior duro lá em cima, no meio das velas, um marinheiro próximo gritou para mim, em meio ao vento: ‘Agora só Deus pode nos ajudar.’ Respondi: ‘E ele o fará.’ Mesmo jovem, nenhuma vez sequer duvidei da dependência do homem em relação a Deus.”

Mudança nos Alvos

Eu estava curioso de saber se meu amigo idoso realmente construiu navios quando se tornou adulto.

“Bem, fui desaconselhado quanto a isso”, disse ele, “e isso apropriadamente, visto que no início do século 20 os veleiros já estavam fora de moda. E eu não tinha interesse em construir navios a vapor. Mas, o que dizer de combinar o meu amor pelo mar com o voar? Os aeroplanos para percursos terrestres, de que dispúnhamos naquele tempo, eram incapazes de cruzar o Atlântico, até as Américas. De modo que o que necessitávamos, eu pensava, era de barcos voadores, ou conforme às vezes são chamados, hidroaviões. Eu tinha um novo alvo.

“O 10 de outubro de 1913 foi um grande dia na minha vida. Segurando firme a minha licença de piloto, possuía agora algo que mais tarde me faria elegível para ser uma ‘velha águia’.”

De novo esta expressão — eu achava que exigiria alguma explicação e a pedi.

“Bem, em 1934 foi formada uma associação aérea chamada ‘Velhas Águias’”, explicou. “Qualquer piloto que tivesse obtido sua licença antes do início da Primeira Guerra Mundial podia associar-se. Eu a havia tirado menos de um ano antes.

“Neste ínterim, um inglês — mais tarde elevado à nobreza sob o título de Sir Thomas Sopwith — havia construído um barco voador de um casco só. De modo que fui à Inglaterra, onde aprendi a pilotar hidroaviões, e em seguida voltei para a Alemanha como primeiríssimo piloto de barco voador. Agora eu estava em condições de começar a construir o meu próprio.

“Não demorou muito até que o governo alemão se interessasse em comprar um dos barcos voadores fabricados por Sopwith, mas esta transação deveria ser secreta. Assim, um cidadão comum, o Capitão von Pustau, encomendou o avião e enviou-me à Inglaterra para inspecionar a construção.

“Quando o avião ficou pronto, um dos ‘amigos’ do Capitão von Pustau — na verdade um inspetor disfarçado do governo — veio para liberar a encomenda. Pediram que eu o levasse num vôo experimental. Uma vez no ar, deu-me instruções para voar sobre Portsmouth. Ora, isto normalmente era proibido, visto que Portsmouth era um importante porto naval. Mas ele estava decidido. Eu cedi.

“Na manhã seguinte, von Pustau entrou às pressas no hotel onde eu estava, falando de modo um tanto atrapalhado: ‘Hillmann, arrume as malas — seu vôo sobre Portsmouth — vão nos prender por espionagem!’ Encheu minha mão com um monte de notas de libras e desapareceu. Fiquei pensando: ‘E agora?’

“A polícia me deteve no hotel. Passaram-se vários dias. Comecei a fazer planos para escapar secretamente, à noite. O avião era nosso; tinha sido pago. Nessa velocidade — o avião podia voar a 110 quilômetros por hora — nunca me alcançariam.

“No ínterim, meu ex-instrutor de vôo na Inglaterra — havíamo-nos tornado bons amigos — interveio a meu favor e resolveu a questão. Parti para a Alemanha, imediatamente. Não ainda na casa dos 30, eu poderia agora concretizar a idéia de levar uma vida plena, que esperava ainda jazer à frente. Mas então — a GUERRA!”

Os Vôos Durante e Após a Guerra

“Como piloto de combate durante a guerra de 1914-1918, senti os seus horrores em primeira mão. Certo acontecimento me causou uma impressão duradoura. Numa batalha aérea, o famoso ás francês Védrines me derrubou. Assim que viu que meu avião estava fora de combate, contudo, ele se afastou, ao invés de se aproximar para me matar. Fiz um pouso forçado e fiquei inconsciente sob os destroços. As tropas francesas, que estavam por perto, nas trincheiras, não fizeram nenhuma tentativa para impedir meus amigos de me salvarem.

“Quão grato me sentia a Deus por ainda estar vivo! Mas a consideração que Védrines e as tropas francesas tiveram para comigo também me impressionou. Por que estávamos tentando nos matar mutuamente? A guerra parecia uma coisa muito desnatural. Decidi que daí em diante faria tudo o que pudesse para promover a amizade franco-alemã.

“Este tornou-se ainda outro alvo, depois daquele de construir hidroaviões. Anos mais tarde fui recompensado pelo que fiz neste novo empenho, por ser declarado cidadão honorário de Paris. Contudo, até mesmo este não era o alvo que iria mais tarde mudar minha vida — este ainda estava à frente.”

O tempo ia passando e meu manuscrito não foi além da mesa que nos separava. Mas, quem poderia me incriminar por tentar arrancar dele informações adicionais? “As coisas pelas quais você passou na guerra fizeram com que desejasse parar de voar?”, perguntei.

“Não, é impossível manter uma ‘velha águia’ presa ao chão. Na verdade, cada ano vou ao sul da França, onde ainda usufruo a emoção de voar num planador.”

“Aos 94 anos de idade?”, exclamei.

“Você perguntou-me o que me mantém jovem”, respondeu. “Sempre tentei viver em função do futuro, sem ficar remoendo o passado. Isto ajudou-me a permanecer jovem. Além disso, todos nós uma vez ou outra na vida escapamos de morrer por um triz. Como aconteceu comigo em 1926 — e tudo por causa dum pára-quedas.”

Devolvi à mesa uma fotografia dele num velho aeroplano, reminiscência de um passado distante. E continuei ouvindo.

“Era uma manhã nevoenta de janeiro e havia saído para renovar minha licença de piloto. O boletim metereológico dizia que o teto estava a 180 metros. Mas, a 360 metros eu ainda estava cercado por forte nevoeiro. De repente, o avião começou a fazer diabruras; eu estava perdendo o controle.

“Acontece que naqueles dias nem todos os aviões tinham pára-quedas. Mas, felizmente, este tinha. Depois de pular do avião, o pára-quedas era puxado e aberto por uma corda de 25 metros, uma ponta da qual era presa ao pára-quedas e a outra ao avião. Lembro-me de ter orado a Deus, perguntando: ‘Devo pular, ou não?’

“Como se fosse uma resposta, passou-me uma idéia pela cabeça. Lancei o avião num mergulho bem empinado e nivelei-o a 150 metros. Enquanto o avião avançava aos arrancos, ouvi um ruído alto de alguma coisa rachando. Havia se formado gelo nas asas, que agora se quebrava. Isto havia causado o problema. Pousei com segurança. Justamente naquele momento passou um funcionário do aeroporto, olhou para o avião e falou alto: ‘Quem, Diabos, esqueceu-se de prender a corda do pára-quedas ao avião?’ Se eu tivesse pulado, esta ‘velha águia’ seria certamente um ‘pato morto’!”

Foi um prazer observar que ele não permitira que a idade avançada lhe roubasse o senso de humor.

Num Campo de Concentração — Quase

“Durante o regime nazista eu era engenheiro-chefe na Weser-Flug, uma fábrica de aviões em Bremen. Embora responsável por mais de 5.000 operários, recusei-me a entrar no partido nazista. Não concordava com os métodos de Hitler. Isto quase me levou a um problema sério.

“Em 1939, a Weser-Flug enviou-me a Berlim para supervisionar a construção de uma segunda fábrica. Era para ser no local onde fica o aeroporto de Tempelhof, o aeroporto que mais tarde se tornou mundialmente famoso, na Ponte Aérea de Berlim, de 1948-49. Os chefes nazistas designados a trabalhar sob minha direção queriam construir um grande palanque anexo a um dos blocos centrais, onde Hitler pudesse proferir seus discursos quando estivesse em Berlim. Não vendo necessidade disso, tirei-o do projeto. ‘Não necessitamos de palco para construir aviões’, disse a eles.

“Por este e por outros ‘delitos’, logo acabei nas barras do tribunal. Meu superior na Weser-Flug, contudo, veio em minha defesa e disse a Göring: ‘Tire o Hillmann e você pode esquecer Tempelhof.’ De modo que fui liberto e terminei a construção do aeroporto, mais ou menos do jeito como ainda é hoje em dia.”

O Fim — Mas, Ainda Assim, o Começo

“A guerra terminara. Eu estava com 59 anos, desempregado, impossibilitado de construir quer navios quer aviões. A juventude, com todos os seus alvos e os seus sonhos, veio e passou — e tudo tão rapidamente! Mas a idéia de não trabalhar me era inaceitável. Eu tinha necessidade de sentir que ainda podia ser membro útil da sociedade.

“Levei nove dos anos difíceis do pós-guerra para achar um emprego adequado, numa cidade um tanto distante. Embora já com 68 anos, fiquei no emprego até que completei 81. Naquela época a minha carreira terminou. Algo muito maior, porém, estava para começar, um alvo que jamais poderia imaginar que fosse possível, antes disso. Você sabe que . . .”

Foi interrompido por sua esposa, que entrou na sala. “Aceita uma xícara de chá?”, perguntou. Agradeci-a pelo lanche que me ofereceu. Aproveitando a interrupção, empurrei para Wilhelm o manuscrito sobre a mesa e comecei a trocar umas palavras com a esposa dele. Com o canto dos olhos vi-o apanhar as folhas datilografadas e ajustar os óculos. O seguinte é o que ele leu, sob o título do meu artigo:

“CONSERVE SUA JUVENTUDE AO PASSO QUE ENVELHECE”

AO VISITAR uns amigos, perguntei ao filho deles: “Werner, quantos anos você tem — 13?” Werner, ligeiramente indignado, não demorou em responder: “Não! Já vou fazer 14!”

Os jovens mal podem esperar se tornarem adultos, e alguns deles são capazes de muita coisa para induzi-lo a pensar que são mais velhos do que realmente são — talvez por se vestirem como pessoas mais velhas, por deixarem cuidadosamente crescer a barba ou um bigode, ou simplesmente por assumirem um ar de sofisticação adulta. Nada desinflama mais rapidamente o desabrochante ego dum ‘quisera-ser’ adulto do que tratá-lo como alguém da própria idade dele; nada o lisonjeia mais do que tratá-lo como o adulto que tão arduamente está tentando parecer.

Mas a juventude é passageira. À medida que a saúde começa a enfraquecer e as circunstâncias o obrigaram a diminuir o passo, aquele ‘quisera-ser’ adulto muito em breve se transforma num ‘quisera-ser’ jovem. Quão saudosa a pessoa fica daqueles “velhos bons tempos”! Lembra-se de quando ainda era capaz de ler sem óculos? de quando podia comer sem ser incomodado por dentaduras frouxas? de quando nunca sofria de dor nas costas ou de pé chato? E de quando era capaz de se lembrar das coisas sem ter de anotá-las, ao invés de, como é agora o caso, esquecer de ler o que anotou para não esquecer?

E quem melhor do que uma pessoa idosa pode realmente conhecer as tristezas que a idade avançada muitas vezes produz? Qual é o adolescente que pode entender a dor da perda dum cônjuge de várias décadas, ou a solidão resultante da perda desse companheiro devotado? Ou sentir a insegurança resultante da visão enfraquecida, da má audição e da fragilidade? Ou entender o que significa equilibrar o orçamento com uma pequena pensão? Ou entender a sensação de vazio, ao se perguntar: “Estarei vivo na próxima primavera para ouvir novamente o canto dos tordos?”

Problemática como possa ser, contudo, a idade avançada tem suas vantagens. Anos de experiência melhoraram seu discernimento e compreensão dos problemas que as pessoas têm. Pense no conhecimento que acumulou. Você se tornou mais sábio, provavelmente é mais equilibrado e quase com certeza tem um apreço mais profundo pela vida.

Quão maravilhoso seria se fosse possível conciliar e usufruir o melhor destes dois mundos — o vigor físico da juventude com a sabedoria e os outros benefícios da idade avançada! Até um determinado limite você pode fazer isso, pois embora não possa prolongar a vida, você pode pelo menos prolongar a sua juventude. Mas, como?

Envelhecer não é apenas algo que envolve o corpo; é também algo que envolve a mente, é uma questão de atitude. Almeje uma vida longa, deseje permanecer jovem e suas chances de conseguir tudo isso aumentarão. Tem-se dito que a pessoa começa a envelhecer no dia em que começa a se preocupar com isso.

Pense de Modo Jovial e Pense de Modo Feliz

Isto obviamente elimina gastar os últimos anos da vida sentado na varanda, alheio ao que se passa no mundo. Mantenha-se em dia. Não limite sua associação aos amigos de sua própria idade, com os quais a conversa talvez tenda a nunca sair de girar em torno das últimas colunas obituárias. Associe-se, também, com pessoas jovens. Ouça o que têm a dizer. Inteire-se de seus problemas. Eles prezarão seu interesse e você granjeará o respeito deles. Além do mais, parte do entusiasmo juvenil, da animação e do otimismo deles tende a ser contagiante.

Os aspectos desagradáveis da velhice não melhorarão tendo-se uma disposição que se esqueceu de como sorrir. Derive alegria das coisas pequenas. Sinta o mesmo prazer que sentia, quando criança, ao observar um gatinho perseguindo seu próprio rabo. Permita que seu rosto se ilumine com aquele mesmo brilho que tinha quando jovem, ao receber um presente de surpresa.

Substitua pensamentos do tipo “morrer com dignidade” por outros mais positivos tais como “viver com um objetivo”. Lembre-se, um espírito alegre e contente pode fazer muito em reativar um corpo infeliz e descontente. No oceano das “alegrias” da vida, conforme se expressou certa pessoa de 100 anos, “jaz o sustentáculo da nossa vida”.

Mantenha-se Fisicamente Ativo

Empenhar-se regularmente em atividade física, embora com moderação, é essencial. Isto fortalece o coração e os pulmões, deixa-o em boa forma e evita que os músculos fiquem flácidos. Qualquer que seja sua preferência (algum tipo de esporte ou simplesmente caminhar uma longa distância), será beneficiado se se manter fisicamente ativo.a

O exercício é especialmente importante caso tenha atingido a idade de aposentadoria. A aposentadoria não deve significar inatividade. Mantenha-se ocupado, trabalhando em algo que o interessa. Não diminua o ritmo mais do que o razoável e necessário. Seja como aquele homem que, quando lhe disseram que deveria diminuir o passo, respondeu, com um tom de desafio na voz: “De modo algum. Enquanto puder me movimentar, eles jamais conseguirão me enterrar!”

Mantenha-se Mentalmente Ativo

Assim como o corpo se deteriora quando não é usado, o mesmo se dá com a mente. Enriqueça sua vida por aumentar seus conhecimentos. Aprenda coisas que não teve oportunidade de aprender antes — algum artesanato, um outro idioma ou tocar um instrumento musical. Sabia, por exemplo, que quase dois milhões de norte-americanos com mais de 55 anos voltaram à escola, muitos deles estudando agora em colégios e faculdades?

De fato, uma universidade exclusiva para estudantes em idade de se aposentar foi aberta em Genebra, na Suíça, em 1975. A matrícula inicial, de 600 estudantes, aumentou para mais de 2.000, em 1979. Certa revista científica alemã, abordando o assunto, disse que os administradores da universidade descobriram que, “contrário à crença geral de que as pessoas idosas são incapazes de aprender, ficou provado que, em geral, sua receptividade e capacidade de aprendizado são bem normais”.

Cuide dos Hábitos de Comer e Beber

Estudos realizados no vilarejo equatoriano de Vilcabamba, uma das três regiões no mundo conhecidas devido à longevidade de seus habitantes, revelam que as pessoas ali comem moderadamente. Vivem à base de uma dieta de poucas calorias, rica em complexos carboidratos, tais como os encontrados nas frutas, nos vegetais e nos cereais, porém baixa em açúcares e gorduras. Para complementar as necessidades nutricionais, muitos acham que as vitaminas ajudam. A pesquisa parece indicar que especialmente a vitamina E é eficaz em desacelerar o processo do envelhecimento.

Dessemelhante do fumar, que é prejudicial à saúde mesmo quando moderado, as bebidas alcoólicas em geral são prejudiciais apenas quando tomadas em excesso. Quanto às bebidas alcoólicas, a pessoa faria bem em acatar o conselho apropriado e lógico certa vez oferecido por um jovem africano, que disse: “Lembre-se, se você beber pouco, viverá mais. E se você viver mais, poderá beber mais.”

Permaneça Tão Independente Quanto Possível

Não permita que os mais jovens, mesmo se bem-intencionados, façam você retornar aos dias da infância por serem super protetores e super condescendentes no seu relacionamento com você. Se ainda puder viver sozinho, faça isso. Se ainda puder cuidar da sua casa, cuide. Se ainda puder preparar sua própria comida, faça isso. Se ainda puder aparar seu próprio gramado e lavar seu próprio carro, faça isso.

Se, por outro lado, você ficou frágil, quer do corpo quer da mente, e precisa de ajuda, aceite-a quando oferecida, fazendo isso de modo afável e com gratidão. Permita que as pessoas o ajudem segundo a necessidade, não segundo a idade. Deste modo conservará seu auto-respeito e não terá razão para sentir-se culpado de representar uma indevida carga para os outros.

Não viva do passado

Recordações valiosas são excelentes, mas guardar muitos laços físicos com o passado, tais como velhas cartas e velhas fotografias, ou gastar muito tempo com saudosismo, pode fazer com que fique desalentado. Ao invés de viver do passado, tente encarar o presente, fazendo ao mesmo tempo planos para o futuro. Decida o que gostaria de fazer amanhã, ou na próxima semana, e assim terá diariamente algo pelo qual viver.

As memórias do passado podem ser transferidas ao presente. Por exemplo, ao invés de ser como a viúva que diz: “Nunca mais fiz um bolo desde que o Carlos morreu”, faça uma surpresa aos seus vizinhos ou amigos por fazer-lhes um bolo. Diga-lhes: “Espero que gostem. Carlos gostava muito. Bolo de chocolate era mesmo o seu preferido.” Por fazer os outros felizes, você mesmo se tornará feliz. Subitamente, esta valiosa recordação assumiu novas dimensões.

Aceite o Óbvio

Reconheça o fato de que você não é mais tão jovem como era. Mas, e daí, quem o é? Não pense que precisa acompanhar os outros que têm a metade da sua idade. Não há razão para “provar” que ainda é jovem, quando é bem evidente que você não é. Envelheça suavemente, sem ficar apresentando desculpas.

Nunca deixe de sentir-se grato pela oportunidade que teve de chegar à idade avançada. Milhões de pessoas jovens, cujas vidas foram ceifadas prematuramente, jamais tiveram esta oportunidade. Não seja como aquele jovem que, ao levantar da cama de manhã, queixa-se de que precisa; seja como o idoso que se alegra de que ainda pode.

— Fim —

Em determinados momentos, ao ler, Wilhelm esboçava um sorriso ou dava risadas, e em certos trechos acenava a cabeça. Achei que essas reações eram um bom sinal, mas, como a maioria dos escritores, sentia-me um pouco apreensivo quanto à sua opinião.

“O artigo é bom — informativo e útil. Mas ainda tem mais uma coisa.”

Seu Novo Alvo — Ficar Sempre Jovem

“Enquanto ainda trabalhava fora da cidade, trabalhei lá até que completei 81”, Wilhelm Hillmann explicou, “minha esposa começou um estudo sistemático da Bíblia. Nos fins-de-semana eu ia para casa, para estar junto dela. Certa vez fiquei uma semana inteira em casa e tive oportunidade de participar num estudo que ela fazia com as Testemunhas de Jeová. Foi muito interessante. Mais tarde, quando parei de trabalhar, participei nele regularmente.

“Nos estudos, aprendi que o propósito original de Deus para com o homem foi que este vivesse para sempre e jamais envelhecesse. Foi emocionante ficar sabendo que o reino de Deus em breve concretizará este propósito original. As profecias bíblicas, tais como a de Revelação 21:4, serão então cumpridas: ‘E [Deus] enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.’

“Entre as ‘coisas anteriores’ que estão destinadas a passar, eu aprendi, acham-se a velhice, com todos os seus problemas e dificuldades. A esperança começou a crescer quando fui informado que poderia estar vivo para ver Jó 33:25 cumprir-se — em mim mesmo e em outros: ‘Torne-se a sua carne mais fresca do que na infância; volte ele aos dias do seu vigor juvenil.’

“Pouco a pouco, a Bíblia, que até então considerava interessante, porém meramente histórica, tornou-se um livro de fé. Por fim, já bem nos meus 80, fui batizado qual Testemunha de Jeová.

“Quando encontro alguns amigos dos velhos tempos eles dizem que não parece que estou ficando velho. E eu digo a eles que podem ter razão, e daí explico por quê.”

Apanhando sua Bíblia de cima da mesa, indicou Isaías 40:30, 31 e me deu para ler: “Rapazes tanto se cansarão como se fatigarão e os próprios jovens sem falta tropeçarão, mas os que esperam em Jeová recuperarão poder. Ascenderão com asas quais águias.”

“Ninguém deve sentir-se velho demais para aprender sobre Jeová e depositar nele a sua esperança”, disse ele. “Vá por mim, uma ‘velha águia’! A esperança é a de saber que no novo sistema de Deus todos nós poderemos eternamente avançar em idade, mas, mesmo assim, permanecer jovem por toda a eternidade.”

[Nota(s) de rodapé]

a Para sugestões adicionais, consulte o artigo intitulado “Será Que o Exercício Realmente Ajuda?”, na Despertai! de 8 de maio de 1981.

[Destaque na página 6]

“Numa batalha aérea, o famoso ás francês Védrines me derrubou.”

[Destaque na página 7]

“A juventude, com todos os seus alvos e os seus sonhos, veio e passou — e tudo tão rapidamente!”

[Destaque na página 10]

A sensação de vazio, ao se perguntar: “Estarei vivo na próxima primavera para ouvir novamente o canto dos tordos?”

[Destaque na página 11]

“Aprendi que o propósito original de Deus para com o homem foi que este vivesse para sempre e jamais envelhecesse.”

[Foto na página 8]

O famoso veleiro, “Preussen”, de cinco mastros, a bordo do qual Hillmann velejou contornando o Cabo Horn.

[Foto na página 9]

A “Velha Águia”, ao lado de um de seus primeiros aviões. Aos 94 anos, ele ainda voa num planador, cada ano.

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