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  • Podem eles produzir verdadeira felicidade?

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  • Podem eles produzir verdadeira felicidade?
  • Despertai! — 1982
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Despertai! — 1982
g82 8/6 pp. 6-9

Podem eles produzir verdadeira felicidade?

Capitalismo? Comunismo? Socialismo?

A BUSCA de felicidade por meio de prosperidade material não é idéia nova. Era o modo de vida de muitos gregos e romanos antigos. Mas caiu em descrédito durante toda a Idade Média. Por quê? Em grande parte por razões religiosas.

A sociedade medieval era dominada pela religião em cada campo da atividade humana. Para as Igrejas Ortodoxa Oriental e Católica Romana, a pobreza era uma virtude. Era um “teste” que tinha de ser aceito pelos pobres. Os ricos eram ricos e os pobres eram pobres pelo que foi taxado de um arranjo feito por Deus. A pobreza voluntária era considerada “santa” e a “usura” (emprestar visando lucro) era condenada por lei canônica.

No entanto, ao passo que anatematizavam os judeus que emprestavam dinheiro, os cabeças da Igreja Católica emprestavam dinheiro a juros elevados. O próprio papado se tornou “a maior instituição financeira da Idade Média”. Esta era a estrutura durante a maior parte do período da ordem feudo-eclesiástica.

O Surgimento do Capitalismo

Com a desintegração do sistema feudal, o comércio local e entre as cidades aumentou. Também aumentou o comércio entre as nações. E as idéias circulavam mais livremente, especialmente depois da invenção da página impressa. A influência da Igreja Católica começou a desvanecer.

O catolicismo medieval havia sido o maior obstáculo ao desenvolvimento dum novo sistema econômico. Ainda assim, pequenos núcleos de comércio capitalista, de indústria e de operações bancárias haviam se desenvolvido perto do fim da Idade Média bem no seio da cristandade católica. Isto se deu em cidades católicas tais como Veneza, na Itália, Augsburgo, na Alemanha, e Antuérpia, nas Flandres.

Daí, eclodiu a Reforma Protestante no século 16. Embora seja exagero dizer que a Reforma gerou o capitalismo, ela realmente liberou idéias que deram a ele um decidido ímpeto. Por um lado, o calvinismo libertou o lucro legítimo dos negócios do estigma de “usura”. Ainda mais, certas crenças protestantes deram às pessoas o incentivo de trabalhar arduamente de modo a serem bem sucedidas na vida e assim provar que figuravam entre os “eleitos”. O sucesso nos negócios era considerado um sinal da bênção de Deus. A riqueza resultante tornou-se o “capital” disponível para investimento na própria aventura comercial da pessoa ou de outra. Assim, a ética protestante de trabalho árduo e parcimônia contribuiu para a expansão do capitalismo.

Não é de surpreender que a economia capitalista desenvolveu-se mais rapidamente nos países protestantes do que nos Estados católicos. Mas a Igreja Católica rapidamente recuperou o tempo perdido. Ela permitiu que o capitalismo se desenvolvesse nos países onde era poderosa e tornou-se à sua própria maneira uma extremamente rica organização capitalista.a

O capitalismo sem dúvida proveu um melhoramento em comparação com o sistema feudal, nem que seja apenas quanto à maior liberdade que trouxe às classes trabalhadoras. Mas trouxe também muitas injustiças. O abismo entre o rico e o pobre tendeu a alargar-se. No seu pior, provocou a exploração e a luta de classes. No seu melhor, produziu uma rica sociedade de consumo em alguns países, com abundância material. Mas produziu também um vazio espiritual e falhou em produzir verdadeira e duradoura felicidade.

É o Comunismo o Caminho à Felicidade?

A Reforma Protestante foi uma revolta contra o abuso papal do poder e de privilégios. Contudo, desencadeou um dilúvio de idéias que foram muito além do que os reformadores originais previram. Essas idéias — mais cedo ou muito mais tarde — estavam destinadas a produzir revoluções em outros campos sem ser religiosos. A revolta contra Roma não só guindou o desenvolvimento do capitalismo, mas também contribuiu para inovações nos campos da ciência, da tecnologia e da filosofia — conduzindo a crenças ateístas.

Com o advento da locomotiva a vapor e da maquinaria, o capitalismo espalhou-se do campo do comércio ao da indústria. A última parte do século 18 e o século 19 presenciaram a criação de grandes indústrias que exigiam muita mão-de-obra recrutada dentre camponeses, artesãos e mesmo crianças. Mas a “exploração do homem pelo homem”, capitalista, levou à criação de movimentos operários e filosofias revolucionárias tais como o comunismo.

Teoricamente, o termo “comunismo” denota “sistemas de organização social baseados na propriedade comum ou numa distribuição eqüitativa da renda e da riqueza”. Na prática atual, o comunismo é um sistema de governo fundamentado na posse da propriedade por parte do Estado, que controla a economia sob a estrutura dum partido político único.

Para milhões de pessoas que não têm nada, em todo mundo, o comunismo parecia oferecer esperança duma vida melhor. Parecia ser o melhor meio para nivelar as flagrantes diferenças sociais criadas pelo sistema capitalista. Muitos estiveram dispostos até mesmo a abrir mão de esperanças de liberdade imediata se, por meio duma revolução, pudessem obter melhores condições de vida. A liberdade viria mais tarde, pensavam. Mas os anos passaram. O sistema comunista de governo tem tido tempo de mostrar de que é capaz, em muitos países. Os resultados foram desapontadores, mesmo no que diz respeito à prosperidade material, sem se falar em liberdade e felicidade.

Por anos, no mundo ocidental, muitos jovens — e mesmo alguns não tão jovens — sentiram-se atraídos à ideologia comunista. Mas, as contínuas más notícias que vazam de muitos países comunistas e o fluxo unidirecional de refugiados deixaram desiludidos a muitos.

É o Socialismo um Caminho Melhor?

A palavra “socialismo” vem da palavra latina socius, que significa “companheiro”. Foi usada pela primeira vez na Inglaterra no começo do século 19 e um pouco mais tarde na França. Foi aplicada às teorias sociais do inglês Robert Owen (1771-1858) e dos franceses Saint-Simon (1760-1825) e Charles Fourier (1772-1837).

Owen criticou a organização capitalista da indústria, baseada na competição e na exploração dos trabalhadores. Ele recomendou um sistema de cooperativa no qual os homens e as mulheres pudessem morar em “Vilas de União e Cooperação”, usufruindo os frutos de seu trabalho tanto na agricultura como na indústria. Várias comunidades owenistas foram estabelecidas na Escócia, na Irlanda e mesmo nos Estados Unidos. Mas elas por fim se desintegraram.

Na França, Fourier defendeu a criação de comunidades-modelo chamadas de falanstérios, que consistiam de pessoas que iriam trabalhar segundo suas preferências. Dessemelhante de Owen, que concordava com a intervenção do Estado para estabelecer suas “vilas”, Fourier cria que seu sistema funcionaria numa base inteiramente voluntária. Ainda mais, os membros de suas comunidades seriam pagos segundo seus esforços e teriam permissão de ter propriedades. Fourier achava que descobrira uma organização social que correspondia aos anseios naturais dos homens em sua busca de felicidade. Comunidades ao estilo de Fourier foram realmente estabelecidas na Europa e nos Estados Unidos. Mas elas também falharam.

Mais próximas ao moderno socialismo encontravam-se as idéias do francês Saint-Simon. Ele defendia a propriedade coletiva dos meios de produção e sua administração por peritos nos campos da ciência, da tecnologia, da indústria e das finanças. Saint-Simon cria que a cooperação entre a ciência e a indústria produziria uma nova sociedade na qual as pessoas teriam oportunidade igual para conhecer a prosperidade segundo suas habilidades e a quantidade e qualidade de seu trabalho.

Ao passo que nenhuma dessas primevas ideologias socialistas foram bem sucedidas, elas pavimentaram o caminho para movimentos posteriores. Foram as primeiras vozes do socialismo moderno, o qual tem sido definido qual sistema de organização social baseado na posse e no controle público dos principais meios de produção e distribuição de bens. Ao passo que seus alvos fundamentais sejam similares aos do comunismo, a atual socialdemocracia difere do marxismo no sentido de que defende reformas progressivas, mas não a revolução e o sistema dum partido único.

Embora mais respeitadora da liberdade individual do que o comunismo, o socialismo não foi bem sucedido em produzir paz e felicidade internacional. Por quê?

Por Que a Falha?

Por um lado, o socialismo não se mostrou mais poderoso do que o nacionalismo. Concernente a II Internacional, uma federação de partidos socialistas e sindicatos fundada em 1889, lemos que ela “patrocinou muitas manifestações comoventes e incitantes contra a guerra, mas quando a guerra irrompeu [em 1914] ela revelou sua inércia. A maioria dos componentes nacionais aliaram-se a seus próprios governos e abandonaram a idéia duma solidariedade internacional da classe trabalhadora”. — Encyclopœdia Britannica.

Desde então, o movimento socialista tem continuado a se fragmentar e a significar coisas diferentes para diferentes pessoas. O nome socialista é usado por vários governos no mundo, alguns dos quais diferem muito pouco de governos conservadores progressistas, ao passo que outros são autoritários e mesmo totalitários. A palavra “socialista”, portanto, perdeu muito de seu significado para muitas pessoas sinceras que pensavam que ele levaria a uma fraternidade universal numa sociedade de prosperidade material e felicidade, sem classes.

Não é de admirar que o líder sindical francês Edmond Maire escrevesse em Le Monde: “A falha histórica do movimento trabalhista na sua ambição de desenvolver o socialismo . . . [tem] levado numerosos militantes — tanto trabalhadores como intelectuais — a desistirem mesmo das esperanças a longo prazo. . . . Parece que os jovens ficaram particularmente afetados por este enfraquecimento da esperança socialista.”

Assim, quer seja por meio do capitalismo, do comunismo, quer do socialismo, a procura da humanidade de um sistema que trará prosperidade material e verdadeira felicidade tem falhado. O sociólogo norte-americano Daniel Bell admite: “Para a classe instruída radical, as velhas ideologias perderam a sua ‘verdade’ e sua capacidade de persuadir. Poucos de mentalidade séria ainda crêem ser possível fazer ‘plantas’ por meio de ‘engenharia social’ produzir uma nova utopia de harmonia social.” — The End of Ideology.

Contudo, esta busca de prosperidade material e felicidade é natural. Por que, então, têm sido os sistemas econômicos e políticos humanos incapazes de alcançá-la? O artigo seguinte examinará esta questão.

[Nota(s) de rodapé]

a Veja The Vatican Empire [O Império Vaticano], do autor católico Nino Lo Bello.

[Destaque na página 7]

Muitos se desiludiram com o comunismo conforme evidenciado pelo fluxo unidirecional de refugiados.

[Foto na página 6]

Criança trabalhando numa mina de carvão na Bretanha, em 1842.

[Quadro na página 8]

Capitalismo

Sistema econômico no qual todos, ou a maioria, dos meios de produção e distribuição de bens (terras, minas, fábricas, ferrovias e assim por diante) são de propriedade particular e operam visando lucro, sendo que os proprietários (capitalistas) empregam a mão-de-obra de pessoas sem capital (trabalhadores).

Comunismo

Um sistema de organização social baseado na posse de toda propriedade por parte da comunidade ou do Estado, que planeja e controla a economia sob a estrutura política de um partido único.

Socialismo

Um sistema de organização social baseado na posse e no controle públicos, dos principais meios de produção e distribuição de bens; distingue-se do comunismo no mundo ocidental por defender reformas progressivas numa sociedade democrática.

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